Supremo dá necessária segurança jurídica para contratos de terceirização, diz CNI

Ao permitir terceirização de qualquer atividade da empresa, STF elimina principal foco de insegurança em contratos de serviços especializados existentes antes da Lei da Terceirização

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a liberdade constitucional de contratação e livre organização das empresas elimina um dos principais focos de insegurança para o setor produtivo brasileiro existentes antes da Lei da Terceirização. Na visão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a distinção entre atividade-meio e atividade-fim, como colocada na Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), se mostrava incompatível com as regras praticadas no mundo na contratação de serviços ou no fornecimento de bens especializados e prejudicava o crescimento econômico e o desenvolvimento social.

“A definição certeira pelo juiz do Trabalho do que é atividade-fim estava sujeita a critérios subjetivos, dando margem para que uma empresa que contratasse determinado serviço fosse alvo de ação judicial por terceirização ilícita, enquanto sua concorrente, com contrato semelhante, não”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele lembra que a terceirização consiste de contratos de natureza civil entre duas empresas, que não alteram as obrigações trabalhistas e previdenciárias de cada uma delas com seus respectivos funcionários.

“A terceirização tem papel estratégico nos processos produtivos e deve ser utilizada para aumento da produtividade e competitividade por meio de processos que amplificam especializações e geram oportunidade de empreendedorismo, intercâmbio tecnológico e inovação”, frisa.

Foi nesse sentido que os votos dos relatores das ações perante o STF caminharam, reafirmando a livre iniciativa e a liberdade jurídica de contratar. O colegiado concluiu ainda que a dicotomia entre atividade-fim e atividade-meio é imprecisa e artificial, que ignora a economia moderna.

Segurança e proteção

A CNI sempre defendeu uma regulamentação equilibrada da terceirização, de forma a dar segurança jurídica e proteção para empresas e para os trabalhadores, sem restringir as atividades que podem ser terceirizadas. As Leis 13.429/2017 e 13.467/2017 seguem nessa direção, e, ao mesmo tempo, estabelecem para os trabalhadores envolvidos na prestação de serviços terceirizados dupla rede de proteção, quando estabelecem a responsabilidade subsidiária da contratante por eventuais débitos trabalhistas e previdenciários.

A decisão de hoje confirmou que, mesmo antes da aprovação da lei da terceirização, as empresas já podiam escolher quais atividades terceirizar. É um marco importante, que estabelece diretriz clara e obrigatória a ser seguida pela Justiça do Trabalho em julgamentos futuros que abordem a terceirização.

Comparativo

A decisão do STF é mais um passo no necessário alinhamento da legislação brasileira com o que se pratica no mundo. Como mostrou um levantamento realizado pela Deloitte, em parceria com a CNI, o conceito de atividade-fim e de atividade-meio vinha sendo aplicado apenas no Brasil. Divulgado em março de 2017, o trabalho Terceirização comparada: Brasil e outros países analisou o tratamento legal dado ao tema em 17 países selecionados e constatou que em nenhum há restrição sobre que etapas do processo produtivo podem ser delegadas a outras empresas.

O trabalho analisou como as leis do trabalho, previdenciária e os códigos civis são aplicados na terceirização. Em comum, o levantamento constata que os países tratam esta modalidade de contrato como transferência de parte do processo produtivo, e não aplicam restrições.

Os países analisados partilham dos seguintes critérios para o tratamento da terceirização:

– A terceirização é aceita de forma geral, sem proibições em relação à atividade-meio ou fim;
– Na maioria dos países, não existe legislação específica sobre o tema;
– Aplica-se a legislação civil como reconhecimento expresso do contrato de prestação de serviços;
– Em quase todos, há diferença entre terceirização e intermediação de mão de obra.

Morre em São Paulo a ex-presidente do TJ-AC, desembargadora Cezarinete Angelim

Cezarinete terminou a faculdade aos 22 anos e ingressou no Poder Judiciário em 1988. De 2015 a 2017 ficou foi presidente do Tribunal de Justiça do Acre

Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) informou, na manhã desta quinta-feira (23), a morte da desembargadora Maria Cezarinete Angelim. De acordo com a nota de pesar, ela morreu em São Paulo, no Hospital Beneficência Portuguesa. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Luís Vitório Camolez, presidente da Asmac, disse que ao saber da morte foi até São Paulo para ajudar a família com questões burocráticas.

“Ainda não temos detalhes da morte, ficamos sabendo pela madrugada e peguei o voo para ajudar a família, porque sabemos que nesse momento é mais fácil alguém de fora resolver essas questões burocráticas”, disse.

Carreira

Maria Cezarinete nasceu em Rio Branco e é de família humilde. Tinha um sonho de ser médica, mas pela pouca idade, os pais não a autorizaram sair do estado. Então, optou fazer direito na Universidade Federal do Acre (Ufac), terminado o curso aos 22 anos.

Atuou por quase uma década na advocacia criminal e oito anos como procuradora do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, atualmente o Ibama.

Já em 1988, ingressou no poder judiciário. Ela passou pelos municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul, neste último foi titular e também exerceu a função de juíza eleitoral da 4ª Zona. A magistrada também presidiu a Asmac no biênio de 2003 a 2005.

De 2015 a 2017 foi presidente da Corte de Justiça Acreana. Chegou a receber o Selo Verde Chico Mendes, prêmio inédito de sustentabilidade ambiental. Esteve a frente também da construção e entrega da obra dos Juizados Especiais Cíveis.

Em 2012, foi empossada desembargadora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), tornando-se membro da Câmara Cível.

