Aumento de casos de Covid na Ásia e Europa acende alerta para o Brasil

Os novos surtos de Covid em países da Europa e da Ásia acendem um alerta para a possibilidade de uma nova onda da pandemia no Brasil.

Na última quinta (17), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados no estado. A proteção, porém, continua obrigatória em algumas situações, como em transportes públicos, além de ambientes hospitalares e em serviços de saúde (entenda as regras).

Pessoas fazem teste para o coronavírus em área sob lockdown na China após a detecção de novos surtos de Covid. Atualmente, a China possui mais de 40 milhões de pessoas em lockdown para frear o avanço da subvariante da ômicron BA.2, e o número de novos casos passou de cem para mais de mil nos últimos sete dias
Pessoas fazem teste para o coronavírus em área sob lockdown na China após a detecção de novos surtos de Covid. Atualmente, a China possui mais de 40 milhões de pessoas em lockdown para frear o avanço da subvariante da ômicron BA.2, e o número de novos casos passou de cem para mais de mil nos últimos sete dias – Hector Retamal – 17.mar.22/AFP

Para especialistas, mesmo com uma cobertura vacinal acima de 70%, a alta circulação da variante ômicron e o cenário de retirada das medidas de restrição podem levar a um aumento de infecções e, consequentemente, hospitalizações e mortes pelo coronavírus.

Na China, a média móvel de novos casos na terça (15) foi quase seis vezes o número registrado há duas semanas. Na Coreia do Sul, o dobro, e o país nunca registrou tantos óbitos (230 era a média móvel naquele dia) quanto nesta semana.

A situação não é muito melhor na Europa. Suíça, Reino Unido, Áustria, Alemanha, Itália, Holanda e França têm de 27% a 83% de alta na média móvel de contaminados em relação há 14 dias.

Na Alemanha, na terça, a média móvel era de 200 mil novos casos —mais de 10 mil a mais que o recorde brasileiro (registrado em 31 de janeiro), embora a população por aqui seja mais que o dobro da alemã.

O país também enfrenta alta de óbitos: são 23% mais que há duas semanas. Isso também acontece na Suíça (38%) e na Holanda (20%), embora nesta última o ritmo de novos casos pareça começar a ceder.

No Brasil, foram registradas na última quarta (16) 354 novas mortes e mais de 44 mil casos. As médias móveis de casos e mortes estão em estabilidade e em queda, respectivamente, em relação a duas semanas atrás, de 40.335 e 345.

Mesmo assim, a retirada de muitas medidas protetoras, incluindo a desobrigação do uso de máscaras até mesmo em locais fechados, pode provocar uma nova alta de casos.

Segundo a epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin para Vacinas, Denise Garrett, o aumento de novos casos de Covid globalmente desde janeiro deixa claro que a situação não é isolada em alguns países e pode sim chegar ao Brasil.

Os casos estavam diminuindo em todo o mundo e agora voltaram a subir. Não temos bola de cristal para saber como irá se comportar nem quando a onda atingirá o Brasil, mas podemos falar com quase 100% de certeza que vai chegarDenise Garrett

epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin para Vacinas

Para ela, uma preocupação adicional é que, neste momento, o país deveria estar se preparando para a chegada da nova onda, e não é o caso —ao contrário, os estados estão retirando a obrigatoriedade do uso de máscaras, flexibilizando as medidas de restrição e o governo federal deseja rebaixar a condição da pandemia para uma endemia, que é quando há um número de casos e mortes conhecido e constante anualmente.

Segundo Garrett, o país não se preparou o suficiente para enfrentar mais uma onda agora, com medidas como ampliar a testagem disponível para todos, a incorporação de medicamentos para uso nos primeiros dias da infecção —como as pílulas Paxlovid, da Pfizer, e molnupiravir, da MSD— e uma campanha de comunicação para ampliar a cobertura vacinal de dose de reforço.

A mesma visão é compartilhada pela professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel. “Era o momento de estudarmos com muita atenção o que está ocorrendo nos países da Europa e Ásia para antecipar problemas que podem surgir no país com uma possível nova onda, como a maior gravidade de doença em idosos que receberam o reforço há mais de cinco meses e podem estar desprotegidos”, afirma.

De acordo com o epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, a alta de casos nos demais países acende um alerta para o Brasil. “A pandemia não acaba quando o governo decide retirar as medidas de restrição ou protetoras, ou porque o presidente está mirando a reeleição, ela acaba quando o vírus parar de circular, e o vírus não vai parar de circular enquanto não tomarmos as medidas adequadas”, diz.

