Amazon aposta no Brasil para estrear dia de descontos na América do Sul

Amazon aposta no Brasil para lançar sua principal data de descontos, o chamado Prime Day, na América do Sul. Já comum no comércio americano, o evento só acontecia no México entre os países da América Latina até agora.

Marcado para os dias 13 e 14 de outubro, o programa oferece descontos em mais de 15 mil produtos de diversas categorias e de parceiros que vendem no marketplace da gigante do comércio eletrônico. Os descontos dependem de anunciantes, mas grande parte deve girar em torno de 30%.

A Amazon faz o evento de promoções cerca de um mês antes da Black Friday, uma das principais datas do ano para o comércio no Brasil. Comum em julho, a data de ofertas foi adiada devido à pandemia, e acontece simultaneamente em 19 países, sendo Brasil e Turquia os estreantes.

Logo da varejista americana; empresa lança no Brasil sua principal data de descontos
Logo da varejista americana; empresa lança no Brasil sua principal data de descontos – Brendan McDermid/Reuters

Clientes Prime, que assinam um plano que fornece frete e acesso a alguns livros e ao catálogo de filmes e séries do streaming da empresa, dispõem de preços mais baixos para os dispositivos eletrônicos da Amazon (como tablets ou auxiliares domésticos com o sistema inteligente Alexa).

Parceiros que ofertam seus produtos na plataforma de ecommerce também colocarão produtos à venda com descontos. A empresa abriga várias categoria em seu espaço online —informática, brinquedos, casa, bebidas, vestuário e acessórios, pet, beleza, música e livros.

Desde que abriu o primeiro grande centro de distribuição no Brasil, em janeiro de 2019, a companhia americana colocou o país na rota de sucessivos investimentos, com anúncio de planos de assinatura e outros quatros centros de estoques e distribuição.

A empresa diz que nos últimos meses de pandemia contratou centenas de funcionários. Desde o primeiro centro, em Cajamar, foram abertos outros quatro.

No escritório central, em São Paulo, há mais de cem vagas. Cerca de 150 entraram na empresa nos últimos meses. Também há vagas nos centros de distribuição, que somam centenas, segundo a empresa.

A companhia de Jeff Bezos, homem mais rico do mundo, que chegou a uma riqueza US$ 200 bilhões durante a crise de Covid-19, não abre números específicos sobre cada país. O Brasil, no entanto, teve a maior adesão ao plano de assinatura na consideração dos primeiros 12 meses após o lançamento.

De acordo com Alex Szapiro, presidente no Brasil, o gráfico de adoção no país é uma reta para cima. “Temos plano de entregas cada vez mais rápidas no país. Quando lançamos o Prime [plano de assintura de R$ 9,90] há um ano, entregávamos a cem cidades em dois dias; hoje, são 400″, afirma Szapiro.

A empresa não costuma falar de macroeconomia, então não diz se o auxílio emergencial trouxe mais assinaturas do serviço de frete grátis, só afirma que esses clientes estão em 95% dos municípios do Brasil. No mundo, são mais de 150 milhões de assinantes.

A pandemia forçou algumas adequações na oferta de produtos, como a prioridade a itens básicos, para dar conta da demanda gerada pelos consumidores que ficaram em casa desde março. Diferentemente de empresas que protelam investimentos, a Amazon, na condição de uma das companhias mais valiosas do mundo, os adiantou.

“A pandemia não alterou planos. O que estamos fazendo é antecipar. Investimentos que faríamos no ano um, dois ou três, estamos fazendo mais cedo. Temos meta de cumprir mais de 98% da promessa de entrega”, afirma o presidente.

Durante a pandemia, a Amazon registrou o maior lucro líquido trimestral de sua história, com US$ 5,2 bilhões (R$ 26,83 bilhões) no segundo trimestre, o dobro em relação ao mesmo período de 2019.

A gigante do ecommerce teve um salto de 40% nas vendas, com receita líquida de US$ 89 bilhões (R$ 459,2 bilhões) entre abril e junho, período marcado pelo isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19.

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Amazon, Apple, Facebook e Google se preparam para enfrentar Congresso dos EUA

Depois que os parlamentares gravaram centenas de horas de entrevistas e obtiveram mais de 1,3 milhão de documentos sobre Amazon, Apple, Facebook e Google, seus executivos-chefes vão testemunhar perante o Congresso na quarta-feira (29) para defender suas poderosas empresas das críticas do governo.

Os capitães da “Nova Era Dourada” —Jeff Bezos da Amazon, Tim Cook da Apple, Mark Zuckerberg do Facebook e Sundar Pichai do Google— estarão juntos no Congresso pela primeira vez para justificar suas práticas de negócios. Membros do subcomitê antitruste do Judiciário da Câmara investigam os gigantes da internet há mais de um ano sobre acusações de que eles sufocaram rivais e prejudicaram consumidores.

A audiência é a ação mais agressiva do governo contra o poderio tecnológico desde a tentativa de dividir a Microsoft, há 20 anos. Deverá ser um espetáculo bizarro, com quatro homens que administram empresas no valor total de US$ 4,85 trilhões —e que incluem dois dos indivíduos mais ricos do mundo— prontos para argumentar que seus negócios não são realmente tão poderosos, afinal.

Os executivos Mark Zuckerberg do Facebook, Sundar Pichai do Google, Tim Cook da Apple e Jeff Bezos da Amazon – AFP

E será uma estreia de outra maneira: Zuckerberg, Pichai, Bezos e Cook estarão todos depondo por videoconferência, em vez de se levantarem lado a lado para jurar em uma mesa de testemunhas em Washington. Talvez adequadamente, o depoimento deles será transmitido online.

