A briga entre cientistas e produtores de soja que gerou racha no agronegócio e foi parar no STF

Técnicos alertam para desenvolvimento de resistência da ferrugem aos agrotóxicos

Um desentendimento que se arrasta há pelo menos dois anos entre técnicos e produtores de soja do Mato Grosso escalou e chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A briga gira em torno da extensão do calendário de plantio da soja, que por lei vai de setembro a dezembro no Estado.

Um grupo de agricultores pleiteia a possibilidade de semear por mais tempo, até fevereiro. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por sua vez, alerta que a esticada pode favorecer a proliferação descontrolada de uma praga chamada ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) e, no médio prazo, colocar em risco a produtividade da soja brasileira.

Representantes da indústria de defensivos já alertaram que, caso o fungo se torne mais agressivo, não há produtos hoje no mercado ou em desenvolvimento que possam fazer frente a ele.

Planta atacada por ferrugem asiática: praga está no centro da discussão
Planta atacada por ferrugem asiática: praga está no centro da discussão – Getty Images/BBC

A questão virou uma novela, com direito a investigação pelo Ministério Público e uma oposição incomum entre a Embrapa e o Ministério da Agricultura, que algumas fontes ouvidas pela reportagem comparam aos atritos entre Anvisa e Ministério da Saúde em relação às vacinas.

A pasta chegou a publicar portaria autorizando a extensão do período de plantio —apesar de os cientistas da Embrapa desaconselharam a medida. Em dezembro, o caso chegou ao STF, que não tem prazo para emitir uma decisão.

O COMEÇO DA HISTÓRIA

Pelo menos desde 2015 a Embrapa participa de fóruns de discussão sobre a semeadura da soja em fevereiro em Mato Grosso, como ressaltou a entidade recentemente em uma nota de esclarecimento, também encaminhada à reportagem.

O posicionamento sempre foi contrário. O plantio da soja por mais tempo diminui o que os pesquisadores chamam de “vazio sanitário”, o período em que não há plantação no campo. Sem a vegetação, os ciclos reprodutivos de pragas são interrompidos e a disseminação de doenças se mantém, de certa forma, sob controle.

“Esses vazios sanitários existem de forma natural, por conta de secas ou, em outros países, da neve”, explica o professor da Faculdade de Ciências Agronômicas Unesp Ciro Rosolem, vice-presidente de comunicação do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável), entidade que se posicionou contra a extensão do calendário.

“Mas o desenvolvimento fantástico da agricultura no Brasil nos últimos anos permitiu que o produtor fizesse mais de uma lavoura por ano, e acabamos ficando sem esse vazio —daí a necessidade de regulamentar [e a criação do calendário].”

Isso porque a extensão do período para semeadura cria uma “ponte verde” (ou seja, uma sequência ininterrupta com plantas vivas no campo) que permite que algumas pragas, entre elas a ferrugem asiática, que chegou ao Brasil em 2001, consigam continuar se proliferando.

“Isso resulta na aceleração do processo natural de seleção de resistência do fungo aos fungicidas”, diz a Embrapa.

Esse posicionamento, segundo o professor Rosolem, hoje é consenso na comunidade científica.

“A briga é essa, é ciência versus mercado. O que não quer dizer que o mercado é bandido e a ciência é boazinha, é complicado”, ele afirma. “Mas temos dados suficientes para ficar com a ciência.”

PLANTIO ILEGAL E INVESTIGAÇÃO DO MP

No início de 2020, antes da explosão da pandemia de Covid-19, o MP-MT (Ministério Público em Mato Grosso) começou a receber diversas denúncias de que um grupo de produtores no Estado vinha descumprindo a legislação e plantando soja após a data permitida.

Os promotores pediram então esclarecimentos aos produtores, que responderam que se tratava de um experimento científico realizado no âmbito de uma entidade representativa, a Aprosoja, e não de cultivo comercial propriamente dito.

Para se configurar como experimento, contudo, a prática agrícola deveria seguir uma série de padrões científicos que não foram observados, entre eles contar com a aprovação da comissão de ética de algum órgão científico, diz o promotor Joelson de Campos Maciel, que atuou no caso.

“Nós conversamos com a Embrapa e entendemos por bem fazer uma notificação recomendatória para fiscalizar [o cumprimento do vazio sanitário].”

Mesmo após a fiscalização, contudo, os produtores mantiveram as lavouras, o que motivou a abertura por parte do MP de uma série de ações civis públicas, que têm entre os réus a Aprosoja, que vinha conduzindo o plantio dito experimental, e Antônio Galvan, presidente da Aprosoja MT na época, que realizou o plantio em sua propriedade. Algumas delas, segundo o promotor, já tiveram ganho em primeira instância e seguem tramitando.

Essa não foi a única polêmica recente envolvendo a entidade. Foi na sede da Aprosoja em Brasília que, no último mês de agosto, o cantor sertanejo Sérgio Reis publicou um vídeo em que fazia convocação de manifestantes nos dias anteriores ao feriado de 7 de setembro para que acampassem em defesa do presidente Jair Bolsonaro.

Após a divulgação do vídeo, tornou-se público um áudio enviado pelo cantor a um amigo, em que se referia em tom de ameaça ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e aos ministros do STF.

Por conta do episódio e de seus desdobramentos, Reis e Galvan, desde 2021 presidente da entidade nacional, foram convocados a depor na Polícia Federal, no âmbito do inquérito que investiga a organização e financiamento de atos que defendem bandeiras antidemocráticas. Às vésperas do 7 de setembro, o Supremo chegou a determinar o bloqueio temporário de saques da conta bancária da Aprosoja.

RACHA NO AGRO

A entidade foi apontada por três fontes do agronegócio ouvidas pela reportagem como líder de um grupo pequeno que tem defendido a extensão do calendário de plantio da soja e pressionado o Ministério da Agricultura a autorizar a prática mesmo com a recomendação contrária dada por seu órgão técnico, a Embrapa. Procurada, a Aprosoja informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta sobre o tema.

Um deles é o empresário Carlos Ernesto Augustin, vice-presidente da Aprosmat (Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso), que se diz crítico à liberação para o plantio no início do ano pelo risco sanitário que representa. Em sua visão, uma das motivações dos produtores que têm pressionado pela medida seria aproveitar os meses de janeiro e fevereiro, mais secos, para produzir as próprias sementes (em vez de comprar de terceiros) e buscar maior lucratividade.

“A produtividade ‘normal’ da soja geralmente é de 60 sacas [por hectare], mas em fevereiro é menos da metade – a intenção aí é fazer semente”, diz ele. “Mas pra isso querem colocar em risco a disseminação do fungo.”

O empresário diz que, inicialmente, até 2014, 2015, ele mesmo tinha posição favorável à extensão do calendário de plantio. Mudou de ideia depois que a Embrapa e seu “consórcio antiferrugem” enviaram uma pesquisadora ao Estado, que, além de acompanhar de perto as lavouras, passou a se reunir com os produtores e explicar por que o vazio sanitário e o calendário era necessário.

Entre 2010 e 2014, segundo ele, a ferrugem vinha se espalhando de forma rápida no Mato Grosso. Após a normativa de 2015 que instituiu as mudanças, a produtividade da lavoura cresceu significativamente, diz Augustin.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues também mencionou a questão das sementes. “É uma discussão difícil. Mas eu sou engenheiro agrônomo, então rezo a cartilha acadêmica, técnica, embora seja produtor rural e conheça os interesses dos produtores”, diz ele, que é coordenador do Núcleo de Agronegócio da FGV Agro.

Para Christian Lohbauer, presidente da Croplife, que reúne instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de germoplasma, biotecnologia e defensivos químicos, apesar das possíveis motivações dos produtores, o ponto central da discussão não está nas sementes, mas na resistência dos fungos e na efetividade dos fungicidas.

“Uma dezena de instituições técnicas, além da Embrapa, já alertaram que é preciso ter um vazio sanitário, dois, três meses livre de soja, para que o fungo fique impedido de se proliferar. A indústria [de defensivos] está afirmando que não há produtos novos no pipeline [para combater o fungo caso ele se torne mais agressivo], diz.

“Combater a ferrugem é um trabalho difícil, caro e necessita de novas tecnologias – precisamos dar vida longa aos produtos que a gente tem. Uma minoria barulhenta acha que não tem perigo, mas quem vai pagar por isso no final é a agricultura brasileira”, completa.

