Promotora propõe debate sobre acolhimento institucional e familiar de crianças e adolescentes em Boca do Acre

No intuito de cuidar para que o direito da criança e do adolescente seja cumprido na íntegra, principalmente pelas instituições e pela sociedade civil, a titular do Ministério Público do Amazonas, em Boca do Acre, Promotora de Justiça Míriam Figueiredo, lançou um convite para vários órgãos, convocando-os à participação de uma reunião, onde será discutida a implementação e execução do Programa de Acolhimento Institucional e/ou, em sua impossibilidade, Acolhimento Familiar.

No convite, a Promotora escreve que a intenção da política pública em debate é “atender às necessidades de criança ou adolescente em situação de risco social e vulnerabilidade, no Município de Boca do Acre/AM”.

A reunião foi marcada para o dia 30 de novembro, às 16 horas, na Secretaria de Assistência Social (Creche). O debate será aberto não somente para as instituições, mas para quem se interessar pelo assunto.

No encontro estão previstas as participações das seguintes instituições: CMDCA, CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social, Executivo Municipal, vereadores e pessoas interessadas na temática da infância e juventude.

O efeito da pandemia na saúde mental de adolescentes

A pandemia de covid-19 pode produzir efeitos negativos na saúde mental de pessoas de todas as idades. Para os adolescentes, no entanto, o impacto das restrições e privações do período de isolamento social tende a ser ainda maior em relação a outros grupos.

Para eles, circunstâncias como o fechamento das escolas, o confinamento com a família e a impossibilidade de encontrar amigos e colegas são as principais fontes dessas dificuldades e causam um impacto emocional específico em função das necessidades próprias ao bem-estar e ao desenvolvimento nessa fase da vida.

Assim como a pandemia representa um hiato no desenvolvimento cognitivo e no aprendizado de crianças, também “atrasa” experiências importantes para a formação emocional, sexual e social dos adolescentes.

Embora ainda não haja uma estimativa precisa do aumento, profissionais de saúde e pesquisadores da área sinalizam que os casos de depressão, ansiedade e suicídio nessa faixa etária tem crescido durante a pandemia.

Especialistas no tema avaliam que a carga se intensifica em relação aos jovens que já lidavam com transtornos mentais e outros problemas de saúde, que enfrentam condições socioeconômicas desfavoráveis e conflitos familiares.

Como estão os adolescentes na pandemia


Estudos indicam que a pressão emocional sobre os jovens vem crescendo desde o início da pandemia.

Segundo uma pesquisa realizada pela YoungMinds, organização do Reino Unido voltada à saúde mental de crianças e jovens, 81% dos jovens viram sua saúde mental piorar (um pouco ou muito) durante a pandemia.

Participaram cerca de dois mil jovens ingleses que já haviam buscado algum tipo de apoio psicológico na vida – 79% dos respondentes tinham entre 13 e 19 anos, e o restante de 20 a 25 anos.

No Brasil, a pesquisa nacional “Educação não presencial na perspectiva dos alunos e famílias” vem acompanhando mais de mil crianças e jovens do ensino público por meio de entrevistas feitas por telefone com seus pais e responsáveis durante a pandemia. Ela é feita pelo instituto Datafolha, em parceria com a Fundação Lemann, o Itaú Social e a Imaginable Futures.

Em sua terceira fase, que coletou dados em julho, a pesquisa detectou um aumento na porcentagem de jovens que sentem falta de motivação, dificuldade de manter rotina, além de tristeza, ansiedade e irritação em relação a maio, quando foi conduzida a primeira etapa da pesquisa.

Outras pesquisas nacionais ainda em andamento tentam dar a dimensão do impacto da pandemia entre os jovens. É o caso da ConVid Adolescentes, realizada pela Fiocruz em parceria com a UFMG e a Unicamp, que pretende verificar como a pandemia de covid-19 está afetando a vida dos adolescentes de 12 a 17 anos.

Há também o estudo Jovens na Pandemia, do Instituto de Psiquiatria da USP, que busca monitorar a saúde mental de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no país. Ambos ainda estão abertos à participação das famílias e podem ser respondidos pela internet.

Por que adolescentes podem sentir mais


Há razões hormonais e psíquicas para a maneira como a experiência do isolamento social afeta os adolescentes, afirmou ao Jornal Nexo Sabine Pompeia, professora do Departamento de Psicobiologia da Unifesp.

Entre os fatores que os tornam mais vulneráveis, segundo ela, está o fato de que eles são mais sensível ao estresse, apresentando uma resposta mais exacerbada a ele em relação aos adultos. Uma situação de estresse, ainda mais quando prolongada, pode desencadear um desequilíbrio mental mais sério no caso deles.