“Parece o momento das ‘Grandes do Tabaco’ na tecnologia”, disse Gigi Sohn, ex-consultor sênior da Comissão Federal de Comunicações e professor convidado na faculdade de direito da Universidade de Georgetown, referindo-se ao depoimento no Congresso em 1994 dos principais executivos das sete maiores empresas americanas de tabaco, que disseram não acreditar que os cigarros causassem vício.

A audiência, que encerra uma investigação de 13 meses pelo subcomitê da Câmara, será acompanhada de perto em busca de pistas que possam fazer avançar outros casos antitruste contra as empresas.

A Comissão Federal de Comércio, por exemplo, se prepara para ouvir o depoimento de Zuckerberg e outros executivos do Facebook em sua investigação de 13 meses da rede social. O Departamento de Justiça poderá em breve revelar um processo contra o Google. E uma investigação da Apple pelos procuradores-gerais do Estado também parece estar avançando.

Em consequência disso, os preparativos para a audiência foram frenéticos —mesmo com o evento adiado por alguns dias nesta semana para encaixar as cerimônias fúnebres do deputado John Lewis—, enquanto os lobistas da tecnologia corriam nos bastidores para influenciar os tipos de perguntas que os legisladores poderiam fazer.

Na audiência, que começa às 12h de quarta-feira (29), os 15 membros do subcomitê antitruste terão cinco minutos para cada pergunta. O deputado democrata David Cicilline, de Rhode Island, presidente do subcomitê, controlará o número de rodadas de perguntas, potencialmente estendendo o interrogatório até a noite.

Logo de apps do Google, Apple, Facebook e Amazon – Damien Meyer/AFP

A duração da audiência também poderá ser prolongada, já que os problemas antitruste enfrentados pela Apple, Facebook, Google e Amazon são complexos e muito diferentes.A Amazon é acusada de abusar de seu papel como varejista e como plataforma que hospeda vendedores de terceiros em seu mercado. A Apple foi acusada de usar injustamente o poder de sua App Store para bloquear rivais e forçar os aplicativos a pagar altas comissões. Rivais disseram que o Facebook tem o monopólio das redes sociais. A Alphabet, empresa controladora do Google, enfrenta várias denúncias de truste por causa do domínio do Google em publicidade online, pesquisa e software para smartphones.

Os democratas também podem desviar do tema antitruste e levantar preocupações sobre desinformação nas redes sociais. Espera-se que alguns republicanos levem a discussão para suas preocupações sobre tendência liberal nas empresas do Vale do Silício e acusações de que as vozes conservadoras são censuradas.

“Havia uma atitude de que elas eram grandes empresas americanas que geravam empregos e que deveríamos ter uma abordagem liberal e deixá-las florescer”, disse Cicilline em entrevista. “Mas há muitos problemas sérios que descobrimos ao longo da investigação que não eram visíveis quando começamos a investigar.”

Facebook, Amazon, Google e Apple não quiseram comentar.

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Jeff Bezos supera Bill Gates como americano mais rico, diz ‘Forbes’

Dono da Amazon, cuja fortuna aumentou em US$ 78,5 bilhões só no último ano, lidera a lista divulgada nesta quarta-feira (3)

Jeff Bezos, diretor-executivo da Amazon, apareceu no primeiro lugar da lista dos 400 americanos mais ricos da revista “Forbes”, com uma fortuna de US$ 160 bilhões, tirando o fundador da Microsoft, Bill Gates, pela primeira vez desde 1994 do topo do ranking.

Bezos, cuja fortuna aumentou em US$ 78,5 bilhões só no último ano, lidera a lista da “Forbes” que foi divulgada nesta quarta-feira, seguido por Gates, com US$ 97 bilhões, e pelo investidor Warren Buffett, com uma fortuna de US$ 88,3 bilhões.

Veja abaixo o ranking dos americanos mais ricos

Jeff Bezos: US$ 160 bilhões

Bill Gates: US$ 97 bilhões

Warren Buffett: US$ 88,3 bilhões

Mark Zuckerberg: US$ 61 bilhões

Larry Ellison: US$ 58,4 bilhões

Larry Page: US$ 53,8 bilhões

Charles Koch: US$ 53,5 bilhões

Outros bilionários

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, ocupa a quarta posição com um patrimônio líquido de US$ 61 bilhões, apesar de ter ficado US$ 10 bilhões “mais pobre” em relação ao ano passado.

Larry Ellison, diretor executivo da Oracle, completa o “top-5” com um patrimônio avaliado em US$ 58,4 bilhões.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que no ano passado foi o número 248 da lista, caiu para o 259º posto, embora seu patrimônio, de US$ 3,1 bilhões, tenha se mantido igual desde então.

Filantropia na lista

Pela primeira vez a revista também levou em conta para ranking o investimento filantrópico dos multimilionários, examinando também fatores como doações e a porcentagem destas em relação às fortunas.

Segundo a “Forbes”, os 400 bilionários que aparecem na lista somam um patrimônio líquido total de US$ 2,9 trilhões, acima dos US$ 2,7 trilhões calculados em 2017.

“Estamos vendo mais bilionários do que nunca, graças em parte ao forte mercado de valores e ao contínuo ‘boom’ tecnológico. Pela primeira vez, mais de um terço dos bilionários dos EUA eram pobres demais para estar em lista da elite dos 400 mais ricos do país”, disseram Luisa Kroll e Kerry Dolan, porta-vozes da ‘Forbes’.