Com média de 60% de inadimplência em contas de água no AC, Depasa calcula prejuízo de R$ 23 milhões

Ao todo, estado tem 111 mil ligações para distribuição de água. São 112 consumidores com dívidas acima de R$ 20 mil, segundo Depasa

O Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) divulgou, nesta segunda-feira (12), os prejuízos causados pela alta taxa de inadimplência no Acre. Segundo os dados, 60% dos consumidores do estado não pagam as contas de água e o prejuízo chega a R$ 23 milhões.

Ao todo, o estado tem 111 mil ligações para distribuição de água, sendo 50 nos municípios do interior e outras 61 na capital, Rio Branco. Desse total, somente em 68 mil estão instalados hidrômetros. Isso significa que 43 mil residências pagam apenas a taxa mínima.

O diretor do Depasa, Moisés Diniz, informou que não é possível instalar hidrômetro em todas as residências que têm ligação por falta de condições financeiras. Diniz destacou ainda os altos gastos do departamento.

“Essa falta de hidrômetro acaba facilitando o desperdício, porque a pessoa recebe água, não tem a medição e, portanto, tanto faz deixar a caixa derramando ou não, que ela vai pagar a taxa mínima. É um item caro, demanda recurso, ou seja, se a população pagasse água igual paga luz, teria recurso para comprar mais hidrômetros e, com isso, reduzia o desperdício”, disse o diretor.

Ainda de acordo com os dados, 112 consumidores estão com dívidas acima de R$ 20 mil no Depasa e outros 360 com dívidas de R$ 10 mil a R$ 20 mil. O diretor afirmou que já acionou a Justiça para reaver esses pagamentos. Os demais devedores estão sendo levantados para que seja executado no judiciário.

“Fizemos o levantamento dos devedores e já entrei na Justiça contra esses 472 que foram identificados. Agora estamos levantando dos que devem de R$ 5 mil a R$ 10 mil para entrar na Justiça até o final de novembro. Já o grupo maior que deve até R$ 5 mil, vou deixar para o novo governo decidir se vai executar ou não”, afirmou Diniz.

Prejuízo com incêndio que atingiu seis lojas em mercado de Rio Branco ultrapassa R$ 50 mil, diz diretor

Fogo atingiu lojas de celulares, salão, ateliê e sapataria. Incêndio ocorreu na última terça (8) no mercado Aziz Abucater, no Centro de Rio Branco

O incêndio que atingiu seis lojas no mercado Aziz Abucater na última terça-feira (8), em Rio Branco, causou um prejuízo de R$ 54,7 mil quando somadas as perdas de todos os lojistas. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) por José Augusto Pinheiro da Silveira, diretor do departamento comercial da Secretaria de Agricultura e Floresta (Safra).

O diretor relatou que dois boxes tiveram perda total, os outros foram atingidos parcialmente. O maior prejuízo foi o de uma loja de aparelhos celulares que perdeu ao menos R$ 50 mil em mercadoria, mas esse valor pode aumentar.

Uma sapataria também teve perda total e o proprietário perdeu ao menos R$ 3 mil em produtos deixados por clientes e também equipamentos de trabalho.

Os outros boxes eram de prestação de serviço. Um salão que perdeu R$ 600 em mercadorias, já um ateliê de costura afirma que o incêndio causou um prejuízo de R$ 500. Em um outro box uma mulher vendia ervas medicinais e afirma que o prejuízo chegou a R$ 600. Uma outra loja de celulares foi afetada no forro, mas o proprietário não teve perda de produtos.

“Muitos perderam produtos para o incêndio, ou porque acabou quebrando na correria e até porque molhou quando o Corpo de Bombeiros conteve o fogo. Os prejuízos poderiam ter sido maiores, mas o combate ao fogo foi rápido”, destaca.

A reconstrução foi iniciada na quarta-feira (9). No local, já foi trocada a fiação elétrica e cabos de energia atingidos, além disso também reestabeleceram o fornecimento de água e devem recomeçar a reconstrução dos boxes em madeira. Silveira disse que trabalham para entregar o local no prazo de cinco dias úteis a contar desta quinta (10).

“Começamos a reconstrução assim que o espaço foi liberado pelo Corpo de Bombeiros. Estamos trabalhando para entregar as lojas os mais rápido possível”, afirma.

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Incêndio atingiu seis lojas em mercado de Rio Branco – Foto/Fagner Delgado/Asscom