“Nós temos que obedecer as regras sanitárias que foram estabelecidas pela ciência”, faz coro Eduardo Daher, diretor-executivo da Abaq (Associação Brasileira do Agronegócio), uma das entidades signatárias de uma carta enviada à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em setembro do ano passado pedindo a revogação da liberação.

“Eu fico tão nervoso com desrespeito às portarias do vazio sanitário. É como encontrar alguém que fala que não vai se vacinar, o raciocínio é o mesmo”, diz ele.

O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Ricardo Arioli, por sua vez, afirma que a entidade vem “discutindo com especialistas no assunto há muito tempo” e diz que seu posicionamento é o mesmo da Embrapa.

AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO À REVELIA DA EMBRAPA

Um indicativo de que a medida é defendida por uma minoria e fruto de pressão política interna, na visão de Augustin e Lohbauer, seria o fato de que, mesmo com a autorização do Ministério da Agricultura, Estados do Centro-Oeste como Mato Grosso do Sul e Goiás mantiveram o calendário até 31 de dezembro.

“O ministério, que deveria ser entidade que arbitra, sempre disse que não podia [estender o calendário], até esta vez. E jogou para as secretarias de Estado, falou que elas é que decidiriam. E aí elas foram decidindo – Mato Grosso de Sul, Goiás, Paraná disseram que não podia, Mato Grosso disse que sim. É uma questão política”, opina Lohbauer.

Segundo ele, esse tipo de arranjo é problemático porque as pragas não conhecem ou respeitam as fronteiras entre os Estados. Caso haja descontrole da reprodução da ferrugem por conta da extensão do calendário, o problema pode se alastrar geograficamente e atingir os Estados que estão respeitando a recomendação dos cientistas.

O ministério não respondeu o pedido de posicionamento feito pela reportagem.

A Embrapa não tem comentado publicamente sobre o assunto. Ao pedido de entrevista, sua assessoria de imprensa enviou o último “esclarecimento oficial”, de setembro de 2021. O posicionamento assertivo da empresa, contudo, foi reiterado por seu presidente, Celso Moretti, em outubro do ano passado em uma audiência no Senado. Questionado por um parlamentar sobre sua opinião, ele afirmou: “A posição da Embrapa é sempre balizada pela ciência. Podem não gostar, mas a ciência é nossa baliza”.

Sem resolução da contenda, em dezembro o PSB entrou com uma ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra as portarias do Ministério da Agricultura. O texto da peça, além de expor as questões relacionadas à possível resistência da praga aos fungicidas, destacou que o uso intensivo de agrotóxicos também é um problema, já que pode prejudicar o solo e o meio ambiente de forma geral.

À BBC News Brasil, a Aprosoja afirmou não se manifestar sobre o assunto e pediu que a reportagem entrasse em contato com Erlei Melo Reis, pesquisador da Fundação Rio Verde e coautor de um estudo que vem sendo usado pela entidade para defender a extensão do calendário de cultivo.

O agrônomo afirmou que o foco do estudo conduzido por ele e outros três pesquisadores foi “comprovar” que a semeadura em fevereiro é atingida de forma menos intensa pela ferrugem do que em dezembro. Assim, o cultivo demandaria menos fungicidas, o que seria “bom para o meio ambiente e bom para o produtor”.

As entidades que se têm colocado contra a extensão argumentam que a pesquisa não avalia a questão da seleção natural de formas mais resistentes do fungo com o período maior de plantio, tida como ponto central da preocupação dos que são críticos à medida.

O pesquisador, por sua vez, afirma que a medida que estabeleceu o calendário em 2015 foi tomada “com pouca base científica” e que organizações como a Embrapa não têm uma pesquisa que comprove o risco do plantio em fevereiro.

Reis disse ainda ter se reunido com a ministra Tereza Cristina em dezembro para apresentar, junto aos demais coautores, os resultados da pesquisa. O encontro, realizado no dia 7 de dezembro, está identificado na agenda da ministra como “Audiência com a Aprosoja/MT”.

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Como fenômenos climáticos afetam o agronegócio em 2021

Geadas e seca levam a previsão de queda de safras. O ‘Nexo’ mostra quais produtos estão entre os mais impactados e como eles pesam no bolso dos brasileiros

Os alimentos são um dos principais responsáveis pela inflação alta no Brasil em 2021. Em meio à alta do dólar – que estimula a exportação e reduz a oferta interna de produtos – e ao ciclo internacional de commodities, bens da agropecuária estão com o preço elevado.

Outro fator que ajuda a impulsionar os preços são fenômenos climáticos. O Brasil vive um momento de seca histórica. Ao mesmo tempo, o país registrou geadas fortes desde julho, que também prejudicaram a produção agropecuária.

Neste texto, explica como os fenômenos climáticos afetam o agro em 2021 e como isso se traduz em menor oferta de alguns produtos e maior pressão no bolso dos brasileiros.

2021, ano de seca e geadas


O período de chuvas entre 2020 e 2021 (de outubro a abril) foi historicamente seco. Desde o segundo semestre de 2020, o Brasil registra a pior escassez hídrica em 90 anos. A falta de chuvas é pior nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Além de prejudicar a agropecuária pela menor disponibilidade de água, a crise hídrica tem outro impacto indireto. Com o baixo nível de chuvas, reservatórios de usinas hidrelétricas chegaram a níveis historicamente baixos, encarecendo a produção de energia e levando a um aumento da conta de luz. Com isso, os produtores rurais, que – embora não utilizem tanta energia quanto indústrias e comércios – vêem seu custo de produção aumentar.

Outro fenômeno climático registrado em 2021 são as geadas intensas. As três ondas de geadas em julho foram consideradas as mais fortes no país desde ao menos 1994. As geadas podem ocorrer de duas formas: a geada branca, na qual se forma uma camada de gelo sobre as folhas; ou a geada negra, na qual as plantas congelam por dentro e ficam com aspecto parecido ao queimado – por isso o nome.

Independentemente do tipo, as ondas de geada estragaram plantações de diferentes produtos pelo Brasil desde julho. Somadas à crise hídrica, os fenômenos devem levar à primeira queda da safra agrícola – que inclui cereais, grãos e leguminosas – em três anos, segundo projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas na quinta-feira (9).

1%

é a queda prevista para a safra brasileira em 2021, na comparação com 2020.

Produtos mais afetados


MILHO

Segundo o IBGE, o milho foi o produto mais afetado pelos eventos climáticos em 2021. Mesmo com aumento de mais de 6% na área plantada em relação a 2020, a safra do grão deve vir 15,5% menor em 2021 na comparação com 2020, sobretudo por causa das geadas. Além da oferta interna menor, o milho também é pressionado pela alta do preço no mercado internacional. Somando esses fatores, o preço do milho vendido no mercado acumulou alta de 13,7% em doze meses até agosto de 2021, com perspectivas de novas altas até o final do ano.

FEIJÃO

O feijão é outro produto que foi bastante afetado pelos fenômenos climáticos. Bastante dependente de água, o plantio do grão ficou prejudicado pela falta de chuvas, em especial no Paraná, principal estado produtor. Segundo o IBGE, a expectativa é de queda de 7,4% na oferta de feijão no mercado brasileiro em 2021, na comparação com o ano anterior. Até agosto de 2021, o feijão fradinho subiu mais de 40% em doze meses no mercado, a maior parte da alta concentrada no final de 2020, já durante a crise hídrica. O feijão preto, por sua vez, subiu quase 18% no mesmo período. A expectativa é de novas altas no final de 2021.

CAFÉ

Os produtores de café foram fortemente atingidos pelas geadas de julho de 2021, que já chegaram em um momento ruim para as plantações, dada a falta de chuvas. A “queima” causada pelas geadas negras levou produtores a reduzirem as plantações ou desistirem de plantar café, migrando para outros produtos. O Brasil é o principal produtor e exportador de café do mundo – e segundo maior consumidor. O impacto da redução da oferta já é sentido nas prateleiras dos mercados pelo país: segundo o IBGE, só nos primeiros oito meses de 2021, o café em pó ficou em média 17,7% mais caro.

AÇÚCAR

A cana-de-açúcar depende de umidade e calor para crescer. Com a seca, as geadas e as temperaturas baixas do inverno, a safra teve queda em 2021 em relação a 2020. Com menor produção da cana, o açúcar também teve oferta reduzida, afetando o valor do saco que é vendido nos mercados. Em média, o açúcar refinado subiu 37,7% de setembro de 2020 a agosto de 2021 no Brasil.

O efeito para a população
Junto com a conta de luz e os combustíveis, os alimentos são um dos motores da inflação alta em 2021. E os produtos citados acima ajudam a puxar para cima o nível de preços do grupo.