Para o Biênio 2013-2015 foi vice-presidente do TJ-AC e coordenadora dos Juizados Especiais do Acre. De 2015 a 2017, assumiu a presidência do Poder Judiciário. Já no ano de 2017, foi eleita vice-presidente do Tribunal Regional Eleitora (TRE-AC).

Familiares de detentos em greve de fome protestam na entrada do Tribunal de Justiça e em presídio de Cruzeiro do Sul

Familiares de detentos que estão em greve de fome no Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, fizeram um protesto nesta quinta-feira (16). Um grupo de ao menos 40 mulheres fechou a entrada do Tribunal de Justiça do município e, após conversar com um juiz, seguiram para a frente do presídio e fecharam as duas entradas do local e a rodovia BR-307.

Com cartazes, o grupo pedia informações sobre o andamento das reivindicações feitas pelos presos que estão em greve de fome desde o último dia 13 de agosto em Cruzeiro do Sul e outras cinco unidades do Acre.

O tenente da Polícia Militar (PM-AC) Silva Lima acompanhou a ocorrência disse que após a conversa com o juiz as mulheres exigiram falar com a direção do presídio. O fechamento no local ocorreu por volta de 11h e durou cerca de 40 minutos. Alunos que seguiam para a aula decidiram descer do ônibus para passar pela barreira e ir a pé para escola.

“Achávamos que após a conversa com o juiz estava tudo resolvido. Quando chegamos na unidade havia um tumulto muio grande de veículos lá. Em outra conversa da PM-AC com as líderes, elas decidiram desbloquear a via. Foram recebidas pela direção da unidade e deixaram o local”, relatou.

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Familiares pediam informações sobre a situação dos presos que estão em greve de fome desde o dia 13 de agosto – Foto/Divulgação/Polícia Militar de Cruzeiro do Sul

Conversa com a direção

Ao G1, a diretora do presídio Manoel Neri, Deyse Januário, informou que os familiares se reuniram próximo à guarita da unidade. O grupo formou uma comissão e pediu para conversar com a direção para saber o andamento das reivindicações e se havia a possibilidade de a situação ser resolvida. Os detentos do município permanecem em greve de fome.

“Elas queriam que fossem atendidas as reivindicações dos parentes delas que estão presos, queriam saber se alguma das situações havia sido resolvida. Nada foi cedido, até porque são reivindicações que não dizem respeito diretamente à nossa unidade. Conversamos tranquilamente, explicamos e elas se retiraram”, destacou Deyse.

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Grupo foi recebido pela direção do presídio e após a conversa deixou o local – Foto/Airton Rodrigues/Arquivo Pessoal

Reivindicações

Os presos de quatro pavilhões do Presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, estão em greve de fome desde o dia 13 de agosto. Os detentos da segunda maior cidade do Acre decidiram aderir ao protesto que teve início em unidades prisionais da capital do estado.

Conforme a direção do presídio, nos quatro pavilhões estão 403 presos, integrantes de três organizações criminosas que atuam em Cruzeiro do Sul.

Entre as reivindicações apresentadas estão: o aumento do horário da visita íntima e a revisão dos processos dos que estão com penas vencidas. As reivindicações foram encaminhamos ao Poder Judiciário.

No interior, os detentos também aderiram ao protesto no Presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira e Moacir Prado, em Tarauacá.

Protesto em Rio Branco

Em Rio Branco, na quarta (15), as mulheres de presos fecharam as principais vias da capital pressionando para que as exigências dos presos fossem atendidas. Em nota, o Iapen informou que iria dialogar com as manifestantes, mas não vai cederia às pressões.

O Iapen-AC informou que o movimento busca regalias e que o sistema penitenciário avalia as reivindicações, mas deve ceder apenas nos casos em que o pedido esteja previso em lei.

Tribunal Regional divulga locais de votação das eleições 2018

As pessoas que irão votar em trânsito, ou seja fora do seu local de votação, ou aquelas que não precisam justificar, já podem conferir os locais onde esses serviço será disponibilizado. O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) divulgou a informação no site do órgão na quarta-feira,15.

O TRE publicou no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) os endereços das mesas receptoras de voto, incluindo de voto em trânsito, e das mesas receptoras de justificativa eleitoral de todo o Estado do Acre.

O Tribunal divulgou ainda, as relações atualizadas com os números da extinta 10ª Zona e do município de Capixaba. Neste caso, o TRE-AC faz um alerta para os eleitores: a mudança ocorreu somente em relação aos números das zonas e das seções, mas que não houve mudança de local de votação, salvo em caso especiais relacionados à logística das zonas eleitorais.

O eleitor que quiser consultar as relações dos locais de votação em todo o Estado, das mesas exclusivas para justificativa de voto e de voto em trânsito, bem como as relações das seções eleitorais que foram transferidas da 10ª Zona para as 1ª e 9ª Zonas, e a relação das seções eleitorais de Capixaba que foram transferidas da 8ª para a 2ª Zona, devem acessar o endereço eletrônico http://www.tre-ac.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/locais-de-votacao.

Rosa Weber toma posse na presidência do TSE

A ministra Rosa Weber toma posse hoje (14), às 20h, no cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em sessão solene no plenário da Corte. A solenidade será transmitida ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do TSE no YouTube.

Rosa Weber será a segunda mulher a presidir o TSE em mais de 70 anos de criação do tribunal. A primeira foi Cármen Lúcia, em 2012. O primeiro desafio da ministra será a organização das eleições de outubro, que serão realizadas no dia 7.

Rosa Weber, que é ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), já ocupa a vice-presidência do tribunal e vai suceder a Luiz Fux, que concluiu período máximo de dois anos no cargo. O mandato irá até agosto de 2020.

