Os movimentos sociais que envolvem trabalhadores de vários segmentos realizaram ato, na manhã de quarta-feira, 15, em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista. A ação teve início em frente ao Palácio Rio Branco, e seguiu com uma caminhada até o Terminal Urbano, que ficou fechado por pelo menos 30 minutos.
Segundo a organização, cerca de 20 entidades representativas se fizeram presente no ato. Outras ações já vinham acontecendo ao longo deste mês como reuniões com os parlamentares acreanos.
“Fora essa PEC da morte, fora esse presidente que só quer prejudicar o trabalhador, penalizar os trabalhadores. Isso não é uma reforma. É o fim da aposentadoria, aonde vamos ter que trabalhar até morrer sem desfrutar deste benefício”, afirma Rosana o professora Rosana Nascimento, que atua como representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect/AC), Edson Pinheiro, afirma que a participação no manifesto também simboliza a luta da categoria contra medidas que prejudicam os trabalhadores.
“É uma luta de todas as centrais contra a reforma da previdência, contra a reforma trabalhista e também por nossa parte contra o sucateamento que a empresa está passando, com o fechamento de mais de 250 agências, prejudicando a população, inclusive, existem locais onde apenas os Correios funcionam, deixando as pessoas correndo o risco de ficar desassistidas”, comentou.
Para o professor Daryl Abejdid, essa é uma ameaça a todos os trabalhadores e não é uma luta de apenas luta para uma ou outra classe. “Começamos essa luta que é a nível nacional para demonstrar que não queremos trabalhar até morrer, também reforçamos que é uma luta pelo direito de todos os trabalhadores.”
Sobre a reforma
A PEC 287 propõe que, mesmo chegando aos 65 anos, o brasileiro não pode se aposentar, caso não tenha contribuído 25 anos. Além disso, ainda existe a porcentagem por esse período de contribuição, caso seja de 25 anos, o valor a ser recebido é de apenas 76% do benefício. Para que possa receber integral será necessário um período de contribuição de 49 anos.
No atual regime, as mulheres podem se aposentar após contribuir por 30 anos, ou aos 60 anos quando não incluídas na primeira opção. Já os homens têm a idade mínima de 65 anos e 35 por tempo de contribuição.
