Endividamento das famílias em período de crescimento agrava crise no futuro, diz BC

Pesquisa mostra que quem pega mais empréstimo quando a atividade está em alta, reduz mais o consumo na recessão

O comprometimento expressivo da renda das famílias com empréstimos em períodos de crescimento econômico tende a ser seguido por crises mais fortes. A avaliação foi publicada em estudo do BC (Banco Central) publicado nesta terça-feira (31).

A pesquisa mostrou que aqueles que se endividaram mais em momentos de maior oferta de crédito, quando a atividade estava em alta, reduziram mais o consumo nos anos seguintes para pagar as parcelas.

A avaliação é que, no Brasil, a economia vive ciclos alternados de crescimento e recessão.
“O fato de esses movimentos individuais atuarem no sentido de aprofundar a fase ruim do ciclo econômico aponta para a relevância desse mecanismo para a política econômica no que tange à regulação do crédito”, concluiu o levantamento.


Mesmo em meio à crise gerada pela pandemia de Covid-19, o comprometimento de renda das famílias aumentou de forma expressiva com a larga oferta de crédito no período. Segundo dados do BC, divulgados na última sexta-feira (28), o endividamento das famílias alcançou 57,1% em fevereiro, mesmo percentual registrado em janeiro. Ambos são o maior da série histórica, iniciada 2005.

Na comparação com fevereiro do ano passado, o nível de endividamento aumentou 8,6 pontos percenuais.

O número considera o estoque dos financiamentos da família com relação à sua renda em 12 meses. O indicador passou de 50% pela primeira vez em outubro do ano passado.

Com isso, 30,7% da renda mensal do brasileiro ficou comprometida com parcelas de empréstimos em fevereiro.

Na análise divulgada nesta terça, o BC comparou o padrão de consumo durante a expansão do crédito entre 2011 e 2014 com o movimento na recessão de 2015 e 2016.

“A primeira conclusão do estudo é que há uma correlação clara e negativa entre o aumento do endividamento entre 2011 e 2014 e a variação de consumo, medido pelas compras em cartão de crédito da mesma pessoa, nos anos de recessão, 2015 e 2016”, disse o documento.

Segundo o estudo, os bancos públicos tiveram maior participação no período de crescimento da oferta de crédito e, por isso, os servidores públicos foram mais expostos ao endividamento, especialmente no consignado, em que as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento. Como consequência, o grupo reduziu mais o consumo na crise em relação aos trabalhadores do setor privado.

“Comparando os empregados públicos, que estiveram mais expostos a essa fonte de crédito, com os do setor privado (menos expostos), isola-se o aumento na razão dívida-renda causada pelo choque de expansão de oferta de crédito e mostra-se que ele resultou em uma redução relativa de consumo”, afirmou o texto.

“Ficou demonstrado que o episódio de expansão-recessão sob análise teve a participação central dos bancos públicos. As modalidades de crédito preferidas foram as de menor risco, dada a presença de colateral, em particular o crédito consignado para servidores públicos, atingindo principalmente os situados na porção mais baixa da distribuição de renda dentro desse grupo”, pontuou.

De acordo com a pesquisa, aqueles que tomaram menos empréstimos entre 2011 e 2014 tiveram redução 9,5 ponto percentual menor em gastos no cartão de crédito entre 2014 e 2015 em relação aos que se endividaram mais.

O texto ressaltou, no entanto, que a pesquisa tem limitações. “Há dificuldades de determinação da relação de causa e consequência, já que outras variáveis, que não aparecem nos bancos de dados, poderiam estar levando a uma queda mais forte no consumo em 2015 e 2016 justamente para os indivíduos que apresentaram maior aumento do endividamento no período de 2011 a 2014, sem que houvesse relação causal entre esses fatos”, ponderou.

“O ideal seria poder criar dois grupos de tomadores em um ambiente experimental, fornecendo maior oferta de crédito a um deles e a outro não, para observar as consequências disso de forma aleatorizada. Infelizmente, a realização de um experimento desse tipo não seria teria sido viável”, continuou.

O estudo apontou que houve aumento de crédito para as famílias desde o início da base de dados do BC, em 2003, até a crise de 2015. “Entretanto, as séries do crédito fornecido por instituições privadas e públicas divergiram a partir de 2011, com as públicas mantendo o ritmo de crescimento enquanto as privadas apresentaram estabilidade ou redução de crédito.”

O levantamento faz parte do Relatório de Economia Bancária, que será divulgado integralmente na próxima segunda-feira (7).

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BC aumenta para US$ 1 milhão valor mínimo para declaração de recursos e bens no exterior

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou, nesta quinta-feira (30), para US$ 1 milhão valor mínimo para declaração de recursos e bens no exterior.

Antes, pessoas e empresas que tinham ativos acima de R$ 100 mil fora do país eram obrigados a fazer o registro no Banco Central.

Segundo o chefe do departamento de estatísticas da BC, Fernando Rocha, a medida tem o objetivo de diminuir custos para a autoridade monetária e ressaltou que a declaração, que é anual, tem apenas valor estatístico.

“Em 2004, quando o a declaração do CBE [Capitais Brasileiros no Exterior] foi criada, tínhamos cerca de 20 mil declarantes. Agora, temos 64 mil. Esse aumento se deu na base, em valores entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão”, exlicou.

Gabriel Cabral/Folhapress

“O Poder Público brasileiro tem outras bases de dados com informações sobre ativos no exterior, eventualmente necessárias para a atuação dos órgãos de controle, policiais ou judiciários. De se observar que pessoas e empresas são obrigadas a declarar a integralidade desses seus ativos, sem a existência de pisos, à Receita Federal”, explicou a autoridade monetária, em nota.

Além disso, o CMN mudou regras sobre o fornecimento de informações ao BC de movimentações em contas de depósito em reais de pessoas que moram fora do país.

Agora, apenas movimentações acima de R$ 100 mil precisam ser comunicadas à autoridade monetária. O piso anterior era de R$ 10 mil.

Segundo o chefe-adjunto do departamento de regulação prudencial e cambial do BC, Augusto Ornelas, a mudança diminui assimetrias entre contas de residentes e não residentes no Brasil.

“Entendemos que é oportuno flexibilizar essas regras, nosso entendimento é que a elevação desse valor não prejudica as competências do regulador, estatísticas ou de supervisão”, disse.

Ele afirmou que 82% de operações informadas são de valores abaixo de R$ 100 mil, mas elas só representam 3,5% em valor financeiro.

“A nova regra vai baratear as contas de não residentes”, justificou.

O conselho reduziu, ainda, a taxa de juros do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para os agricultores que tiveram as atividades prejudicadas pelo “Ciclone Bomba” de 2020.

Os agricultores poderão acessar o crédito de custeio e investimento com as taxas de juros mais baixas (2,75% ao ano).

“A passagem do “Ciclone Bomba” pela região Sul provocou danos em vários municípios. Estima-se que mais da metade dos municípios catarinenses tiveram famílias de produtores rurais ou de pescadores afetadas pelo ciclone, com perdas principalmente na pecuária, olericultura, fruticultura, reflorestamentos e flores ornamentais”, explicou a pasta.

