Provas para vagas no Hospital do Amor ocorrem dia 24

Profissionais que se inscreveram no processo seletivo do Hospital de Amor, unidade de Barretos no Acre, deverão fazer a prova no dia 24 de fevereiro, o local da prova já foi definido. O exame acontecerá na Uninorte no Bloco C, às 8h da manhã (horário local).

“Esta prova é específica por categoria, para medir o nível de conhecimento de cada profissional”, explicou o diretor do hospital João Paulo Silva. De acordo com ele, os aprovados no processo seletivo passarão por capacitação em Barretos.

As vagas são para enfermeiro, técnicos em enfermagem, técnico de radiologia e auxiliar administrativo. A seletiva é dividida em três etapas: Envio de currículos, prova e entrevista.

A previsão inicial era que a prova acontecesse em 10 de fevereiro e a entrevista nos dias 18 e 19 deste mesmo mês. Porém, devido ao grande número de inscritos foi preciso adiar a realização da prova.

“Informamos que precisamos alterar as datas da programação do processo seletivo devido à grande demanda de currículos recebidos, superando às expectativas”, esclareceu João Paulo.

O diretor lembrou ainda que todos os selecionados para fazerem a prova serão informados via telefone. “Vale destacar que todos os candidatos que obtiverem seus currículos selecionados conforme o perfil do Hospital, irão receber uma ligação da instituição confirmando sua participação na segunda etapa”, garantiu.

Convênio que prevê recursos para Hospital do Amor ainda não foi assinado

Inaugurado no final de novembro do ano passado o Hospital do Amor de prevenção e tratamento contra o câncer de Barretos pretende iniciar os atendimentos no mês de março, porém até o fechamento desta matéria o Governo do Estado não havia assinado um convênio que prevê a injeção de recursos para o hospital.

O Jornal Opinião tentou contato com a secretaria Estadual de Saúde para saber se existe o planejamento para a assinatura do termo, fomos informados por meio da assessoria de imprensa da Sesacre que ainda está sendo estudado.

“O diretor que é responsável pela pasta disse que ainda está em processo, não tem nada definido, ainda está sendo avaliado, eles estão trabalhando nisso, não está parado”, afirmou a assessoria.

Segundo o diretor do hospital, João Paulo Silva, foram feitas diversas tentativas no intuito de que o documento foi assinado, na gestão passada, porém a assinatura não ocorreu.

“Esse convênio foi construído pelo estado e por Barretos, com orientação técnica da PGE, infelizmente o antigo governador não assinou, tentamos até o dia 28 de dezembro, tentamos até via judiciário com o doutor Marcos Contrin que foi quem idealizou isso aqui”, disse.

O convênio tem cinco anos de validade, o valor pago pelo Estado nos primeiros 12 meses é de apenas R$90 mil, a partir do segundo ano, esse valor sobe para R$ 143 mil mensais.

“O que representa 143 mil/mês? Se o valor do tratamento de uma mulher com câncer de mana para fazer quimioterapia ou radioterapia custa mais de 200 mil reais, por paciente”, questiona João Paulo Silva.

A construção do hospital custou as cofres públicos 31 milhões de reais, porém o montante é resultado de uma negociação idealizada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) face a uma multa trabalhista imputada ao Estado do Acre.

“Esse convênio é uma contrapartida que o estado da para a instituição para a utilização dessa estrutura. O maior parte do recurso para manter o hospital é de Barretos, o Ministério da Saúde tem a contrapartida pelos procedimentos realizados, tem as contrapartidas do estado, emendas parlamentares e outras frentes financeiras”, explica Silva.

diretor

Capacidade de atendimento é de mais oito mil procedimentos mensais

A unidade tem capacidade para 8.390 atendimentos ao mês entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenas procedimentos cirúrgicos, confirmou o diretor da unidade de prevenção.

“A estrutura conta com essa unidade fixa e duas unidades móveis que são as carretas que vão percorrer os municípios. Todas as estruturas têm uma capacidade de 8.390 procedimentos que vão ser realizados ao mês, eles entre procedimentos invasivos que são cirurgias de pequeno porte atendimento ambulatorial, mamografia e PCCU” explicou Silva.

Ainda de acordo com o diretor a equipe que atuará no hospital será composta por médicos de várias especialidades como: Mastologista e ginecologista, além de profissionais de enfermagem, técnicos e enfermeiros, psicólogos e assistente social.

