Em um ano, número de pessoas enterradas sem identificação dobra no Acre

Enterro acontece quando corpo está em estado avançado de decomposição e não foi identificado. Em 2017, foram 4 casos assim, já em 2018, esse número foi duas vezes maior

O Instituto Médico Legal (IML) divulgou, a pedido do G1, o número de pessoas enterradas sem identificação no período de um ano. Ao todo, entre 2017 e 2018, doze pessoas foram enterradas dessa forma – 4 em 2017 e 8 em 2018.

Isso ocorre quando o corpo está em estado avançado de decomposição e familiares não procuram o órgão.

Mesmo o número de 2018 sendo duas vezes maior do que no ano anterior, a direção do IML considera uma quantidade pequena dentro dos procedimentos registrados. O médico legista Alexandre Baroni, que é diretor do IML, explica que o procedimento de enterrar não identificados segue as mesmas etapas que de uma pessoa identificada, inclusive, com mais burocracia ainda.

Os meios de identificação ocorrem através de exames DNA e arcada dentária, por exemplo. “Mesmo assim, se não identificou, quando ele tiver condições de ser guardado, ou seja, quando o óbito é recente o corpo não está putrefato, coloca-se na geladeira e fica lá o tempo que for necessário – pode ser dois meses ou um ano”, explica.

Porém, quando o corpo já é encontrado em estado avançado de decomposição, não há como mantê-lo, inclusive, por uma questão sanitária. “Quando o corpo já está putrefato, não tem como eu guardar, porque logo vai começar a dar mau cheiro”, destaca.

Outro fator também que impossibilita o reconhecimento é que os corpos nesse estado ficam irreconhecíveis. Baroni diz ainda que a orientação é até mesmo evitar que familiares tenham acesso a corpos assim.

“Então, nesse estado de decomposição, você tenta, mas não tem como conservar. Então, a gente tira fotos do cadáver, das roupas, tatuagens, tira material pra DNA, digital e pronto. Emitimos a declaração de óbito de não identificado, vai no cartório, faz a certidão, que vai pra assistência social e libera o caixão e a terra. Só depois disso tudo, a funerária vai e enterra”, pontua.

O diretor enfatiza ainda que, além da espera por familiares, é feita uma busca efetiva para tentar encontrar amigos e familiares. Ele relembra ainda um caso em que um filho reconheceu a mãe dias após ela ter sido enterrada.

“Agora, o que a gente tenta acelerar é a questão do enterro, porque o corpo não pode ficar putrefato na sala de necrópsia, porque para tudo. Se eu deixar um corpo ali dessa forma, cria-se um problema social e de vigilância sanitária”, finaliza.

Estudo aponta que mais de 1,4 mil pessoas foram assassinadas no Acre

Um levantamento apontou que mais de 1,4 mil pessoas foram assassinadas entre os anos de 2015 a 2018 em todo o Acre. Os dados foram confirmados pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Vale ressaltar que a maior parte dessas mortes são de execuções ligadas a guerra entre as facções, especificamente entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), em parceria com o Bonde dos 13, contra o Comando Vermelho.

Nesse período de quatro anos, o ano mais violento foi 2017 com 504 mortes violentas, sendo 323 confirmadas pelas autoridades como execuções. O segundo ano mais violento, foi o de 2018, que segundo dados da Sesp, registrou 392 mortes, sendo que 285 tidas como execuções.

Já em 2016, foram registradas 350 mortes e em 2015, foram 160. Somando todas essas mortes e dividindo pelos quatro últimos, a média de mortes violentas no Acre fica na casa dos 351 por ano.

Em agosto do ano passado, o Acre foi destaque do Anuário da Segurança Pública, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quando mostrou Rio Branco como a capital mais violenta do Brasil proporcionalmente. Em 2017, a taxa de homicídios na cidade foi de 83,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A capital acreana superou até mesmo cidades do Nordeste que há décadas não perdiam o status das mais violentas, como Maceió e Fortaleza.

De 2016 para 2017 o crescimento da taxa de mortes em Rio Branco foi de 35,5%. Entre os estados, Acre e Ceará também dividem o topo dos mais violentos do país. Assim como entre as capitais, o Acre supera o Ceará.