Também foi estendido para 12 de dezembro o prazo de vencimento das parcelas de operações de crédito rural de agricultores que foram prejudicadas pelas medidas de distanciamento social ligadas à pandemia da Covid-19.

As parcelas venceriam em 15 de agosto segundo resolução anterior.

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Policiais militares evitam furto a agência bancária em Acrelândia

Na madrugada desta quinta-feira, 31, em uma ação rápida e enérgica, militares do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) conseguiram impedir o furto a uma agência bancária no bairro Cageacre, em Acrelândia. A ação resultou na prisão em flagrante de um dos envolvidos e na apreensão do veículo utilizado no crime.

Acionados via 190 para atender a ocorrência, de imediato os militares se deslocaram. Chegando ao local, viram três homens violando um caixa eletrônico. Ao avistar os policiais, o trio saiu em fuga, porém um deles, Everton Flanclin Mendes do Nascimento, 35, foi detido em um terreno baldio nas proximidades. Com o apoio de policiais civis, foram realizadas buscas na tentativa de capturar os demais envolvidos, mas não foram localizados.

O veículo Golf, de cor vermelha, placa NBG6446, foi apreendido nas imediações e, no local do crime, os materiais utilizados na tentativa de furto: uma furadeira industrial de alto impacto com várias brocas, uma furadeira profissional, uma esmerilhadeira, um transformador de 5 mil whats, dois alicates, entre outros itens. Os policiais entraram em contato com o gerente da agência, o qual informou que aparentemente nada havia sido levado e que uma equipe da empresa faria a perícia no local.

Para proceder as demais providências pertinentes ao caso, o indivíduo, o veículo e todo o material apreendido foi levado para a delegacia local, onde, após consulta, foi constatado que Everton responde a processo pelo crime de receptação e o automóvel possui restrição judicial.

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Governo apresenta plano de governo a representantes do Banco Mundial

O governador Gladson Cameli recebeu na manhã desta segunda-feira, 28, em seu gabinete uma comitiva de representantes do Banco Mundial. Durante o encontro foram apresentadas a nova equipe e as novas diretrizes de acordo com o plano de governo. A missão iniciada nesta segunda-feira se estende até o dia 31 de janeiro com reuniões.

De acordo com o secretário de Planejamento, Raphael Bastos, a ideia é que os projetos sejam reajustados conforme as prioridades da atual gestão, nas áreas do agronegócio e também infraestrutura. “Precisamos de uma boa carteira de investimentos em obras para aquecer a economia em curto prazo. A visita dos representantes do Banco é uma revisão de meio termo para rever os projetos que estão aprovados. Temos uma operação de crédito junto ao Banco de cerca de 150 milhões de dólares, dos quais 30 por cento já foram executados”.

Este recurso vinha sendo utilizado para desenvolver as ações do Programa de Saneamento Ambiental Integrado e Inclusão Socioecômica do Acre (Proser), que inclui projetos de ampliação do acesso aos serviços básicos de educação e de saúde, implantação dos sistemas produtivos agroflorestais sustentáveis e saneamento integrado em áreas isoladas.

No decorrer da agenda a equipe do Banco Mundial irá se encontrar com representantes das secretarias de Infraestrutura e Urbanismo, de Gestão Administrativa, Planejamento, Educação e Esporte, Produção e Agronegócio, Meio Ambiente, Empreendedorismo e Turismo, Saúde e de Indústria, Ciência e Tecnologia A dinâmica de trabalho segue com a apresentação das diretrizes de cada uma das pastas e discussão de assuntos que estão em análise no Banco. A proposta é definir um plano de trabalho para a readequação do projeto.

“Viemos com o objetivo de conhecer as prioridades do novo governo do Acre e avaliar juntos como os projetos em andamento podem se alinhar a essas prioridades. Fazendo reajustes para continuar o trabalho. Vamos falar no sentido amplo dos desafios do Estado e de como o Banco pode apoiar o desenvolvimento em geral”, destacou o representante do Banco Mundial, Tomas Rosada.

Na quinta-feira, a comitiva volta a se reunir com o governador depois de terem definido com a equipe técnica os encaminhamentos para a reestruturação da parceria.

Socorro Neri recebe novo Superintendente do Banco do Brasil no Acre

Aprefeita de Rio Branco, Socorro Neri, recebeu na manhã desta quinta-feira,17, o novo superintendente do Branco do Brasil no Estado, o acreano Márcio da Costa Carioca, que era gerente de agência e assumiu a superintendência local no último dia 2 de janeiro. Márcio estava acompanhado de Gustavo Arruda, que acaba de assumir a Superintendência de Varejo do BB, que dá suporte aos estados do Acre e Rondônia. Max Wendel, gerente do setor púbico do BB no Estado, também acompanhou a visita de cortesia à prefeita.

A nova estrutura que engloba Acre e Rondônia, segundo Gustavo, dará prioridade ao agronegócio e agricultura familiar nos dois estados. Ele garantiu à prefeita que a instituição está disposta a apoiar a capital acreana no fortalecimento da agricultura familiar. “Viemos nos colocar à disposição da prefeitura de Rio Branco e apresentar a nova configuração dessa superintendência voltada pro Acre e Rondônia, que têm muito potencial de desenvolvimento, à prefeita Socorro Neri, que tem uma gestão muito moderna”.

Citando a operação de crédito entre a Prefeitura e o Banco do Brasil, que garantiu o término da construção do Shopping Popular, a prefeita agradeceu “pela parceria sempre presente entre as duas instituições e que resulta sempre em benefícios para a cidade, como no caso do Shopping, nosso Centro Popular. Com certeza vamos avançar com novas parceria com o Banco do Brasil”, citou Neri.

BC: contas públicas têm saldo negativo de R$ 15,6 bilhões em novembro

O setor público consolidado, formado pela União, os estados e municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em novembro, de acordo com dados divulgados hoje (28) pelo Banco Central (BC). O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 15,602 bilhões, resultado bem maior que o de igual período de 2017, quando foi de R$ 909 milhões. Esse é o maior déficit para meses de novembro desde 2016, quando ficou em R$ 39,141 bilhões.

No mês passado, o resultado negativo veio principalmente do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) que apresentou déficit primário de R$ 17,073 bilhões, uma piora em relação a novembro de 2017, quando o déficit primário ficou em R$ 366 milhões.

Esse resultado negativo é explicado pelo déficit da Previdência, que chegou a R$ 17,968 bilhões, em novembro, enquanto o Tesouro registrou saldo positivo de R$ 948 milhões. O Banco Central teve déficit de R$ 52 milhões.

Os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 2,431 bilhões, e os municipais, déficit de R$ 423 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 537 no mês passado.

Nos 11 meses do ano, houve déficit primário de R$ 67,125 bilhões, contra resultado também negativo de R$ 78,261 bilhões em igual período de 2017.

No acumulado em 12 meses encerrados em novembro, as contas públicas ficaram com saldo negativo de R$ 99,447 bilhões, o que corresponde a 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

A meta para o setor público consolidado é de déficit de R$ 161,3 bilhões neste ano.

Gastos com juros

Os gastos com juros ficaram em R$ 35,029 bilhões em novembro, contra R$ 29,129 bilhões no mesmo mês de 2017.