Na mesma sessão, serão empossados os ministros Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça. Barroso assume como vice-presidente do TSE e Mussi será corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

O TSE é formado por sete ministros, dos quais três são do STF, sendo um o presidente da Corte. Dois ministros são do STJ, um dos quais é o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, e dois juristas que representam os advogados e são nomeados pelo presidente da República.

Nas eleições de outubro, caberá ao tribunal, além de organizar o pleito, deferir os registros de candidatura de candidatos à Presidência da República e todos os recursos que os envolvem.

Histórico

A ministra nasceu em Porto Alegre e fez carreira como magistrada da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul. Antes de ser nomeada para o STF em 2011, Rosa ocupava o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi juíza do Trabalho no período de 1981 a 1991, integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) de 1991 a 2006. Rosa Weber assumiu a presidência do TRT da 4ª Região de 2001 a 2003.

TSE cobrará de candidatos cassados custos de novas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assinou nesta terça-feira (13) um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) para viabilizar a cobrança dos gastos da Justiça Eleitoral com a realização de novas eleições após a cassação do mandato dos eleitos.O acordo foi assinado neste tarde pelo presidente do TSE, ministro Luiz Fux, que será sucedido amanhã (14) pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Webe. A ministra permanecerá no cargo até 2020.

Segundo Fux, todas as verbas que forem gastas pela Justiça Eleitoral para custear as eleições suplementares deverão ser ressarcidas. A cobrança deve ocorrer por meio de uma ação movida pela AGU na Justiça. “O próprio Supremo Tribunal Federal entendeu que quem concorre a qualquer tipo de cargo ou concurso, com base em liminar, fica sujeito, como dizia o saudoso Barbosa Moreira [jurista], a chuvas e trovoadas”, disse o ministro Fux.

Desde as eleições de 2014, a AGU recorre à Justiça para recuperar os custos de novas eleições. Em março, por exemplo, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Tocantins gastou cerca de R$ 15 milhões para organizar o novo pleito para o governo do estado em função da cassação do ex-governador Marcelo Miranda.

Equipe da SETIC do TRT14 conquista 3º lugar em desafio

É a primeira vez que ocorre uma Campus Party em uma cidade da região norte e é muito honroso que seja em Porto Velho. É um dos maiores eventos do Brasil de inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital dentre outros temas relacionados a cultura atual.

A equipe formada por quatro servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia e Acre (TRT14), sendo dois da infraestrutura e dois do desenvolvimento, participaram com o tema acesso à informação. A solução apresentada rendeu o 3ª lugar na avaliação dos jurados. A equipe denominada “Chatbot” foi composta pelos servidores Daniel Barbosa, Frederico Ferrão, José Nogueira Neto e Rodrigo Salvadori.

A Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre esteve representada por uma equipe da hackaton HackAJUS promovido pela Campus Party e pelo Tribunal de Justiça de Rondônia para atuar em um dos dois temas: “Acesso à informação” e “Celeridade na tramitação dos processos judiciais”.

Um hackathon reúne pessoas para criarem juntos soluções tecnológicas. A partir de um tema ou desafio é preciso formar um time, pode ser de colegas ou de pessoas que você vai conhecer no próprio hackathon.

O prazo para apresentação da solução é super exíguo (da quinta 14h30min até sábado 14h30min). O critério de escolha envolve originalidade, impacto e viabilidade técnica. Por vezes apenas o protótipo é apresentado no final mas isso serve como um piloto que pode ser aperfeiçoado posteriormente para cumprir o propósito do desafio lançado.

O protótipo era um chat para a página principal do TJRO que pudesse conversar em linguagem natural respondendo solicitações do público em geral. É algo parecido com o que já tem em grandes portais de vendas que fica em um balão no canto da tela com frases como: “Posso ajudar?” ou “O que você deseja?”. Com treinamento suficiente do programa a pessoa faria pouca distinção entre um humano e a inteligência artificial empregada.

Assim, ao perguntar, por exemplo pelo andamento processual de seu processo a integração do chat poderia consultar e responder. Uma ideia original da solução é que as solicitações que a IA não soubesse responder poderiam ser guardadas em uma base para um humano entrar em contato posteriormente alcançando a satisfação do jurisdicionado. A possibilidades são diversas para uma aplicação como essa.

Mesmo com pouco tempo e conciliando a aprendizagem do zero das novas tecnologias envolvidas a equipe conseguiu fazer a entrega a tempo.

A Justiça do Trabalho ganha quando um servidor participa de um evento como este pois não há copyright (propriedade exclusiva) para o tribunal patrocinador. Eles podem aprimorar a ideia e nós também podemos empregá-la, assim quem ganha é o cidadão rondoniense como um todo, disse José Nogueira Neto, Analista da SETIC do Regional.

De acordo com Nogueira Neto o Governo de Rondônia está de parabéns pela iniciativa do evento, bem como o Tribunal de Justiça – TJRO que prioriza a inovação a ponto de ter a ousadia de capitanear a participação da comunidade além de possuir servidores dedicados para pesquisa e desenvolvimento de novas soluções.

“Nestas soluções pode-se exemplificar a solução orientada à inteligência artificial chamada Sinapses, apresentada no palco Feel the Future. É importante para que todos vejam que dentro do judiciário têm pessoas capacitadas e preocupadas com a melhoria da prestação jurisdicional antenadas com o que há de mais moderno na área de tecnologia”, concluiu Neto.

STF pode julgar esta semana pedido de liberdade de Lula

Julgamento pode ser no dia 9, antes do registro da candidatura

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nos próximos dias o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele aguarde em liberdade o julgamento de recursos contra sua condenação na Operação Lava Jato. Em função da condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril.