Entre setembro de 2020 e agosto de 2021, os preços de todos os produtos, em média, aumentaram 9,7% no Brasil. Os alimentos subiram mais que isso no mesmo período.

13,9%

foi o aumento dos preços de alimentos de setembro de 2020 a agosto de 2021, segundo o IBGE.

A inflação de alimentos impacta principalmente as famílias de mais baixa renda, que gastam proporcionalmente maior parte de seus rendimentos com comida do que as famílias que ganham mais. Em 2021, isso agrava a situação de vulnerabilidade de pessoas que já são afetadas pelo alto desemprego, pela renda em baixa e até mesmo pela fome, em meio à crise econômica da pandemia do novo coronavírus.

Os impactos indiretos das altas


No caso do milho, há ainda um impacto indireto sobre o preço de outros alimentos. Como o grão serve de base para a ração usada na criação de bovinos, o milho mais caro significa ração mais cara. Isso, por sua vez, leva a maiores custos dos produtores da pecuária.

Com a produção mais cara, a tendência é de aumento ainda maior do preço da carne no Brasil – que já está alto. Ou seja, os fatores climáticos que afetam a produção de milho podem ajudar, indiretamente, a elevar os preços da carne, que subiram 30% entre setembro de 2020 e agosto de 2021.

Há também um efeito cascata no caso do açúcar, mas com outro caminho. A cana-de-açúcar é usada para produzir o etanol, um dos combustíveis mais usados no Brasil. Além disso, a gasolina comum é uma mistura que contém, por lei, 27% de etanol anidro – também produzido a partir da cana-de-açúcar.

Com as safras de cana afetadas por fenômenos climáticos, o etanol fica mais caro. E esse impacto é sentido também no mercado de combustíveis – uma das frentes da inflação em 2021. Portanto, os fenômenos climáticos que prejudicam a produção da cana-de-açúcar também ajudam a alimentar a alta dos combustíveis em um momento de inflação alta.

nexojornal

Covid-19 reduz população ocupada do agronegócio em 1,6 milhão

A pandemia provocou a maior queda trimestral na população ocupada do agronegócio. O número de trabalhadores caiu para 16,73 milhões no período de abril a junho, 6,9% menos do que no primeiro trimestre do ano.

Em relação ao segundo trimestre de 2019, a queda foi maior ainda, com recuo de 8,9%. A população ocupada foi reduzida em 1,6 milhão de postos no período.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com base em informações da PNAD-Contínua e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

A população ocupada no setor vem caindo sistematicamente, mas o ritmo do segundo trimestre deste ano foi bastante acentuado, segundo os analistas da entidade.

Trabalhador de hortifrutigranjeiros de Campo Mourão, na região centro-oeste do Paraná
Número de trabalhadores no agro caiu para 16,73 milhões no período de abril a junho, 6,9% menos do que no primeiro trimestre do ano – Dirceu Portugal – 07.abr.2019/Folhapress

Em 2012, no período de abril a junho, a força de trabalho no setor era de 19,7 milhões. Neste ano, está em 16,7 milhões.

Com os novos números, a população ocupada do agronegócio representa 20% da do país. Os dados englobam as atividades na agropecuária, na agroindústria, no agrosserviço e no setor de insumos.

As quedas mais acentuadas, somando 10%, ocorreram nas áreas de agroindústria e de agrosserviço. A agropecuária teve redução de 7,4%, e os insumos, de 4,3%.

Os trabalhadores informais foram os mais vulneráveis nessa crise, segundo o Cepea. Os sem carteira assinada tiveram uma redução de 22% nas vagas de trabalho.

Quanto aos rendimentos, os empregadores lideraram as perdas, com queda de 8,8%, e os trabalhadores que atuam por conta própria ficaram com uma renda 7,4% menor. Já os empregados tiveram ganho real de 5,3%.

Persiste O preço do arroz, negociado no Rio Grande do Sul, ficou em R$ 104,35 por saca do produto em casca colocado na indústria nesta terça-feira (15). Esse valor teve pequena elevação em relação ao de segunda-feira.

Ritmo melhor O trânsito de arroz pelo comércio mundial é muito pouco, em relação ao que ocorre com outros cereais, como trigo e milho. Na safra 2020/21, serão transacionados 44 milhões de toneladas, apenas 8,88% da produção mundial.

Safra As estimativas são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que prevê uma safra mundial de 500 milhões de toneladas, 1% acima da anterior.

Área O consumo sobe para 496 milhões de toneladas, deixando os estoques finais da safra em 185 milhões. Na estimativa do Usda, a área mundial semeada com o cereal sobe para 163,4 milhões de hectares.

De volta O preço da carne bovina, que chegou a subir 47% na crise da Covid-19 nos Estados Unidos, começa a voltar ao normal. Ainda está, porém, 18% acima dos valores praticados no período anterior à pandemia.

Milho As exportações deste mês deverão atingir 6,23 milhões de toneladas, segundo a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais). Se confirmada essa previsão, o volume acumulado sobe para 20,5 milhões no ano.

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Agronegócio se descola de queda do PIB brasileiro e registra alta de 1,2%

O setor agropecuário conseguiu se descolar dos números negativos do Produto Interno Bruto (PIB) registrados no segundo trimestre e apresentou crescimento de 1,2% sobre o mesmo período de 2019. Apesar de menor demanda doméstica, em decorrência do impacto da crise econômica causada pela covid-19, a produção agropecuária nacional seguiu em rota positiva.

Os destaques da produção agropecuária brasileira no início de 2020 têm sido a soja (5,9%), o arroz (7,3%) e o café (18,2%), conforme as estimativas mais atuais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), porém, a seca na região sul, principalmente Rio Grande do Sul e Paraná, afetou a produtividade, particularmente de soja e trigo, levando à menor produção nessa região, apesar da maior área cultivada.

Soja
Desde o início de 2020, a soja tem sido um dos destaques da produção agropecuária do País. Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Na avaliação da CNA, o resultado do setor poderia ter sido ainda pior, não fosse o auxílio emergencial de R$ 600, que minimizou os impactos econômicos na parcela mais vulnerável da população brasileiro, garantindo alguma sustentação de demanda, particularmente de alimentos e outros bens de consumo básicos.

O consumo das famílias brasileiras, que já vinha crescendo muito modestamente em 2019, observou retração de 0,7% no 1° trimestre de 2020 e de 13,5% no 2° trimestre, sempre comparativamente ao mesmo período de 2019.

Fora do Brasil, fatores como a peste suína africana na China e o impacto da covid-19 no processamento de carne dos Estados Unidos têm sustentado a demanda internacional por proteínas brasileiras, amenizando os efeitos negativos da menor demanda doméstica pelo produto, especialmente dos cortes mais nobres.

A maior demanda chinesa por soja e carnes brasileiras tem refletido no maior volume de exportações do agronegócio brasileiro para aquele país, e também ajuda a explicar o resultado positivo do PIB agropecuário no 2° trimestre de 2020. Enquanto as exportações brasileiras, no geral, caíram 7,4% no 1°semestre de 2019, as do agronegócio cresceram 9,7%. Só para a China, o crescimento das exportações brasileiras do agronegócio foi de 30,3% no 1°semestre de 2020, frente ao mesmo período de 2019.

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No Paraná, Major Rocha participa da maior feira voltada para o agronegócio

O vice-governador do Acre, Major Rocha, esteve no Paraná para participar da Feira Show Rural Coopavel, realizada entre os dias 4 e 8 de fevereiro em Cascavel. O evento reuniu as maiores empresas do agronegócio nacional e internacional que apresentaram mecanismos para que os agricultores aumentem a produtividade e conheçam as novas tecnologias disponíveis no mercado.

A expansão do agronegócio é umas das metas do plano de governo do Governo do Acre, em razão disso, o vice-governador e o secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt, visitaram a feira para conhecer as novidades do setor. Eles foram recebidos pelo governador do Paraná, Ratinho Junior.

O evento que conta com empresas do mundo inteiro, que buscam apresentar suas inovações, tendências e tecnologia para dar suporte no fortalecimento do agronegócio, teve inicio em 1989, conhecido com Show Rural Coopavel.

Rocha destacou a importância do agronegócio no mundo, e falou da necessidade do Acre adotar este modelo econômico. “Não tenho dúvidas da força do agronegócio e de sua importância. Precisamos de uma base econômica forte e pujante”, destacou ele.