De janeiro a novembro, essas despesas chegaram a R$ 352,275 bilhões, contra R$ 367,507 bilhões em igual período de 2017. Em 12 meses encerrados em novembro, os gastos com juros somaram R$ 385,594 bilhões, o que corresponde a 5,64% do PIB.

O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os gastos com juros, atingiu R$ 50,631 bilhões no mês passado ante R$ 30,038 bilhões de novembro de 2017.

De janeiro a novembro, o resultado negativo ficou em R$ 419,4 bilhões, ante R$ 445,768 bilhões em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit nominal ficou em R$ 485,041 bilhões, o que corresponde a 7,1% do PIB.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,644 trilhões em novembro, o que corresponde 53,3% do PIB, com redução de 0,3 ponto percentual em relação a outubro.

Em novembro, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 5,284 trilhões ou 77,3% do PIB, com aumento de 0,3 ponto percentual em relação a outubro.

Banco da Amazônia vai patrocinar 112 projetos em 2019

Por meio dos Editais Públicos de Patrocínios, em 2019, o Banco da Amazônia vai patrocinar 112 projetos que abrangem os segmentos social, cultural, esportivo, ambiental e de eventos (feiras, congressos e exposições) dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins,. O valor destinado para patrocinar estes projetos será de R$ 2,55 milhões.

De acordo com o Secretário Executivo do Banco, Alcir Erse, neste valor está contido o apoio financeiro à cultura que a Instituição oportuniza por meio da Chamada Pública para a Lei Rouanet, que é de R$ 700 mil e, ainda, o quanto é destinado através do Edital de Pautas do seu Espaço Cultural que é de R$ 75 mil.

Ao todo, o Banco recebeu 751 projetos para o Edital de Patrocínios, sendo que o maior número foi do Pará, onde foram protocolados 332 pedidos. O segundo colocado em inscrições foi o Amazonas, com 107 projetos.

Segundo o coordenador de Patrocínios do Banco, Ewerton Alencar, a análise dos projetos inscritos levou em conta se o projeto apresentou compatibilidade entre as despesas e atividades necessárias à execução do projeto, ações inovadoras para a comunidade amazônica, melhores práticas de sustentabilidade e socioambientais e se estava em acordo com o Edital divulgado.

“Os projetos foram apresentados conforme os critérios dos Editais e avaliados por uma equipe técnica de comunicação do Banco. Agora, haverá a fase de homologação dos projetos, onde os selecionados deverão apresentar todas as suas documentações de acordo com o exigido no Edital”, informou o coordenador.

Os projetos para a realização de feiras e exposições têm suas ações alinhadas com o incentivo ao desenvolvimento do agronegócio regional, ao turismo, ao micro empreendedor individual, à indústria e a micro e pequenas empresas.

Os projetos culturais, incentivados ou não por Lei Municipal, são voltados à Literatura, Eventos Culturais, Música, Audiovisual e Artes Cênicas. Já os de cunho esportivo incentivam esportes olímpicos e paralímpicos. Os da área ambiental ou de cunho educativo são sobre sustentabilidade ambiental e os da área social se propõem a ações de promoção à inclusão.

A Chamada Pública para a Lei Rouanet 2019 é voltada à seleção de projetos culturais incentivados pela lei federal, com objetivo em contribuir para a melhoria do acesso à cultura regional. Neste edital, o Banco da Amazônia contempla projetos de artes cênicas (teatro, dança, performance, ópera e circo), cinema (mostras e festivais) e música, sendo priorizados àqueles que apresentarem diversidade temática, multiplicidade de linguagens e, principalmente, qualidade artística.

O Edital de Pautas do Espaço Cultural, também denominado “Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais” destina-se à seleção de projetos para serem expostos na galeria da Instituição, localizado em Belém. O Espaço Cultural completará 17 anos de existência em 2019 e é reconhecido pela classe artística regional e nacional como apoiador de projetos de artistas consagrados, mas também como formador de novas expressões regionais que tem sua arte admirada e reconhecida.

Banco Central leiloará US$ 2 bilhões para conter alta do dólar

Para conter a alta do dólar, o Banco Central (BC) leiloará hoje (27) US$ 2 bilhões das reservas internacionais com o compromisso de comprar o dinheiro daqui a alguns meses. Desde o fim de agosto, a autoridade monetária não fazia esse tipo de operação.

Os leilões ocorrerão em duas etapas, das 12h15 às 12h20 e das 12h35 às 12h40. O montante a ser leiloado é superior ao US$ 1,25 bilhão do leilão de linha realizado no fim de agosto que vencerá em 4 de dezembro.

Num dia de forte tensão no mercado financeiro, o dólar subiu 2,5% nesta segunda-feira (26) e fechou o dia vendido a R$ 3,918, no maior nível desde o início de outubro. A moeda foi afetada pela saída de recursos em meio a tensões externas, como a votação do acordo da saída do Reino Unido da União Europeia e a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve, Banco Central norte-americano, nesta semana. No mercado interno, os investidores estão cautelosos com o cenário político local.

Diretores do BC colocam-se à disposição para permanecer nos cargos

Os atuais diretores do Banco Central (BC) colocaram-se à disposição do presidente indicado para a instituição, Roberto Campos Neto.

Em nota, o BC diz que, em particular, o diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho, já chegou a entendimento com o presidente indicado do BC para permanecer no cargo “por tempo considerável”.

Ontem, a equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro confirmou a indicação de Campos Neto para o comando do BC, a partir de janeiro.

Executivo do Banco Santander e neto do ex-ministro Roberto Campos, Campos Neto substituirá Ilan Goldfajn, que não aceitou o convite para permanecer no cargo. Formado em economia, com especialização em finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Campos Neto tem 49 anos.

Para assumir o cargo de presidente do BC, Campos Neto precisa ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ter seu nome aprovado. O plenário da Casa também precisa referendar a indicação. O cargo de presidente do Banco Central tem status de ministro.

Inscrições para os editais de patrocínio do Banco da Amazônia encerram sexta, 28

Os interessados em obter patrocínio do Banco da Amazônia por meio dos três Editais Públicos que estão abertos nos segmentos cultural, social, esportivo, ambiental e de artes visuais devem enviar seus projetos à Instituição até esta sexta-feira, 28 de setembro. No total, serão disponibilizados R$ 2,5 milhões para o incentivo e apoio a projetos a serem desenvolvidos em 2019. No Edital de patrocínio, o banco selecionará projetos que priorizem a difusão da cultura da Amazônia, estejam aliados às políticas públicas, sejam realizados em parceria com os diversos atores sociais, tenham compromisso com o desenvolvimento e que respeitem a sustentabilidade econômica, social e ambiental da região.

Já o Edital de Pautas do Espaço Cultural Banco da Amazônia, este se destina à seleção de projetos para concorrer ao “Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2019”. Os selecionados terão apoio para exposição de suas obras e pauta garantida no espaço, que é o único mantido por instituição financeira na região Norte do Brasil. Serão analisados projetos de artistas da área de artes visuais, residentes na região amazônica e que não tenham sido contemplados no edital de 2018. Podem ser apresentadas propostas de exposições de desenho, pintura, gravura, técnicas mistas, fotografia, escultura, objeto, instalação e de mídias contemporâneas.