O julgamento pode ocorrer na próxima quinta-feira (9), antes de o PT registrar a candidatura de Lula na Justiça Eleitoral para concorrer à Presidência da República, fato que deve ocorrer no dia 15 de agosto, último dia previsto pela legislação eleitoral.

Na semana passada, após o relator do caso, o ministro Edson Fachin, defender celeridade para definir a situação jurídica de Lula antes das eleições, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, responsável pela pauta do plenário, indicou nos bastidores que pode pautar a questão nesta semana.

No entanto, diante da possibilidade de o caso ser julgado pelo plenário, e não pela Segunda Turma, como deseja a defesa do ex-presidente, os advogados podem desistir do recurso e o julgamento poderá ser adiado. De acordo com dois ministros do STF ouvidos reservadamente pela Agência Brasil, o tribunal deverá aceitar o recuo, caso a defesa confirme a desistência.

Eleições

O pedido de liberdade do ex-presidente também tem implicações na esfera eleitoral. Caso a defesa consiga suspender temporariamente a condenação e a soltura de Lula, o ex-presidente poderá concorrer livremente às eleições sem precisar de uma decisão que avalie sua inelegibilidade.

Com a confirmação da condenação na Lava Jato na segunda instância da Justiça Federal, o ex-presidente pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pelos órgãos colegiados da Justiça.

Se a decisão do Supremo for contrária à pretensão de Lula, o STF pode confirmar a inelegibilidade e levar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a negar o registro de candidatura.

Desde junho, quando entrou com recurso na Segunda Turma da Corte, a defesa de Lula pretende que a Corte julgue somente a concessão de liberdade e tenta evitar que o plenário analise a questão da inelegibilidade para as eleições de outubro deste ano porque o ex-presidente ainda pode ser beneficiado por uma liminar e disputar as eleições caso tenha a candidatura barrada.

No entanto, a inelegibilidade não é automática e a questão somente será analisada pelo TSE a partir do dia 15 de agosto, quando o PT pretende protocolar o pedido de registro da candidatura da Lula à Presidência da República nas eleições de outubro.

Recurso

No dia 22 de junho, Fachin enviou pedido de liberdade do ex-presidente para julgamento pelo plenário, e não na turma, como queria a defesa. Ao justificar o envio, Fachin disse que a questão deve ser tratada pela Corte por passar pela análise do trecho da Lei da Ficha Limpa, que prevê a suspensão da inelegibilidade “sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal”.

No entanto, a defesa de Lula recorreu e afirmou que a análise da questão não foi solicitada. “O embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição inicial, nesse sentido, é de hialina [límpida] clareza ao requerer o efeito suspensivo para impedir a ‘execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal Federal’”, sustentou a defesa.

Condenação

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) e teve a pena executada pelo juiz federal Sergio Moro após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça, conforme definiu o STF.

Audiência pública é realizada no TRT de Rondônia e Acre

A Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre realizou com sucesso na quarta-feira (25) uma audiência pública com o objetivo de colher subsídios para a formulação das metas nacionais da Justiça Trabalhista para o ano de 2019, conforme prevê a Resolução nº 221/2016 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O evento reuniu no Plenarinho do edifício-sede os gestores do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT-RO/AC), bem como representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 14ª Região (Amatra14), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal de Rondônia e Acre (Sindijufe), Associação Rondoniense da Advocacia Trabalhista (Aronatra) e da sociedade em geral.

A abertura foi feita pelo presidente do Regional, desembargador Shikou Sadahiro, e contou com a mediação da assessora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Rosana Takebayashi. Na ocasião, gestores responsáveis pelo gerenciamento das metas nacionais no âmbito do TRT-RO/AC explicaram cada meta e o cumprimento pela Justiça Laboral.

A audiência teve transmissão ao vivo pela WebRádio14 para as Unidades da Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre, pelo Instagram do Regional (@trtroac) e com gravação para postagem no canal de Youtube.

Metas

Foram oito metas apresentadas, onde duas são relacionadas especificamente para a Justiça do Trabalho. A maioria está relacionada ao julgamento de processos, tais como julgar mais ações que os distribuído, aumentar os casos solucionados por conciliação, priorizar o julgamento de ações coletivas, como também dos maiores litigantes e dos recursos repetitivos, entre outras.

Shikou Sadahiro destacou a audiência como instrumento de transparência e democratização na construção de metas. “O poder judiciário está aberto à sociedade para colher sugestões, esse foi o objetivo da audiência pública, abrir o tribunal para que todos possam colaborar na construção de metas, que além do que, a gente pode esclarecer sobre o nosso desempenho, a forma como a gente vem conduzindo a nossa prestação jurisdicional”, ressaltou.

A Meta 3, que consiste em aumentar os casos solucionados por conciliação, foi um dos destaques apresentados pelo juiz Auxiliar da Presidência e coordenador dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas de 1º Grau (Cejusc-JT), Vitor Yamada. Segundo ele, as conciliações aumentaram consideravelmente após a instalação dos Cejuscs nos fóruns trabalhistas de Porto Velho/RO e Rio Branco/AC. “É um instrumento que vem sendo bastante utilizado por todos os Tribunais do país, não apenas os Tribunais trabalhistas, e ele tem por escopo justamente proporcionar um ambiente adequado para a conciliação”, afirmou após participar da deliberação com a proposta de alterar a base para o biênio 2016/2017 e manter o percentual aplicado em 2018.

As demais deliberações foram de acompanhar a proposta apresentada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).