“O diagnóstico e a prevenção são as melhores armas contra o câncer, tenho certeza que no máximo dois anos nós teremos uma outra realidade no Acre, onde as mulheres não mais morrerão de câncer”, afirmou.

Com o início do novo governo, João Paulo afirma acreditar que a gestão atual não irá se opor a selar o acordo, uma vez que a instituição irá acelerar os procedimentos de prevenção e tratamento de câncer de mana e uterino no estado.

“Eu ainda não sentei com o secretário Alysson Bestene, fiz o convite para vir aqui conhecer a estrutura, mas ainda não sentamos. Mas eu imagino que o novo governador não vai se opor a isso”, destaca Silva.

Vereadores visitam instalações do Hospital do Amor

A presidente em exercício da Câmara de Rio Branco, vereadora Lene Petecão (PSD), juntamente com o prefeito em exercício, o vereador Antonio Morais (PT) visitaram na quarta-feira, 30, o Hospital de Amor, onde puderem conferir as instalações e conversar com o diretor da unidade, João Paulo Silva.

A Unidade, que é uma das mais avançadas do país, atenderá o público feminino no combate ao câncer de mama e colo de útero, e conta também, com três carretas equipadas que irão integrar o programa de prevenção em todo o Estado do Acre.

“Isso aqui representa mais saúde para as mulheres de nosso Estado. O diagnóstico precoce é essencial na luta pela cura de um câncer. Fico feliz que também exista um trabalho itinerante. Dessa forma, poderemos chegar até aquelas mulheres que moram no interior do Estado e não possuem condições de vir até a unidade de saúde”, disse Lene.

A vereadora lembra que com essas unidades, será possível fazer o rastreamento, com a prevenção e detecção precoce do câncer de mama, do grupo de mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, e do câncer de colo de útero, entre 25 e 64 anos, em todo o estado.

O prefeito em exercício frisou sobre a dimensão do trabalho social que será realizado em todo o Acre. “Essa obra é de uma importância sem tamanho. A implantação do Hospital de Amor deve beneficiar ao menos 90 mil mulheres em todos os municípios, reduzindo a incidência de câncer avançado no Estado. Vou convidar a prefeita Socorro Neri, tão logo ela chegue a Rio Branco, para também realizar essa visita à unidade. E desde já coloco a Câmara de Rio Branco a disposição da direção do hospital”, falou Antonio Morais.

Atendimentos

O diretor do hospital, João Paulo Silva frisou que os atendimentos na unidade de saúde devem começar a partir do mês de março. Segundo ele, o processo seletivo para preenchimento das vagas de trabalho já teve início. “A estrutura macro está toda pronta, restando apenas pequenos ajustes. Já demos início ao processo seletivo e se tudo ocorrer conforme o previsto, os atendimentos devem começar no mês de março’, frisou.

Hospital do amor deve começar a funcionar em março

O hospital do Amor destinado a prevenção e tratamento do câncer de mama e de colo uterino deve começar a funcionar no mês de março, e para dar funcionalidade a estrutura que já está pronta, a unidade abriu processo seletivo para contratação de profissionais de diversos áreas no intuito de compor o quadro funcionários.

As vagas são destinadas para enfermeiro, técnicos em enfermagem, técnico de radiologia e auxiliar administrativo. A seletiva é dividida em três etapas: envio de currículos, prova e entrevista.

  Interessados em participar da seleção devem enviar currículo em formato PDF, entre os dias 30 de janeiro a 04 de fevereiro para o e-mail: curriculo.riobranco@hcancerbarretos.com. A prova acontecerá em 10 de fevereiro e a entrevista nos dias 18 e 19 deste mesmo mês.

“Esta prova é específica por categoria, para medir o nível de conhecimento de cada profissional”, explicou o diretor do hospital João Paulo Silva. De acordo com o diretor, os aprovados no processo seletivo passarão por capacitação em Barretos.

“Todo mundo que for aprovado no processo seletivo, vai ter que ir para Barretos para passar por um treinamento, eles são muitos rigorosos. A gente vai começar a atender em março, mas ainda de forma meio tímida, porque a equipe estará em capacitação”, garantiu.

Ainda segundo o diretor da unidade de Barretos no Acre não um número definido de vagas, o hospital irá criar um banco de reserva para chamar os profissionais de acordo com a necessidade.

