José Adriano garante que interiorização como marca da nova gestão da Fieac

Após conquistar a reeleição, na segunda-feira, 14, para presidir a Federação das Indústrias do Acre (Fieac), o empresário José Adriano Ribeiro destacou que a nova etapa de sua gestão será focada na interiorização da entidade e uma maior aproximação com a sociedade. Reeleito por seis votos a quatro, o atual presidente comandará a Fieac pelos próximos quatro anos ao lado de João Paulo de Assis Pereira (vice-presidente) e Francisco Augusto de Souza (primeira tesouraria).

Um dos objetivos citados pelo presidente da Fieac para o próximo mandato é aproximar a instituição da população. Ele garante que todos os órgãos que compõem o Sistema S se abrirão ainda mais para mostrar a sociedade que os trabalhos desenvolvidos por eles são pensados na qualidade e benefício para a população. “Não vejo nenhum problema em nos abrirmos para essa aproximação. É um processo necessário tanto em Rio Branco quanto nos demais municípios do interior”.

Ele lembrou que a união das instituições do setor industrial, buscando um fortalecimento maior, deve ser uma meta concreta para que a população seja beneficiada. “Cada emprego que a gente gerar, serão mais três empregos que a sociedade vai conseguir visualizar na forma de postos de trabalhos disponíveis [uma espécie de efeito cascata]. Quando a economia cresce, outros problemas são reduzidos e a saúde, educação e segurança melhoram consequentemente”, explicou.

Outro fator destacado por José Adriano para os próximos quatro anos é a interiorização da Fieac pelos municípios do Acre. De acordo com ele, nos últimos três anos diversas ações foram executadas nos municípios do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri) que descentralizaram a atuação da entidade. Ele garante que a próxima etapa consistirá em atividades tanto no Alto Acre como nas demais regiões do estado para contribuir com o desenvolvimento econômico.

“Agora a gente pretende entrar em outros municípios do interior. No primeiro semestre deste ano, provavelmente, estaremos com atuação em Sena Madureira, que hoje é uma cidade que possui uma importante gestão do ponto de vista do Executivo Municipal com a sociedade, se vive um momento de otimismo lá. A gente vai e leva mais esperança para essas pessoas com ações efetivas como as capacitações promovidas pelo Sesi, Senai e IEL unindo-se as atividades feitas pelo Sebrae”, finalizou José Adriano.

Eleição

A eleição para a nova Diretoria da Fieac ocorreu na segunda-feira, 14, na sede da instituição em Rio Branco. José Adriano Ribeiro da Silva (presidente), João Paulo de Assis Pereira (vice-presidente) e Francisco Augusto de Souza (primeira tesouraria) foram eleitos por seis dos 10 presidentes dos sindicatos ligados ao setor, eles formavam a chapa “Força da Indústria. O pleito iniciou pouco depois das 8h e foi encerrado por volta das 14h. O resultado final foi divulgado logo no início da tarde.

Além dos escolhidos, concorriam a eleição da Fieac João Francisco Salomão (presidente), que já comandou a instituição por dois mandatos seguidos entre os anos de 2003 e 2011, José Luiz Felício (vice-presidente) e Carlos Afonso Cipriano dos Santos (primeira tesouraria). Os três compunham a chapa “Novos Tempos”. Ao todo, os representantes dos 10 sindicatos ligados a indústria acreana participaram da votação.

José Adriano é reeleito presidente da FIEAC

Por seis votos a quatro, o empresário José Adriano Ribeiro da Silva foi reeleito, na segunda-feira, 14, para presidir a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) nos próximos quatro anos. Além do atual presidente, a nova Diretoria da instituição será composta por João Paulo de Assis Pereira (vice-presidente) e Francisco Augusto de Souza (primeira tesouraria), eles formavam a chapa “Força da Indústria. O pleito iniciou pela manhã e foi encerrado no começo da tarde de ontem.