Por causa de guerra entre facções, TRE vai pedir tropas federais nas eleições de outubro

A presidente do Tribunal Regional Eleitoral, TRE/AC, desembargadora Regina Ferrari, deve enviar ao TSE, nos próximos dias, ofício solicitando o envio de tropas federais para reforçar a segurança nas eleições de outubro próximo.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal, reportagens relativas á guerra entre facções criminosas no estado estão sendo levantadas para justificar o pedido, e convencer a corte superior sobre a necessidade do envio das tropas, como ocorreu em 2016.

Naquele ano, a Suprema corte eleitoral enviou tropas federais para oito cidades do estado, incluindo Rio Branco.

Inscrição para 3ª Jornada de Estudos 2018 segue aberta

As inscrições continuam abertas para III Jornada de Estudos: Direito Processual Civil, que acontece na segunda semana de agosto. A atividade é destinada ao aperfeiçoamento de magistrados, servidores e operadores do Direito.

A Jornada faz parte do programa de formação continuada da Escola, e terá a participação do professor doutor Daniel Neves, profissional de destaque no Brasil nessa área do conhecimento.

O edital com todas as informações, assinado pelo desembargador-diretor Roberto Barros, foi publicado na edição nº 6.154 do Diário da Justiça Eletrônico.

A III Jornada de Estudos tem como parceira a faculdade Uninorte.

Palestra

A palestra com o tema “Tutela Executiva no CPC 2015” é aberta a todos os públicos. As inscrições são gratuitas, e garantem certificação de duas horas. São 400 vagas para a palestra, que vai acontecer no dia 8 de agosto de 2018, às 19h, no auditório da Uninorte (Bloco E).

O Curso

O Curso Teoria Geral dos Recursos e Recursos em Espécie no Código de Processo Civil (CPC) 2015 será realizado nos dias 7 e 8 de agosto. É voltado somente para magistrados, assessores, e os assessores das Turmas Recursais. São 140 vagas para essa capacitação.

A programação começa no dia 7 de agosto (uma terça-feira), a partir das 8h30min na sala de aula 2 da Esjud. Será retomada no mesmo dia, a partir das 14h30min, e segue até as 18h10min.

Já no dia 8 de agosto, o horário vai das 8h30min às 12h10min, no mesmo local.

As inscrições

No caso do Curso, a matrícula deverá ser feita mediante o preenchimento da ficha de inscrição, devidamente autorizada pelo chefe imediato (no caso de servidor), disponível no endereço https://esjud.tjac.jus.br/, no período de 16 a 27 de julho 2018.

Será observado o critério de ordem de envio para a Esjud e o público-alvo, até o limite de vagas existentes.

Ao término do prazo, a Escola encaminhará para os e-mails indicados a confirmação da inscrição.

Será admitida a desistência da inscrição até 24 horas antes da data do início do evento.

Mais informações

Mais informações poderão ser obtidas no Portal da Esjud (https://esjud.tjac.jus.br/), pelo Facebook (esjudoficial), pelo Instagram (esjudoficial) ou pelo número de telefone 3302-0405.

O Facilitador

Daniel Amorim Assumpção Neves é doutor em Direito Processual Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Professor convidado pelo professor Antônio Carlos Marcato nos cursos de Mestrado e Doutorado de Direito Processual Civil da USP.

Projeto Cidadão do TJAC acontece em agosto no município de Epitaciolândia

O projeto é um trabalho social criado há 22 anos pelo Tribunal

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) promoverá mais uma edição do Projeto Cidadão, desta vez no município de Epitaciolândia. A atividade será executada no dia 17 de agosto. O município fica distante 230 quilômetros de Rio Branco.

A realização da atividade foi firmada em reunião com as equipes do Projeto Cidadão e da Prefeitura de Epitaciolândia. Na ocasião ficou decido os seguintes serviços: expedição de RG e CPF; consulta jurídica; serviços de saúde com vacinação; testes rápidos; saúde bucal; palestras DST; atualização, cadastro e consulta do benefício Bolsa Família; expedição do cartão do Idoso e do SUS; ID Jovem e cortes de cabelos.

O evento também contará com a celebração do casamento coletivo, para o encerramento, a partir das 17h.

O Projeto Cidadão é um trabalho social criado há 22 anos pelo Tribunal de Justiça do Acre, com a finalidade primordial de assegurar à população mais necessitada o direito à documentação básica, como também o acesso rápido e gratuito aos serviços públicos fundamentais, a exemplo de saúde, trabalho e educação, além da área jurídica.

A ação é desenvolvida por meio da parceria com órgãos federais, estaduais, municipais e não-governamentais e, por conta disso, alcança a quem mais precisa com diversas outras atividades, a exemplo da realização de casamentos coletivos, tudo de forma gratuita.

TJAC concede o Colar do Mérito Judiciário à presidente do STF e do CNJ, Cármen Lúcia

Em Sessão Solene Especial, realizada nesta sexta-feira (20), na Cidade da Justiça da Comarca de Cruzeiro do Sul, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Denise Bonfim, no exercício das atribuições conferidas pela Corte de Justiça Acreana, concedeu à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, o Colar do Mérito Judiciário, a maior honraria da Justiça do Acre.

Para a sessão, além da presidente do TJAC, compareceram os desembargadores Eva Evangelista, Samoel Evangelista, Pedro Ranzi, Roberto Barros, Cezarinete Angelim, Francisco Djalma, Waldirene Cordeiro, Regina Ferrari e Élcio Mendes; a procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane, e o representante da OAB/AC, o advogado João Tota Filho. O procurador de Justiça Sammy Barbosa também prestigiou o ato solene.