“O hospital vai abrir um banco de dados de RH (recursos humanos) todas as pessoas que fizerem o processo seletivo e forem aprovadas vão migrar para o banco i informativo do RH e serão chamadas de acordo com a demanda”, esclareceu.

Além da unidade fixa, o hospital conta ainda com mais unidades móveis que devem percorrer os municípios acreanos realizando exames de mamografia e exames preventivos do Câncer do Colo do Útero (PCCU), segundo Silva, cada carreta (unidade móvel) terá uma equipe.

Porém, neste primeiro momento não há previsão para essas carretas, que são as unidades móveis, comecem a atender. Cada unidade móvel contará com uma equipe que acompanhará os trabalhos nos municípios acreanos.

Hospital do Amor de Barretos inaugura unidade no Acre para prevenção do câncer

Hospital conta ainda com duas unidade móveis de atendimento

A população acreana contam a partir de agora com um novo espaço destinado a prevenção e tratamento do câncer de mama e de colo uterino. A Unidade de prevenção foi inaugurada na manhã de ontem, 20.

Além da unidade fixa, o hospital, o Estado contará ainda com mais unidades móveis que devem percorrer os municípios acreanos realizando exames de mamografia e exames preventivos do Câncer do Colo do Útero (PCCU).

A unidade tem capacidade para 8.390 atendimentos ao mês entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenas procedimentos cirúrgicos. O diretor da unidade de prevenção, João Paulo Silva, falou como será o funcionamento do local.

“A estrutura conta com essa unidade fixa e duas unidades móveis que são as carretas que vão percorrer os municípios. Todas as estruturas tem uma capacidade de 8.390 procedimentos que vão ser realizados ao mês, eles entre procedimentos invasivos que são cirurgias de pequeno porte atendimento ambulatorial, mamografia e PCCU” explicou Silva.

Ainda de acordo com o diretor a equipe que atuará no hospital será composta por médicos de várias especialidades como; Mastologista, ginecologista, físico e profissionais de enfermagem, técnicos e enfermeiros, psicólogos e assistente social.

Para a construção da Unidade, o governo do Acre entrou com contrapartida de R$ 31 milhões. O recurso é oriundo de uma negociação face uma multa trabalhista imputada ao Estado do Acre.

O governador Tião Viana participou da inauguração e falou do empenho do Estado na viabilização da unidade. “O que governo fez aqui foi atender o e entendimento do Ministério Público do Trabalho com a direção do Hospital do Câncer e aquilo que era multa de infração de anos passados, converteu-se em um benefício de mais de R$ 30 milhões nessa unidade que vai salvar vidas”, disse o governador.

O gerente do Hospital do Amor de Barretos em todo o Brasil, Rafael Júnior, disse que com a instalação da unidade de prevenção deve reduzir os casos de morte por câncer de mama e de útero no Estado.

“O diagnóstico e a prevenção são as melhores armas contra o câncer, tenho certeza que no máximo dois anos nós teremos uma outra realidade no estado do Acre, onde as mulheres não mais morrerão de câncer” afirmou.

Carretas do Hospital de Amor chegam ao Acre

As mulheres acreanas estão muito perto de contar com um avanço significativo no que diz respeito à saúde preventiva.

É que está prevista para o próximo dia 20, a inauguração da unidade do Hospital de Amor de Barretos no Acre, considerado centro de referência nacional no tratamento de câncer. Excelência em oncologia, o Hospital de Amor de Barretos registra mais de 4,1 mil atendimentos por dia, oferecidos 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A implantação e operação do “Programa de Rastreamento do Câncer de Colo de Útero e Mama”, será executado por meio de uma unidade fixa e duas unidades móveis. A construção da parte física está completa e a outra boa notícia é que as duas carretas que vão percorrer todos os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolau (PCCU) em todas as mulheres que se enquadrarem nos critérios de inclusão (que tenham de 40 a 69 anos para a prevenção do câncer de mama e 25 a 64 anos no caso do câncer de colo de útero), já chegaram ao Acre.

“Isso aqui representa mais saúde para as nossas mulheres. O diagnóstico precoce é essencial na luta pela cura de um câncer. Essas unidades móveis têm capacidade de realizar 57 mamografias e 70 exames de Papanicolau por dia. Isso vai ser muito importante para as mulheres que moram no interior”, destaca João Paulo Silva, diretor do Departamento de Atenção Primária, Ações Programáticas e Políticas Estratégicas (DAPE) da Sesacre.

