SESI apresenta plataforma de inteligência em segurança

Empresários reuniram-se na noite da última quarta-feira, 28, na sede da FIEAC, para conhecer a plataforma digital SESI Viva +. Desenvolvida para auxiliar as empresas na gestão do eSocial e dos programas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), a ferramenta surge como uma das mais modernas soluções nessa área, a partir da alimentação de um amplo banco de dados que ajudará os gestores na tomada de decisões.

Entre os principais benefícios do SESI Viva + há um sistema com todos os programas legais do governo dentro dos padrões do Sistema de Escrituração Digital das obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhista (eSocial). A plataforma também dispõe de áreas para tratar de higiene ocupacional, ergonomia, análise de riscos, saúde e segurança no trabalho.

A apresentação da plataforma foi feita pelo médico do trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cláudio Patrus, que, nos dias 28 e 29, também realizou na FIEAC uma capacitação com colaboradores da área de mercado e técnicos do SESI/AC, visando aprofundar as interações em saúde e segurança do e-Social e aplicar ferramentas práticas em prol da atuação de soluções integradas da instituição, sob a lógica da abordagem e atendimento consultivo (gestão integrada entre SST + Promoção Saúde.

“O Sesi Viva + vai atender uma demanda do mercado para fazer uma gestão integrada de saúde e segurança na indústria brasileira. Em um primeiro momento, focado em reduzir os riscos legais na implantação do eSocial, mas também é uma estrutura de sistema de informação preparada para que as empresas possam gerir programas de promoção da saúde e gestão de saúde completa”, detalhou Patrus.

O médico do trabalho destacou que é importante encarar a obrigatoriedade do eSocial não apenas como um controle do governo, mas como oportunidade de promover melhorias de processos a partir dos dados coletados. Ela também respondeu às principais dúvidas de empresários e outros profissionais sobre o tema.

“Entidade com atuação de referência na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), o SESI vem investindo em novas tecnologias e centros de inovação para desenvolver soluções e programas de redução dos afastamentos e dos acidentes no ambiente de trabalho, tendo em vista as demandas da indústria 4.0. A meta é assegurar aumento da produtividade com trabalhadores cada vez mais saudáveis”, afirmou o Superintendente do SESI, César Dotto.

Na visão do vice-presidente da FIEAC e presidente do Sindicato da Indústria de Extração Mineral (Sindmineral), João Paulo Pereira, o SESI Viva + traz soluções adequadas para os empresários. “A plataforma nos ajudará a vencer os desafios diários de modernizar a gestão de saúde e segurança do trabalho nas indústrias, com claros ganhos de produtividade, além da promoção do bem-estar de seus trabalhadores”, garantiu.

Participaram do encontro os diretores da FIEAC e empresários de diversos segmentos industriais. Mais informações estão disponíveis em www.sesivivamais.com.br.

Plataforma digital apresenta um retrato dos serviços de água e esgoto no Brasil

Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada. Metade da população não tem acesso aos serviços de coleta de esgoto. Dos efluentes coletados, apenas 45% são tratados. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que além disso, 1.935 dos 5.570 municípios brasileiros, ou 34,7% do total, ainda registram epidemias ou endemias relacionadas à falta ou à deficiência de saneamento básico.

Os dados foram apresentados durante o Seminário Saneamento 2019-2022, na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que apontou propostas e caminhos para o Brasil dar o necessário salto em investimentos para reduzir o atraso no setor e cumprir, o quanto antes, as metas de universalização dos serviços de água e esgoto. O evento foi organizado em parceria com a Associação Brasileira das Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), a Associação Brasileira das Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Para as entidades, o saneamento básico precisa estar entre as prioridades do governo eleito, como agenda tanto da área de infraestrutura como de saúde pública. Nesse sentido, a ampliação de parcerias com o setor privado é fundamental para ampliar o volume de investimentos, especialmente diante das dificuldades fiscais da União e dos estados. “A experiência mostra que, nas cidades onde foram firmadas parcerias com a iniciativa privada, houve incremento relevante na cobertura e na qualidade dos serviços. Quem ganha com isso é a população”, afirma Mônica Messenberg – diretora de Relações Institucionais da CNI.