Quanto ao Edital de Chamada Pública – Lei Rouanet, este é direcionado a projetos incentivados pela Lei Federal, podendo ser apresentados por entidades privadas e sem fins lucrativos nas áreas de teatro, dança, performance, ópera e circo. Também se destina a projetos de música erudita ou instrumental, cinema, por meio de mostras e festivais, e artes visuais. Nesse último caso, as ações devem estar vinculadas à região e podem ser apresentadas nos mesmos formatos do Edital de Pautas do Espaço Cultural. Para esta chamada pública, podem ser inscrever pessoas físicas e jurídicas.

Os projetos inscritos passarão por quatro fases: pré-seleção e seleção, homologação do julgamento pela Diretoria Executiva, habilitação jurídica e regularidade fiscal e trabalhista; e a contratação do projeto de acordo com os Normativos de Auditoria Interna e da Lei 8.666/93.

Banco da Amazônia divulga resultado relativo ao primeiro semestre de 2018

O Banco da Amazônia divulga as Demonstrações Financeiras relativas ao primeiro semestre de 2018. A Instituição contratou mais de R$ 2 bilhões com recursos de crédito de fomento e, desse montante, R$ 1,8 bilhão foi do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte). O volume de contratações confirma a liderança do banco na concessão de todo o crédito de fomento na Região Amazônica. Hoje, a instituição responde por 64% do total de negócios feitos no Norte do País com esse tipo de recursos. “O resultado é fruto de todo um esforço da equipe do banco, na adoção de atitudes inovadoras em busca das melhores soluções de crédito para nossos clientes. Mesmo diante de cenário adverso, houve ação diligente e proativa de todos os colaboradores objetivando a melhoria de resultado da empresa”, afirma Valdecir Tose, presidente do Banco da Amazônia.

Uma das ações de destaque para obtenção do resultado foi a campanha de renegociações de dívidas permitidas pela Lei 13.340, que possibilitou que os produtores rurais em débito com o banco pudessem liquidar os saldos devedores existentes e pudessem atuar novamente no mercado. Outro fator que foi determinante foi o trabalho desenvolvido pelas Centrais de Crédito, unidades criadas pelo banco para o atendimento aos clientes no processo de análise do crédito.

Houve, ainda, aumento na Captação de Recursos, indicador composto pelos volumes de saldo médio de depósito à vista, a prazo, poupança, reinvestimento e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Os depósitos tiveram um aumento de 61,3%, encerrando o primeiro semestre de 2018 com saldo médio de R$ 4,07 bilhões, enquanto que, no mesmo período do ano passado, esse valor foi de R$ 3,33 bilhões. Fruto também de ato de gestão, houve sensível redução nas despesas administrativas da Instituição.

Quanto ao Resultado, a empresa apresentou R$ 26,2 milhões negativos. Segundo o banco, eventos não recorrentes contribuíram para esse desempenho. Um deles foi o encerramento do processo de conciliação que ocorreu tendo como mediadora a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) da Advocacia Geral da União (AGU), resultando no pagamento, por parte do banco, de retroativos ao Tesouro Nacional na ordem de R$ 65,5 milhões, referentes aos últimos quatro anos de remuneração do Instrumento Elegível a Capital Principal (IECP). Ainda segundo a Instituição, se não houvesse ocorrido esse fato a empresa teria resultado positivo no semestre.

“As contratações feitas no primeiro semestre demonstram que estamos no caminho certo. Nossas perspectivas são as melhores possíveis. Esperamos contratar, com crédito comercial, o valor de R$ 3 bilhões, e R$ 4,7 bilhões com crédito de fomento até dezembro de 2018”, afirma o presidente. Para o 2º semestre, o banco espera, ainda, o crescimento da carteira de crédito, considerando, principalmente, a disponibilização de novos produtos voltados ao público do agronegócio, bem como a ampliação da base de clientes, além da implantação de projetos corporativos na área digital que vão beneficiar a clientela.

Quanto à recuperação de crédito, a Instituição intensificará suas ações para reaver o equivalente a R$ 170 milhões até o final deste ano. No primeiro semestre, na área, foram recuperados R$ 52,7 milhões. E, no que diz respeito às liberações de crédito, o Banco da Amazônia planeja liberar R$ 4,5 bilhões com recursos de fomento para desenvolver a economia regional.

Governo assina acordo de novas operações com Banco da Amazônia

Como exemplo de que a Expoacre é uma oportunidade de fechamento de negócios, produtores rurais do estado foram contemplados na noite deste sábado, 4, com a liberação de linhas de crédito pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Os trâmites do aporte da ordem de quase R$ 47 milhões por parte do Banco da Amazônia foram assinados pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) e a instituição financeira, que já vem nessa parceria com o Estado, com vistas ao fomento das políticas de valorização e desenvolvimento do setor produtivo no Acre.

Para o gestor da Seap José Carlos Reis, a liberação de crédito representa o fortalecimento de tudo o que o governo tem feito nesse sentido. “Essa é uma grande feira com características de mais negócios e mais renda para as famílias. Esse é um investimento que acopla toda uma política voltada ao setor no Acre, que destinou mais de meio bilhão à produção e agronegócio nos últimos anos”, disse.

Diversas linhas de crédito foram liberadas, para a parte primária da agricultura, processamento e comercialização. “O banco tem um papel importante de desenvolvimento da sociedade amazônida como um todo. E no Acre fomentamos todas as atividades econômicas e estamos hoje aqui mostrando a força dos negócios no estado”, destacou o superintendente do Banco da Amazônia no Acre, Diego Lima.

O produtor Roberlândio de Souza compareceu ao ato de formalização do investimento. Proprietário de terras na Estrada Transacreana, tem uma produção diversificada com plantio de banana, além da psicultura e criação de gado. Ele será um dos que devem acessar o crédito para custeio. “É de extrema importância esse momento, que significa avanços para os produtores. No meu caso, é a primeira vez que consigo acessar uma quantia como a que conseguirei agora, que vai me possibilitar novos investimentos na propriedade”, disse.

Sobre o FNO

Tem o objetivo de contribuir com a promoção do desenvolvimento econômico e social da região, por meio de programas de financiamento aos setores produtivos privados.

Banco da Amazônia empossa novo membro de Conselho

Nesta quinta-feira, 19 de julho, às 15 horas, na sede do Banco da Amazônia, em Belém do Pará, toma posse no Conselho de Administração (CONSAD) da instituição o consultor financeiro Genival Francisco da Silva. Pós-graduado em Gerência Avançada pela Universidade de Harvard (EUA) e em Estudos Estratégicos pela Universidade de São Paulo (USP), o novo integrante do CONSAD nasceu em São Paulo e tem larga experiência no ramo financeiro, com destaque para as áreas de planejamento estratégico, reorganização societária e implementação de governança corporativa.

Genival Francisco da Silva assume o posto no Banco da Amazônia na condição de membro independente, nomeação que atende ao disposto na Lei nº 13.303, a chamada Lei das Estatais, promulgada pelo Governo federal em 30 de junho de 2016. Considerada uma evolução normativa dentro do Direito Administrativo, a nova Lei veio para disciplinar o estatuto jurídico de empresas públicas, sociedades de economia mista, e respectivas subsidiárias, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e municípios brasileiros.