A unidade fixa contará com toda a tecnologia de ponta e será dividida em alas onde serão realizados os exames, além disto, ainda contará com uma área para a realização de cirurgias de pequeno porte, além de toda área administrativa e área de educação continuada.

A capacidade é de mais de 8 mil procedimentos por mês.

“Como vimos aqui a estrutura macro está toda pronta, restando apenas pequenos ajustes. Se tudo correr como o previsto, inauguramos a Unidade do Hospital de Amor no Acre já no próximo dia 20 de novembro”, destaca João Paulo Silva.

Defendida pelo governador Tião Viana como mais um grande avanço na saúde pública acreana, a implantação do Hospital de Amor no Acre deve beneficiar ao menos 90 mil mulheres em todos os municípios, reduzindo a incidência de câncer avançado no Estado.

Down e a força que vem do amor

Gradativamente, famílias com pessoas Down estão mais informadas sobre como se relacionar e proteger seus filhos. A própria sociedade já se mobiliza contra o preconceito reconhece direitos, que ao longo de muitas décadas atrás, eram praticamente inexistentes.

No Acre, com o surgimento de novas leis por parlamentares como o deputado Ney Amorim, que permitem a inclusão plena dessas pessoas até no mercado de trabalho, uma revolução está em curso.

Na reportagem, conheça um pouco dessa legislação e entenda como mães e pais de Down estão se mobilizando para vencer todas as barreiras que possam impedir essas pessoas de uma vida plena, cheia de felicidade.

Veja mais nas próximas linhas desta reportagem como essas ações têm incentivado a promoção de direitos, acabado com o preconceito social e permitido a essas pessoas uma qualidade de vida infinitamente melhor a que tiveram no passado.

Mas antes, vamos conhecer como uma ideia simples da mãe de um garotinho Down, serviu para esclarecer, tirar medos e unir mães e pais com filhos em condições especiais. Trata-se do grupo digital ‘Um novo Olhar’, criado pela bióloga Roberta Lopes, e que hoje tem mais de 60 famílias.

001

A solidariedade venceu o preconceito

Rosana Garcia
Rosana e Gael esbanjam sorrisos no primeiro domingo de mães: o amor venceu todas as barreiras

A jovem mãe Rosana Garcia diz ter tomado um susto quando descobriu no momento do parto que Gael, hoje com um ano, veio ao mundo Down. “Foi um choque muito grande porque criei toda uma expectativa e só descobri quando ele nasceu”.

Mãe de primeira viagem e sem nunca ter convivido com pessoas Down, o seu maior medo era o do preconceito. “O Gael já era amado, independentemente de qualquer coisa, mas aquilo tudo me assustava, principalmente por conta do que as pessoas poderiam achar dele”, explica a mãe.

Postou na sua página do Facebook sua tristeza de não conseguir lidar com a situação. Foi quando encontrou no grupo de WhatsApp ‘Um Novo Olhar’, o alento necessário para as aflições.

“Uma amiga fez a ponte para que eu entrasse no grupo e tudo melhorou depois disso”, alegra-se a mãe, enquanto observa Gael fazendo fisioterapia, numa sala do Colégio Dom Bosco, tocado pela Secretaria do Estado de Educação e Esporte do Acre, numa parceria com a Saúde do Estado.

Roberta Lopes com Bernardo
Roberta Lopes e Bernardo: ele criou um grupo de Whatsapp para auxiliar mães de primeira viagem

Explica Roberta Lopes, mãe do garoto Bernardo, e idealizadora do grupo digital para famílias com pessoas Down que quando uma mãe ou um pai encontra o apoio de outros na mesma situação tudo fica mais leve e mais fácil.

“As pessoas descobrem que não estão a sós, que Síndrome de Down não é um bicho de sete cabeças, e que há pessoas ao seu lado para ajudar. Então, algo incrível acontece: ganhamos mais força e autoestima para acabar com qualquer obstáculo”, diz a bióloga.

Duas vezes na semana, ela percorre 240 km para a terapia do bebê

Rosana e Gael acordam cedo, todas as segundas e quintas-feiras. Às 4 da matina a mãe está de pé. Prepara a mamadeira, e as roupas do bebê, e uma hora depois embarca com ele em um carro disponibilizado pela prefeitura da cidade.