82% dos municípios de Acre registram doenças relacionadas à falta de saneamento básico

Levantamento da CNI mostrou que 18 dos 22 municípios de Acre, o correspondente a 81,8% das cidades, registraram doenças relacionadas à falta de saneamento básico, em 2017. Os números revelam que apenas 12% da população têm acesso à rede de coleta de esgoto, patamar bem inferior à média nacional de pouco mais de 50%. Entre as doenças com maior incidência estão diarreia, verminose e dengue.

Na avaliação da CNI, é preciso repensar políticas no estado para o setor de saneamento. A parceria com a iniciativa privada é uma grande oportunidade para reverter esse quadro de atraso. Entre os municípios acreanos, só seis têm política de saneamento. De 2014 a 2016, foram investidos no Acre R$ 70 milhões no setor.

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Universalização distante – A área de saneamento básico é a mais atrasada da infraestrutura brasileira. De acordo com os dados mais atuais, apenas 51,9% da população dispõem de serviço de coleta de esgoto e menos da metade do que é produzido recebe tratamento. Segundo o estudo Saneamento Básico: Uma agenda regulatória e institucional, da CNI, para reverter esse quadro e atingir as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), o Brasil precisa ampliar em 62% os investimentos no setor, o que significa aumentar a média anual de recursos para o setor dos atuais R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões.

“No Acre, o setor produtivo aposta na parceria-público-privada para fazer a gestão de companhias de água e esgoto como o instrumento mais viável para universalizar o saneamento básico”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano. O empresário explicou que é fundamental que o Poder Legislativo converta em lei a MP 844/2018, que institui o novo marco legal do saneamento no país, e aprimora as normas para o setor privado operar na área de maior déficit de atendimento da infraestrutura brasileira.

Ufac lança plataforma de cadastro de laboratórios

A Universidade Federal do Acre (Ufac) lançou a Plataforma ProLab nesta quinta-feira, 14. A proposta do projeto é criar um sistema em que todos os laboratórios de ensino e pesquisa estejam cadastrados, mantendo um controle de suas necessidades, como manutenção e reforma, aquisição e manutenção de equipamentos e mobiliários.

A plataforma foi lançada oficialmente pelo reitor em exercício, Josimar Batista, e pelo pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid. O ProLab é uma ação do Projeto Estratégico de Reestruturação e Modernização de Laboratórios, elaborada pelo Planejamento Estratégico da Ufac em conjunto com o Núcleo de Tecnologia da Informação. Hid relata que a plataforma serve para subsidiar outras ações; tem como objetivo proporcionar laboratórios adequados às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Para efetuar o cadastro no ProLab, o coordenador, professor ou técnico-administrativo responsável deve acessar o site sistemas.ufac.br/prolab. E terá um prazo de 30 dias para o preenchimento dos dados no sistema; após a coleta dos dados será efetuado um cronograma de visitas da equipe básica para levantamento das necessidades dos laboratórios, de questões de aquisição de equipamentos, insumos, manutenção corretiva de equipamentos, manutenção física e reforma.

Nova plataforma de boletos bancários registra problemas

Clientes reclamam que não estão conseguindo completar transações

O cronograma de implementação da nova plataforma de cobrança de boletos bancários está chegando ao fim, mas clientes reclamam de não conseguirem fazer os pagamentos. A partir de hoje (26), os boletos com valor igual ou superior a R$ 400 precisam estar registrados na nova plataforma para serem quitados.

A nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) começou a entrar em vigor em julho de 2017. As mudanças estão sendo feitas de forma escalonada, tendo sido iniciada com boletos a partir de R$ 50 mil. A partir de 21 de julho, serão incluídos os boletos com valores a partir de R$ 0,01. Pela expectativa da Febraban, em 22 de setembro o processo será concluído, com a inclusão dos boletos de cartão de crédito e de doações, entre outros.