Em 2017, a taxa de homicídios acreana foi de 63,9 assassinatos para um conjunto de 100 mil habitantes –aumento de 41% na comparação com 2016. Essa elevação colocou o estado como o segundo mais perigoso entre os 27 pesquisados. O campeão foi o Rio Grande do Norte, com 68 homicídios para 100 mil moradores. A terceira posição é do Ceará – 59,1 assassinatos/100 mil. (Com informações AC24horas)

Aids: OMS alerta para número de pessoas infectadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um alerta ontem, primeiro de dezembro, data em que se comemora o dia mundial da luta contra a Aids. De acordo com a OMS, cerca de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos por não saber que estavam contaminadas pelo HIV ou por começarem tarde demais o tratamento contra a doença.

Em 2018, o dia mundial da luta contra aids está completando 30 anos de luta mobilização social. Segundo o organização, a estimativa é que 37 milhões de pessoas vivam com o vírus em todo o planeta, sendo que apenas 75% sabe de sua condição e 60% recebem tratamento.

De acordo com os dados aproximadamente 75% das novas infecções por HIV registradas fora da África subsaariana ocorre entre profissionais do sexo; homens que possui relacionamento homoafetivos; usuários de drogas injetáveis; transgêneros; e presidiários, além dos parceiros sexuais de todos que integram o grupo.

Ainda segundo a OMS, estão mais vulneráveis ao risco de serem infectados pessoas que estiveram nas seguintes condições: mantiveram relação sexual sem o uso de preservativo; receberam transfusões de sangue de forma insegura; foram expostas a algum tipo de equipamento injetável contaminado, como agulhas.

Nove pessoas são presas durante a operação Bernadone em Rio Branco

A Polícia Civil deflagrou a operação “Bernardone” que resultou na prisão de nove pessoas na tarde de quarta-feira, 19, suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas, e apreensão de drogas, arma, e munições, além de dinheiro e entorpecentes. Durante a ação foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no bairro São Francisco.

A Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) apresentou todo material apreendido e os presos na manhã de quinta-feira, 20, na Divisão de Investigações Criminais (Dic). A Polícia apreendeu aproximadamente um quilo de droga uma arma de fogo, 40 munições e ao menos R$ 1,5 mil.

O delegado da DRE Pedro Resende, explicou a quadrilha vendia drogas nos becos do bairro são Francisco, e que vão responder por tráfico, associação ao tráfico e porte ilegal de arma.

“Nove pessoas foram presas em flagrante, todas envolvidas com tráfico de drogas. Também conseguimos recuperar o chassi de uma motocicleta que foi roubada e jogada pelos criminosos no Igarapé São Francisco”, disse.

A operação Bernadone faz alusão ao nome de São Francisco de Assis, em referência ao bairro em que ações aconteceram. Segundo a polícia as investigações duraram cerca de dois meses. Ao todo, 120 policiais atuaram na operação.

O delegado informou ainda como a quadrilha atuava naquela região. “A área é dominada por facção criminosa. Eles se agruparam pelas vielas e becos próximos a Rua da Tripa e comandavam a venda de drogas. Ali não havia a distribuição porque os distribuidores são de outros lugares. Lá era mais conhecido como bocada ou biqueira”, explicou.

Ainda de acordo com a polícia várias denúncias recebidas via WhatsApp da Polícia Civil que ajudaram chegar até a quadrilha.

PM frustra assalto no Residencial Mariana e prende seis pessoas em flagrante

No final da manhã desta sexta-feira (14), militares do Quarto Batalhão com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), prenderam seis pessoas em flagrante enquanto faziam funcionários de uma construtora refém no Residencial Mariana.

De acordo com o tenente Farias, do Bope, os policiais receberam a informação de uma assalto em andamento e se deslocaram para o local indicado preparados para realizar a intervenção do crime. Lá eles conseguiram prender dois dos suspeitos em flagrante com uma arma e o restante tentou fugir, mas foram presos na região da Baixada no veículo Pajero que usaram para fuga.

As vítimas foram encontradas amarradas em um escritório sendo mantidas reféns enquanto os criminosos recolhiam objetos de valor e colocavam no carro.

Foram presos, Lindbergh de Oliveira Silva (18), James Mateus Souza dos Santos (20), Azarias Nascimento de Freitas (33), Antonio Carlos Siqueira da Silva Junior (20), Abmael de Lima Magalhães (33) é um menor de 16 anos.