O vice-governador convidou os empresários e investidores do agronegócio para conhecerem o estado e sua capacidade de produção.

“Nosso estado está de portas abertas para o agronegócio. Quem ousar investir no agronegócio no Acre não irá se arrepender. Tudo que se planta nas terras acreanas dá, pois estudos da Embrapa e o nosso ZEE [Zoneamento-Ecológico-Econômico] mostram que nosso solo tem aptidão para a produção de grãos. Ainda temos ligação ao Peru e temos proximidade com o Porto do Rio Madeira”, enfatizou Rocha.

Governos do Acre e de Rondônia assinam protocolo de intenções para fortalecer o agronegócio

Gladson Cameli afirma que os dois estados estão alinhados, e que chegou o momento de abrir o Acre para o desenvolvimento

O governador Gladson Cameli garantiu mais um importante passo para transformar o Acre em um grande celeiro do agronegócio. Nesta segunda-feira, 11, os Governos do Acre e Rondônia assinaram um protocolo de intenções para fortalecer o desenvolvimento da agricultura e da pecuária dos dois estados.

Para o gestor acreano, chegou o tempo de abrir o estado para o progresso, sobretudo, na área da produção rural em larga escala. Cameli acredita que a salvação econômica que o Acre precisa virá do campo.

“Os Governos do Acre e Rondônia estão muito alinhados em suas políticas de desenvolvimento. Queremos que o Acre produza soja, arroz, feijão e tudo aquilo que for possível para aquecer a nossa economia e eu estou apostando muito no agronegócio”, enfatizou o governador Gladson Cameli.

O termo também foi assinado pelo vice-governador de Rondônia, José Jordan, pelo secretário de Estado de Produção e Agronegócio do Acre, Paulo Wadt, e pelo secretário de Estado de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, em cerimônia realizada no auditório da Secretaria da Fazenda, em Rio Branco.

A ação já é resultado da visita que o gestor acreano fez, em janeiro deste ano, ao estado vizinho. Gladson Cameli não tem medido esforços para colocar em prática seu arrojado Plano de Governo no que diz respeito ao setor de Agronegócio. Durante seu discurso, o governador determinou que entraves burocráticos não vão impedir que o Acre se desenvolva.

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“Não podemos aceitar que produtores sejam multados porque querem plantar, pelo contrário, temos mais é que incentivar. O Estado tem que parar de ser o grande empregador, por isso, vamos dar as garantias necessárias para que a iniciativa privada se instale com segurança e comece a gerar emprego e renda para o nosso povo”, pontuou.

No documento, foram formalizados acordos de cooperação e ações que visam fortalecer a cadeia produtiva dos estados vizinhos.Entre elas, a produção de grãos, pecuária de corte e do leite, avicultura, cafeicultura e piscicultura. Bem como a qualificação e assistência técnica aos agricultores, a integração e otimização das políticas públicas de infraestrutura logística, tributárias e ambientais.

Segundo o vice-governador de Rondônia, José Jordan, a união dos dois estados é o início de um novo tempo de prosperidade. Já que os acordos firmados são a garantia de que é possível crescer economicamente por meio de parcerias.

“Estamos muito animados e vamos incentivar e fazer tudo que é preciso para realizar o alinhamento na tributação para que não haja concorrência entre os dois estados. Temos uma condição ímpar em governos alinhados com o desenvolvimento e com a desburocratização”, ressaltou.

Nos próximos dois dias, uma comitiva de empresários e autoridades rondonienses liderada por José Jordan vai conhecer as experiências agrícolas desenvolvidas no Acre. Ainda nesta segunda-feira, será realizada uma visita ao Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia. Na terça-feira, 12, será a vez de conhecer plantações de café nos municípios de Acrelândia e Plácido de Castro.

Agronegócio, a transformação econômica do Acre virá do campo

O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, está entusiasmado com o futuro que aguarda o Acre no agronegócio. Ao conhecer o sucesso, a curto prazo, de uma fazenda de soja no município rondoniense de Cujubim (distante 225 quilômetros de Porto Velho), Cameli reafirmou o compromisso de transformar o estado em um grande celeiro na produção de alimentos.

Com a abertura definitiva do estado para a produção rural em larga escala, Gladson Cameli quer colocar o Acre, de uma vez por todas, na rota do desenvolvimento. Segurança jurídica, fim de entraves burocráticos, boa infraestrutura e linhas de créditos são as garantias oferecidas, de imediato, para atrair os investidores interessados a se instalarem no estado.

“O que depender do Governo do Acre, o agronegócio já deu certo. Acabou o tempo em que o homem do campo recebia multas absurdas por querer plantar. Não iremos permitir que isso aconteça mais, pelo contrário, temos que dar incentivos para plantar muito mais”, pontuou o governador.

O vice-governador de Rondônia, José Jordan (PSL), liderou a comitiva de empresários, parlamentares, autoridades rondonienses e acreanas, com o governador Gladson Cameli, durante visita à fazenda Céu Azul.

Jordan parabenizou a ousadia do gestor acreano em apostar no agronegócio e disse que o estado vizinho é parceiro do Acre. “Fico feliz e entusiasmado com a visita do governador Gladson Cameli aqui em Rondônia. Isso demonstra que ele está realmente comprometido com o futuro do Acre. Somos exemplo de que o agronegócio é uma excelente saída econômica para o desenvolvimento”, frisou.

Na fazenda Céu Azul, Gladson conheceu a gigantesca plantação de 3,3 mil hectares. Além disso, especialistas em agricultura do grupo Amaggi apresentaram as novidades tecnológicas para a cadeia do cultivo da soja, ao chefe do Executivo acreano.

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Acre, a nova fronteira do agronegócio

Com a visão arrojada e de futuro do governador Gladson Cameli, o Acre tem forte potencial para ser a nova fronteira do agronegócio no Brasil, porque uma série de fatores sopra junto aos ventos que empurram a economia local para frente, rumo ao sucesso, nos próximos anos.

O estado possui terras férteis e de boa qualidade para a plantação de diversas culturas, o clima é quente e úmido, há chuva em abundância e o solo é plano, fatores essenciais para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.

Com a crescente demanda por alimentos, o Acre aparece no gigante mercado do agronegócio num momento estratégico, uma oportunidade que o governador Gladson Cameli abraçou e faz um esforço pessoal para que a economia acreana seja transformada, radicalmente, para melhor.

“Não queremos tirar investimentos de Rondônia. Queremos ser parceiros e copiar a forma de desenvolvimento que deu certo aqui. A salvação econômica do Acre está no agronegócio. Vamos dar todas as oportunidades para quem quiser investir e a segurança jurídica necessária para deixar o produtor rural trabalhar. Não podemos mais impedir que a geração de emprego e renda se esbarre na burocracia”, enfatizou.

O governo já garantiu a infraestrutura necessária para o escoamento da produção. Somente na manutenção e conservação de estradas e ramais, serão investidos R$ 95 milhões, este ano. Com trafegabilidade assegurada durante o ano inteiro, o homem do campo tem a segurança que a produção não será perdida.

Rondônia, o novo fenômeno da soja

Há pouco mais de dez anos, Rondônia dava os primeiros passos para a implantação da cultura da soja. O começo tímido foi ganhando força, com o passar do tempo e, atualmente, o estado vizinho é o maior produtor do grão na região Norte.

Na safra 2016/2017, a produção rondoniense de soja bateu recorde. Foram mais de 908 mil toneladas. A produtividade de Rondônia está acima da média regional. Enquanto o estado produz, em média, 3.143 quilos por hectare, a média da região Norte foi de 3.042 quilos por hectare.

Junto com o café, o grão é o principal produto agrícola de Rondônia. Já são aproximadamente 304 mil hectares, divididos em mais de 1,2 mil propriedades rurais destinados à sojicultora, o equivalente a apenas 5% do total de área degradada no estado.

Produzir sem derrubar a floresta

O Acre está localizado no coração da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Com 87% da área total preservada, o estado figura entre as unidades da federação que mais protegem sua cobertura vegetal.

Mesmo diante da sinalização para o agronegócio, o cuidado com a floresta continua. Segundo o governador Gladson Cameli, as áreas que já estão abertas serão utilizadas para o plantio de novas culturas. Mas a partir de agora, os entraves burocráticos não vão mais atrapalhar o homem do campo.

“Não precisa derrubar nenhuma árvore. Temos muitas áreas abertas totalmente improdutivas em nosso estado. São essas terras que serão utilizadas pelo agronegócio. Basta respeitar o novo Código Florestal. Da nossa parte, vamos desburocratizar tudo aquilo que atrapalha quem quiser produzir”, pontuou Cameli.