A família mora em Xapuri, região do Alto Acre, a cerca de 120 quilômetros de Rio Branco. Por duas vezes na semana, são 240 quilômetros percorridos de ida e volta. Em Rio Branco, no Colégio Dom Bosco, Gael tem sessões de fisioterapia e faz avaliações. Volta para o município logo após o almoço.

O atendimento é custeado pelo estado e além dele, uma segunda criança com outra necessidade de tratamento, também passa por terapia em Rio Branco.

O corpo do bebê Down precisa de fortalecimento muscular e esse tratamento não é disponível em Xapuri.

“No começo, achei um pouco cansativo. Mas agora, não. Já me acostumei e estou adorando o progresso da saúde do meu filho”, diz ela, gratificada. O esposo é funcionário municipal e também apoia a iniciativa.

No Dom Bosco, pelo menos 340 crianças e adolescentes são atendidos pelos mais diversos serviços de terapias, todos os dias. Uma ampla rede, que inclui creches tocadas pelo município espalhadas por Rio Branco, também fornece o suporte necessário aos pais com filhos Down, principalmente, aos que não têm planos de saúde para um tratamento em clínicas particulares.

Raissa1
Raíssa Braga é só alegria: além de ótima nadadora, faz educação física na Ufac

Universitária já contabiliza 38 medalhas de natação em torneios

“Iêiêiê, infiel, eu quero ver você morar num motel. Estou te expulsando do meu coração. Assuma as consequências dessa traição”. Marília Mendonça por Raíssa Braga, nos corredores da Universidade Federal do Acre (Ufac). É desse jeito que ele chega para a entrevista, cantarolando. Infiel faz sucesso no coração da jovem Raíssa Braga de Menezes, que aos 25 anos, já coleciona vitórias de dar inveja a muitos atletas. Na natação, foram 38 medalhas, duas delas em um dos maiores campeonatos do país, em São Paulo.

“Toda vez que eu ganho uma medalha sinto que é mais um sentido que dou à minha vida”, diz Raíssa, em conversa rápida com a reportagem porque entraria para a sala de aula, no 7º período do curso de Educação Física, na Ufac.

A condição de Down nunca foi um empecilho para ela, segundo os próprios professores e amigos de curso.

Ney e Junior
Amor incondicional: Ney Amorim se emociona ao ser reconhecido pelo próprio filho, Júnior, pelo carinho e proteção

O poder do amor de pai na vida de um campeão

“Faz o gol. Chuta, Juninho. Vai garoto”, grita o atacante, ao lançar a bola, vendo a defesa do adversário aberta. Júnior, cara a cara com o goleiro, recebe a pelota e dispara um petardo em direção à trave. Puuuuu!…Não foi dessa vez.

Mais tarde, pelada terminada, à beira do campo, a análise do lance. “Caracas, meu irmão, tu quase faz o gol, bicho. Da próxima vai dar certo, porque tu tem muita força no pé, meirrmão”, diz à Júnior o pai, que também é colega de time e seu melhor amigo.

“Pode deixar. Da próxima vez, tu vai ver. Eu vou fazer, pai”, responde o jovem, olhos reluzentes de orgulho, sorriso escancarado de alegria, mirando o infinito.

É assim, de igual para igual que o deputado Ney Amorim, presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, a Aleac, interage com um de seus cinco filhos, o Ney Amorim Júnior, que é Down.

No entendimento do parlamentar, a síndrome não é, e nunca será, um empecilho para a vida normal, preenchida pelo relacionamento rotineiro que todo pai e filho devem ter.

As estatísticas mostram que quanto mais cedo pessoas Down forem estimuladas a exercícios físicos e cognitivos, maiores as chances de interação e de autoconfiança na idade adulta.

É o caso de Juninho, hoje com 26 anos, e uma das maiores paixões do parlamentar. Aliás, parte da trajetória à frente da presidência do Poder Legislativo acreano é dedicada a essas pessoas: crianças, jovens e adultos que nasceram com a trissomia.

Alguns projetos de lei de sua autoria tornaram-se fundamentais para consolidar a cidadania plena de famílias cujas oportunidades costumavam ser quase sempre desiguais.

Menina Sofia
Garotinha Sofia, de 6 anos, interage com os coleguinhas da escola

A escola é fundamental para a integração social

A bióloga Mônica Leal observa de longe a filha Sofia, de 6 anos, batendo palminhas junto ao restante dos amiguinhos de escola, na ciranda que entoa cantigas de roda. A garotinha interage perfeitamente. Só se desconcentra se a mãe chegar à porta da salinha.