Outro aspecto é que, devido a alterações hormonais e no funcionamento cerebral que ocorrem nesta fase, adolescentes já estão mais sujeitos ao surgimento de condições psiquiátricas como depressão, esquizofrenia e abuso de substâncias. “E, quando os transtornos começam nesta fase, tendem a ser mais graves ao longo da vida. Por isso é tão importante protegê-los quanto a isso, embora seja algo difícil neste momento”, disse a professora.

O que fazer para mitigar a situação

Para a professora da Unifesp Sabine Pompeia, as medidas tomadas para aliviar o problema dependem muito da situação socioeconômica dos jovens e das famílias.

Ela aponta alguns cuidados básicos que contribuem para uma melhora do bem-estar e da condição mental dos adolescentes: manter o sono regulado, encontrar uma maneira de fazer exercícios, ter alguma exposição direta à luz solar diariamente e seguir uma rotina são ações que parecem banais mas têm um efeito importante sobre o humor e a capacidade de concentração.

Do ponto de vista da relação com os pais ou da família que vive com os adolescentes, compreensão, paciência, diálogo sobre as emoções sentidas (por ambas as partes) são importantes.

“De forma geral, eles devem reconhecer os sinais de estresse dos filhos, validar o sofrimento e transmitir acolhimento e segurança”, disse ao jornal Estado de S. Paulo Guilherme Polanczyk, professor do Departamento de Psiquiatria da USP que está a frente do estudo Jovens na Pandemia.

Quando não for possível atenuar atenuar os efeitos sentidos pelos jovens, especialistas enfatizam a importância da identificação precoce dos sintomas de transtornos mentais – como irritabilidade, insônia, tristeza e agitação – pela família e o acesso a tratamentos adequados.

nexojornal

Projeto Bombeiro Mirim abre inscrições nesta quinta-feira

Por Marcelina Freire

O Corpo de Bombeiros do Acre abre nesta quinta-feira, 21, as inscrições para o projeto Bombeiro Mirim. Estão sendo disponibilizadas 240 vagas para adolescentes de 12 a 14 anos de ambos os gêneros.

As inscrições serão realizadas em cada núcleo em que o projeto acontece nas seguintes datas: 21 e 22 de março no núcleo CEJA do São Francisco, dias 25 e 26 de março no núcleo CEJA do Conjunto Esperança, dias 27 e 28 de março no núcleo da Vila Acre. Em todos os locais de inscrições o horário será das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, interessados em inscrever estudantes do sexo feminino deve se dirigir aos núcleos do São Francisco e Vila Acre.

O projeto visa, além de ensinar adolescentes noções de primeiros socorros e demais atividades relacionadas ao corpo de bombeiros, trabalha também civismo, respeito e conduta.

Segundo a assessoria de comunicação, para realizar a matrícula é necessário que os pais ou demais responsáveis levem os seguintes documentos: RG e CPF do responsável, RG, CPF ou certidão de nascimento do aluno, atestado de saúde física e mental do aluno (flexível, declaração da escola onde estuda, pois é necessário estar matriculado, foto 3×4 do candidato.

Foto: arquivo Secom

 

Estudo aponta que adolescentes têm amplo acesso ao cigarro

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Ministério da Saúde divulgada na terça-feira (27) mostra que adolescentes tem amplo acesso ao cigarro, apesar da legislação proibir a venda do produto.

O estudo intitulado ‘Descumprimento da legislação que proíbe a venda de cigarros para menores de idade no Brasil: uma verdade inconveniente’ foi divulgado durante solenidade em comemorativa ao dia nacional de combate se câncer.

De acordo com o documento “86,1% dos fumantes entre 13 e 17 anos que tentaram comprar cigarros em alguma ocasião nos 30 dias que antecederam à pesquisa não foram impedidos. A proporção de êxito na compra foi de 82,3% entre adolescentes de 13 a 15 anos e de 89,9% entre os de 16 e 17 anos”.

Ainda segundo o estudo, “os adolescentes brasileiros conseguem comprar cigarros com facilidade tanto no comércio varejista formal quanto no informal ambulante, em desrespeito à lei e ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que proíbem a venda para menores de 18 anos”.

A prática é crime previsto na lei 10.702/2003 além de desrespeitar o Estatuto da criança e do Adolescente. “Os adolescentes não enfrentaram grande resistência para comprar cigarros no comércio legal. Entre os estudantes de 13 a 17 anos que compraram cigarros regularmente nos 30 dias anteriores à pesquisa, 81,1% adquiriram os produtos em lojas ou botequins, e não no comércio ambulante (camelôs). Apontou o estudo.

A recomendação do estudo é para “os poderes federais, estaduais e municipais a adotarem ações educativas e de fiscalização, inclusive por meio de ações conjuntas com organizações representativas do comércio varejista e com os sindicatos que representam o setor jornaleiro e outros estabelecimentos comerciais”.