A ferramenta permite a identificação do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do pagador, facilitando o rastreamento dos pagamentos e permitindo o pagamento de boletos, mesmo vencidos. O próprio sistema verifica as informações em cada transação. Se os dados do boleto coincidirem com os da plataforma, a operação é validada.

O sistema, no entanto, tem registrado “intermitências em seu funcionamento”, como a própria Febraban reconhece. Proprietário de uma empresa de administração de condomínios, Nicson Vangel emite cerca de 30 mil boletos por mês. Segundo ele, cerca de 1 mil condôminos reclamam de não conseguirem pagar os boletos registrados na nova plataforma, que se tornou obrigatória para o setor por causa da introdução do limite de R$ 400.

Vangel reuniu-se com bancos, em Brasília, onde fica a sua empresa, mas ainda não conseguiu uma solução definitiva para o problema. “Os bancos ainda não estão preparados para isso. Às vezes, o pagador consegue pagar na boca do caixa, depois de tentar outro canal, como caixa eletrônico ou pela internet”, relatou. O empresário está resolvendo as reclamações caso a caso.

Custos

Dona de uma empresa de manutenção de elevadores, Ana Cláudia Goulart Moreira de Almeida também tem passado dificuldades. Ela precisou trocar a empresa que gerava os boletos porque não conseguia emitir as faturas com o registro. “Hoje estamos com três sistemas gerando boletos, tentando resolver isso. Temos uma média de 300 boletos mensais. A quantidade de clientes que ligam falando que não conseguiram fazer o pagamento tem aumentado. Mesmo com o boleto registrado e a gente acompanhando tudo”, afirmou.

Segundo Ana Cláudia, o problema no sistema gera custos para a empresa porque ela às vezes precisa ir até o cliente buscar um cheque para receber o pagamento. Ela tem oferecido outras opções para os clientes, como depósito ou transferência. “É um transtorno para a gente. São cerca de 50 clientes que não conseguem pagar. Mesmo acompanhando o depósito em conta ou com cheque, a gente perde o controle da contabilidade”, disse.

Ana Cláudia acrescentou que tenta emitir um segundo boleto quando o cliente não consegue pagar, mas nem sempre isso funciona. “Já paguei duas emissões de boleto e ainda tive que ir buscar cheque ou conferir depósito”, destacou.

Reclamações

Em um site de reclamações de consumidores, também é possível encontrar casos de pessoas que não conseguem pagar os boletos. “O site me retorna a mensagem ‘0301 Pagamento não permitido. Contacte o beneficiário / favorecido do boleto. (G999-576)’. Não sei o que quer dizer o código. Já tentei de diversas formas e não consigo pagar!”, postou uma cliente na página. “Mesmo problema aqui, e o boleto estava com o registro de sacado e pagador. Infelizmente tive pagar um TED para um banco que funciona de verdade para poder fazer o pagamento”, escreveu outro cliente no site, Fabiano Mucillo.

Em nota, a Febraban informa que a nova plataforma “vem registrando intermitências em seu funcionamento, que estão sendo solucionadas pela rede bancária”. Segundo a entidade, o novo sistema registra 3,3 bilhões de transações, com a inclusão de 1,2 bilhão de boletos de pagamentos em sua base.

“Para o perfeito funcionamento do sistema, a Febraban esclarece que as empresas precisam cadastrar os boletos na base do sistema da NPC [Nova Plataforma de Cobrança], antes de emitir o boleto impresso”, ressalta a federação. O processo é o seguinte: o emissor do boleto (empresa) envia as informações para serem inseridas e registradas na nova plataforma pelas instituições financeiras, espera a confirmação do registro do boleto, e, somente após a validação, emite e envia o documento ao pagador.

“Se for constatado que o pagador não conseguiu quitar um boleto cadastrado na NPC por causa dessa intermitência temporária do sistema, a Febraban orienta que o pagador procure o banco emissor do boleto, que poderá receber o pagamento do documento, inclusive se estiver vencido”, acrescentou. Entretanto, no caso de o boleto não estar registrado na nova plataforma, a federação orienta que o consumidor procure o emissor para quitar o débito.