Para ele, assim como para Garrett, a discussão sobre as máscaras em locais abertos é extemporânea. “O problema não é a discussão de máscaras em locais abertos, a defesa de [desobrigar as] máscaras em locais abertos já existia desde setembro. À época, a média móvel de mortes era 150, mas não houve nenhum movimento. Agora, quando ela está em torno de 300, 400, os gestores decidem pela retirada no que, para mim, parece uma decisão eleitoreira e não baseada na ciência”, afirma.

Professor da Universidade Federal da Bahia e pesquisador da Fiocruz Bahia, Mauricio Barreto alerta que o comportamento do vírus não é algo previsível e, por isso, a retirada de medidas protetoras agora é precipitada. “No final do ano passado tivemos uma desaceleração da pandemia, e logo em seguida surgiu a ômicron. Agora, com a retirada das medidas, já podemos observar um repique inicial indicando uma leve preocupação”, diz ele.

Barreto assinou junto com outros 20 pesquisadores brasileiros um artigo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia em dezembro passado. O texto lista 13 propostas que os estados e municípios devem adotar para reforçar a vigilância epidemiológica do Sars-CoV-2.

Entre elas, a detecção de novos casos na fase inicial, o isolamento de infectados e de seus contatos e o uso de máscaras mais eficazes, além de acelerar a vacinação. De acordo com o pesquisador, apesar de as vacinas oferecerem alta proteção contra hospitalização e óbito, elas possuem eficácia reduzida contra infecções frente a variantes de preocupação, como a ômicron, e novas variantes podem ainda surgir.

“A ideia básica não é exagerar as medidas, e manter algumas delas, como o uso de máscaras, inclusive como um sinal de que ainda estamos na pandemia. Aliadas às vacinas, as máscaras são um fator importante de proteção contra infecção, e retirá-las agora é dizer que uma medida de baixo custo e altamente eficaz não é mais necessária, o que considero precipitado”, diz.​

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Após transbordar, Rio Tarauacá segue acima da cota de alerta

O Rio Tarauacá, na cidade de mesmo nome, continua acima da cota de alerta neste sábado, 9, no interior do Acre. O manancial registrou 8,70 metros, 20 centímetros acima da cota de alerta, que é 8,50 metros.

Na sexta-feira, 8, manancial marcou 9,50 metros e estava na cota de transbordo. Mais de mil casas foram atingidas pelas águas do Rio Tarauacá, de acordo com a coordenador da Defesa Civil do município, Jyensveferpher Jardim.

Durante a medição do meio-dia deste sábado, o rio estava nos 9 metros. Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhuma família saiu de casa até o momento por causa da cheia.

“O Rio Tarauacá tem uma situação muito atípica, porque aumenta muito rápido e esvazia rápido. Agora está em vazante, mas chegou a ultrapassar a cota de alerta. Desceu em uma velocidade muito grande, tem as características de igarapé e não de rio”, explicou o major Cláudio Falcão.

Ainda segundo os bombeiros, as águas já chegaram até o bairro da Praia, mas, mesmo com as águas muito próximas, não houve a necessidade de remoção. “Sempre que tem o mínimo de aumento lá, o bairro da Praia sempre é atingido”, falou.

Rio Acre deve superar a cota de alerta na Capital nesta quarta-feira, 6

Com 13,48 metros, alcançados às 18h de terça-feira, 5, de acordo com a Defesa Civil Estadual, o Rio Acre está a dois centímetros de alcançar a cota de alerta em Rio Branco, que é de 13,50 metros. Com as constantes chuvas que atingem o estado no início deste mês, o manancial também apresenta uma subida rápida em diversas cidades do interior do estado e deixa os órgãos em alerta.

Das 6h, quando marcava 13,24 metros, às 18h de quarta, o manancial teve uma elevação de 34 centímetros na capital acreana. Já em Brasileia o Rio Acre saiu de 9,72m às 6h para 10,60m às 18h, uma elevação de 32 centímetros em 12 horas. A mesma tendência ocorreu em Xapuri, quando o curso d’água saltou de 10,28 m no início do dia para 10,60 às 18h do dia de ontem.

O aumento do nível das águas também foi notado na cidade de Capixaba, onde o manancial pulou de 10,37m às 6h para 10,65m às 18h, salto de 28 centímetros durante o período de 12 horas. A mesma situação ocorre também com o Rio Juruá, na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Na terça-feira, o principal curso d’água do Vale do Juruá alcançou a marca de 13,32 metros.

Com isso, várias residências foram atingidas pelas águas e a Defesa Civil precisou retirar uma família do bairro da Várzea. Com uma elevação de 1 centímetro por hora detectada em 24 horas, a previsão é que o nível do Rio Juruá continue apresentando uma subida significativa e alcance a cota de emergência, que é de 13,65 metros, ainda durante esta semana no município do interior.