Além disso o Inca e MS pediu que “órgãos como o Ministério Público a promover um termo de ajuste de conduta junto às companhias de tabaco que abastecem a ampla rede de varejistas em todo o território nacional para que assumam parte da responsabilidade de fazer cumprir a lei que proíbe a venda de cigarros a menores”.

Ministério Público realiza entrega de certificados para adolescentes

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizou nesta quarta-feira (31) o encerramento da 1ª edição do projeto ‘Refazendo trilhas’ com a entrega de certificados aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no próprio MPAC.

Coordenado pela Promotoria de Especializada de Execuções de Medidas Socioeducativas, o projeto possibilita a esses jovens a prestação de serviço à comunidade nos variados setores do MP acreano, na cidade de Rio Branco, além de promover um conjunto de ações que envolvem tanto os adolescentes quanto suas famílias.

Nessa primeira edição, nove adolescentes participaram do projeto. “O que eu tenho pra falar hoje é gratidão. Gratidão a todos que receberam a gente aqui, no Ministério Público”, comentou um deles.

Os jovens foram encaminhados pela Divisão de Atendimento Socioeducativo de Rio Branco (Diase) e executaram atividades em setores ministeriais como Diretoria de Comunicação, Diretoria de Tecnologia da Informação, Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial (Natera), Centro de Especialidades em Saúde (CES) e Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC).

“Foi uma grande oportunidade dada para esses jovens. Eu estou feliz com esse projeto, pois acredito que todos os jovens que participaram irão ter outro pensamento em relação à vida”, comentou Rosimeire, mãe de um dos participantes.

Na solenidade, as instituições parceiras também receberam certificado e foram homenageadas pela procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues. Entusiasta da causa, ela disse que o MP acreano tem dado exemplo e seu diferencial é o acolhimento. “A alegria é tão grande para mim. O MPAC tem o orgulho imenso de ter recebido esses adolescentes e colaborado para que construam novos caminhos e sejam felizes”, afirmou.

Para a promotora de Justiça Vanessa de Macedo Muniz, titular da Promotoria de Especializada de Execuções de Medidas Socioeducativas, os resultados do projeto foram gratificantes e mostram que a socioeducação é importante para o crescimento individual e constitui uma oportunidade para o exercício da cidadania dos jovens.

“Várias cabeças pensando, sonhando juntas, e nós chegamos ao ‘Refazendo Trilhas’”. Hoje, esses adolescentes estão todos estudando, os que não estavam a gente matriculou, providenciamos a parte de documentação. Todos estão inseridos no Sistema S para fazer cursos profissionalizantes. Aqui no MPAC eles permaneceram por três meses dentro de vários setores que os acolheram, prestando relevantes serviços. Por isso a procuradora-geral já nos deu o aval para uma segunda etapa do projeto”, disse a promotora de Justiça.

Governo lança edital na área de direitos humanos de crianças e adolescentes

O governo acreano, lançou na manhã desta sexta-feira, 26, um edital de chamamento público com o objetivo de selecionar e apoiar financeiramente projetos que prestam atendimento na área dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

O lançamento foi realizado no Centro Integrado Empresa Escola (CIEE). O secretário de Desenvolvimento Social, Gabriel Maia, participou do ato e destacou a importância do edital para as iniciativas que desenvolvem atividades de fortalecimento desse tipo de políticas públicas na região.

“Esse edital é uma forma do governo priorizar as garantias de direitos das crianças e adolescentes do nosso estado, e, ao mesmo tempo, fortalecer as entidades que trabalham com essa rede de proteção e promoção de direitos “, destaca.

Na ocasião, o secretário explicou ainda que o documento será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) da próxima segunda-feira, 29, para conhecimento público e submissão de projetos.

Apoio financeiro

Os projetos selecionados serão financiados com recursos do Fundo Estadual da Infância e Adolescência (FIA/AC) no valor total de R$ 327 mil. O montante será distribuído entre os projetos que proponham desenvolver atividades ou ações, em conformidade com o plano de aplicação do CEDCA/AC.

Podem ser inscritos projetos nas seguintes áreas de atuação: proteção, defesa e garantia de direitos, promoção e fortalecimento do Fórum Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente.

Em cada área de atuação, poderão ser selecionadas mais de uma proposta, exceto para a área fortalecimento do Fórum Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, que será selecionada apenas uma. As demais, obedecerão a ordem classificatória e a disponibilidade orçamentária para a celebração dos Termos de Fomento.

É importante ressaltar que poderão ser inscritos somente projetos de Organizações da Sociedade Civil, com registro válido no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e da Adolescência (CMDCA), expedido por um dos conselhos municipais do Estado do Acre.

O edital é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS) em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/AC).