A tecnologia é outra aliada para manter a floresta de pé. Com a utilização de técnicas modernas, é possível produzir mais em espaços cada vez menores, principalmente, em áreas degradadas.

A plantação de soja que já deu certo no Acre

Jorge Moura é empresário e produtor rural desde 1982. Proprietário de três fazendas, no Acre, foi em uma delas, a Boa Esperança, na zona rural do munícipio de Capixaba, que Moura decidiu apostar na soja. De um plantio experimental de apenas 40 hectares, em 2017, para uma mega plantação de 700 hectares, no fim do ano passado.

O motivo para o grande salto está na confiança de Jorge Moura ao novo modelo econômico que o Acre pretende seguir pelos próximos anos. A ideia é que o setor privado seja cada vez mais forte, aliado aos investimentos necessários, sobretudo em infraestrutura, e com a segurança jurídica garantida pelo governo estadual.

A soja plantada em novembro do ano passado vai ser colhida por modernas máquinas no próximo mês de abril. Ao todo, o empresário fez um arrojado investimento superior a R$ 3 milhões de reais, somente com maquinário pesado. Essa é uma prova de que o empresário está otimista com o futuro promissor do estado.

A expectativa do fazendeiro é que a produção, que já está toda vendida, alcance 2,5 mil toneladas de soja. Animado, Jorge Moura recebeu a confirmação de técnicos agrícolas que a soja acreana é altamente produtiva.

Para efeito de comparação, no Mato Grosso, maior produtor da cultura no país, um hectare produz, em média, 60 sacos de soja. No Acre, a mesma proporção de terra pode alcançar de 65 a 70 sacos do grão.

“O Acre tem uma das melhores terras do Brasil. Alguns anos atrás, o produtor rural não era visto com bons olhos, mas a gente só quer produzir o alimento que é colocado na mesa de quem vive na cidade. Estamos confiantes e otimistas com o novo governo. Vocês verão como será o Acre daqui para frente”, ressalta Jorge Moura.

A abertura do Acre para o desenvolvimento, o fortalecimento do agronegócio, a geração e distribuição de renda são prioridades de Gladson Cameli. Recentemente, o plantio recebeu a visita do governador, do vice-governador, Major Rocha e de uma comitiva de empresários.

Ao conhecer os campos de soja, Gladson Cameli lembrou do empenho, ainda quando era parlamentar, de apresentar o Acre como a nova fronteira para o agronegócio. O clima e as terras planas já mencionados, além da proximidade com o porto graneleiro de Porto Velho (RO) colocam o estado em posição estratégica.

“Já temos oito grandes grupos interessados em comprar terras para plantar soja no Acre. Queremos que eles se instalem o mais rápido possível. A nossa parte, o governo vai fazer, que é desburocratizar, dar segurança jurídica e garantir a manutenção e trafegabilidade dos ramais. Chegou o tempo da prosperidade para o nosso povo”, afirmou o governador, confiante no seu novo programa de desenvolvimento.

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Grupo Amaggi acredita no potencial do Acre

Sediado em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, o Grupo Amaggi é um gigante conglomerado de empresas. Os ramos de atuação do grupo empresarial vão desde o plantio, processamento e comércio de grãos, até a produção de sementes, reflorestamento, pecuária, venda de fertilizantes, geração de energia elétrica, administração portuária, transporte fluvial e exportação e importação.

Além do Brasil, o grupo atua em outros cinco países da América do Sul e Europa. Em 2016, a receita líquida de vendas do Grupo Amaggi foi de 3 bilhões de dólares, algo em torno de 11 bilhões de reais.

A nova aposta da mega empresa está no Acre. Com as garantias dadas por Gladson Cameli, o interesse de instalação da Amaggi comprova o novo potencial acreano para receber grandes investimentos, e coloca o estado, de uma vez por todas, na rota do agronegócio.

O presidente executivo da Amaggi, Judiney Carvalho, acompanhou a visita do governador acreano à mega fazenda de soja, e confirmou a sondagem feita no Acre.

“Precisamos de um ambiente favorável para negócios e o Acre tem um potencial agrícola imenso, percebemos que o governador está bastante entusiasmado para desenvolver a agricultura no estado. A Amaggi é parceira e queremos estar juntos neste projeto e crescer junto com o Acre”, sinalizou o presidente executivo da Amaggi.

Acre, localização privilegiada para o desenvolvimento

Localizado na tríplice fronteira Brasil, Peru e Bolívia, o Acre está em posição privilegiada. A proximidade com os países andinos é a rota para alcançar um mercado de mais de 44 milhões de consumidores em potencial.

Além disso, com a conclusão da estrada do Pacífico, exportar a produção por meio dos portos peruanos diminui a distância e o tempo em relação os países asiáticos, um dos principais importadores de insumos brasileiros. Enquanto era senador, Gladson Cameli garantiu a liberação para que o Acre exporte carne bovina e de aves para Peru e Bolívia.

A partir de agora, com a implantação da cultura da soja, o estado se coloca novamente em localização estratégica. Toda produção pode ser escoada pelo porto graneleiro de Porto Velho (RO), por meio da hidrovia do rio Madeira.

A força da soja

A maior parte da soja produzida no mundo é destinada basicamente para suprir duas grandes demandas que não param de crescer. A primeira delas é a ração animal.

Com o aumento do consumo de carne, aproximadamente 80% da produção mundial de soja são destinadas para a alimentação bovina, suína e de aves. O grão, que é muito rico em proteínas, nutre e fortalece os animais.

Já outros 18% vão para a produção de óleo de soja, o tipo mais consumido no planeta, e que corresponde a 25% do mercado de óleos vegetais.

Na última década, a área de cultivo de soja mais que dobrou. Os maiores crescimentos foram registrados na América do Sul. Estados Unidos, Brasil e Argentina são os maiores produtores globais. Já a China e os países da Europa são os maiores importadores do grão.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Durante a safra 2017/2018, a produção nacional chegou a 119,3 milhões de toneladas, um recorde. O estado do Mato Grosso é o maior produtor do país.

Agronegócio, a transformação econômica do Acre virá do campo

O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, está entusiasmado com o futuro que aguarda o Acre no agronegócio. Ao conhecer o sucesso, a curto prazo, de uma fazenda de soja no município rondoniense de Cujubim (distante 225 quilômetros de Porto Velho), Cameli reafirmou o compromisso de transformar o estado em um grande celeiro na produção de alimentos.

Com a abertura definitiva do estado para a produção rural em larga escala, Gladson Cameli quer colocar o Acre, de uma vez por todas, na rota do desenvolvimento. Segurança jurídica, fim de entraves burocráticos, boa infraestrutura e linhas de créditos são as garantias oferecidas, de imediato, para atrair os investidores interessados a se instalarem no estado.

“O que depender do Governo do Acre, o agronegócio já deu certo. Acabou o tempo em que o homem do campo recebia multas absurdas por querer plantar. Não iremos permitir que isso aconteça mais, pelo contrário, temos que dar incentivos para plantar muito mais”, pontuou o governador.

O vice-governador de Rondônia, José Jordan (PSL), liderou a comitiva de empresários, parlamentares, autoridades rondonienses e acreanas, com o governador Gladson Cameli, durante visita à fazenda Céu Azul.

Jordan parabenizou a ousadia do gestor acreano em apostar no agronegócio e disse que o estado vizinho é parceiro do Acre. “Fico feliz e entusiasmado com a visita do governador Gladson Cameli aqui em Rondônia. Isso demonstra que ele está realmente comprometido com o futuro do Acre. Somos exemplo de que o agronegócio é uma excelente saída econômica para o desenvolvimento”, frisou.

Na fazenda Céu Azul, Gladson conheceu a gigantesca plantação de 3,3 mil hectares. Além disso, especialistas em agricultura do grupo Amaggi apresentaram as novidades tecnológicas para a cadeia do cultivo da soja, ao chefe do Executivo acreano.

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Acre, a nova fronteira do agronegócio

Com a visão arrojada e de futuro do governador Gladson Cameli, o Acre tem forte potencial para ser a nova fronteira do agronegócio no Brasil, porque uma série de fatores sopra junto aos ventos que empurram a economia local para frente, rumo ao sucesso, nos próximos anos.

O estado possui terras férteis e de boa qualidade para a plantação de diversas culturas, o clima é quente e úmido, há chuva em abundância e o solo é plano, fatores essenciais para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.