Segundo a Defesa Civil, cerca de 4 mil famílias foram afetadas em Cruzeiro do Sul com a cheia, que invadiu diversos terrenos e em muitos bairros do município já está chegando ao assoalho das residências. Em pelo menos três comunidades da região, o fornecimento de energia elétrica teve que ser suspenso para evitar o risco de acidentes e prevenir mortes de moradores que vivem no local.

Já em Rio Branco, a cheia do Rio Acre não atingiu nenhuma família da cidade. A cota de transbordamento na capital é de 14m. No mês passado, com a elevação que ultrapassou a marca de transbordo, a Prefeitura construiu cerca de 100 boxes como parte das ações do Plano de Contingência, lançado pelo Executivo Municipal no último dia 15. Eles devem ficar erguidos até abril.

Rio ultrapassa cota de alerta e serviços de energia são suspensos em bairros no interior do AC

Manancial atingiu a marca de 12 metros nesta quarta-feira (23). Três bairros foram atingidos pelas águas

O nível do rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, chegou aos 12 metros, na manhã desta quarta (23), e ultrapassou a sua cota de alerta que é de 11,80 m. Por conta da cheia, alguns bairros da segunda maior cidade do Acre já foram atingidos pela água e em dois deles os moradores já tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso.

Depois da cheia que desabrigou 19 famílias em Cruzeiro do Sul, no mês de novembro do ano passado, o manancial que banha cinco cidades do Acre e outras do Amazonas, se manteve com seu nível baixo até o início deste mês quando marcou 7,6 metros. Mas, devido às chuvas intensas nas últimas semanas voltou a subir, chegando a ultrapassar a cota de alerta.

Com isso, os bairros da Lagoa, Várzea e Boca do Moa já foram atingidos pela água. Devido aos riscos de acidentes para os moradores, a Eletrobras decidiu desligar a energia da Lagoa e da Boca do Moa.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Rômulo Barros, a previsão é que o nível do rio continue subindo nas próximas horas e a Defesa Civil de Cruzeiro do Sul já mantém atenção especial nas áreas que estão afetas pela cheia.

“Passamos a verificar a medição três vezes por dia e já estamos com a voadeira na água. Já monitoramos as áreas afetadas e estamos vendo a questão de abrigos para sabermos, em caso de necessidade, qual será usado primeiro”, informou Barros.

Segundo o Corpo de Bombeiros, mesmo com os quintais das casas desses bairros já inundados, ainda não há a necessidade da remoção de famílias das áreas alagadas.

O nível do rio Juruá atingiu sua quarta maior marca em novembro de 2018, ultrapassando sua cota de transbordo, que é de 13 metros e chegou a 13,57 m. Por conta da cheia, 19 famílias tiveram que deixar suas casas e ficaram quase um mês em casas de familiares ou por conta de aluguel social concedido pela Defesa Civil.

Rio Acre ultrapassa cota de alerta na Capital

Com 13,81 metros, segundo a medição da Defesa Civil Estadual feita às 18h, o Rio Acre ultrapassou na quinta-feira, 17, a cota de alerta em Rio Branco, que é de 13,50 metros. Os dados mostram que em 12 horas o nível das águas subiu 26 centímetros, a marca registrada na capital às 6h foi 13,55m. Devido a isso, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) alerta que nesta sexta-feira, 18, o manancial deve continuar subindo e alcançar a cota de transbordamento, que é de 14m.

Apesar da rápida elevação no nível, não houve registros de famílias atingidas pelas águas ou desabrigadas durante a quinta-feira. Entretanto, a previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é de que nesta sexta-feira, 18, o céu fique nublado e haja pancadas de chuvas com trovoadas por todo o estado, o que pode interferir no nível do manancial em Rio Branco e em outras cidades. Segundo o CPRM, a capital teve 62 milímetros de chuvas nos últimos quatro dias.

Enquanto a subida do Rio Acre preocupa muitas pessoas, outras aproveitam o momento para ter um rendimento extra nos negócios. Proprietário de um restaurante/bar no Novo Mercado Velho, Centro de Rio Branco, Valdeir Gomes da Silva conta que o nível alto das águas atrai muitas pessoas para a região, o que fez as vendas do estabelecimento crescerem cerca de 60% desde o último fim de semana. Ele afirma que precisou reforçar o estoque de bebidas e alimentos para a demanda.

“Quando rio enche o movimento aumenta de forma considerável e se mantém assim até quando volta a baixar. Vem muitas pessoas aqui para a orla do mercado para apreciar a beleza que ele proporciona e, consequentemente, elas param aqui no meu restaurante para comer, tomar uma bebida enquanto se distraem ou se divertem com os amigos. Espero que o movimento continue assim, mas sem que o rio suba a ponto de alagar os bairros e prejudicar pessoas”, afirma Silva.