Ciúme foi a motivação para dupla matar adolescentes que foram à feira agropecuária no AC, diz polícia

Delegado diz que aguarda exame de DNA em ossada que pode ser de terceira vítima. Inquérito foi fechado apenas com as duas mortes. Suspeitos negam o crime

O ciúme teria sido a motivação para a morte dos de dois dos três adolescentes que despareceram após saíram de uma feira agropecuária no dia 5 de agosto, em Rio Branco. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo delegado Rêmulo Diniz, que investiga o caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Após investigações, a polícia prendeu Clenilton Araújo de Souza, de 26 anos, e Francimar Conceição da Silva, de 27 anos, na última sexta (6) no bairro Taquri, no Segundo Distrito da capital. Os criminosos moravam no mesmo bairro que as vítimas. Eles negam o crime. Porém, Diniz afirma que a polícia possui provas e até um vídeo em que os dois perseguem uma das vítimas.

Vitor Vieira de Lima, de 18 anos, e Isabele Silva Lima, de 13, desapareceram no dia 5 de agosto deste ano. Dias depois foram achados mortos no mesmo bairro em que moravam. Lima, segundo o delegado, foi esfaqueado e atirado dentro de um poço ainda vivo e morreu afogado. O inquérito relacionado a morte dos dois, segundo Diniz, foi encerrado.

Porém, segundo o delegado, ainda aguarda o resultado de exame de DNA na ossada que pode ser de Amanda Gomes de Souza, de 14 anos, que também desapareceu. A ossada foi achada no dia 23 de agosto, nos fundos da Chácara Monte Mário, no bairro Taquari. Até o resultado de DNA, Diniz afirma que Amanda é considerada oficialmente como desaparecida.

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Amanda Gomes (esq.), Isabele Lima e Vitor de Lima sumiram no dia 5 de agosto após saírem da Expoacre, em Rio Branco – Fotoa/Arquivo da família

O delegado disse durante entrevista que Silva relatou à polícia que teve um relacionamento com uma das adolescentes e que queria algo mais sério, mas a vítima se negou e decidiu aceitar o convite de Vitor para ir à feira agropecuária. Essa teria sido a motivação do crime.

“Esse criminoso ficou toda a noite tentando encontrar a adolescente, ficou ligando e vigiou quando ela voltou da exposição a pé junto com três amigas. Uma das amigas foi recolhida pelo pai e os outros seguiram fazendo companhia e, infelizmente, foram vítimas da fúria desse criminoso”, relata o delegado.

A dupla foi encaminhada para o presídio. Eles vão responder por triplo homicídio, ocultação de cadáver e tortura. Além disso, eles já tinham outros inquéritos em andamento na justiça, inclusive um processo por homicídio que ocorreu também no bairro Taquari.

“Durante o cumprimento de mandado, perante os agentes de polícia, o Francimar declarou que aquela decisão não seria nada e que ele continuaria matando. É uma pessoa fria que matou apenas para satisfazer o interesse de ciúme particular e tirou a vida de três crianças que tinham um futuro pela frente”, lamentou.

Dupla fingiu ajudar família para ocultar corpos

Como eram vizinhos das vítimas e conhecidos no bairro, os criminosos se uniram às buscas e acabaram atrapalhando as investigações. Os dois passaram trotes e denúncias anônimas para a polícia informando que Amanda estaria escondida em outro município.

O objetivo era levar os familiares e a polícia para longe dos locais onde haviam matado e ocultado os corpos das outras duas vítimas.

“Eles faziam com que a família acreditasse que eles estavam à procura das vítimas, auxiliando nas buscas, quando na verdade estavam tentando ocultar do real local do crime e ocultação dos cadáveres dos dois adolescentes. Os dois foram até a família dizer que Amanda estava no Bujari e levaram os familiares até o município”, relata.

O delegado destaca que a família andava na companhia dos próprios autores dos crime que tentavam criar álibis. A dupla estava entre os presos no dia 8 de agosto quando o pai e a tia de uma das adolescentes que estavam desaparecidas foram detidos no Bujari, no interior do Acre. Os parentes das meninas estavam com membros de uma facção criminosa, de acordo com a polícia.

“A todo momento eles atraiam a atenção de familiares e moradores do bairro para fora do local. Tudo isso era para que não fossem pegos pelos crimes que cometeram”, destacou.

Câmara debate situação das adolescentes que apresentaram problemas com vacina

A Câmara Municipal de Rio Branco realizou na sessão de segunda-feira, 13, uma audiência pública para debater a situação dos adolescentes que vem apresentando sérios problemas de saúde após terem somado a vacina contra o Papilomas Vírus Humano (HPV).

Participaram da audiência mães e pais do jovem afetados com problema, o promotor de Justiça titular da promotoria especializada de saúde do ministério público do acre Gláucio Ney Oshiro e representantes das secretarias estadual e municipal de Saúde.