Com a crescente demanda por alimentos, o Acre aparece no gigante mercado do agronegócio num momento estratégico, uma oportunidade que o governador Gladson Cameli abraçou e faz um esforço pessoal para que a economia acreana seja transformada, radicalmente, para melhor.

“Não queremos tirar investimentos de Rondônia. Queremos ser parceiros e copiar a forma de desenvolvimento que deu certo aqui. A salvação econômica do Acre está no agronegócio. Vamos dar todas as oportunidades para quem quiser investir e a segurança jurídica necessária para deixar o produtor rural trabalhar. Não podemos mais impedir que a geração de emprego e renda se esbarre na burocracia”, enfatizou.

O governo já garantiu a infraestrutura necessária para o escoamento da produção. Somente na manutenção e conservação de estradas e ramais, serão investidos R$ 95 milhões, este ano. Com trafegabilidade assegurada durante o ano inteiro, o homem do campo tem a segurança que a produção não será perdida.

Rondônia, o novo fenômeno da soja

Há pouco mais de dez anos, Rondônia dava os primeiros passos para a implantação da cultura da soja. O começo tímido foi ganhando força, com o passar do tempo e, atualmente, o estado vizinho é o maior produtor do grão na região Norte.

Na safra 2016/2017, a produção rondoniense de soja bateu recorde. Foram mais de 908 mil toneladas. A produtividade de Rondônia está acima da média regional. Enquanto o estado produz, em média, 3.143 quilos por hectare, a média da região Norte foi de 3.042 quilos por hectare.

Junto com o café, o grão é o principal produto agrícola de Rondônia. Já são aproximadamente 304 mil hectares, divididos em mais de 1,2 mil propriedades rurais destinados à sojicultora, o equivalente a apenas 5% do total de área degradada no estado.

Produzir sem derrubar a floresta

O Acre está localizado no coração da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Com 87% da área total preservada, o estado figura entre as unidades da federação que mais protegem sua cobertura vegetal.

Mesmo diante da sinalização para o agronegócio, o cuidado com a floresta continua. Segundo o governador Gladson Cameli, as áreas que já estão abertas serão utilizadas para o plantio de novas culturas. Mas a partir de agora, os entraves burocráticos não vão mais atrapalhar o homem do campo.

“Não precisa derrubar nenhuma árvore. Temos muitas áreas abertas totalmente improdutivas em nosso estado. São essas terras que serão utilizadas pelo agronegócio. Basta respeitar o novo Código Florestal. Da nossa parte, vamos desburocratizar tudo aquilo que atrapalha quem quiser produzir”, pontuou Cameli.

A tecnologia é outra aliada para manter a floresta de pé. Com a utilização de técnicas modernas, é possível produzir mais em espaços cada vez menores, principalmente, em áreas degradadas.

A plantação de soja que já deu certo no Acre

Jorge Moura é empresário e produtor rural desde 1982. Proprietário de três fazendas, no Acre, foi em uma delas, a Boa Esperança, na zona rural do munícipio de Capixaba, que Moura decidiu apostar na soja. De um plantio experimental de apenas 40 hectares, em 2017, para uma mega plantação de 700 hectares, no fim do ano passado.

O motivo para o grande salto está na confiança de Jorge Moura ao novo modelo econômico que o Acre pretende seguir pelos próximos anos. A ideia é que o setor privado seja cada vez mais forte, aliado aos investimentos necessários, sobretudo em infraestrutura, e com a segurança jurídica garantida pelo governo estadual.

A soja plantada em novembro do ano passado vai ser colhida por modernas máquinas no próximo mês de abril. Ao todo, o empresário fez um arrojado investimento superior a R$ 3 milhões de reais, somente com maquinário pesado. Essa é uma prova de que o empresário está otimista com o futuro promissor do estado.

A expectativa do fazendeiro é que a produção, que já está toda vendida, alcance 2,5 mil toneladas de soja. Animado, Jorge Moura recebeu a confirmação de técnicos agrícolas que a soja acreana é altamente produtiva.

Para efeito de comparação, no Mato Grosso, maior produtor da cultura no país, um hectare produz, em média, 60 sacos de soja. No Acre, a mesma proporção de terra pode alcançar de 65 a 70 sacos do grão.

“O Acre tem uma das melhores terras do Brasil. Alguns anos atrás, o produtor rural não era visto com bons olhos, mas a gente só quer produzir o alimento que é colocado na mesa de quem vive na cidade. Estamos confiantes e otimistas com o novo governo. Vocês verão como será o Acre daqui para frente”, ressalta Jorge Moura.

A abertura do Acre para o desenvolvimento, o fortalecimento do agronegócio, a geração e distribuição de renda são prioridades de Gladson Cameli. Recentemente, o plantio recebeu a visita do governador, do vice-governador, Major Rocha e de uma comitiva de empresários.

Ao conhecer os campos de soja, Gladson Cameli lembrou do empenho, ainda quando era parlamentar, de apresentar o Acre como a nova fronteira para o agronegócio. O clima e as terras planas já mencionados, além da proximidade com o porto graneleiro de Porto Velho (RO) colocam o estado em posição estratégica.

“Já temos oito grandes grupos interessados em comprar terras para plantar soja no Acre. Queremos que eles se instalem o mais rápido possível. A nossa parte, o governo vai fazer, que é desburocratizar, dar segurança jurídica e garantir a manutenção e trafegabilidade dos ramais. Chegou o tempo da prosperidade para o nosso povo”, afirmou o governador, confiante no seu novo programa de desenvolvimento.

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Grupo Amaggi acredita no potencial do Acre

Sediado em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, o Grupo Amaggi é um gigante conglomerado de empresas. Os ramos de atuação do grupo empresarial vão desde o plantio, processamento e comércio de grãos, até a produção de sementes, reflorestamento, pecuária, venda de fertilizantes, geração de energia elétrica, administração portuária, transporte fluvial e exportação e importação.

Além do Brasil, o grupo atua em outros cinco países da América do Sul e Europa. Em 2016, a receita líquida de vendas do Grupo Amaggi foi de 3 bilhões de dólares, algo em torno de 11 bilhões de reais.

A nova aposta da mega empresa está no Acre. Com as garantias dadas por Gladson Cameli, o interesse de instalação da Amaggi comprova o novo potencial acreano para receber grandes investimentos, e coloca o estado, de uma vez por todas, na rota do agronegócio.

O presidente executivo da Amaggi, Judiney Carvalho, acompanhou a visita do governador acreano à mega fazenda de soja, e confirmou a sondagem feita no Acre.

“Precisamos de um ambiente favorável para negócios e o Acre tem um potencial agrícola imenso, percebemos que o governador está bastante entusiasmado para desenvolver a agricultura no estado. A Amaggi é parceira e queremos estar juntos neste projeto e crescer junto com o Acre”, sinalizou o presidente executivo da Amaggi.

Acre, localização privilegiada para o desenvolvimento

Localizado na tríplice fronteira Brasil, Peru e Bolívia, o Acre está em posição privilegiada. A proximidade com os países andinos é a rota para alcançar um mercado de mais de 44 milhões de consumidores em potencial.

Além disso, com a conclusão da estrada do Pacífico, exportar a produção por meio dos portos peruanos diminui a distância e o tempo em relação os países asiáticos, um dos principais importadores de insumos brasileiros. Enquanto era senador, Gladson Cameli garantiu a liberação para que o Acre exporte carne bovina e de aves para Peru e Bolívia.

A partir de agora, com a implantação da cultura da soja, o estado se coloca novamente em localização estratégica. Toda produção pode ser escoada pelo porto graneleiro de Porto Velho (RO), por meio da hidrovia do rio Madeira.

A força da soja

A maior parte da soja produzida no mundo é destinada basicamente para suprir duas grandes demandas que não param de crescer. A primeira delas é a ração animal.

Com o aumento do consumo de carne, aproximadamente 80% da produção mundial de soja são destinadas para a alimentação bovina, suína e de aves. O grão, que é muito rico em proteínas, nutre e fortalece os animais.

Já outros 18% vão para a produção de óleo de soja, o tipo mais consumido no planeta, e que corresponde a 25% do mercado de óleos vegetais.

Na última década, a área de cultivo de soja mais que dobrou. Os maiores crescimentos foram registrados na América do Sul. Estados Unidos, Brasil e Argentina são os maiores produtores globais. Já a China e os países da Europa são os maiores importadores do grão.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Durante a safra 2017/2018, a produção nacional chegou a 119,3 milhões de toneladas, um recorde. O estado do Mato Grosso é o maior produtor do país.