Além dos escolhidos, concorriam a eleição da Fieac João Francisco Salomão (presidente), que já comandou a instituição por dois mandatos seguidos entre os anos de 2003 e 2011, José Luiz Felício (vice-presidente) e Carlos Afonso Cipriano dos Santos (primeira tesouraria). Os três compunham a chapa “Novos Tempos”. Ao todo, os representantes dos 10 sindicatos ligados a indústria acreana participaram da votação. O resultado final foi divulgado logo no início da tarde.

Em entrevista exclusiva ao JORNAL OPINIÃO, José Adriano afirmou que o desafio é dar continuidade ao mesmo desempenho alcançado nos últimos quatro anos, buscar ainda mais o associativismo e garantir o desenvolvimento do setor produtivo, além da independência da indústria acreana. “Daqui para frente temos que torcer e trabalhar em prol do desenvolvimento do Acre de do Brasil. A partir de agora iremos procurar todas as instituições parceiras e empresários com o foco no desenvolvimento do estado”, disse.

Segundo o regulamento do pleito eleitoral, tinham direito a participar os presidentes dos sindicatos da Indústria de Construção Civil (Sinduscon), de Móveis (Sindmóveis), Extração de Areia, Argila e Laterita (Sindmineral), Gráficas (Sindgraf), Panificação (Sindpan), Construções de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem (Sincepav), de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeira (Sindusmad), Olaria (Sindoac), Confecções e Correlatas (Sincon) e Produtos Alimentares (Sinpal).

João Paulo de Assis, presidente do Sindmineral, considerou que o pleito foi muito acirrado e teve uma condução transparente e isenta. Ele ressaltou que espera que a nova Diretoria da Fieac trabalhe para atender os anseios do setor empresarial para contemplar e elevar os interesses da indústria. “Essa disputa elevou a importância da Fieac. Dentro desse aspecto, nós entendemos que o papel é reconstruir as relações institucionais e focar no foro de desenvolvimento”, finalizou.

Balanço

O primeiro quadriênio de José Adriano como presidente da Fieac, que foi eleito em junho de 2015, chega ao fim em julho deste ano, quando será reconduzido ao cargo. De acordo com ele, o principal foco do seu primeiro mandato foi o associativismo, a participação efetiva de debates de políticas públicas e a aproximação junto aos empresários do setor. “Focamos em dar condições para eles trabalharem e serem prestigiados. Isso não acontecia em gestões anteriores”, pontuou.

Segundo o presidente da Fieac, outros fatores importantes da sua gestão foram fazer a readequação orçamentária da federação, que acabou com o déficit financeiro existente, readaptações dos espaços físicos de todas as unidades da entidade espalhadas pelo estado, focando na acessibilidade, e a proposta de implantar o ensino médio nas escolas do Sistema S. “São vantagens que fazem diferença, principalmente para quem sempre viu a instituição de forma opaca”.

Desafios

Para José Adriano o principal desafio dos próximos quatro anos é fazer com que a Fieac seja protagonista na elevação da economia do Acre e tornar a indústria local independente do Estado. “Nossa gestão vai focar em mapear o estado para atrair investimentos para que o setor produtivo se veja independente investindo naquilo que temos de matéria prima, nas divisas e no comércio exterior. Estamos numa situação estratégica na América do Sul e nunca soubemos aproveitar isso”, salientou.

O presidente da Fieac afirmou também que a economia acreana precisa ter uma abertura para grandes empresas de outras localidades, o que faria a economia depender cada vez menos da “república do contracheque”.

Para isso, ele disse que a Fieac liderará uma campanha “Pró-Amazônia” para que as federações das Indústrias de todos os estados da região trabalhem em conjunto com vistas no desenvolvimento da Amazônia Legal e, principalmente, do estado acreano.

“Temos que trabalhar fortemente as políticas públicas que são pensadas dentro do fórum de desenvolvimento da federação. Estamos dentro de uma proposta junto a outras federações, como a do Comércio e da Agricultura, de trabalho integrado. Não há como desenvolver o estado pensando que a indústria não depende do comércio, da agricultura, do serviço e outros segmentos. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas [Sebrae] também é essencial nesse processo”, enfatiza José Adriano.