A universitária Ercília Barros, estudante do curso de Letras Libras da Universidade Federal do Acre (Ufac), é uma das milhares de pessoas que aproveitam a cheia do Rio Acre para ter momentos de descontração no Novo Mercado Velho. Na tarde de quinta ela estava acompanhada do companheiro no local para apreciar o tempo agradável e o volume das águas do manancial. De acordo com ela, quase todas as vezes em que o fenômeno acontece o passeio é feito pela região.

“Na verdade, eu vim somente para observar as águas passarem e a beleza que o rio proporciona quando está cheio. Daí isso leva a gente fazer outras coisas como tomar um tacacá, bater um papo e namorar. Mas apesar de toda essa beleza que a gente vê, eu sei que a cheia do rio traz muita preocupação para milhares de pessoas que vivem nos bairros alagadiços. Aqui olhando é muito bonito, atrai atenção, mas traz tristeza porque desabriga as pessoas”, contrapõe a universitária.

Inverno amazônico

Em 2018, a cheia obrigou a retirada das primeiras famílias de suas casas após o nível do Rio Acre chegar a 14,27cm. De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil, coronel George Santos, é nos meses de janeiro, fevereiro e março que são registrados os maiores índices pluviométricos, com maior risco de ocorrerem grandes alagamentos.

Santos informou que até o momento nenhuma família foi afetada pelas águas do rio, porém, em Assis Brasil o nível do rio diminuiu, o mesmo acontecendo no município de Brasiléia.

Nos municípios de Xapuri e Capixaba, o volume de águas continua subindo, o que deixa as autoridades de Rio Branco em alerta.

As equipes da Prefeitura executam os serviços de conclusão dos primeiros abrigos no Parque de Exposições Wildy Viana, bem como os trabalhos de preparação da estrutura do local, como instalações elétricas e instalações da equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), que promoverá o atendimento às famílias que porventura venham a ser abrigadas.

Rio Juruá ultrapassa cota de transbordamento em Cruzeiro do Sul e afeta moradores

O nível do rio Juruá chegou a 13,33 metros na tarde deste domingo, em Cruzeiro do Sul. Segundo informacões do Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), até o momento duas famílias tiveram que deixar suas casas e seguem em abrigos disponibilizados pelo poder público.

As famílias são moradoras do bairro da Várzea. São 11 pessoas, das quais duas são crianças.

Ainda segundo o CBMAC, relatório encaminhado pela Eletrobrás Distribuição Acre aponta a interrupção do fornecimento de energia nos bairros Miritizal, Boca do Moa, Lagoa e parte do Cruzeirinho. São 748 clientes sem emergia, número que pode se tornar maior, conforme o aumento do nível das águas.

“A Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros estão fazendo vistorias em todos os bairros, pois o rio continua aumentando o nível”, informou o major bombeiro Cláudio Falcão.

Prefeituras entram em alerta e situação de emergência por causa da dengue

Com surto de dengue e malária, município acreano de Senador Guiomard decreta situação de emergência em saúde pública.  Nos últimos dois meses é a segunda prefeitura acreana que entra em   emergência epidemiológica. Mâncio Lima adotou alerta contra a doença em determinados bairros daquela cidade.

O relatório da Diretoria de Vigilância em Saúde do município constatou 296 notificações para dengue e 134 para casos de malária em Senador Guiomard.  Segundo o decreto assinado pelo prefeito André Maia, o índice de infestação nas residências é de 3%, quando o aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%.

A partir do documento publicado na quinta-feira passada, 27 de setembro, a prefeitura está autorizada a adquirir insumos e materiais, além de contratar serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial. A prefeitura também criou uma sala de situação para monitorar e coordenar as ações administrativas contra os surtos das doenças.

Crise argentina deixa Brasil sob alerta, diz dirigente da ABDI

À espera de uma antecipação de parte do empréstimo no valor de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Argentina vive o pior momento da gestão do presidente Maurício Macri, deixando aceso o sinal de alerta no Brasil, já que o país vizinho é o terceiro maior parceiro comercial atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de janeiro a agosto, os argentinos consumiram 7,28% das exportações brasileiras, uma alta de 1,11%, comum saldo favorável ao Brasil de US$ 4,28 bilhões. A avaliação é do economista Jackson De Toni, gerente de Planejamento e Inteligência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Apesar de toda essa situação, “não há motivo para pânico”, diz ainda De Toni, Ele observou que, mesmo diante de um cenário de austeridade que, certamente, levará a uma queda do consumo interno, o país vizinho tende a fechar 2018 com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1% e 2%. E se o aporte de recursos do FMI for concretizado como o esperado, De Toni acredita que isso dará maior credibilidade sobre a capacidade de pagamentos por parte da Argentina ainda que isso custe caro à população e ainda careça de estratégias para retomar o crescimento.