Todos foram encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), e devidamente reconhecidos pelas vítimas.

Deputado Raimundinho da Saúde destaca dificuldades de pessoas com deficiência

Na sessão desta terça-feira (28) o deputado Raimundinho da Saúde (PODE) destacou a importância da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A data é comemorada de 21 a 28 de agosto com o objetivo de sensibilizar governos e comunidades em relação às potencialidades das pessoas com deficiência e chamar a atenção para as suas necessidades, através de ações específicas nesses 8 dias.

Para o deputado, apesar da importância da data que vem sendo celebrada por entidades e associações desde 1964, as pessoas com deficiência não têm muito o que comemorar. “Hoje se encerram as comemorações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência e eu realmente fico constrangido por não termos nada para comemorar, nenhuma conquista. A verdade é que não progredimos quase nada. É uma pena que os governos federal, estadual e municipal nada fazem para garantir a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. É lamentável”, disse.

O parlamentar falou ainda dos obstáculos que encontrou no decorrer do seu mandato para garantir a realização de ações que garantissem a melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência.

“Desde o início do meu mandato venho questionando a falta de aquisição de aparelhos locomotores, de próteses, de cadeiras de rodas, dentre outros. Os governantes precisam olhar mais por essas pessoas, elas não precisam de piedade e sim de oportunidades. Essas pessoas não precisam de esmola, elas apenas querem que seus direitos sejam respeitados. Elas querem se sentir capazes, e são. Minha luta pela melhoria da qualidade de vida dessas pessoas com deficiência vai continuar, eu não vou esmorecer”, concluiu.

Como lidar com pessoas difíceis no trabalho?

Sabemos que cada pessoa tem uma personalidade própria, valores, gostos e opiniões diferentes. Quem nunca perdeu a paciência com as atitudes de alguém? Conviver com pessoas difíceis requer se colocar no lugar do outro e entender o motivo pelo qual ele age assim e é também, esforço e compreensão.

O que você tem a ganhar aprendendo a lidar com pessoas difíceis?

As pessoas difíceis mostram nossas fraquezas, mostram nossa vulnerabilidade, é uma mensagem para você, analise e pense porque que ela lhe deixa tão incomodado. A maneira como uma pessoa reage ao que você faz ou ao que você diz a quem você é, diz muito mais sobre ela do que a você, a psicanálise diz que todos nós temos as nossas sombras, Augusto Cury fala das janelas Killer, inconscientemente nós as desconhecemos e as rejeitamos, e muitas vezes estamos rejeitando o outro porque na verdade rejeitamos o que tem dentro de nós mesmos.

Sua felicidade em primeiro lugar

Concentre-se em você, nas suas boas qualidades, não deixe que toda agressividade e negatividade lhe atinja.

Não caia nas provocações

A comunicação ocupa um papel fundamental na criação e manutenção de nossas relações. A comunicação não violenta por vezes não é uma tarefa fácil, depende de vontade, disposição e de um desejo de melhorar a si mesmo e as relações que desenvolvemos em nossa vida diariamente

● Desenvolva autoconhecimento – Só se compreendendo você será capaz de compreender o outro.

● Não leve para o lado pessoal – uma pessoa difícil geralmente é assim com todos a sua volta

● Tenha empatia – a empatia permite que haja abertura e conexão.

Ao invés de julgarmos apenas o comportamento dos outros, também precisamos olhar para as nossas atitudes. Será que você não é uma pessoa difícil de se conviver? A autovaliação ajuda a não cometer com os outros aquilo que não gosta que façam com você.

Apoio

● Quando você está esgotado e já tentou de tudo, recorra a uma ajuda externa. Converse com o superior responsável se a pessoa difícil é um colega de trabalho ou com o RH da empresa. Às vezes, uma intervenção é necessária vinda de cima para baixo. Mas cuidado ao tomar essa decisão. Você pode passar para os outros a imagem de dedo duro ou, até, incapaz de solucionar problemas.


GINA VALENTE – Empresária, Coach de carreira, Lideranças e Palestrante; Graduada em Administração de Empresas, Especialista com MBA em auditoria , controladoria e tributos – (Uninorte); Business and Executive Coach – Analista Comportamental – Analista 360º; PNL – Practitioner em Programação Neurolinguística – IBC; Fundadora do programa de liderança – LíderAge

MPAC denuncia duas pessoas por decapitação de vítima

Duas pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pelo assassinato de Acílio Veríssimo dos Santos, ocorrido em junho de 2017, no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco. A vítima foi decapitada.