Desde outubro do ano passado alguns meninos e meninas que receberam a dose da vacina contra o HPV começaram a apresentar reações adversas com dificuldades para andar, crises convulsivas, alguns perderam o movimento das pernas entre outros sintomas, até o momento não há comprovação de que os fatos estejam relacionados com a vacina.

O vereador Roberto Duarte, autor do requerimento de número 125/ 2018, solicitou a realização da audiência pública com a finalidade discutir a questões relacionadas aos possíveis efeitos colaterais da vacina contra o HPV.

“Pedi essa audiência pública para debatemos essa situação, quando vamos ser uma resposta? o ministério da saúde disse que dentro de 30 dias ele emitiriam uma nota técnica, a gente precisa avançar nisso”, disse Duarte.

O promotor Gláucio Ney disse que desde que tomou conhecimento do caso o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vem acompanhando a situação é buscando em outros estados para saber se há outros eventos como esses ocorridos no Acre.

“Nós contatamos os MPs do Brasil e só tivemos uma devolutiva que foi do Ministério do Amazonas que também relatou um evento adverso, mas segundo o MP de lá do AM, desvinculou a co-relaçao da vacina com efeito adverso, nas demais unidades do MP não relatou nenhum caso” afirmou.

Ainda de acordo com o promotor o MP/Acre solicitou providências por parte da Secretaria de Saúde. “O Ministério Público oficiou a secretaria de Saúde para que tomasse providência tanto a respeito da assistência tanto com relação ao possível correlação entre os eventos adversos relatados pelo grupo de mães e a secretaria procurou o Ministério da Saúde que veio pra cá fazer o levantamento” explica Oshiro.

Segundo relatos das mães presentes, na semana passada uma equipe do Ministério da Saúde esteve no Acre para acompanhar o caso, porém não deram o devido tratamento que elas esperavam receber.

“Quanto aos médicos que vieram do Ministério da Saúde, dou dito que a nós mães que eles fariam uma reunião no auditório com as famílias, mas isso não foi feito, depois nos atenderam, no último momento individualmente, era uma consulta estranha como se estivesse nos investigado” relata Leila Corrêa, mãe de uma das adolescentes que apresentou o problema.

Leila Corrêa disse que tem contato de várias mães de outros estados que passam pelo mesmo drama. “Nós não somos um grupo de mães anti-vacina, essa luta não é só no Acre, eu tenho contato com várias mães de outros estados, todas com mesmo sofrimento que nós estamos passando, a diferença é que aqui por ser uma cidade pequena nós conseguimos nos encontrar” conta.

Ainda de acordo com a mãe, algumas famílias ouviram doa médicos que os adolescentes apresentavam sintomas psicológicos. “Para algumas mães eles (médicos) disseram: Mãe, mande para escola, isso é psicológico” relata.

A Gerente do departamento de assistência especializada da secretaria estadual de saúde Queline Neri afirmou que acompanha o caso há três meses e que os jovens tem recebido acompanhamento de especialistas.

“Realizamos uma reunião com as mães e estamos disponibilizado atendimento com neuropediatra, endocrinologista, reumatologista, infectologista e psicólogo. Esse é um atendimento que não estávamos preparados mas no intuito de dá assistência estamos em trabalho de aprimoramento.

Segundo dona Leila, ela chega a gastar R$5.000 com medicamentos para a filha. “Mnha filha se encontra no paraná, teve uma parada cardíaca, minha mãe ligou e disse que preciso mandar 2.000 R$, isso apenas para uma medicação, coloquei até a minha casa à venda só com remédio estou gastando R$” desabafa.

Outra mãe que vivi um verdadeiro drama, e a dona de casa Francieuda Furtado, segundo ela, os três filhos um de 12, 14 e 16 anos apresentaram várias problemas desde que tomaram a dose da vacina em outubro do ano passado.

“Eles eram meninos sadios, depois que tomaram a vacina começaram a perder os movimentos das pernas, com dor de cabeça, diarréia e vômito, eu levo pro hospital, pra upa e eles não falam nada, nos mães que nos ajudamos umas as outras” relata.

Segundo a dona de casa o maior desejo é descobrir o porquê os filhos ficaram nesta situação logo após receberem as doses da vacina.” Espero que eles consigam descobrir o que aconteceu, eles falam que não é da vacina, mas nós mães sabermos que é da vacina, um dos meus filhos começou a sentir mal no mesmo dia, pós outros dois após 30 dias” conta em meio as lágrimas.

MPAC acompanha casos envolvendo possíveis sequelas em adolescentes

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, vem acompanhando, desde outubro de 2017, os casos relacionados a possível ocorrência de efeitos colaterais severos em adolescentes após serem vacinadas contra o HPV.