O economista pontuou que embora tenha “tomado medidas para recuperar investimentos, conter o deficit público e retomar, em certo sentido, o desenvolvimento da economia argentina,” Macri não foi bem sucedido e foi forçado a adotar o atual plano de contenção para sanear as finanças em decorrência tanto de questões internas quanto da política monetária dos Estados Unidos. Com juros mais atrativos, fica latente a migração dos investidores para aquele mercado.

Quanto ao impacto sobre o Brasil que exporta para a Argentina, principalmente, automóveis, – o correspondente à quase metade da pauta de exportações e com uma participação de 75% sobre as vendas das montadoras para todo mundo-, De Toni prevê que ele será mais concentrado neste segmento, embora reconheça a importância dessas trocas comerciais que incluem ainda as importações na área agrícola

Para o economista, o Brasil tem fatores de proteção como, por exemplo, reservas cambiais de quase US$ 400 bilhões. A Argentina tem US$ 50 bilhões. Citou ainda a forte desvalorização do peso argentino em meio a um ataque especulativo resultando em uma inflação de 40% ao ano ante uma variação entre 4 a 5%, no Brasil, e a consequente elevação dos juros de 45% para 60% ao ano, muito acima da taxa brasileira oscilando em torno de 6,5%.

Outra diferença entre as duas economias, apontadas por De Toni, é que a Argentina depende De recursos do FMI, enquanto o Brasil tem uma previsão de investimentos diretos este ano de U$ 65 bilhões, um volume imenso para países latino-americanos.

Indústria automobilística

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Antonio Megale, manifestou “preocupação”, com o quadro da Argentina, mas, mesmo assim, tem expectativas de uma saída positiva para o país vizinho. “Se o governo argentino for bem-sucedido nessas negociações com o FMI, vai conseguir conter essa maior volatilidade. A gente imagina que o mercado argentino possa se estabilizar nos próximos meses. O país precisa de lastro para conter os ataques especulativos do câmbio”, avaliou.

Por enquanto, conforme informou, a desaceleração desse mercado, para onde seguem 75% das exportações do setor, seguido do México (7%), está sendo compensada pelo bom desempenho do consumo doméstico e também pela exploração de novos nichos entre os quais estão os negócios com os russos. Porem, o grande desafio do setor para diversificar a sua clientela, são os investimentos tecnológicos em pesquisa e desenvolvimento.

No começo deste ano, segundo ele, havia uma previsão de enviar para o país vizinho entre 900 a um milhão de veículos, mas este número deve cair para algo entre 700 mil e 800 mil. Pelo acordo comercial em vigor até 2020, nessa parceria, a troca de mercadorias é livre de impostos. A cada 1 US$ exportado, é possível importar o mesmo valor sem impostos.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil- Argentina, Federico Antonio Servideo, informou que desde abril, quando começou a ficar mais forte a crise cambial, vem ocorrendo uma desaceleração da atividade econômica, que levou a um recuo das encomendas do Brasil. Na previsão dele, deve ocorrer uma queda média em torno de 20% nas encomendas argentinas nesses últimos quatro meses de 2018.

De acordo como executivo, o ambiente é bem diferente do registrado no começo do ano. Só no setor da indústria automobilística, os argentinos tinham comprado 36% mais no primeiro trimestre comparado a igual período do ano anterior. Agora, no entanto, “a capacidade de consumo das famílias argentinas vai ser, significativamente, afetada pela crise cambial e pelas medidas de contenção de despesas e da taxação sobre as exportações”.

Em defesa de Macri, ele destaca que além da herança de problemas macroeconômicos do governo anterior, o atual presidente enfrentou quebra de safras e só não pode adotar as atuais medidas antes para evitar um sofrimento maior à população. “Quando ele assumiu, havia 30% da população vivendo abaixo da linha de pobreza”.

Os respingos dessa desaceleração econômica já podem ser notados quando se compara o desempenho das exportações brasileiras para a Argentina no acumulado de janeiro a agosto, aponta o economista Clemens Nunes, professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo. Nesse período, segundo ele, houve queda de 1,11%, enquanto durante todo o ano de 2017, houve um crescimento de 30% sobre 2016. “ A Argentina é um grande destino da produção da nossa indústria e um dos impactos importantes vai ser, principalmente, o setor industrial exportador”, disse.