Ao conferir o Colar do Mérito Judiciário à ministra Cármen Lúcia, a desembargadora-presidente do TJAC asseverou que a comenda concedida traduz o agradecimento do Tribunal de Justiça do Acre pela dedicação da presidente do STF e CNJ à causa da Justiça e pela forma exitosa como a ministra homenageada exerce a magistratura.

“O seu zelo pela atividade judicante, ministra Cármen Lúcia, faz de seu legado um exemplo de dignidade e cultura, a inspirar nosso orgulho e gratidão, sentimentos que esta comenda simboliza”, afirmou Denise Bonfim.

Ao agradecer, a presidente do STF e CNJ destacou a forma “tão generosa” com que a Corte de Justiça Acreana a homenageou com o Colar do Mérito Judiciário.

“Levarei essa homenagem muito mais como reconhecimento da enorme boa vontade dos senhores com todos os seres humanos que querem, de alguma forma, estar juntos dos senhores para contribuir para a causa da justiça, do que qualquer valor pessoal que eu tenho”, disse a ministra Cármen Lúcia.

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A honraria

A Resolução nº 22/86 do Tribunal Pleno Administrativo instituiu o Colar do Mérito Judiciário. Honraria destinada a homenagear personalidades que prestaram relevantes serviços à cultura jurídica ou ao Poder Judiciário.

Antes da sessão, a presidente do STF e do CNJ, juntamente com seus juízes-auxiliares e assessores, participou de uma reunião de trabalho com os desembargadores do Acre e os juízes de Direito Adamárcia Machado, Hugo Torquato, Evelin Bueno e Marlon Machado, todos da Comarca de Cruzeiro do Sul.

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Mais homenagem

Na chegada à Cidade da Justiça, a ministra Cármen Lúcia foi recepcionada com uma apresentação musical de crianças do Conservatório ‘Musicalizando Pessoas com Amor’, coordenado pelo Ministério Público Estadual, em Cruzeiro do Sul. 

TJAC segue modelo de outros estados e adota SerasaJud

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Corregedoria-Geral da Justiça, continua aprimorando as ferramentas para uma melhor prestação de serviço à comunidade. Para tanto, o Poder Judiciário Acreano aderiu ao Termo de Cooperação Técnica n.020/2014, celebrado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a SERASA S.A para acesso ao SerasaJud, sistema que ajuda a reduzir o tempo de tramitação e de cumprimento das ordens judiciais exaradas pelos magistrados, principalmente em processos envolvendo cobranças de dívidas e relações de consumo.

O procedimento, que visa à modernização dos processos judiciais, permite envio de ofícios mediante transmissão eletrônica de dados, via internet, e reduz riscos decorrentes de eventuais descumprimentos de ordens judiciais, bem como fraudes, graças à utilização da certificação digital. O sistema, totalmente virtual, também reduz custos com papel, Correios e pessoal.

O SerasaJud otimiza o trabalho dos magistrados em relação às principais demandas remetidas à Serasa, como as ordens judiciais para a inclusão e a retirada de nomes dos cidadãos do cadastro de inadimplentes.

Pelo termo firmado, somente os magistrados e diretores responsáveis pelas varas e os servidores por eles designados podem ter o acesso autorizado para o cadastramento dos ofícios.

A ferramenta atende regra do novo Código de Processo Civil, que, no parágrafo terceiro do Artigo 782, determina que “a requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes”.

Tribunal condena Cláudia Cruz por evasão de divisas

A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, condenou hoje (18) a jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-deputado federal Eduardo Cunha, a dois anos e seis meses de prisão pelo crime de evasão de divisas. Cabe recurso contra decisão, e a pena poderá ser revertida para medidas alternativas.

A maioria do colegiado entendeu que Cláudia Cruz cometeu o crime de evasão ao manter a conta no exterior e não ter declarado o saldo às autoridades brasileiras. No entanto, a turma manteve a absolvisão do crime de lavagem de dinheiro por entender que não há provas de que os recursos depositados são fruto de “ilícitos perpetrados anteriormente”.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Claudia usou parte do dinheiro para gastos pessoais fora do país. Pelos mesmos fatos, Cunha foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão e está preso em um presídio na região metropolitana de Curitiba.

A decisão do colegiado divergiu do entendimento de Moro, que, em maio do ano passado, absolveu a esposa de Cunha. Para o magistrado, a jornalista teve “participação meramente acessória” e considerou “bastante plausível” a alegação dela de que a gestão financeira da família era de responsabilidade de Cunha.

“Cumpre observar que, de fato, não há prova de que ela tenha participado dos acertos de corrupção de Eduardo Cosentino da Cunha. Deveria, portanto, a acusada Cláudia Cordeiro Cruz ter percebido que o padrão de vida levado por ela e por seus familiares era inconsistente com as fontes de renda e o cargo público de seu marido. Porém, [o comportamento] não é suficiente para condená-la por lavagem dinheiro”, disse Moro na decisão.

Após a decisão, o advogado Pierpaolo Bottini, representante de Cláudia Cruz, disse que a condenação a pena restritiva de direitos não foi unânime e que vai recorrer. Segundo Bottini, a decisão do TRF ainda manteve a absolvição da esposa de Cunha do crime de lavagem de dinheiro.

Presidente do TJAC prestigia sessão solene de posse no TRE

A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Denise Bonfim, participou, nesta segunda-feira (16), da posse do advogado Armando Dantas do Nascimento Júnior, como membro titular da Classe de Jurista, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC), para o biênio 2018/2020.

Também da Justiça Estadual, prestigiaram a Sessão Solene de Posse, que foi conduzida pela presidente da Corte Eleitoral, desembargadora Regina Ferrari, o desembargador Elcio Mendes, e o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), juiz de Direito Luís Camolez.