Em RO, Gladson reafirma que o Acre será celeiro para investimentos no agronegócio

O Governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, deu mais um importante passo para transformar o Acre num celeiro do agronegócio na região Norte. Ao lado do governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL) e para uma plateia de secretários de Estado, de empresários e parlamentares dos dois estados, Cameli foi firme ao anunciar que o estado está aberto para o desenvolvimento, sobretudo, na produção rural em larga escala, de diversas culturas.

“A salvação econômica do Acre está no agronegócio. Eu não tenho dúvida disso, e Rondônia, nosso estado vizinho e irmão, é a prova disso. Quem quiser investir em nosso estado, será muito bem-vindo”, afirmou o governador do Acre, em sua primeira agenda oficial fora do estado, no Palácio Rio Madeira, a sede do governo rondoniense, na capital, Porto Velho.

Gladson Cameli cumpre extensa agenda voltada para novos investimentos no campo, conhecendo as experiências de empresários no estado vizinho e que se tornaram exemplos de sucesso na região.

Durante sua fala no encontro, nesta sexta-feira, 11, Gladson Cameli garantiu apoio incondicional para os futuros investidores. De imediato, anunciou o fim de entraves burocráticos que possam emperrar grandes plantações, a equiparação das alíquotas de impostos no setor agrícola no Acre com as praticadas em Rondônia e o empenho pessoal na busca de abertura de crédito junto aos bancos.

Cameli assegurou ainda a manutenção e a conservação de ramais e estradas estaduais, além do que para este ano, já estão confirmados pelo menos R$ 144 milhões em novos investimentos em infraestrutura no Acre.

As garantias dadas pelo novo governador do Acre entusiasmaram o público de potenciais investidores. Gladson Cameli lembrou que o Brasil vive um novo momento político e ressaltou que os estados do Norte do país precisam se unir mais, sensibilizando de forma incisiva o Governo Federal por investimentos que melhorem a vida de suas populações.

“A política do Acre e de Rondônia está muito alinhada com a do Governo Federal. Com a união dos estados da região Norte, o caminho fica mais fácil. Chegou a hora de sermos protagonistas e mostrar a força que temos para produzir. É isso que vai revolucionar a nossa economia.”, enfatizou Cameli.

Como governador, Gladson Cameli afirmou que não vai medir esforços para alavancar o agronegócio, numa clara demonstração do total empenho do chefe do Executivo acreano, na busca pela geração de emprego e renda no estado mais ocidental do país.

Rondônia, uma vitrine de sucesso para o Acre

Rondônia é uma potência quando o assunto é agronegócio. O estado é o maior produtor de soja da região Norte. Possui o oitavo maior rebanho de gado do Brasil e, com um patrimônio bovino estimado em R$ 15 bilhões.

Atualmente, a soja ocupa mais de 304 mil hectares de área plantada. São 1,5 mil propriedades rurais, de norte a sul do estado, que apostam na cultura. Na última safra, o estado produziu quase um milhão de toneladas do grão.

A soja plantada em Rondônia tem destino certo: países da Europa e da Ásia. A posição estratégica do estado facilita o escoamento da produção, já que pelo porto graneleiro de Porto Velho, a soja é exportada para os principais mercados mundiais.

Essa aposta no agronegócio gera uma cadeia que beneficia outros setores e alavanca, cada vez mais, a economia rondoniense. O reflexo disso é o aumento na oferta de emprego e geração de renda, o que faz de Rondônia uma vantajosa opção de investimento.

Durante seu pronunciamento, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, falou da extraordinária vocação que o estado tem para o agronegócio. Afirmou que é preciso cuidar do meio ambiente, porém sem esquecer o componente mais precioso, que é o ser humano.

“O homem precisa se desenvolver. Precisamos dar oportunidade de emprego e renda para a nossa população. Estamos juntos, com o objetivo de trazer a riqueza para a nossa região e também para o Acre”, pontuou Rocha.

São esses exemplos positivos que o governador Gladson Cameli pretende levar para o Acre. Segundo o gestor acreano, a economia do estado não pode depender somente do setor público.

“Queremos uma economia privada cada vez mais forte. Basta ver o exemplo que Rondônia nos dá. Já entendemos que o Acre só será um estado rico quando parar de depender da cultura do contracheque. Queremos virar essa página da nossa história e escrever uma nova, baseada na prosperidade para o nosso povo”, destacou Gladson Cameli.

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Parcerias firmadas

O encontro entre os dois estados gerou novas parcerias. O governo de Rondônia se comprometeu a disponibilizar assessoria técnica, por meio da Emater, aos produtores rurais que vivem nas proximidades da divisa entre os dois estados.

O Acre também já tem assegurado um espaço para divulgação de suas potencialidades na ‘Rondônia Rural Show’, a oitava maior feira de agronegócios do país, que será realizada em maio, na cidade de Ji-Paraná.

Em contrapartida, o governo acreano também disponibilizou o mesmo espaço para que Rondônia se instale na Expoacre, a maior feira agropecuária do estado.

Outro acordo firmado foi a constante troca de experiências no setor rural, entre Acre e Rondônia. Os dois estados se comprometeram em estreitar, cada vez mais, as relações por meio de intercâmbios e rodadas de negócios. Ficou decidido ainda que empresários e autoridades de Rondônia façam uma visita ao Acre.

Com o fim da vacina contra a aftosa, Acre e Rondônia saem na frente

Até julho deste ano, os dois estados vacinarão, pela última vez, o rebanho bovino contra a febre aftosa. O Acre é área livre da doença desde 1999. Já Rondônia obteve a certificação em 2002.

Com o fim da vacina, Acre e Rondônia se juntam a um seleto grupo, porque comprovam, definitivamente, que têm rebanho saudável e, que por isso, produzem carne de alta qualidade.

Enquanto que o Acre tem, aproximadamente, três milhões de cabeças, Rondônia chega a quase 14,5 milhões de reses bovinos. No Brasil, apenas o estado de Santa Catarina não precisa imunizar o rebanho. O resultado dessa nova fase vai refletir no fechamento de novos negócios. E o famoso ‘boi-verde’ vai ganhar ainda mais espaço no mercado internacional.

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Peru como filão de mercado da carne do Acre

No Acre, os primeiros resultados começam a aparecer. Um empresário peruano já sinalizou interesse em importar a carne acreana. Em contrapartida, produtos do país vizinho seriam exportados para atender o mercado acreano.

A carne sairia de Cruzeiro do Sul com destino a Pucallpa, no Peru, por meio de aviões cargueiros, numa viagem que dura, em média, 25 minutos. A intenção é que 120 voos sejam feitos entre as duas cidades, por mês.

Gladson Cameli demonstrou interesse e apoio ao promissor acordo comercial internacional. Com o alfandegamento e instalação de um posto da Receita Federal no aeroporto de Cruzeiro do Sul, os dois países estarão prontos para iniciarem as importações e exportações.

“O Acre está pronto para o agronegócio”, diz Gladson Cameli

Em visita a 700 hectares de plantação, governador afirmou que vai acabar com entraves

O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, afirmou que o Acre está pronto para crescer com o agronegócio, setor que vai permitir gerar emprego e renda, e inserir o estado, de uma vez por todas, na rota do desenvolvimento econômico e social do país.

“O Acre está pronto para o agronegócio, porque acabou o tempo em que o produtor rural era perseguido por querer plantar. O tratamento para quem quer ajudar a desenvolver o Acre será outro”, afirmou o governador, ao conhecer de perto, neste sábado, 5, o mega plantio de soja do empresário Jorge Moura, na zona rural do município de Capixaba (a 80 quilômetros de Rio Branco).

A propriedade rural visitada pelo novo governador tem 700 hectares de área de soja plantados, num investimento de mais de R$ 3 milhões, somente com maquinário.

Entusiasmado com o que viu, Gladson afirmou que chegou a hora de investir no campo e que vai garantir que a burocracia não impeça que novos investimentos sejam feitos no estado.

“Estou muito animado com o que vejo aqui. Isso mostra que é possível cultivar soja de excelente qualidade e é isso que vai revolucionar a economia, principalmente, gerando empregos para o nosso povo”, afirmou o governador, ressaltando que para empreender neste setor não será necessário desmatar a floresta.

“É só aproveitar o que já temos de área aberta. Vamos respeitar o novo código florestal e utilizar a tecnologia a nosso favor para aproveitar o máximo possível”, pontuou.

Acompanharam o governador, parlamentares eleitos, empresário do setor rural e técnicos do agronegócios.