Ele alerta também sobre a possibilidade de um contágio aos países emergentes porque essa crise pode provocar uma elevação do prêmio de risco aos investidores e, no caso do Brasil, poderia levar a uma maior desvalorização da moeda frente ao dólar. Quanto ao dinheiro obtido com o FMI, o economista considera esse aporte de recursos “dá condições para que o governo ganhe algum tempo e implemente um programa econômico capaz de debelar essa crise”. Porém ele vê risco de, no futuro, o país vir a ter uma situação pior tendo de, mais uma vez, sentar à mesa de negociações para novo empréstimo.

André Alírio, economista e operador de Renda Fixa da Nova Futura Investimentos, avalia também que o país não está imune à crise Argentina, mas, igualmente, lembra que a fragilidade em relação ao parceiro comercial é bem menor pelas vantagens macroeconômicas como, por exemplo, no fato de ter folga nas reservas cambiais ao redor U$S 380 bilhões. “Isso diminui o contágio que poderia advir da pressão existente sobre os países emergentes”, afirmou.

O economista Antonio Correa de Lacerda, entende que as medidas do governo argentino “vão implicar em uma recessão se traduzindo em vários problemas com queda de arrecadação, aumento do desemprego e tudo isso terá um impacto direto no Brasil que tem a Argentina como um dos principais parceiros comerciais”.

Segundo ele, de uma forma indireta, há um risco do efeito comparação por parte dos investidores que poderão associar a proximidade entre as duas nações. “O fato de estarmos na mesma região, isso pode levar os próprios mercados a especularem quanto a problemas existentes entre a Argentina e o Brasil”. Contudo, ele reconhece que as vantagens financeiras do Brasil podem amenizar esse risco de contágio.

Em Rio Branco, umidade do ar pode cair a 30%. Defesa Civil alerta para os cuidados com saúde

No verão amazônico marcado pelas friagens é comum a umidade relativa do ar cair abaixo dos 40%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o ideal é uma variação entre 50% e 80%.

Em Rio Branco, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil chama a atenção para os níveis da umidade do ar , hoje entre, quando os níveis estão entre 20% e 30%. “ A previsão para os próximos dias, é que nos horários entre 10h e 14h a umidade do ar fique em torno dos 30%. A recomendação é que a população tome cuidado, tome bastante líquido, se hidrate”, alerta George Santos, Chefe da Defesa Civil de Rio Branco.

O ar seco faz as vias aéreas trabalharem ainda mais e isso ocorre porque a mucosa nasal precisa umedecer o ar para que as trocas gasosas no pulmão mantenham certa quantidade de água.

Quando o tempo está muito seco, as vias respiratórias fazem um esforço maior. Com isso, as defesas do corpo diminuem. Assim surgem as viroses, alergias, inflamações por bactérias e outros problemas.

Na manhã desta segunda-feira (23), o nível do Rio Acre chegou a 2,04 metros. E continua vazando. Além disso, não há previsão de chuvas para os próximos dias, o que deve acentuar a seca. A estiagem favorece às queimadas urbanas na capital, o que pode agravar ainda mais a questão da saúde da população. A Prefeitura de Rio Branco mantém o alerta para que os moradores evitem atear fogo em entulhos e lixo.

Governo se mobiliza contra o sarampo e alerta prefeitos quanto à doença no Acre

A declaração do governador Tião Viana sobre a baixa cobertura da vacinação contra o sarampo nos municípios acreanos mostra a preocupação do Governo com a questão apesar de não haver registros recentes no Estado. O sarampo voltou a se espalhar pelo país em função de algumas situações críticas, como a entrada em massa de migrantes venezuelanos sem vacinação e a cultura de que a situação já estava sob controle.

Apesar dos alertas do Ministério da Saúde, as últimas informações dão conta de que em todo o país, a vacinação contra o sarampo está abaixo do esperado. Em alguns estados já tem surto da doença, que estava erradicada no Brasil. Em 2017, 20 estados e o Distrito Federal não alcançaram a meta de imunizar 95% das crianças. Os piores índices são no Pará, São Paulo e Acre –e daí o motivo da reclamação de Tião Viana, que fez a seguinte declaração nas redes sociais: “Senhores Prefeitos dos municípios acreanos, façam suas partes. Vacinem as crianças. 75% de cobertura vacinal ao Sarampo é vergonha”.

E nesta terça-feira, 11, governador do Acre voltou a se manifestar sobre a doença entrega equipamentos para o combate à malária no Juruá. “O esforço precisa ser de todos”, declarou a secretária de Comunicação do Estado, Andreia Zílio.

Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos da doença: em Roraima e no Amazonas. E há casos confirmados em outros três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia.