“Por isso, evito atrapalhá-la, mas entendo que quanto antes a família inserir a criança na escola, melhor”, diz.

A integração social que a escola permite a uma criança down faz toda a diferença para os pais.

“Sentir esse apoio e a segurança do coordenador pedagógico é muito bom, porque é na escola que ela interage com o mundo e já nem me dá tchau quando a deixo para estudar”, sorri Mônica, com o brilho de orgulho nos olhos, peculiar a toda mãe.

Nesse sentido, pais e educadores são unânimes em dizer que é preciso que a criança compartilhe as atenções e que entenda que tem limites, tendo que respeitar o espaço dos outros ao seu redor.

“O tratamento é o mesmo, como qualquer outra pessoa dita normal e o que é legal é que quanto maior o estímulo, maior é o desenvolvimento psicomotor e social”, explica a bióloga mãe de Sofia.

Encarando tudo de frente

A primeira preocupação que vem à cabeça de pais com filhos Down é como a sociedade vai aceitar seus rebentos. Como vai ser quando ele crescer? É uma das perguntas mais frequentes.

“Mas nada disso é um problema, quando o amor fala mais alto”, explica Roberta Lopes, a mãe que abriu esta reportagem e criou o grupo de aplicativo para agregar famílias Down.

Na sua opinião, “é preciso entender que autoconfiança é fundamental para que tenhamos filhos muito produtivos”.

“Por isso, superar limites e encontrar a vitória é uma decisão acertada. Desesperar-se, jamais”, é o recado.

Ney Inclusao

Conheça mais sobre a Lei de Inclusão no Trabalho de Pessoas Especiais

A Lei nº 12 de 2015, de autoria do deputado Ney Amorim, é um dos maiores mecanismos de inclusão de pessoas consideradas especiais no mercado de trabalho.

A lei garante vaga de trabalho para pessoas Down, em cargos comissionados na Assembleia Legislativa do Acre. Para ratificar e dar exemplo de que é possível, sim, a inclusão, o presidente da Aleac contratou, pela primeira vez na história do Legislativo, os jovens Francisco das Chagas e Seleny de França, ambos Down, párea fazer parte do quadro de servidores da Assembleia.

E não para por aí. É por meio de outro dispositivo que virou lei na Aleac, que Ney Amorim conseguiu com que as mães de recém-nascidos portadores de Down tenham hoje mais facilidade na realização de exames de eletrocardiogramas em seus bebês e mais rapidez nos diagnósticos.

Down e a força que vem do amor

Gradativamente, famílias com pessoas Down estão mais informadas sobre como se relacionar e proteger seus filhos. A própria sociedade já se mobiliza contra o preconceito reconhece direitos, que ao longo de muitas décadas atrás, eram praticamente inexistentes.

No Acre, com o surgimento de novas leis por parlamentares como o deputado Ney Amorim, que permitem a inclusão plena dessas pessoas até no mercado de trabalho, uma revolução está em curso.

Na reportagem, conheça um pouco dessa legislação e entenda como mães e pais de Down estão se mobilizando para vencer todas as barreiras que possam impedir essas pessoas de uma vida plena, cheia de felicidade.

Veja mais nas próximas linhas desta reportagem como essas ações têm incentivado a promoção de direitos, acabado com o preconceito social e permitido a essas pessoas uma qualidade de vida infinitamente melhor a que tiveram no passado.

Mas antes, vamos conhecer como uma ideia simples da mãe de um garotinho Down, serviu para esclarecer, tirar medos e unir mães e pais com filhos em condições especiais. Trata-se do grupo digital ‘Um novo Olhar’, criado pela bióloga Roberta Lopes, e que hoje tem mais de 60 famílias.

001

A solidariedade venceu o preconceito

Rosana Garcia
Rosana e Gael esbanjam sorrisos no primeiro domingo de mães: o amor venceu todas as barreiras

A jovem mãe Rosana Garcia diz ter tomado um susto quando descobriu no momento do parto que Gael, hoje com um ano, veio ao mundo Down. “Foi um choque muito grande porque criei toda uma expectativa e só descobri quando ele nasceu”.