O MPAC pede, ainda, a decretação da prisão preventiva dos acusados, como forma de garantir a ordem pública e a aplicação da Lei Penal, considerando a periculosidade dos denunciados e a prática de crime de homicídio triplamente qualificado (torpeza, tortura e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítma), além de, segundo consta nos autos, a suspeita de integrarem organização criminosa.

A denúncia, subscrita pelo promotor de Justiça com atuação perante o Tribunal do Júri, Ildon Maximiano, é fundamentada em elementos provenientes de investigação da Delegacia de Homicídios de Rio Branco.

O crime

Na madrugada do dia 04 de junho de 2017, no bairro Cidade do Povo, os acusados Emerson Marques e Adalberto Neto atacaram a vítima, desferindo-lhe golpes de arma branca, causando-lhe perfurações no rosto, na região cervical, nas mãos e braços, além de edema na parte genital e nos joelhos, um indicativo de que recebeu golpes enquanto estava de joelhos.

Os golpes atingidos no pescoço da vítima acabaram por separar a cabeça do corpo, ocasionando sua morte. Em seguida, os denunciados puseram a cabeça da vítima sobre o tronco dela e fugiram do local do crime, permanecendo em local incerto por vários dias para evitar prisão em flagrante.

Quando localizado, Emerson chegou a assumir, a princípio, a autoria do crime, mas acabou negando durante interrogatório. Adalberto ainda encontra-se foragido.

O crime teria sido praticado por vingança, já que, em 1997, a vítima teria tentado matar a avó materna do denunciado Emerson.

“Deve-se louvar o trabalho da polícia, na pessoa do delegado Rêmullo César Diniz, e também de seus agentes, que não mediram esforços na identificação dos autores deste bárbaro crime. A expectativa agora é que, sendo processados, sejam conduzidos ao júri, onde possam receber justo julgamento, com a condenação devida”, diz o promotor Ildon Maximiano.

Campanha de enfrentamento ao tráfico de pessoas é realizada em Rio Branco

Em 30 de julho é comemorado o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em alusão à data, teve início nesta segunda-feira a V semana de combate ao tráfico de pessoas, com a campanha Coração Azul. O evento é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Direito Humanos (Sejudh) e parceiros.

A proposta da campanha é sensibilizar a respeito do comércio de seres humanos, crime que acontece quando a pessoa é levada a uma situação de exploração, mesmo que, de início, tenha concordado.

De acordo com o procurador do Trabalho no Acre, Anderson Luiz, na maioria dos casos a promessa de emprego fácil e lucrativo é a ferramenta utilizada para aliciar homens e mulheres, com maior índice dos casos envolvendo o sexo feminino.

“O Ministério Público do Trabalho tem atuação firme no combate ao tráfico de pessoas, sobretudo para a exploração do trabalho em condições análogas à escravidão. Queremos chamar a atenção da sociedade para que fique atenta às promessas de emprego ou trabalho que exija deslocamento a outro endereço longe da família”, destacou Anderson.

No Acre não há estatísticas oficiais de tráfico de pessoas, tendo em vista que é um crime que ocorre, na maioria dos casos, de forma externa. No entanto, a ONU prevê que milhões de pessoas no mundo todo são vitimas dessa ação. O governo do Estado, por meio da Sejudh, desenvolve ações preventivas no combate à pratica criminosa.

“A Sejudh trabalha de modo preventivo nas mais diversas localidades, sobretudo nas fronteiras. Também leva orientação no sistema de ensino no estado, por entender que na maioria dos casos envolvem jovens, e quando somos demandados para casos concretos entramos no rastreamento e conseguimos identificar as pessoas”, ressaltou o gestor.

Denuncias

Conforme orienta a delegada de Polícia Civil no Acre, Lúcia Jaccoub, toda a sociedade pode contribuir no processo de prevenção e identificação de envolvidos, para que possam ser dados os devidos encaminhamentos.

“É fundamental que a sociedade, e não apenas os órgãos de segurança, possa estar irmanada na luta por essa causa. É um crime horrendo e desumano, por isso não podemos nos calar diante da situação. Todo tipo de exploração deve ser combatido com bastante rigor e especialmente prevenindo. As pessoas podem nos ajudar com informações pelo disque 100 ou mesmo 180”, pontuou a delegada.