José Adriano, um autêntico representante do setor produtivo

A falta de representatividade de um parlamentar que realmente levantasse as bandeiras do setor produtivo acreano no Congresso Nacional sempre foi assunto recorrente em reuniões de empresários dos mais diversos segmentos. Embora em todas as eleições os empreendedores sempre fossem procurados por candidatos que buscavam apoio e se diziam comprometidos com as necessidades da classe, o descontentamento após o pleito era algo comum.

Essa insatisfação certamente contribuiu de forma decisiva para que o setor produtivo se unisse ainda mais neste ano. Uma importante aproximação que resultou na construção de um movimento denominado “Por Um Acre Mais Produtivo”. Esse grupo, coordenado pelas federações do Comércio (Fecomércio), Indústria (FIEAC), Agricultura e Pecuária (FAEAC), das Associações Comerciais e Empresariais do Acre (Federacre) e Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola (Acisa), reuniu, de forma inédita, as propostas com os anseios de todas essas instituições em um único documento com o objetivo de nortear as ações do próximo governo e também o mandato dos legisladores.

Além do conjunto de propostas, o movimento também decidiu lançar o nome de uma de suas lideranças para concorrer a uma vaga na Câmara Federal. O escolhido foi José Adriano, empresário do setor de construção civil e presidente licenciado da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC).

De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (FAEAC), Assuero Veronez, a candidatura de José Adriano nasce de um compromisso com o setor produtivo. “Ele resolveu colocar seu nome sendo protagonista de um movimento empresarial que busca legitimidade em seus representantes. Inteligente, preparado e obstinado, José Adriano tem todas as qualidades necessárias para um parlamentar eficiente e determinado, que certamente estará na vanguarda de luta pelos interesses do nosso Estado e, sobretudo, comprometido com o crescimento econômico”, acrescenta.

Já o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), Leandro Domingos, se diz convicto de que um mandato parlamentar de José Adriano resultará em mais empregos para o Estado, melhorará a qualidade dos serviços médicos e hospitalares, a estrutura e qualidade do ensino, bem como viabilizará condições para otimizar a infraestrutura das cidades acreanas.

“José Adriano é muito bem preparado, inteligente e comprometido com um Acre mais produtivo, que possa oferecer ao nosso povo uma vida mais digna e mais humana. O empresário pode ter certeza que José Adriano possui os requisitos para ser um excelente defensor do setor produtivo no Congresso Nacional”, assinala Domingos.

No sublimite do sufoco

Existe uma frase do escritor francês André Gide com a qual concordo plenamente: “Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo”. Então, caro leitor, permita-me, mais uma vez, repetir: a maioria das empresas acreanas é de micro e pequeno porte. De novo: a maioria das empresas acreanas é de micro e pequeno porte. Dito isso novamente – pois é uma tecla onde bato diversas vezes ao longo de minha trajetória como empresário, entrarei no assunto que me traz mais uma vez ao debate: o valor do sublimite determinado pelo nosso Estado para recolhimento do ICMS e ISS no Simples Nacional.

Enquanto os demais estados têm como sublimite a importância de R$ 3,6 milhões de Receita Bruta Anual para se beneficiar do regime compartilhado de arrecadação de tributos, apenas Acre, Amapá e Roraima optaram por reduzir este teto para a metade. Ou seja, ultrapassando a receita de R$ 1,8 milhões, as micro e pequenas empresas locais deverão recolher os impostos separadamente, o que elevará ainda mais a carga tributária das já asfixiadas iniciativas privadas localizadas nas terras de Galvez. Essas mesmas que, reitero, são em sua maioria de micro e pequeno porte.

Como um setor produtivo pode crescer e se fortalecer se lhe faltam incentivos para tal? O Acre é um Estado que luta para consolidar sua economia por meio da estabilização da iniciativa privada, tentando, a todo custo, deixar para trás um passado não muito distante em que era conhecido por um apelido que, particularmente, sempre me soou pejorativo: “economia do contracheque”. Dependendo única e exclusivamente da folha de pagamento do setor público para aquecer o mercado consumidor. Logo, aqueles que ousam enveredar pelo caminho mais difícil, que é o de empreender em uma terra de difícil acesso, submetendo-se a dificuldades de toda sorte, que vão das escassezes de matéria-prima à mão-de-obra qualificada, tendo à frente um tsunami de impostos e ostensivas fiscalizações, dificilmente alcançam patamar acima do micro ou pequeno porte. Já devo ter mencionado isso anteriormente.