A Lei das Estatais prevê que os Conselhos de Administração dessas organizações devem ser compostos, no mínimo, por 25% de membros independentes ou por pelo menos um, caso se decida pela faculdade do voto múltiplo dos acionistas minoritários. No caso do Banco da Amazônia, que atualmente tem seis membros no CONSAD, a nomeação do novo conselheiro atende ao percentual disposto na legislação.

Segundo o novo ordenamento jurídico, os estatutos das estatais e de suas subsidiárias devem observar as regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, bem como as práticas de gestão de riscos e de controle interno. Cabe ao conselheiro independente não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou a sociedade de economia mista para o qual foi designado e nem ter mantido, nos últimos três anos, vínculo de qualquer natureza com a instituição para não comprometer sua independência.

Além de Genival Francisco da Silva, integram o CONSAD do Banco da Amazônia: Carlos Augusto Moreira Araújo (presidente), Ivandré Montiel da Silva e Valdecir José de Souza Tose (presidente do Banco da Amazônia), membros indicados pelo Ministério da Fazenda; Fábio Ribeiro Servo, indicado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Alexandre Pedercini Issa, representante dos acionistas minoritários; e Wilson Carvalho da Silva Júnior, representante dos empregados.

Banco da Amazônia apresenta Relatório e comemora 76 anos de trabalho na região

Prestes a completar seus 76 anos, a ser comemorado no próximo dia 9 de julho, o Banco da Amazônia apresenta sua sexta edição do Relatório de Sustentabilidade 2017, que traz resultados e informações ambientais, sociais e econômico-financeiras da instituição.

Com base nas diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), instituição global independente e sem fins lucrativos, o documento foi construído por meio de consulta aos principais stakeholders do Banco com o objetivo de levantar os temas e indicadores mais relevantes a serem reportados, a partir dos quais foi elaborada sua Matriz de Materialidade. Desde 2013, esta publicação é disponibilizada apenas em meio eletrônico e, a partir de 2014 passa por avaliação externa, realizada neste ano pela KPMG Auditores Independentes, que também audita os dados econômico-financeiros.

De acordo com o presidente do Banco, Valdecir Tose, o Relatório de Sustentabilidade traz os principais resultados financeiros da Instituição e sua atuação para o desenvolvimento regional. “O documento apresenta informações na área ambiental, onde é possível ver o que vem sendo feito no campo da ciência e da tecnologia para a sustentabilidade, além do que o banco faz para gerenciar o risco socioambiental no crédito. Há, também, informações na área social, com temas sobre a diversidade, ética e melhores práticas na gestão pública”, explicou.

Também, o documento mostra o compromisso do Banco na adoção das melhores práticas de Governança Corporativa que resultou no recebimento do “Certificado com Selo de Governança SEST”, obtendo o 6º lugar entre as 48 empresas estatais avaliadas de todo o Brasil e o 3º no segmento bancário. “Nesse ano, o Banco da Amazônia contemplou em seu planejamento estratégico um desafio específico: foco no aperfeiçoamento do modelo de gestão e dos processos relativos à governança corporativa para o fortalecimento da transparência, da equidade, da prestação de contas, da responsabilidade e da ética”, comentou Valdecir.

O presidente explica que o documento dá valor à empresa, posiciona-lhe no mercado e lhe confere credibilidade. “Funciona como ferramentas de comunicação e gestão, permitindo ao público interessado acompanhar os resultados das empresas e, a estas, prestar contas à sociedade sobre sua atuação e responsabilidade. Também favorece uma análise da empresa em seu mercado de atuação, beneficiando a própria organização ao conhecer melhor seus pontos fortes e fracos, e com isso poder corrigir rumos, reorientar estratégias e etc.”, informou. O Relatório está disponível no endereço:www.bancoamazonia.com.br.

São 76 anos contribuindo para o desenvolvimento da Amazônia

O Banco da Amazônia é o principal agente financeiro responsável pela administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), fundo de financiamento criado pela Constituição Federal de 1989, um dos principais instrumentos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) em apoio à redução das desigualdades regionais. Segundo dados do Banco Central, o Banco da Amazônia responde por 63,82% do crédito de fomento no Norte do país.

Em 2017, o Banco contratou mais de 15.400 operações de crédito somente com o FNO, no valor total de R$ 2,9 bilhões. A maior parte desses recursos (69%) foi absorvida pelo setor rural, ou seja, R$ 1,99 bilhão foi destinado a empreendimentos do campo, e o restante dos financiamentos, R$ 914,5 milhões, ou 31%, foi para o setor não rural.

De acordo com o Relatório de Gestão 2017, lançado em junho passado, as contratações priorizaram os segmentos produtivos de menor porte: 98% das operações de crédito foram para agricultores familiares, mini, pequenos e pequeno-médios produtores rurais, cooperativas e associações, e microempreendedores individuais.

Ainda segundo o documento, em 2017, o Fundo garantiu aos empreendedores da Região um aporte de recursos de aproximadamente R$ 3 bilhões, para investimentos em atividades produtivas que estão aquecendo a economia e gerando emprego e renda na Região.

As ações do FNO Itinerante geraram resultados superiores quando comparados ao exercício anterior. Foram 35 localidades da Região Norte contempladas com informações sobre o crédito de longo prazo, programas e linhas de financiamento e a divulgação dos benefícios da Lei 13.340/2016 para negociação e liquidação de dívidas. O volume de crédito contratado nesses eventos foi de mais de R$ 1,24 milhão, ultrapassando em 166,1% ao obtido em 2016 (R$ 0,469 milhões).

Aderente ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), o Banco possui como linha de crédito disponibilizada ao público regional, o programa Amazônia Florescer que, em 2017, completou dez anos. Nesses dez anos foram liberados mais de R$ 470 milhões a pequenos e microempreendedores, principalmente os informais, promovendo a inclusão social de mais de 264 mil pessoas que não tinham acesso ao sistema tradicional de crédito, tendo como principais atividades financiadas pelo programa, o comércio (80% da carteira) e, em seguida, serviço e produção (20%).

Contas externas registram saldo positivo pelo terceiro mês consecutivo

As contas externas brasileiras apresentaram resultado positivo pelo terceiro mês consecutivo. Em maio, houve superávit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo. O resultado ficou positivo em US$ 729 milhões, mas foi bem menor que o registrado em igual mês de 2017, de US$ 2,751 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Banco Central (BC).

O resultado de maio não é mais o quarto seguido positivo, como informado anteriormente pelo BC, mas o terceiro superávit consecutivo. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, explicou que houve alteração no resultado de fevereiro que passou de um superávit de US$ 293 milhões para um déficit de US$ 1,754 bilhão. Isso aconteceu porque houve a incorporação de US$ 1,986 bilhão de importações que não tinham sido registradas no tempo certo. “Era um registro de importação que não tinha sido registrado no tempo hábil, houve a retificação, e o MDIC [Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços] revisou os dados”, explicou Rocha.

Como em janeiro também houve déficit, o resultado acumulado nos cinco meses do ano ficou negativo em US$ 4,022 bilhões, contra o déficit de US$ 744 milhões em igual período de 2017.

Entre os componentes das transações correntes está a balança comercial (exportações e importações de mercadorias), que apresentou superávit de US$ 5,558 bilhões no mês passado e US$ 21,972 bilhões, de janeiro a maio deste ano.