Tráfico de pessoas é crime tipificado na lei 13.344, de 6 de outubro de 2016. Como um comércio de seres humanos, ele acontece quando a pessoa é levada a uma situação de exploração, seja consciente ou não, e pode acontecer para vários fins: exploração sexual, trabalho equivalente ao de escravo, remoção de órgãos humanos, adoção ilegal e vários outros.

O que constitui o tráfico de pessoas

No Protocolo de Palermo (2003), a ONU define tráfico de pessoas como o “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração”.

De maneira geral, o tráfico de pessoas consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar e privar vidas, caracterizando-se como uma forma de violação dos direitos humanos por ter impacto diretamente na vida dos indivíduos.

Se houver transporte, exploração ou cassação de direitos, o crime pode ser classificado como tráfico de pessoas, não importa se há supostamente um consentimento por parte da vítima.

O tráfico de pessoas é, em todo o mundo, o terceiro negócio ilícito mais rentável, logo depois das drogas e das armas. Essa prática não exclui nenhum país, nem indivíduos, mesmo que mulheres, crianças e adolescentes sejam as principais vítimas.

MPAC denuncia e 49 pessoas vão a julgamento por compor facções

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), representado pelos promotores de Justiça Bernardo Albano e Ildon Maximiano, participou nesta segunda-feira (23), na 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, da audiência de instrução e julgamento de 49 réus acusados de integrar de 3 facções criminosas atuantes no estado.

Eles foram presos em abril de 2017, durante a segunda fase da Operação Êxodos, deflagrada pela Polícia Civil, e denunciadas pelo MPAC, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os envolvidos foram denunciados pelo crime de integrar, promover ou financiar organização criminosa, que prevê ainda aumento de pena pelo uso de armas de fogo e cooptação de menores para as facções.

“Ao longo da investigação foram identificados diversos mandantes de outros crimes, como homicídios, roubos e tráfico de drogas, e as provas desses crimes foram compartilhadas com outras investigações, a pedido do Gaeco, para que a Justiça faça a devida responsabilização desses casos”, destacou o promotor de Justiça Bernardo Albano.

O promotor de Justiça Ildon Maximiano ressaltou que no processo há perfis de facções criminosas diferentes e existe uma interconexão entre elas. “A partir da investigação sobre uma, se chegou a outras, ainda que exista rivalidade entre algumas delas”.

De acordo com o promotor, a audiência é fundamental, uma vez que, diante da escalada de violência dos últimos anos, cabe ao Estado uma resposta, seja na repressão ou em outros mecanismos. “Neste caso estamos tratando da repressão e queremos que ela seja firme, de modo a impedir que essas pessoas possam voltar ao convívio social sem a devida punição”.

Após o término da audiência, que encerrou às 19h30m da noite desta segunda, as partes terão prazo para apresentação de alegações finais e posteriormente o caso será sentenciado.

Mais de 6 milhões de pessoas ainda não se vacinaram contra gripe

Mais de 6 milhões de pessoas que pertencem aos chamados grupos prioritários ainda não se vacinaram contra a gripe este ano. De acordo com o Ministério da Saúde, gestantes e crianças foram os que menos procuraram as salas de imunização, com cobertura de 76,4% e 73,6%, respectivamente. Ao todo, 493.710 grávidas e 3,3 milhões de crianças com idade entre 6 meses e 5 anos ainda não receberam a dose.

Segundo o último boletim epidemiológico da pasta, 50,4 milhões de pessoas foram imunizadas. Desse total, 20,2 milhões são idosos; 4,4 milhões, trabalhadores da saúde; 2,2 milhões, professores; 358,9 mil, puérperas (até 40 dias de pós-parto) e 643,3 mil, indígenas. Conforme o balanço, em todos esses grupos, atingiu-se a meta de vacinação, fixada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 90%.

Desde o dia 25 de junho, os municípios que ainda tinham doses da vacina contra a gripe disponíveis estenderam a imunização também para crianças de 5 a 9 anos e para adultos de 50 a 59 anos, conforme recomendação do governo federal. Nesses dois grupos, já foram aplicadas 997.182 doses, sendo 411.474 em crianças e 585.708 em adultos.