Um grupo de mães e responsáveis levaram ao conhecimento da promotoria alguns relatos sobre eventos adversos após receberem a vacina HPV. Ao identificar possíveis fragilidades, tanto a respeito da notificação dos eventos adversos quanto relacionados à assistência, o MPAC instaurou um procedimento administrativo e requisitou informações à Secretaria de Saúde sobre os casos relatados e estratégias de assistência que a rede pública de saúde dispõe para essas situações.

Reconhecendo que ainda não havia uma estratégia específica, a Secretaria de Saúde destacou alguns especialistas para fazer um acompanhamento com relação à assistência das adolescentes afetadas. “Foram destacados profissionais para fazer o atendimento, como infectologista, reumatologista, neuropediatra, neurologista, além psicólogos”, aponta o promotor de Justiça Glaucio Ney Shiroma Oshiro, titular da promotoria.

Também a partir da provocação inicial da promotoria e de algumas reuniões, os casos foram levados ao conhecimento do Ministério da Saúde, que destacou profissionais que estão no Acre fazendo estudo dos casos por meio do Comitê de Investigação de Eventos Adversos em relação à vacina.

“Há uma médica pediatra e um neuropediatra vinculados a esse comitê que estão no estado fazendo o estudo de caso e analisando os casos até então levantados”, acrescentou.

“Estamos fazendo os devidos monitoramentos também para casos em que houver necessidade de encaminhamento para fora do estado, buscando quais são as referências fora do estado para que seja pedido o Tratamento Fora do Domicílio (TFD), se necessário”, finalizou o promotor.

Polícia não descarta nenhuma hipótese no caso de adolescentes desaparecidas

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista coletiva na manhã de quinta-feira (9) falou sobre a investigação da morte de Victor Vieira de Lima, 18, e do desaparecimento das adolescentes Isabelle Silva Lima, 13 e Amanda Gomes de Souza, 14, ocorrido no último domingo.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rêmullo Diniz, nenhuma linha de investigação está sendo descartada até o momento. “Nós não deixamos nenhuma das hipóteses de fora, não descartamos qualquer linha de investigação, tanto que elas possam estar mortas ou vivas, estamos com equipe no Bujari e aqui na capital, esperamos encontra-las com vida”,

Segundo o delegado, ainda na tarde da quarta-feira (8) a Polícia encontrou um pedaço de tecido que foi reconhecido por familiares como sendo parte da roupa que uma das meninas usava no dia do desaparecimento, o material foi levado para perícia.

“Foi encontrado um pedaço de pano que as famílias reconhecem como sendo parte da roupa que uma delas vestiam, mas nós sabemos que eles estavam muito abalados e pode ser um reconhecimento precipitado, nós encaminhamos esse tecido para perícia para saber se há vestígios de sangue ou qualquer elemento que possa identificar que de fato seja de uma das vítimas” disse.

Ainda de acordo Rêmullo, na noite desta quarta-feira (8), a Polícia interceptou familiares de uma das meninas em atitude suspeita e em companhia de membros de uma organização criminosa, no município do Bujari, local onde houve denúncia de que uma das adolescentes tinha sido vista. Na ocasião cinco pessoas foram conduzidos à Delegacia de Flagrante (Defla) e uma arma foi apreendida.

“Durante a noite juntamente com o apoio do pessoal do Bujari foi feito a prisão de parentes das vítimas infelizmente, que talvez estejam buscando de forma precipitada e equivocada alguma defesa ou vingança”, pontua.

A PC não quis divulgar os nomes dos familiares presos e tampouco de qual das adolescentes eles são parentes, porém informou que eram o pai e uma tia de uma delas.

“Nós ainda não sabemos o que iriam fazer, vamos apurar o que buscavam com essa reunião lá no Bujari. É um cenário que está ganhando um corpo muito maior, são situações que tão ganhando outros ares e estamos tentando descobrir os porquês”, disse Rêmullo Diniz.

Polícia encontra o corpo de Isabelle

No final da tarde de ontem (9), através de uma denúncia anônima, a Polícia localizou o corpo da adolescente Isabelle Lima, 14 anos, em um terreno baldio na Rua Baguari, bairro Taquari, em Rio Branco. A Polícia segue investigando na tentativa de elucidar o caso.

Exploração sexual de crianças e adolescentes é tema do Diálogo Brasil

Crianças e adolescentes são os elos mais fracos de diversas cadeias: a da falta de educação e saúde, do trabalho infantil, da violência doméstica e, inclusive, da exploração sexual. Só no Nordeste são 644 pontos de vulnerabilidade para este tipo de crime mapeados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em seguida, vem o Sudeste e o Norte. As formas de prevenção e combate a essa violência são tema do Diálogo Brasil desta segunda-feira (30). Comandado pelo jornalista Maranhão Viegas, o programa será exibido às 22h15, na TV Brasil.

A secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, é uma das convidadas. Ela explica que exploração sexual é aquela que envolve algum ganho, seja ele em dinheiro ou não. A secretária conta que em muitos lugares, por causa da fome, crianças são exploradas sexualmente em troca de comida. Para ela, a proteção de meninos e meninas deve ser alvo prioritário de políticas públicas. “Se a gente não tiver orçamento garantido para implementar essas políticas, a gente não consegue avançar. A nossa Constituição fala que criança e adolescente é prioridade absoluta, o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] também fala, mas a gente não consegue ver isso materializado no orçamento”, afirma.

A outra convidada é a subsecretária de Políticas para Crianças do Distrito Federal, Perla Ribeiro, que ressalta que esse tipo de violência traz consequências para toda a vida da criança e do adolescente, principalmente se os traumas não forem tratados adequadamente. Para ela, o combate passa necessariamente pela educação e pelo acolhimento. “A escola tem papel fundamental, principalmente na prevenção à violência sexual. A gente precisa falar com a criança sobre seu corpo e isso por meio de uma educação sexual feita com responsabilidade. Mas hoje, infelizmente, a gente tem enfrentado alguns discursos conservadores que, na verdade, vão na contramão do que a gente precisa para o enfrentamento à violência sexual”, critica Perla.

Também participam, por vídeo, do bate-papo a gerente de projetos especiais da Childhood Brasil, Eva Dengler; a representante da Rede ECPAT Brasil, Lidia Rodrigues; o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da PRF, Igor de Carvalho; e a escritora e educadora sexual e Julieta Jacob.

MPAC inova e recebe adolescentes do socioeducativo

Adolescente em cumprimento de medida socioeducativa costuma ser um assunto polêmico na sociedade brasileira, uma vez que ocorre uma rotulação desses jovens que, em muitos casos, os impede de recompor-se para conviver em sociedade. Pensando nisso, a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, lançou, nesta terça-feira (24), o projeto ‘Refazendo Trilhas’.

Trata-se, sobretudo, de uma acolhida dos adolescentes sentenciados com medida de prestação de serviço à comunidade, para cumprirem a medida imposta nas próprias unidades ministeriais do MPAC, participando de atividades sociopedagógicas, por exemplo.

O ‘Refazendo Trilhas’ é coordenado pela promotora de Justiça Especializada de Execuções de Medidas Socioeducativas de Rio Branco, Vanessa de Macedo Muniz.

Nesta primeira edição, nove adolescentes foram selecionados para cumprir suas respectivas prestações de serviços à comunidade durante a jornada de expediente do Ministério Público, uma vez por semana, por três meses subseqüentes.

A cada quinze dias, o MPAC promoverá um encontro com a família e/ou os responsáveis pelos adolescentes, para orientação, diagnóstico e encaminhamentos importantes.

Durante esse tempo, os adolescentes realizarão atividades em setores da instituição, como Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial (Natera), Centro de Especialidades em Saúde (CES) e Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), além das Diretorias de Comunicação e Tecnologia da Informação.

Com isso, pretende-se realizar um trabalho de aproximação e acompanhamento dos adolescentes e de sua família, protagonizando uma reorganização na perspectiva de vida de cada um.

Os adolescentes em cumprimento de prestação de serviço à comunidade foram encaminhados ao MPAC pela Divisão de Atendimento Socieducativo do Município de Rio Branco (Diase), que os recebe e dá a eles liberdade assistida. Ao proceder à análise de relatórios de cada um, a Diase fez o encaminhamento ao MPAC que, por sua vez, selecionou os nove primeiros a participarem da iniciativa.

O evento foi prestigiado por membros e servidores do MPAC, representantes do Conselho Tutelar e do Tribunal de Justiça, além dos familiares dos adolescentes.

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“Mostrem a todos que tínhamos razão em ter acreditado em vocês”, diz Kátia Rejane

A procuradora-geral de Justiça do MPAC, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, durante a solenidade, quebrou o protocolo e convidou os adolescentes a tomarem assento, junto a membros do MPAC e autoridades, no plenário da Sala de Sessões, onde acontecem as principais tomadas de decisões do colegiado da instituição. Segundo ela, o MPAC sai na frente na criação de uma ‘corrente do bem’.

“Por três meses, vocês pertencerão a esta instituição que eu tanto me orgulho de pertencer. Quero demonstrar a importância da chegada de vocês ao MP, simbolizando a vivência de um tempo de crescimento e de mudanças. Vocês serão exemplo para muita gente. Mostrem a todos que tínhamos razão em ter acreditado no potencial de vocês”, disse Kátia Rejane.

O presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), Antonio de Souza de Azevedo, dirigindo-se aos adolescentes, ponderou: “Vocês só têm a ganhar prestando um serviço em uma instituição onde a procuradora-geral sempre foi parceira e sempre lutou em prol das causas de vocês, da Infância e Juventude. Vocês estão em um projeto interessantíssimo. Aproveitem a oportunidade e absorvam o máximo de conhecimento que puderem”.

De forma emocionada, a secretária de Estado de Assistência Social, Maria das Dores Araújo de Sousa, disse que a prevenção e a proteção de crianças e adolescentes têm que ser priorizada pelo poder público e pela sociedade.

“O Ministério Público acreano sai na frente com esse projeto maravilhoso, que deve ser multiplicado em nossa cidade. Muitos disseram ‘não’ a vocês. Mas aqui no MP estão dizendo ‘sim’. Abracem essa oportunidade, refaçam o caminho, façam valer a pena. Vocês são nossa esperança de mudança”, disse.

Recomeço

De acordo com a promotora Vanessa Muniz, o projeto permite ao MPAC posicionar-se não apenas na condição de fiscalizador do cumprimento de medidas socioeducativas em razão de decisão judicial, mas na de promotor da verdadeira socioeducação.

“É um projeto sonhado por toda uma equipe, mas também é um desafio em conceber um modelo de socioeducação proposto e executado pelo próprio Ministério Público, protagonista em uma iniciativa nesse formato”. E acrescentou: “A vocês, adolescentes, quero dizer sejam muito bem-vindos ao Ministério Público. Vocês são especiais. Estávamos aguardando vocês. Que esse tempo traga recomeço e que vocês tenham oportunidade de criar caminhos diferentes a partir de agora”, disse a gestora do projeto.

Já o assessor especial da Procuradoria Geral de Justiça, promotor Almir Branco, acredita que a iniciativa dará visibilidade ao adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. “Vocês têm a responsabilidade de ser a primeira turma. Assim, comprometem-se a ser agentes de transformação social e de diálogo com as novas turmas que virão”, disse.

Adolescentes trocam tiros com o Bope, três acabam presos

Em operação na região do bairro Mocinha Magalhães, três adolescentes de 14, 15 e 16 anos acabaram sendo apreendidos e um outro menor de 16 ficou ferido após trocar tiros com na manhã desta quarta-feira (11).

Os militares avistaram os jovens em posse de uma arma de fogo calibre 12, e ao tentarem realizar a abordagem foram recebidos a tiros tendo que revidar a injusta agressão. Dos quatro, um deles acabou baleado com um tiro na perna e de pronto recebeu atendimento e foi encaminhado ao Pronto Socorro. Os outros três foram apreendidos.

Com eles, além da arma de repetição, foram encontrados várias cabecinhas de produto entorpecente, munições, dinheiro e uma máscara usada para o cometimento de crimes. Todos foram encaminhados à Delegacia do Menor e devem responder por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.

Ação: Adolescentes são flagrados pela PM de Tarauacá em um assalto

Uma ação rápida da Polícia Militar do município de Tarauacá, na noite desta sexta-feira, 8 de junho, resultou na apreensão de três adolescentes infratores, no momento em que realizavam assalto a uma farmácia, localizada no centro da cidade.

Os militares foram acionados via 190, chegaram rápido e surpreenderam os três infratores ainda no interior do estabelecimento. Cada um estava com uma escopeta calibre 20.

Além dos armamentos, os militares apreenderam mais seis cartuchos intactos, dinheiro, capuz, um canivete e vários outros objetos que seriam levados pelos menores.

A ocorrência foi encaminhada para delegacia do município, para serem tomadas as providências cabíveis ao caso.

Justiça cria portaria com regras para viagens terrestres de adolescentes

Portaria estabelece que empresas de transporte informe documentação necessária para os adolescente viajarem no momento da compra da passagem

Justiça do Acre criou uma nova portaria com regras para viagens de adolescentes. As regras estabelecem que as empresas de transporte terrestres informe, antecipadamente, a documentação necessária que o adolescente precisa para viajar. A decisão é da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco.

A cobrança serve tanto para viagens internacionais, nacionais e intermunicipais. O documento deve ser divulgado no Diário da Justiça Eletrônico nos próximos dias.

Ainda segundo a Justiça, muitos adolescentes são cobrados na hora de viajar sobre alguns documentos. Ao não apresentar a documentação, os menores devem ser impedidos de viajar. Segundo a Justiça, as informações precisam ser repassadas no momento da compra da passagem.

Para ajustar os últimos detalhes da portaria, a 2ª Vara da Infância e Juventude se reuniu com representantes das empresas de transporte terrestre e aéreo e do Ministério Público do Acre (MP-AC), nesta sexta-feira (18).