A conta de serviços (viagens, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 2,733 bilhões, em maio, e de US$ 13,623 bilhões, nos cinco meses do ano.

A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou com US$ 2,335 bilhões de déficit no mês, e US$ 13,431 bilhões no acumulado do ano. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) registrou resultado positivo de US$ 239 milhões no mês e US$ 1,061 bilhão, de janeiro a maio.

Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo do país. Em maio, esses investimentos chegaram a US$ 2,978 bilhões e nos cinco meses do ano ficaram em US$ 23,344 bilhões.

Viagens internacionais

Mesmo com a alta do dólar, os gastos de brasileiros em viagem ao exterior continuaram a crescer. Em maio, essas despesas chegaram a US$ 1,615 bilhão, o maior valor para o mês desde maio de 2014, quando ficou em US$ 2,259 bilhões. Em maio de 2017, essas despesas ficaram em US$ 1,496 bilhão, de acordo com dados divulgados hoje (25) pelo Banco Central (BC).

De janeiro a maio deste ano, os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 8,086 bilhões, contra US$ 7,295 bilhões em igual período de 2017.

Já as receitas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 429 milhões, em maio, e em US$ 2,862 bilhões, nos cinco meses de 2018.

Em maio, a conta de viagens internacionais, formada pelos gastos de brasileiros e as receitas de estrangeiros, ficou negativa em US$ 1,187 bilhão e acumulou US$ 5,224 bilhões, nos cinco meses do ano.

Após intervenção do BC, dólar cai 5,59% e fecha cotado a R$ 3,706

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (8) cotado a R$ 3,706, uma queda de 5,59%. O movimento interrompe três altas seguidas ao longo da semana, e ocorre um dia depois da moeda norte-americana ter fechado o pregão vendida a R$ 3,926, a maior cotação desde março de 2016.

A queda é reflexo direto da decisão anunciada ontem (7) pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de realizar leilões adicionais de contrato de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, no valor total de US$ 20 bilhões.

Com o forte recuo, o dólar fecha a semana com desvalorização de 1,6%, mas no acumulado do ano a moeda dos Estados Unidos cresceu 11,8% frente ao real.

Bolsa de Valores

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou a sexta-feira em queda de 1,23%, com 72.942 pontos. O volume negociado foi de R$ 14.929.502.615.

Na semana, o índice acumulou queda de mais de 5%, com destaque para o fechamento de ontem, quando o Ibovespa caiu 6,5%, alcançando o menor índice desde dezembro do ano passado. As ações de empresas de grande porte também registraram queda hoje, com os papeis preferenciais da Petrobras perdendo 3,24%, Vale com queda de 6,40% e Bradesco recuando 0,87%.

“O Acre tem muito do que se orgulhar”, afirma diretor do Banco Mundial no Brasil

Ao percorrer seis municípios e diversos projetos do governo do Estado, o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, conheceu novas perspectivas que demonstram a importância do desenvolvimento sustentável. “O Acre tem muito do que se orgulhar. É um projeto multissetorial e que tem sinergia”, disse Raiser ao governador Tião Viana em uma avaliação ao fim das visitas, na quarta-feira, 6.

Muito dos projetos acreanos são realizados com apoio do Banco Mundial, por isso Raiser e sua equipe visitaram locais onde ocorrem essas ações. Um dos fatos que marcaram a memória do diretor foi o resultado alcançado com famílias da agricultura familiar. “Aprendi coisas aqui que não tinha pensado, como dar aos extrativistas uma alternativa sustentável e uma autossuficiência por meio da produção. O Acre, por meio do movimento cooperativista e de políticas públicas, tem tido esse sucesso, e temos que aprender com essa experiência”, declarou Raiser.

O governo do Estado, junto da sociedade acreana, faz uma opção econômica e social de desenvolvimento sustentável, atividades agrícolas e industriais que promovem inclusão social, geram renda e não agridem o meio ambiente. Essa decisão tem se demonstrado exitosa – nos últimos 13 anos, o estado se estabeleceu como o quarto com maior crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado passou de um PIB de R$ 2,971 bilhões em 2002 para R$ 13,459 bilhões em 2014, e já nos últimos dez anos reduziu seu desmatamento em mais de 60%. “Essa economia sustentável, na qual a sociedade vive em harmonia com a natureza, é uma experiência muito exitosa. Acredito que o Acre pode ensinar outros países”, afirma Raiser, comprovando que o trabalho realizado segue um caminho firme e promissor.

Isso pode ser visto com os bons resultados da produção de castanha, suínos, piscicultura, bovinos, mandioca e outras atividades nos últimos anos. No PIB de 2014, a atividade agropecuária representou 10,7% do valor total adicionado.

A Plataforma de Monitoramento de Desempenho Territorial do Estado, criada pelo governo com apoio da organização não governamental Earth Innovation Institute [Instituto de Inovação da Terra], reúne e esclarece esses números.

A cadeia produtiva da mandioca saiu de uma produção de 360 mil toneladas em 2002 para 1,1 milhão de toneladas em 2015. O açaí evoluiu 300% em sua produção e chegou a 5,4 mil toneladas em 2015. Já na castanha foram colhidas e comercializadas mais de 14 mil toneladas também em 2015, tornando o estado o maior produtor dessa noz. O rebanho de gado bovino triplicou, mesmo com o desmatamento em controle, mostrando que a criação se dá em áreas já abertas anteriormente.

Em agenda no Juruá, Tião Viana apresenta projetos sustentáveis ao Banco Mundial

Projeto prevê distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, pavimentação e drenagem

Em uma agenda extensa para conhecer os resultados de projetos de desenvolvimento no Acre, o governador Tião Viana e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, percorreram as cidades de Jordão, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul nesta terça-feira, 5. Saneamento, fortalecimento cultural, agricultura familiar e educação foram alguns dos projetos visitados que mostram o avanço do Acre.

A jornada começou em Jordão e Marechal Thaumaturgo, dois dos municípios de difícil acesso que recebem o Programa de Saneamento Ambiental Integrado, que realiza obras de mobilidade urbana, abastecimento de água e saneamento básico. Com obras ainda em Santa Rosa do Purus e Porto Walter, o governo do Estado está investindo mais de R$ 120 milhões nesse programa, com apoio do Banco Mundial.

Andando pelas ruas das duas cidades, a comitiva acompanhou de perto o resultado da decisão política de enfrentar diversos desafios para a realização das obras, que são sinônimo de qualidade de vida e inclusão social. O prefeito de Jordão, Elson Farias, por exemplo, disse que levaria 200 anos para sua prefeitura realizar o mesmo investimento que o governo do Estado está realizando, devido a sua receita, demonstrando a importância desse trabalho.

O projeto prevê distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, pavimentação, drenagem, coleta e destinação de lixo. Em Marechal Thaumaturgo, a pavimentação teve que ser inovadora – devido à instabilidade do solo, foi usado o concreto para fazer quase todas as ruas da cidade.

“É sempre bom ver o resultado do trabalho na ponta. Ficamos impressionado como em Marechal Thaumaturgo a obra está mais avançada e temos o otimismo de que teremos um progresso rápido em Jordão, pois as empresas estão mobilizadas”, disse Martin.