Mãe de primeira viagem e sem nunca ter convivido com pessoas Down, o seu maior medo era o do preconceito. “O Gael já era amado, independentemente de qualquer coisa, mas aquilo tudo me assustava, principalmente por conta do que as pessoas poderiam achar dele”, explica a mãe.

Postou na sua página do Facebook sua tristeza de não conseguir lidar com a situação. Foi quando encontrou no grupo de WhatsApp ‘Um Novo Olhar’, o alento necessário para as aflições.

“Uma amiga fez a ponte para que eu entrasse no grupo e tudo melhorou depois disso”, alegra-se a mãe, enquanto observa Gael fazendo fisioterapia, numa sala do Colégio Dom Bosco, tocado pela Secretaria do Estado de Educação e Esporte do Acre, numa parceria com a Saúde do Estado.

Roberta Lopes com Bernardo
Roberta Lopes e Bernardo: ele criou um grupo de Whatsapp para auxiliar mães de primeira viagem

Explica Roberta Lopes, mãe do garoto Bernardo, e idealizadora do grupo digital para famílias com pessoas Down que quando uma mãe ou um pai encontra o apoio de outros na mesma situação tudo fica mais leve e mais fácil.

“As pessoas descobrem que não estão a sós, que Síndrome de Down não é um bicho de sete cabeças, e que há pessoas ao seu lado para ajudar. Então, algo incrível acontece: ganhamos mais força e autoestima para acabar com qualquer obstáculo”, diz a bióloga.

Duas vezes na semana, ela percorre 240 km para a terapia do bebê

Rosana e Gael acordam cedo, todas as segundas e quintas-feiras. Às 4 da matina a mãe está de pé. Prepara a mamadeira, e as roupas do bebê, e uma hora depois embarca com ele em um carro disponibilizado pela prefeitura da cidade.

A família mora em Xapuri, região do Alto Acre, a cerca de 120 quilômetros de Rio Branco. Por duas vezes na semana, são 240 quilômetros percorridos de ida e volta. Em Rio Branco, no Colégio Dom Bosco, Gael tem sessões de fisioterapia e faz avaliações. Volta para o município logo após o almoço.

O atendimento é custeado pelo estado e além dele, uma segunda criança com outra necessidade de tratamento, também passa por terapia em Rio Branco.

O corpo do bebê Down precisa de fortalecimento muscular e esse tratamento não é disponível em Xapuri.

“No começo, achei um pouco cansativo. Mas agora, não. Já me acostumei e estou adorando o progresso da saúde do meu filho”, diz ela, gratificada. O esposo é funcionário municipal e também apoia a iniciativa.

No Dom Bosco, pelo menos 340 crianças e adolescentes são atendidos pelos mais diversos serviços de terapias, todos os dias. Uma ampla rede, que inclui creches tocadas pelo município espalhadas por Rio Branco, também fornece o suporte necessário aos pais com filhos Down, principalmente, aos que não têm planos de saúde para um tratamento em clínicas particulares.

Raissa1
Raíssa Braga é só alegria: além de ótima nadadora, faz educação física na Ufac

Universitária já contabiliza 38 medalhas de natação em torneios

“Iêiêiê, infiel, eu quero ver você morar num motel. Estou te expulsando do meu coração. Assuma as consequências dessa traição”. Marília Mendonça por Raíssa Braga, nos corredores da Universidade Federal do Acre (Ufac). É desse jeito que ele chega para a entrevista, cantarolando. Infiel faz sucesso no coração da jovem Raíssa Braga de Menezes, que aos 25 anos, já coleciona vitórias de dar inveja a muitos atletas. Na natação, foram 38 medalhas, duas delas em um dos maiores campeonatos do país, em São Paulo.

“Toda vez que eu ganho uma medalha sinto que é mais um sentido que dou à minha vida”, diz Raíssa, em conversa rápida com a reportagem porque entraria para a sala de aula, no 7º período do curso de Educação Física, na Ufac.

A condição de Down nunca foi um empecilho para ela, segundo os próprios professores e amigos de curso.

Ney e Junior
Amor incondicional: Ney Amorim se emociona ao ser reconhecido pelo próprio filho, Júnior, pelo carinho e proteção

O poder do amor de pai na vida de um campeão

“Faz o gol. Chuta, Juninho. Vai garoto”, grita o atacante, ao lançar a bola, vendo a defesa do adversário aberta. Júnior, cara a cara com o goleiro, recebe a pelota e dispara um petardo em direção à trave. Puuuuu!…Não foi dessa vez.