Conduzido pela vice-presidente do TRE/AC, desembargadora Cezarinete Angelim, e pelo juiz de Direito Marcelo Badaró, o empossado prestou juramento e recebeu as boas-vindas do membro da Corte (Classe Jurista) Marcos Antônio Santiago Motta.

Em seu discurso, o novo membro da Corte de Justiça Eleitoral do Acre, enaltecendo a democracia, lançou mão da produção literária do escritor José de Alencar, com ênfase a sua teoria política, referindo-se à soberania popular e à verdade eleitoral.

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STF dá mais 30 dias para concluir investigação sobre Aécio Neves

A ministra Carmén Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 30 dias para a conclusão das investigações sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no inquérito que apura repasses irregulares da Odebrecht à campanha presidencial de 2014. Inicialmente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido mais 60 dias para concluir a investigação. Na decisão, proferida ontem (13), Cármen concedeu mais 30 dias e afirmou que o objetivo é “evitar dilações processuais indevidas”.

O ministro Edson Fachin é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, mas a ministra Cármen Lúcia decidiu pelo prazo de prorrogação por ser a ministra de plantão no tribunal.

O nome do senador foi citado por ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que teriam repassado vantagens indevidas em 2014 para campanha do senador à Presidência da República. Em depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo disseram que o senador recebeu propina para atuar favoravelmente aos interesses da empresa. O objetivo, segundo os delatores, seria obter apoio parlamentar para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.

Aécio prestou depoimento sobre esse inquérito na sede da Polícia Federal em Brasília, em abril deste ano. Na ocasião, seu advogado Alberto Zacharias Toron disse que os «próprios delatores» afirmaram nos depoimentos que as contribuições financeiras feitas pela Odebrecht às campanhas do PSDB «nunca estiveram vinculadas a qualquer contrapartida». As investigações contra Aécio Neves foram autorizadas pelo STF após a abertura de 76 inquéritos no ano passado pelo ministro Edson Fachin, com base nos depoimentos de colaboração premiada de ex-executivos da empresa.

Biblioteca Compartilhada do TJAC estimula a leitura

A Biblioteca Compartilhada, lançada em abril deste ano, pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), continua estimulando o hábito da leitura de servidores e visitantes que chegam às unidades judiciárias de Rio Branco.

Idealizado pelo Núcleo Socioambiental Permanente do Poder Judiciário Acreano (Nusap), o projeto possui dupla finalidade. Uma é conscientizar sobre os impactos à natureza provocados pelo descarte incorreto dos livros, como se fossem lixo e, a segunda, chamar atenção para importância do livro e o direito à leitura, como bem cultural essencial à formação cidadã e ao desenvolvimento humano.

O projeto é destinado a toda a população e, para participar, basta procurar os pontos com as caixas de coleta e retirar a obra de interesse. Os locais são: os fóruns da Cidade da Justiça, Fórum Criminal e Fórum dos Juizados Especiais, Fórum Barão do Rio Branco e a sede do TJAC.

Não é obrigatório deixar um livro para poder retirar alguma obra, mas para que haja sempre material disponível é importante o envolvimento no ato de doar. Além disso, não é exigida inscrição ou pagamento, o leitor só precisar buscar um dos pontos de coleta para doar e retirar material.

Prefeitura e TJAC renovam cooperação para continuidade do Projeto Justiça e Cidadania na Escola

Os estudantes das escolas de Rio Branco continuarão tendo acesso a palestras, aulas com magistrados e visitas ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) por meio do projeto ‘Justiça e Cidadania na Escola’. A continuidade do projeto foi garantida pela assinatura do Termo Aditivo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Rio Branco e do Tribunal de Justiça do Acre. O documento foi assinado nesta sexta-feira (13) pela presidente do TJAC, desembargadora, Denise Bonfim e pela prefeita da capital Socorro Neri.

Lançado em maio de 2012, o projeto ‘Justiça e Cidadania na Escola’ objetiva a formação de uma consciência cidadã. Além das aulas-palestras ministradas por juízes nas escolas da rede pública municipal de Rio Branco, os estudantes fazem visitas às dependências do Poder Judiciário. O projeto é inspirado no Programa ‘Justiça e Cidadania Também se Aprende na Escola’, criado e implementado nacionalmente pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que apoia a edição acreana.

Em Rio Branco, Alunos das escolas Álvaro Vieira da Rocha, Anice Adib Jatene, Ione Portela da Costa Casas, Chico Mendes, Ilson Ribeiro, José Potyguara , Francisco Augusto Bacurau, Irmã Maria Gabriela Soares, Maria Lúcia Moura Marin, e Padre Peregrino Carneiro de Lima, foram contemplados na primeira edição do projeto.

A presidente do TJ, desembargadora Denise Bonfim, explica que “ao mesmo tempo em que busca contribuir para a formação cidadã de crianças, o projeto também visa garantir uma maior aproximação e interação entre o Poder Judiciário e a sociedade, permitindo aos magistrados conhecer melhor a realidade social, por meio de uma inserção qualificada no cotidiano escolar”.

A prefeita Socorro Neri ressaltou que o programa contribui para o desenvolvimento do caráter e personalidade das crianças e jovens das escolas alcançadas. “Toda mudança na sociedade é possível com a educação. Na medida em que essas crianças têm o senso da justiça, esse é mais um projeto que coopera para a prevenção à violência doméstica e na sociedade como um todo”, concluiu a prefeita.

Estiveram na assinatura do Termo Aditivo, o vice- presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Francisco Djalma, a corregedora do TJ, Valdirene Cordeiro e diretor da Escola da Magistratura, desembargador Roberto Barros.