Tião Viana falou dos avanços sociais e de saúde que surgem com o decorrer dessas obras. “Com esse trabalho, nós mudamos completamente realidade de baixo desenvolvimento humano dessas cidades. Agora vem a esperança, qualidade de vida, saúde, redução de doenças e das internações hospitalares, além da mobilidade. Temos assim um bonito sentido de comunidade”, disse.

Edvaldo Magalhães, assessor para saneamento do governo do Estado, explicou que em Marechal Thaumaturgo será entregue em breve uma nova estação de tratamento de água que vai garantir abastecimento total na cidade. Em Jordão, as obras de pavimentação e construção da rampa de acesso ao porto recomeçam neste verão. “Nós podemos ver de perto a revolução que estamos construindo junto com a comunidade nesses lugares tão especiais, que são as cabeceiras dos rios, nos municípios de difícil acesso”, disse.

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Cacique Joel contou como o governo ajudou no fortalecimento da cultura de seu povo – Foto/Sérgio Vale/Secom

Comunidade Puyanawa

Em Mâncio Lima, na Terra Indígena do Povo Puyanawa, o cacique Joel Ferreira fez uma apresentação sobre a cultura e história do grupo. “A gente quer, com humildade, fazer o reconhecimento e agradecer ao apoio que o governador Tião Viana nos tem dado”, disse.

Em sua apresentação, Joel contou como ocorreu o processo de busca pela história de seu povo, por meio dos mais velhos e dos ensinamentos conseguidos com a ayahuasca, uma bebida sagrada. Após anos de esquecimento de suas tradições ancestrais, o cacique e um grupo começou a procurar o local onde seus antepassados tinham vivido.

Depois de dias na mata e muitas mensagens passadas em seus trabalhos espirituais, o grupo achou o local com indícios arqueológicos e ali Joel pediu que um dia pudesse fazer uma maloca para a cultura de seu povo. “O que nós temos solicitado ao governo, é em cima de uma extrema necessidade. Isso hoje, nos dá o direito de reconhecer, agradecer e mostrar. Aqui, nossa maloca está feita, com apoio do governador, e nela é feita um trabalho espiritual do povo. Nossa cultura floresceu, a vergonha de nossos costumes ficou para trás. Temos orgulho e amor por nossa cultura”, declarou.

O trabalho de apoio do governo do Estado para fortalecimento cultural dos povos indígenas faz parte de um conjunto de ações de desenvolvimento sustentável em todo o estado. A exemplo de outras aldeias, nos puyanawa há investimentos também na agricultura familiar, para melhoramento das casas de farinha, projeto de fruticultura com mais de 30 mil mudas plantadas e reforma de açudes para criação de peixe.

Esses projetos, que somam quase R$ 1 milhão, contribuem para o avanço social e econômico das famílias da terra indígena. “Hoje, nós expressamos nosso sentimento de realização de um sonho. A minha felicidade é ver a sabedoria distribuída em cada um dos meus parentes, um sabe pintar, fazer pulseira, tiara, coroa, cordão, outro faz flecha, faz arco, canto e a plantação está rodando”, afirma Joel.

A experiência vivenciada na tarde desta terça-feira, é uma novidade para Martin, que aponta a cultura como um fator importante para o avanço social. “Essa experiência é muito linda, para mim é uma coisa nova. Essa oportunidade de conhecer de mais perto, falar com as pessoas e ver como esse projeto ajuda as pessoas a resgatarem sua própria cultura é muito importante, estamos vendo bons resultados. O sucesso no projeto tem vários aspectos, os técnicos, materiais e os culturais. Desenvolvimento é dar oportunidade e a cultura faz parte disso”, declarou.

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No Acre, mais de 51 mil alunos foram alfabetizados pelo Quero Ler – Foto/Sérgio Vale/Secom

Quero Ler

Já no fim da tarde, a comitiva seguiu para acompanhar uma aula do programa de alfabetização Quero Ler, em Cruzeiro do Sul. Em todo o estado, mais de 51 mil alunos aprenderam a ler e escrever por meio deste projeto, que teve um investimento de R$ 42 milhões do governo, com apoio do Banco Mundial.

Para os alunos, o governador Tião Viana falou sobre a importância de eles estarem ali com o desejo de aprender. “Vocês são parte de nossa vontade de ver um mundo melhor. Quero que vocês aproveitem muito essa oportunidade de aprender a ler, pois assim podem seguir seus sonhos”, disse.

O grupo teve a chance de conhecer alguém que tinha acabado de chegar na turma em busca de uma vaga para aprender. Silvana Ferreira contou um pouco de sua história e o que a motivou a procurar o projeto. “Toda a vida tive um sonho de estudar, aprender a ler e escrever. Nunca tive oportunidade quando era criança e minha profissão sempre foi ser doméstica. Hoje tenho muita vontade de ler a bíblia e por isso procurei a escola e estou muito feliz com essa vaga que consegui”, afirmou.

“A educação é fundamental e um direito humano. Mas é também importante para abrir oportunidades econômicas para as pessoas. Ter esse programa que dá essa oportunidade, mesmo para pessoas que não tiveram chance quando eram crianças, é muito importante”, declarou Martin sobre o Quero Ler. O grupo segue as agendas de visita a projetos de desenvolvimento nesta quarta-feira, já em Rio Branco.

Banco Mundial avalia ações sustentáveis no Acre

O governador Tião Viana recebeu na manhã desta segunda-feira, 4, a visita do diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, acompanhado de técnicos da instituição, que está numa agenda de três dias para avaliações das parcerias e investimentos no estado, além de aprendizado com o case do Acre em políticas sustentáveis.

Com 189 países membros e escritórios em mais de 130 localidades no mundo, o Banco Mundial é uma parceria global única: cinco instituições que trabalham por soluções sustentáveis que reduzem a pobreza e constroem prosperidade compartilhada em países em desenvolvimento.

O Banco Mundial tem uma parceria com o Acre há 20 anos, em parcerias de financiamento para projetos que garantem o desenvolvimento econômico e bem-estar social aliado à preservação do meio ambiente em mais de R$ 2 bilhões. Agora, o banco verificará os projetos atuais em andamento junto com a ideia de aprender com o Acre a implantação de políticas sustentáveis em ações concretas.

“Temos uma parceria longa com o Acre que se destaca por um modelo de desenvolvimento sustentável. A primeira razão da minha visita é conhecer esse modelo para poder trazer essa experiência [do Acre] a outros lugares. Também vamos aproveitar para falar dos desafios de implementação do projeto Proser”, destaca Raiser.

Projetos avançam

Além de conhecer projetos apoiados em Rio Branco, a equipe do Banco Mundial, acompanhada do governador Tião Viana, irá visitar os municípios de difícil acesso do Acre e Cruzeiro do Sul nesta terça e quarta-feira para verificar o andamento de ações que fazem parte do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), que possuí um aporte de 155 milhões de dólares da instituição.

Executado pelo governo do Estado, o Proser está causando uma revolução nos municípios de Jordão, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Santa Rosa do Purus, ao levar o conceito de saneamento ambiental integrado com a instalação de redes de água, tratamento de esgoto e pavimentação em áreas aonde só é possível chegar de avião ou barco.