Maiores de 26 anos devem procurar vacina urgente

Neste momento em que o sarampo volta a preocupar os brasileiros, não apenas as crianças mas também os adultos estão na mira do Ministério da Saúde. Quem tem mais de 26 anos e nunca teve a doença deve procurar um posto para tomar a vacina. A orientação do Ministério da Saúde é a seguinte: pessoas com até 29 anos devem tomar duas doses; de 30 a 49 anos, uma dose basta; quem tem mais de 50 não precisa se vacinar porque provavelmente já teve contato com a doença.

Pesquisa realizada por professores da Ufac alerta sobre praga de caramujos

Uma pesquisa da Universidade Federal do Acre (Ufac) investigou a invasão de uma praga na cidade de Rio Branco. Sob orientação do professor Edson Guilherme, do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza, o estudante do curso de Ciências Biológicas, Marcos Silva de Lima, analisou a invasão do chamado caramujo gigante africano em diferentes bairros da capital acreana. O estudo acaba de ser publicado na revista cientifica Biota Neotropica.

Trazido ao Sul do Brasil na década de 1980, na tentativa frustrada de alternativa mais rentável ao “escargot”, um molusco apreciado na França como iguaria gastronômica, o caramujo africano acabou não sendo aceito no mercado local e descartado irregularmente.

“Não se pode precisar exatamente como esses caramujos chegaram ao Acre. O que se sabe é que foi um transporte passivo, ou seja, não vieram pelas próprias pernas e, uma vez aqui, a infestação, como no restante do país, foi rápida”, explica o professor Edson Guilherme.

Segundo relato dos moradores mais antigos, a presença desses caramujos tornou-se comum nos últimos dez anos.  “Como uma espécie invasora, não pertencente ao Brasil; esse bicho não tem predador natural e logo se transformou em um problema de saúde pública, pelo potencial de transmissão de doenças, e econômico, já que se reproduz facilmente e destrói plantações inteiras”, completa Marcos Silva de Lima.

Pesquisa

A pesquisa de Marcos é fruto de um projeto de iniciação científica idealizado pelo professor Edson Guilherme e desenvolvida com recursos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), entre os anos de 2015 e 2016, sendo premiada como destaque na área de ciências biológicas e da natureza durante o 25º Seminário de Iniciação Científica da Ufac, em 2016.

O estudo mostra que o caramujo gigante africano (‘Lissachatina fulica’) está presente em pelo menos 26 dos 36 bairros de Rio Branco pesquisados. Os pesquisadores coletaram e enviaram 44 indivíduos vivos ao Laboratório de Referência Nacional para Esquistossomose-Malacologia, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a análise revelou que os animais estão infectados por nematódeos ‘Aelurostrongylus abstrusus’ e ‘Strongyluris sp’, indivíduos que podem causar doenças em animais domésticos (gatos) e selvagens.

“Os resultados da pesquisa apontam para uma ampla infestação dessa praga na cidade de Rio Branco e constata a total ausência do poder público no que diz respeito à implementação de medidas de controle, manejo e conscientização da população com relação aos perigos que essa espécie representa como vetora de doenças e praga agrícola”, avalia o orientador da pesquisa.

Em conversa com os moradores dos bairros contaminados, os pesquisadores verificaram que eles têm consciência da presença do molusco, mas desconhecem sua origem e a forma de manejá-lo adequadamente.

“Existe uma normativa do Ibama para o extermínio dessa espécie, visto que não é nativa do país e, portanto, não tem predador. Mas nós temos, na região, um molusco nativo que pode ser confundido com o africano, daí a importância da ação do poder público nesse combate e extermínio”, destaca Guilherme.

Ele lembra que, além de ser vetor de vermes que acometem animais, o molusco também pode estar contaminado por micro-organismos capazes de afetar o sistema nervoso central do homem, causando meningite, cegueira e problemas intestinais.

“Nas espécies que coletamos, não foi identificada a contaminação dos moluscos com micro-organismos capazes de transmitir essas doenças ao homem, mas como essa é uma praga generalizada, é importante dar continuidade às pesquisas, porque essa é uma possibilidade que não pode ser totalmente descartada. O poder público precisa ficar atento”, conta Marcos.

Eletrobras-AC alerta sobre riscos de acidentes elétricos durante festas juninas e Copa do Mundo

Principais cuidados estão relacionados à decoração de ruas, casas e pontos comerciais. Eletrobras pede que pessoas priorizem materiais não condutores de energia

Durante as festas juninas e a Copa do Mundo é comum que as pessoas enfeitem as ruas, casas e comércios com bandeiras e outros adereços. A Eletrobras Distribuição Acre alerta para os riscos com acidentes elétricos e pede que sejam priorizados os materiais não condutores de energia, como bandeirolas de plástico ou de papel.