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O empresário confia no novo governo do Acre

A propriedade rural visitada pelo novo governador, e que pertence ao empresário Jorge Moura, é um exemplo de que é sim, possível investir em culturas além das tradicionais. Ele aposta no dinamismo do jovem governador para que o Acre cresça como nunca aconteceu em outra época, no setor do agronegócio.

“Nós acreditamos no governador Gladson Cameli e, por isso, fizemos esse grande investimento. Nosso maquinário é o que há de mais moderno no mercado e tenho absoluta certeza que já deu certo. Temos terra de excelente qualidade e o clima é o que a soja precisa. Além disso, temos muita vontade e disposição para trabalhar”, disse Jorge Moura.

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A fronteira estratégica para o desenvolvimento do Acre

Localizado na tríplice fronteira Brasil, Peru e Bolívia, o Acre está em uma posição privilegiada. A proximidade com os países andinos é a rota para alcançar um mercado de mais de 44 milhões de consumidores em potencial.

Além disso, com a conclusão da estrada do Pacífico, exportar a produção por meio dos portos peruanos diminui a distância e o tempo em relação os países asiáticos, um dos principais importadores de insumos brasileiros. Enquanto era senador, Gladson Cameli garantiu a liberação para que o Acre exporte carne bovina e de aves para Peru e Bolívia.

A partir de agora, com a implantação da cultura da soja, o estado se coloca novamente em localização estratégica. Toda produção pode ser escoada pelo porto graneleiro de Porto Velho(RO), por meio da hidrovia do rio Madeira.

Rica em proteínas, a soja é um dos alimentos mais consumidos do mundo. A planta originária da China e Japão é utilizada, principalmente, na forma de óleos, molhos, leites e rações para animais.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Durante a safra 2017/2018, a produção nacional chegou a 119,3 milhões de toneladas, um recorde. O estado do Mato Grosso é o maior produtor do país.

Bolsonaro diz que não fará acordos que prejudiquem agronegócio

A declaração é uma resposta à fala do presidente francês no G20

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (30) que não pretende assumir compromissos ambientais que impactem o agronegócio brasileiro. A resposta foi uma reação às declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que condicionou o avanço das negociações entre a União Europeia (UE) e o Mercosul à posição do governo eleito sobre o Acordo Climático de Paris.

“O Macron está defendendo a França. Esse acordo Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio. Mas não é um não em definitivo, nós vamos negociar”, ressaltou Bolsonaro, após participar da cerimônia de formatura de sargentos da Força Aérea em Guaratinguetá, interior paulista.

Macron disse ontem (29) que irá apoiar a parceria comercial se ela não significar um desequilíbrio nas condições comerciais entre os países. “Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados.”

No Twitter, Bolsonaro já tinha postado uma mensagem afirmando que “está fora de cogitação” o país se sujeitar automaticamente a interesses de outras nações. “Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros”, disse em mensagem na rede social.

Negociações

A União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – a Venezuela está temporariamente suspensa) negociam o acordo, há quase 20 anos, com base em três pilares: diálogo político, cooperação e o livre-comércio.

Bolsonaro disse que foi aconselhado pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a ter cautela nas negociações. “Ele nos recomendou a ter um pouco mais de prudência para que o Brasil não perca mercado aí fora”, acrescentou.

O presidente eleito ressaltou que pretende fazer mudanças na política ambiental para evitar prejuízos aos produtores. “O que nós queremos é uma política ambiental para preservar o meio ambiente, mas não de forma xiita como é feito atualmente. Vamos acabar com a indústria da multa nesse setor.”

Indulto

Bolsonaro reiterou hoje que não pretende conceder indulto natalino a condenados por crimes de menor potencial ofensivo.

“Não é apenas a questão de corrupção, qualquer criminoso tem que cumprir a sua pena de forma integral. É essa nossa política que eu acertei com o [juiz federal] Sergio Moro [confirmado para o Ministério da Justiça]. Se não houve punição ou a punição for extremamente branda, é um convite a criminalidade.”

O texto, geralmente preparado pelo Ministério da Justiça, é assinado anualmente, em dezembro, pelo presidente da República. O indulto de Natal considera, em geral, razões humanitárias. Está previsto na Constituição, mas não é obrigatório.

Ontem (29), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor da validade do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer no ano passado. No entanto, o julgamento foi suspenso por pedidos de vista dos ministros Dias Tofffoli e Lux Fux.

Gladson Cameli defende agronegócio como alternativa econômica para o Acre

O senador Gladson Cameli (Progressistas) defendeu o agronegócio e o desenvolvimento rural como alternativas econômicas para o estado do Acre. Ele participou neste sábado (14), em Boca do Acre, no Amazonas, de um encontro de pecuaristas dos estados do Acre, Rondônia e do Amazonas, evento que debateu além de sustentabilidade, a regularização de terras invadidas na Reserva do Purus.

O evento foi promovido pela Associação de Pecuaristas da Reserva do Purus. Em sua participação, o senador defendeu um novo modelo econômico para o setor que não seja a Florestania. “Esse foi um tipo de política pública de desenvolvimento que não se traduziu em emprego e renda para a nossa população, que está hoje sofrendo com o abandono do poder público”, disse o senador.

Para Cameli, não há outra saída mais viável para o Acre se não a abertura do mercado para o setor agropecuário e o fortalecimento da agricultura familiar. “Precisamos de uma gestão que tenha como prioridade a zona rural, com intervenções do campo para a cidade”, comentou ele.

O progressista defende a criação de um ambiente de negócio favorável com investimentos de baixo custo de investimento estatal, mas de grande alcance social e econômico. Ele abordou as dificuldades de concluir o projeto Luz Para Todos por falta de ramais e do total de R$ 94 milhões de emenda de bancada para melhorias de ramais, que podem voltar aos cofres do governo federal por falta de projetos do governo do estado.

A proposta apresentada pelo senador foi elogiada por pecuaristas como Sidnei Zamora e Mauro Esporido. Cameli aproveitou a agenda na cidade de Boca do Acre para visitar o Parque de Exposições onde acontece o evento agropecuário.

Antes de voltar para Rio Branco, Gladson Cameli recepcionou o governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que desembarcou no final da tarde de sábado para prestigiar a Expoboca.

Saldo da balança do agronegócio em junho é de US$ 8,17 bilhões

Exportações de US$ 9,21 bi representaram 45,6% das vendas externas

O saldo da balança comercial do agronegócio em junho foi de US$ 8,17 bilhões, segundo divulgou nesta sexta-feira (13) a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O resultado das exportações do setor alcançaram US$ 9,21 bilhões, recuando 0,7% em relação aos US$ 9,27 bilhões alcançados em junho do ano passado.

O agronegócio representou 45,6% do total das vendas externas brasileiras do mês. Já as importações do setor totalizaram US$ 1,04 bilhão em junho, com retração de 10,1% em relação ao mesmo período de 2017.

Além da soja, com participação de 53,5% das exportações do setor em junho, os outros quatro principais segmentos foram: produtos florestais (14,4%), carnes (8,3%), complexo sucroalcooleiro (7%) e café (3,9%). Em conjunto, as vendas externas dos cinco setores apresentaram participação de 87% do total exportado pelo agronegócio brasileiro em junho de 2018.

A região asiática, com destaque para a China, foi o principal destino das exportações em junho, mantendo o resultado dos últimos 12 meses. O segundo principal mercado de destino das exportações do agronegócio brasileiro em junho foi a União Europeia, com incremento das vendas, principalmente, de farelo de soja (+US$ 94,70 milhões), celulose (+US$ 60,36 milhões), suco de laranja (+US$ 35,40 milhões) e café verde (+US$ 17,64 milhões).

Resultado da soja

O boletim da Balança Comercial do Agronegócio destaca cenário favorável para as vendas externas do complexo soja (grãos, farelo e óleo), com base no último levantamento da safra 2017/2018 realizado pela Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), que estima que a produção de soja alcançará 119 milhões de toneladas, em alta de 4,2% sobre a safra anterior.

A Conab também estima que a exportação total brasileira para este ano atinja 72 milhões de toneladas de soja, o que superaria em 5,6% o volume do período anterior. No primeiro semestre, o Brasil já embarcou 46,27 milhões de toneladas do grão, gerando receita de US$ 18,43 bilhões. Os aumentos frente ao mesmo período de 2017 foram de 5,2% em quantidade e de 10,6% no valor exportado, resultado da elevação do preço médio em 5,1%, que proporcionou registros de novos recordes de valor e quantidade.