Com diversos representantes da equipe de governo, a equipe do Banco Mundial ainda foi atualizada de outros projetos do Estado que estão em desenvolvimento a partir dos incentivos da instituição financeira, como projetos da agricultura familiar indígena e não indígena, construção de agroindústrias e unidades de agroenergia, além de avanços na área de saúde e educação, como aquisição de novas ambulâncias e o programa Quero Ler.

O secretário de Planejamento do Estado, Márcio Veríssimo, destacou: “Essa visita demonstra a credibilidade do governo de Tião Viana. O banco vê no Acre um de seus principais clientes, e temos uma agenda robusta pela frente, visitando também comunidades indígenas e rurais beneficiadas. É uma agenda significativa que mostra a credibilidade do Estado”.

Dólar está em queda, após intervenção reforçada do Banco Central

Por volta da 10h50, a cotação estava em R$ 3,70, com queda de 0,99%

O dólar comercial opera em queda na manhã de hoje (21), com o reforço na oferta de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, pelo Banco Central (BC).

Por volta das 10h50, a moeda estava cotada a R$ 3,70, com queda de 0,99%. O BC anunciou oferta adicional de swaps na última sexta-feira (18), após o sexto pregão consecutivo de alta da moeda americana. Na sexta-feira, o dólar fechou o dia valendo R$ 3,74, com aumento de 1,04% em relação ao dia anterior.

O Banco Central anunciou a oferta adicional de 15 mil contratos, em leilão realizado. Todos os contratos foram aceitos para o vencimento do dia 2 de julho de 2018. O BC informou ainda que continuará a fazer a renovação (rolagem) dos contratos que vencem dia 1º de junho. A medida já vinha sendo adotada ao longo da última semana, quando o dólar acumulou alta de 3,85% em relação ao ao real.

Segundo especialistas, a alta do dólar nos últimos dias está relacionada a uma combinação de fatores internacionais e preocupações domésticas, principalmente o cenário eleitoral.

Com a economia em crescimento além do esperado e o desemprego em baixa, os Estados Unidos devem experimentar uma inflação acima da média dos últimos anos, obrigando o Banco Central daquele país a aumentar taxa básica de juros para moderar os efeitos de uma pressão maior sobre os preços, como costuma ocorrer no Brasil quando a inflação cresce. Atualmente, a taxa de juros dos Estados Unidos está na faixa de 1,5% a 1,7% ao ano, mas o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, deve promover ainda mais duas elevações do índice até o fim do ano.

Com taxas de juros mais altas nos Estados Unidos, investidores com capital aplicado em países emergentes, como o Brasil, podem retirar recursos desses locais e investir em títulos do Tesouro americano, os treasures, considerados os papéis mais seguros do mundo. Este é um dos efeitos que fazem com que o dólar se valorize em relação ao real.

Swaps cambiais

Quando há momentos de fortes oscilações (volatilidade) no mercado de câmbio, como atualmente, o BC intervém no mercado. O swap (troca, em inglês) cambial é um derivativo financeiro (contratos com variação em função do preço de outro ativo). Nesse tipo de contrato, o BC se compromete a pagar ao detentor do swap a variação do dólar, acrescida de uma taxa de juros (cupom cambial), e a receber, em troca, a variação da taxa básica de juros, a Selic, acumulada no período do contrato. Assim, quem vende esse contrato fica protegido caso a cotação do dólar aumente, mas tem de pagar a variação da taxa Selic ao Banco Central.

Assim, as empresas se protegem de uma variação excessiva da alta da moeda americana e há aumento da liquidez no mercado, com injeção de dólares no mercado futuro.

De acordo com dados da última sexta-feira (18), o estoque de contratos de swaps estavam em US$ 24,798 bilhões. Desses, US$ 5,650 bilhões vencem no dia 1º de junho deste ano.

Em 2017, esse estoque era menor – encerrou o ano em US$ 23,8 bilhões. Em 2016, o estoque era de US$ 26,6 bilhões e no final de 2015, de US$ 108,1 bilhões.

A perspectiva de aumento da taxa de juros americano ocorre desde 2013. A partir de junho daquele ano, grandes empresas brasileiras captaram recursos externos, o que gerou a necessidade de hedge (proteção) . Segundo o BC, no intuito de oferecer estabilidade financeira e econômica, a autoridade monetária optou por oferecer essa proteção via swaps, atendendo à demanda do mercado.

A partir de abril de 2016, o estoque de swap cambial começou a cair com a sinalização de que os Estados Unidos não subiriam muito a taxa de juros no curto prazo. Com isso, o BC aproveitou o momento para reduzir o saldo desses contratos. Agora, com o aquecimento da economia americana, a sinalização é de aumento dos juros daquele país.

Banco da Amazônia apresenta ofertas de crédito para fomento à economia do Acre

Na tarde desta quinta-feira, 17, o governador Tião Viana recebeu o novo superintendente do Banco da Amazônia (Basa), Diego Lima, que apresentou as linhas de crédito para desenvolvimento sustentável. São mais de R$ 250 milhões disponíveis para áreas da agroindústria, comércio e agricultura familiar, conforme explica Diego.

“Isso faz com que a gente consiga atingir o objetivo comum, tanto da sociedade quanto do governo do Estado do Acre e do banco, que é o desenvolvimento de forma sustentável”, afirma o superintendente, pontuando que uma das áreas importantes a serem atingidas é o de o manejo madeireira comunitário.

Para o governador, o banco estar aberto para a população é de fundamental importância, pois o Acre está em uma fase de investimentos no setor produtivo e de indústrias. Além da inclusão social, os projetos como a piscicultura, suinocultura, manejo comunitário, fruticultura, entre outros, ajudam na evolução das rendas das famílias.

Diego explica que o investimento nestes setores é o objetivo do banco. “Temos desenvolvido todas as cadeias produtivas, desde o agricultor familiar, o empreendedor individual até às pequenas, médias e grandes empresas. Temos buscado desenvolvimento de todas as atividades econômicas no Acre”, afirma.

BC amplia prazo para consulta de histórico de dívida bancária

O Banco Central (BC) ampliou o período de consulta disponível no Sistema de Informações de Crédito (SCR) de 12 para 24 meses. A iniciativa é parte do item Crédito mais barato da Agenda BC+, formada por medidas para reduzir os custos dos empréstimos, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente.

A partir de agora, após obter a autorização do cliente para consulta ao sistema, as instituições financeiras poderão verificar até 24 meses de histórico da dívida bancária do cliente.

“As séries mais longas de histórico de crédito permitirão uma melhor avaliação do risco envolvido em cada operação, aumentando a competitividade e permitindo a redução dos níveis de inadimplência e de taxas de juros”, explicou o BC.

Segundo o banco, a ampliação de informações disponíveis também contribui para uma melhor avaliação do Brasil no índice Doing Business, desenvolvido pelo Banco Mundial. O índice compreende vários componentes, a fim de avaliar o ambiente de negócio em diferentes países. Com a mudança, o Brasil poderá alcançar a nota máxima no componente depth of credit information index (indicador de profundidade de informação de crédito).

O SCR administrado pelo Banco Central é instrumento de registro e consulta de informações sobre as operações de crédito, avais e fianças prestados e limites de crédito concedidos por instituições financeiras a pessoas físicas e empresas no país.

O sistema é alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações concedidas. São armazenadas no banco de dados as operações dos clientes com valor a partir de R$ 200,00, a vencer e vencidas.