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TRE/AC realiza encontro e orienta partidos sobre eleição

Representantes de partidos políticos, técnicos responsáveis por registros de candidaturas, contadores e advogados de partidos participaram na quinta-feira,12, de um encontro oferecido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) para receberem orientações gerais sobre as eleições 2018. O evento aconteceu no auditório do Ministério Público Federal (MPF), de 8h30 às 18 horas.

Segundo o TRE/AC o objetivo é orientar o público-alvo sobre registro de candidaturas, documentação respectiva, arrecadação de recursos para campanha, gastos, limite de gastos, abertura de conta bancária, fundo especial de financiamento de campanha, prestação de contas parcial e prestação de contas finais, além de outros assuntos, abordando a lei eleitoral e resoluções do TSE.

“É um encontro extremamente importante para os partidos políticos, candidatos, advogados e os contadores que fazem as prestações de contas, para que possam ser passadas todas as informações como um guia pronto, um checklist de documentação e de como será o procedimento, desde o registro de candidatura até a prestação de contas, são etapas extremamente importantes” disse a presidente do TRE desembargadora Regina Longuini.

Umas das novidades da capitação é a abordagem do PJE (Processo Judicial Eletrônico), que é um sistema de tramitação de processos judiciais que será utilizado a partir das eleições deste ano.

O encontro será mediado por dois servidores do TRE no Acre, Luciana Arruda e Sandro Roberto, titulares da Secretaria Judiciária e da Coordenadoria de Controle Interno do TRE/AC, respectivamente.

“O objetivo da reunião é orienta-los sobre a necessidade de durante o período eleitoral atender para a legislação no que diz respeito a arrecadação de recursos, gastos de campanha e principalmente prestação de contas à justiça eleitoral conforme prevista na legislação”, destacou o Coordenador de Controle Interno Sandro Roberto.

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Socorro Neri participa de encontro do TJAC

A prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, participou nesta quinta-feira (28) no Palácio da Justiça, do encerramento da Semana Estadual Sobre Drogas promovida pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).  O evento contou com a presença de reeducandos do sistema prisional e menores do Instituto Sócio Educativo (ISE). Do TJAC, a prefeita Socorro Neri seguiu para a Assembleia Legislativa onde foi realizada Sessão Solene em Homenagem à VI Semana Estadual Contra as Drogas.

Nos dois eventos, a prefeita destacou que o combate às drogas é questão prioritária do século 21. “Podemos ressaltar sim o trabalho do sistema de saúde e das Casas Terapêuticas no acolhimento e tratamento das pessoas, mas é necessário avançar nas políticas públicas. Nosso maior desafio é equilibrar as oportunidades para todos os jovens de modo a fazer com que não haja adesão deles ao mundo das drogas”.

Neri falou ainda acerca da responsabilidade de todas as esferas do poder para com o combate às drogas, como o governo federal, que tem o dever de proteger as fronteiras e evitar a entrada de drogas, por exemplo, pela enorme fronteira seca do Acre.

Na solenidade do Tribunal de Justiça, a fala da prefeita, foi elogiada pela presidente em exercício do TJ, Eva Evangelista, que citou o comprometimento da prefeitura da capital com o combate às drogas. “Em uma parceria com a prefeitura, a desembargadora Regina Longuini faz palestras nas escolas e alcança muitas jovens, ação que certamente terá continuidade”.

A juíza titular da vara de Drogas, Maria Rosinete Reis, o promotor Marcos Galina e o defensor público, Cassio Tavares, também participaram do evento no TJ.

Pleno do TRT14 confirma a posse de novo desembargador

A posse do desembargador Osmar J. Barneze, ocorrida no dia 25 de maio, foi referendada nesta terça-feira (26) pelos demais desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT-RO/AC), em sessão administrativa do Pleno. Na ocasião, o magistrado participou da sua primeira sessão do Pleno como desembargador.

Na oportunidade, o presidente do Regional, desembargador Shikou Sadahiro, fez questão de ressaltar novamente, como fez durante o ato de posse, a trajetória e competência do novo desembargador que deixou a titularidade da 1ª Vara do Trabalho de Ji-Paraná para ser alçado ao 2º grau. “São 25 anos de magistratura. Uma magistratura extremamente dedicada e empenhada em prol da Justiça. Com certeza, as experiências de ter passado por tantas Varas do Trabalho nos estados de Rondônia e Acre consolidam e dão toda a credibilidade para atuação agora no 2º grau”, ressaltou.

Além de Ji-Paraná, o novo desembargador foi titular nas Varas do Trabalho de Sena Madureira/AC, Brasileia/AC, Rolim de Moura/RO, Ouro Preto do Oeste/RO e Presidente Médici/RO. Atuou também como juiz Convocado à composição do TRT-RO/AC no período de abril/2003 a outubro/2004, bem como na direção do Fórum Trabalhista de Ji-Paraná/RO, nos períodos de abril/2009 a abril/2013 e de setembro/2015 até antes de tomar posse como desembargador.

Da mesma forma, os demais desembargadores registraram as boas vindas ao colega desembargador, bem como também evidenciaram a experiência e atuação do magistrado. O Ministério Público do Trabalho, por meio do procurador Regional do Trabalho no 2º Grau, Jonas Ratier Moreno, e o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 14ª Região (Amatra14), Antonio Cesar Coelho, também parabenizaram o desembargador Barneze e desejaram sucesso na segunda instância trabalhista.

Ao fim, Barneze recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, no grau Grão-Colar, pelos relevantes serviços prestados à Justiça do Trabalho nos estados de Rondônia e Acre.