Para evitar curtos-circuitos, a Eletrobras afirma que é preciso que as ligações de energia elétrica, como tomadas e disjuntores, sejam instaladas corretamente e que o serviço feito por um profissional da área. É importante que a fiação esteja encapada corretamente e sem emendas.

A empresa recomenda ainda que não sejam usados postes e cabos de fiação elétrica como suporte para as decorações. As fogueiras e fogos, típicos das festas juninas, devem ser feitas o mais distante possível da rede elétrica.

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Durante a Copa do Mundo é comum que as pessoas enfeitem as ruas e casas – Foto/Caio Fulgêncio/G1

Ministério da Saúde alerta para risco de surto de dengue, zika e chikungunya em nove cidades do Acre

Cidades acreanas apresentam índices de 4% a 22,7%. Índice tolerável é de 1% de infestação

Um relatório do Ministério da Saúde apontou que nove cidades acreanas podem ter surto de dengue, vírus da zika ou chikungunya esse ano. Entre as cidades, está a capital acreana, Rio Branco, que é uma das duas capitais do país que estão em situação de risco.

O relatório aponta que mais de mil cidades em todo país podem ter o surto. Os dados foram coletados no período de janeiro a 15 de março.

A situação, segundo o relatório, está mais complicada nos municípios de Sena Madureira, Epitaciolândia e Rodrigues Alves, município que apresentam índice acima de 8%. O tolerável é de 1% de infestação.

A cidade que apresenta o maior índice é Sena Madureira, com 22,7%. Isso significa que em 100 casas na cidade, quase 23 podem estar com criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Também aparecem na lista do Ministério da Saúde municípios com índice acima de 4%, e isso inclui Rio Branco, Plácido de Castro, Brasileia, Acrelândia, Mâncio Lima e Manoel Urbano.

As cidades de Assis Brasil, Feijó, Capixaba, Porto Acre, Xapuri, Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard apresentam índices mais baixo, mas também aparecem na lista como cidades em alerta para infestação.

Conforme os dados, somente os municípios de Porto Walter, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Bujari estão com índice satisfatório, ou seja, com percentual abaixo de 1% de infestação.

Seis cidades do Acre em alerta contra surto de dengue

Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que mais de dois mil municípios brasileiros estão em alerta para um possível surto de dengue, zika e chikungunya. Entre as regiões, estão 16 capitais brasileiras. No Acre, Plácido de Castro, Acrelândia, Brasileia, Manoel Urbano, Epitaciolândia e Sena Madureira estão classificadas como zona de risco para surto da doença.  Apenas Santa Rosa do Purus e Bujari estão em situação satisfatória e não correm risco de epidemia.

As chances de surto foram destaque nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Maceió, Salvador, Teresina, Recife, Brasília, Vitória, São Luís, Belém, Macapá, Manaus, Natal e Goiânia. O levantamento mostrou que apenas três capitais estão com índice satisfatório: São Paulo, João Pessoa e Aracaju. Duas capitais seguem preocupantes, como Cuiabá e Rio Branco. As capitais Boa Vista, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Campo Grande não enviaram informações ao Ministério da Saúde.

De acordo com o governo federal, esse levantamento serve como um alerta para a necessidade de intensificar as ações de combate ao mosquito.

Prefeitura alerta para vacinação: 60% ainda não foram imunizados

A Prefeitura de Rio Branco alerta: faltando uma semana para encerrar a campanha de vacinação contra a gripe, 51 mil pessoas ainda não foram aos postos de saúde para fazer a imunização contra o vírus H1N1. “A vacina é a grande proteção contra o vírus que está em circulação no Brasil”, disse Socorro Martins, diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (SEMSA).

Balanço da SEMSA mostra que 60% das pessoas que fazem parte do público-alvo ainda não tomaram a vacina. A população tem até o próximo dia 1º de junho para tomar a dose em um dos postos de vacinação espalhados pela capital do Acre. Entre os que constam no público-alvo estão crianças de 6 meses a 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias, profissionais da saúde, professores da rede pública e particular, pessoas privadas de liberdade, adolescentes internados em instituições socioeducativas e outros. A vacina é eficaz e só não é recomendada para pessoas que tenham alergia a ovo.

A participação dos grupos prioritários na vacinação é primordial. A gripe, lembra a diretora de Vigilância Epidemiológica da SEMSA, é uma doença séria, que mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, de acordo com um recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).  Além dos sintomas clássicos, como febre e nariz entupido, a gripe pode trazer complicações bem mais complicadas.