Regiões e estados

O Sudeste é a região com menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento – 84%. Em seguida estão o Norte, com 85%; o Sul, com 90,3%; o Nordeste, com 94%; e o Centro-Oeste, com 99,1%.

Entre as unidades federativas, atingiram a meta de imunização Goiás (106,6%), Ceará (104%), Amapá (100%), Distrito Federal (97,3%), Espírito Santo (96,5%), Pernambuco (95,3%), Tocantins (95,2%), Alagoas (94,1%), Minas Gerais (93,9%), Mato Grosso (93,7%), Maranhão (93,7%), Paraíba (92,8%), Rio Grande do Norte (92,3%), Sergipe (92%), Paraná (92%), Piauí (91,4%) e Mato Grosso do Sul (90,2%).

Os estados com cobertura vacinal mais baixa contra a gripe são Roraima, com 66,7%, e Rio de Janeiro, com 75,6%.

Casos

Até o dia 6 deste mês, foram registrados 4.226 casos de influenza em todo o país, com 745 óbitos. Desse total, 2.538 casos e 495 óbitos foram por H1N1, além de 889 casos e 127 óbitos por H3N2. Além disso, há 317 registros de influenza B, com 44 óbitos e outros 482 notificações de influenza A não subtipado, com 79 óbitos.

Em seis dias, Acre registra 14 execuções e 25 pessoas são baleadas

Desde a última sexta-feira (29) as cidades acreanas já registram 14 execuções de pessoas que, segundo a polícia, estariam envolvidas na guerra entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Outro saldo dessa carnificina urbana vivida pelo Estado são 25 pessoas baleadas no mesmo período.

As cenas de corpos amontoados retornaram ao noticiário policial após um curto período de trégua nesta guerra entre as facções. Desde o começo do ano se falava em um acordo de paz que CV e PCC teriam firmado após ambas terem consolidado seus territórios e rotas para o transporte de drogas. Ao que tudo indica, a guerra foi retomada.

Em entrevista à Rádio CBN Amazônia, o secretário de Segurança Pública do Acre, Vanderlei Thomas, disse que a população acreana precisava se acostumar com a situação. “Essa guerra se instalou e precisamos nos acostumar a ela. Não vivemos a mesma realidade que vivíamos sem essa instalação. É claro que não podemos naturalizar as mortes”, disse ele.

Segundo o último Atlas da Violência 2018, a capital Rio Branco tem uma taxa de 62,5 homicídios para cada 100 mil habitantes; os números superam até mesmo os do Rio de Janeiro, com 25,8/100 mil pessoas.

Desde 2015 os acreanos ficam no meio do fogo-cruzado deste “Acre em Guerra”, a série de reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, que bem retratou a situação da violência no Acre. De lá para cá, além destas chacinas quase semanais, outra prática dos criminosos é incendiar ônibus e outros bens do patrimônio público.

O governo tenta minimizar a situação afirmando que as execuções são resultados das disputas entre facções, não colocando na conta da chamada “violência normal”. Outra estratégia do governo é responsabilizar o Palácio do Planalto pela atual crise da violência ao não fazer sua parte na proteção das fronteiras.

Cresce o número de pessoas que admitem dirigir após ingerir bebidas alcoólicas

Uma Pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais brasileiras revelou que o número de pessoas que admitem ingerir bebida alcoólica e dirigir aumentou 16% nos últimos 10 anos.

Mesmo após 10 anos da implementação da Lei Seca brasileiros afirmam permanecerem com o hábito de conduzir veículo sob efeito de bebidas alcoólicas. Um estudo feito em todos os estados brasileiros entrevistou em fevereiro de 2017 52.034 pessoas maiores de 18 anos.

Nas 27 cidades pesquisadas 6,7% da população adulta referiram conduzir veículo motorizado após consumo de bebida alcoólica. Os homens continuam assumindo mais essa infração totalizando 11,7%, do que as mulheres 2,5%.

A maior incidência foi observada entre os adultos de 25 a 34 anos representando 10,8%, e com maior escolaridade, chegando a 11,2% entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo.

Entre as localidades com maior frequência do problema está Palmas 16,1%, em contrapartida Recife é que tem o menor índice com 2,9%. Com relação ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas, a prevalência sofreu alta de 11,5% entre 2006 (15,7%) e 2017 (19,1%).