Mais tarde, pelada terminada, à beira do campo, a análise do lance. “Caracas, meu irmão, tu quase faz o gol, bicho. Da próxima vai dar certo, porque tu tem muita força no pé, meirrmão”, diz à Júnior o pai, que também é colega de time e seu melhor amigo.

“Pode deixar. Da próxima vez, tu vai ver. Eu vou fazer, pai”, responde o jovem, olhos reluzentes de orgulho, sorriso escancarado de alegria, mirando o infinito.

É assim, de igual para igual que o deputado Ney Amorim, presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, a Aleac, interage com um de seus cinco filhos, o Ney Amorim Júnior, que é Down.

No entendimento do parlamentar, a síndrome não é, e nunca será, um empecilho para a vida normal, preenchida pelo relacionamento rotineiro que todo pai e filho devem ter.

As estatísticas mostram que quanto mais cedo pessoas Down forem estimuladas a exercícios físicos e cognitivos, maiores as chances de interação e de autoconfiança na idade adulta.

É o caso de Juninho, hoje com 26 anos, e uma das maiores paixões do parlamentar. Aliás, parte da trajetória à frente da presidência do Poder Legislativo acreano é dedicada a essas pessoas: crianças, jovens e adultos que nasceram com a trissomia.

Alguns projetos de lei de sua autoria tornaram-se fundamentais para consolidar a cidadania plena de famílias cujas oportunidades costumavam ser quase sempre desiguais.

Menina Sofia
Garotinha Sofia, de 6 anos, interage com os coleguinhas da escola

A escola é fundamental para a integração social

A bióloga Mônica Leal observa de longe a filha Sofia, de 6 anos, batendo palminhas junto ao restante dos amiguinhos de escola, na ciranda que entoa cantigas de roda. A garotinha interage perfeitamente. Só se desconcentra se a mãe chegar à porta da salinha.

“Por isso, evito atrapalhá-la, mas entendo que quanto antes a família inserir a criança na escola, melhor”, diz.

A integração social que a escola permite a uma criança down faz toda a diferença para os pais.

“Sentir esse apoio e a segurança do coordenador pedagógico é muito bom, porque é na escola que ela interage com o mundo e já nem me dá tchau quando a deixo para estudar”, sorri Mônica, com o brilho de orgulho nos olhos, peculiar a toda mãe.

Nesse sentido, pais e educadores são unânimes em dizer que é preciso que a criança compartilhe as atenções e que entenda que tem limites, tendo que respeitar o espaço dos outros ao seu redor.

“O tratamento é o mesmo, como qualquer outra pessoa dita normal e o que é legal é que quanto maior o estímulo, maior é o desenvolvimento psicomotor e social”, explica a bióloga mãe de Sofia.

Encarando tudo de frente

A primeira preocupação que vem à cabeça de pais com filhos Down é como a sociedade vai aceitar seus rebentos. Como vai ser quando ele crescer? É uma das perguntas mais frequentes.

“Mas nada disso é um problema, quando o amor fala mais alto”, explica Roberta Lopes, a mãe que abriu esta reportagem e criou o grupo de aplicativo para agregar famílias Down.

Na sua opinião, “é preciso entender que autoconfiança é fundamental para que tenhamos filhos muito produtivos”.

“Por isso, superar limites e encontrar a vitória é uma decisão acertada. Desesperar-se, jamais”, é o recado.

Ney Inclusao

Conheça mais sobre a Lei de Inclusão no Trabalho de Pessoas Especiais

A Lei nº 12 de 2015, de autoria do deputado Ney Amorim, é um dos maiores mecanismos de inclusão de pessoas consideradas especiais no mercado de trabalho.

A lei garante vaga de trabalho para pessoas Down, em cargos comissionados na Assembleia Legislativa do Acre. Para ratificar e dar exemplo de que é possível, sim, a inclusão, o presidente da Aleac contratou, pela primeira vez na história do Legislativo, os jovens Francisco das Chagas e Seleny de França, ambos Down, párea fazer parte do quadro de servidores da Assembleia.

E não para por aí. É por meio de outro dispositivo que virou lei na Aleac, que Ney Amorim conseguiu com que as mães de recém-nascidos portadores de Down tenham hoje mais facilidade na realização de exames de eletrocardiogramas em seus bebês e mais rapidez nos diagnósticos.