Já na observância por sexo, o aumento foi encontrado apenas entre as mulheres, subindo de 7,8% em 2006 para 12,2% em 2017. Entre os homens houve estabilidade no período, mas eles continuam tendo maior prevalência que as mulheres, com 27,1% em 2017.

Risco de colapso em barragem provoca evacuação de 200 mil pessoas nos EUA

As autoridades da Califórnia, nos Estados Unidos, ordenaram a evacuação de mais de 180 mil pessoas em Oroville devido ao risco de rompimento de uma barragem. As informações são da Agência Ansa.

A barragem é considerada a mais alta dos Estados Unidos e pode sofrer danos em um trecho do vertedouro auxiliar de Oroville, a 250 quilômetros de São Francisco.

Milhares de carros que tentaram deixar a cidade acabaram provocando congestionamento na região, logo após o alerta de evacuação para Oroville, Palermo, Gridley, Themalito, South Oroville, Oroville Dam, Irivukke Eats e Wyandotte.

O governador da California, Jerry Brown, ordenou que as operações de emergência sejam aceleradas para permitir a evacuação das pessoas.

Desde o início do ano, 70 pessoas foram presas por pichação na capital paulista

Seis pessoas foram detidas na capital paulista acusadas de pichação desde a última sexta-feira (10) até ontem (12). Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana já efetuaram neste ano, no total, 70 prisões de pessoas que escreviam ou pintavam sem autorização imóveis públicos ou privados.

Os casos do fim de semana envolveram três homens e três mulheres e foram registrados em cinco ocorrências nas regiões da Barra Funda (zona oeste), Casa Verde (norte), Belenzinho (leste) e no centro da cidade. Todos foram levados à delegacia e liberados após assinarem termos circunstanciados (registro de ocorrências com menor potencial ofensivo).

O comunicado da administração municipal diz ainda que estão sendo movidas ações civis públicas contra os pichadores para que eles “sejam condenados a ressarcir os danos causados ao patrimônio público”.

Grafiteiro preso

No último dia 28 de janeiro, o grafiteiro Mauro Neri foi preso enquanto removia a tinta cinza utilizada por agentes da prefeitura para apagar uma de suas obras. O artista é conhecido pelas diversas pinturas feitas pela capital com a assinatura Veracidade. O trabalho de Mauro foi um dos apagados durante a ação da prefeitura que encobriu uma série de intervenções e murais na região da Avenida 23 de Maio, zona sul paulistana.

Alguns dias depois, em 1º de fevereiro, o grafiteiro foi convidado pelo vereador Eduardo Suplicy (PT) para comparecer à sessão plenária da Câmara Municipal em que estava prevista a votação do Projeto de Lei 65 de 2005, que cria o Disque Pichação.

Na ocasião, Mauro criticou a forma como vem sendo conduzido o debate sobre arte urbana na cidade. “Precisamos lidar melhor com as diferenças, porque a denominação do que é grafite e pichação tem ocorrido principalmente para atribuição de valores. Ou seja, quando se gosta se chama de grafite, quando se gosta muito se chama de mural e quando não se gosta se chama de pichação”, ressaltou, em seu depoimento na Casa.

O artista defendeu um diálogo mais aprofundado sobre o tema. “Precisamos de mais escuta, e trabalhar nisso de uma forma mais antropológica e com potencial dos espaços públicos voltado para a educação e formação de opinião”, acrescentou.

Disk Pichação

A proposta do Disk Pichação foi aprovada pela Câmara Municipal em primeira votação na noite de última sexta-feira (10). O projeto cria um canal de atendimento telefônico para receber denúncias de pichação.

Na justificativa do projeto, o autor, vereador Adilson Amadeu (PTB), argumenta que o serviço vai possibilitar que os pichadores sejam apanhados antes mesmo de atuar. “Com esse serviço, daremos uma oportunidade direta e rápida à população de contribuir com sua cidade, denunciando esses pichadores, até mesmo antes do cometimento da pichação ou no seu inicio”, diz o texto.

Para entrar em vigor, a proposta precisa ser aprovada em uma segunda votação. Antes disso, podem ser incluídos pontos, como os defendidos pelo prefeito João Doria, de multa de R$ 5 mil ou restrição da venda de tinta spray.