Note, leitor, que para uma empresa ser competitiva, ela precisa concorrer com as demais, no mínimo, em condições de igualdade. Isso seria o justo. Porém, como disputar a preferência do mercado com concorrentes vizinhos se estes não adotam tal acinte, digo, sublimite para com seus empreendimentos? Ao recolher o ICMS com base nas alíquotas regulares, que são superiores ao que é cobrado no Simples Nacional, o setor produtivo acreano – que, volto a sublinhar, é formado em sua maioria por empreendimentos de micro e pequeno porte – amarga um aumento do custo de produção, gerando um efeito dominó que atinge toda a cadeia.

O temor da perda de receita pública faz com que o Estado deixe de enxergar a longo prazo. A arrecadação oriunda de empresas engessadas pelo sublimite adotado pelo Acre pouco representa no montante final e ainda impede o crescimento exponencial do setor produtivo que, com efeito, contagiaria a economia em sua totalidade, resultando em crescimento da própria receita governamental. Ao insistir em sufocar nossas empresas com o atual teto do sublimite, estaremos fadados a permanecer eternamente com a mesma estatura. Já falei que a maioria das empresas acreanas são de micro e pequeno porte?

*Empresário e presidente licenciado da FIEAC

Uma agenda para o desenvolvimento

Como empresário e presidente licenciado da FIEAC conheço quais os principais entraves do desenvolvimento do Acre e do Brasil. Para mantermos nossas atividades e construirmos caminhos de crescimento não é preciso muito. É preciso que o país vença a burocratização que aumenta custos de produção. Também é necessário que os empreendedores tenham mais acesso à oferta de crédito mais barato, desembaraçado e soluções efetivas que tornem a carga tributária suportável.

Recolher impostos e pagar taxas é nosso dever. Não é possível, todavia, impormos às empresas taxas e obrigações que o próprio negócio não consegue suportar. Precisamos de empresas sustentáveis que gerem empregos mais sólidos que, por sua vez, fazem circular a renda, provocam consumo responsável, enfim, trazem dignidade e qualidade de vida. A construção de um ambiente marcado pela consolidação e ampliação de empregos formais deve ser a grande meta da sociedade e seus governos.

Os principais gargalos para o desenvolvimento e o que deve ser feito para mudar este cenário encontram-se na edição 2018-2022 do Mapa Estratégico da Indústria, documento produzido pela Confederação Nacional da Indústria – CNI – que elegeu 11 fatores-chave para o Brasil ganhar competitividade de forma sustentável, que são: segurança jurídica; ambiente macroeconômico; eficiência do estado; governança e desburocratização; educação; financiamento; recursos naturais e meio ambiente; tributação; relações do trabalho; infraestrutura; política industrial, de inovação e de comércio exterior; produtividade e inovação na empresa.

Este documento deveria fazer parte dos principais planos de campanha dos candidatos à vaga no Congresso Nacional, pois contempla o que é preciso fazer para que o Brasil desenvolva novas competências e realize mudanças estruturais, considerando as mudanças no ambiente econômico mundial e nacional ocorridas nos últimos cinco anos.

Não apenas na Copa do Mundo o Brasil precisa ter bom desempenho. Faz-se necessário melhorarmos a performance em termos de desenvolvimento econômico. Temos que recuperar a competitividade do Acre e do Brasil. Para isso, é muito importante o fortalecimento do setor produtivo. Com a indústria, por exemplo, conseguimos levar desenvolvimento a diversas regiões, distribuindo melhor os efeitos positivos que ele traz. País forte tem indústria forte e garante oportunidades iguais a todos de melhorar de vida.

Não tenho dúvidas de que a saída da crise econômica é pela produção. Para tanto, o apoio ao setor produtivo e ao desenvolvimento econômico sustentável deve ser a grande aposta do Brasil.


*José Adriano é empresário e presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado do Acre – FIEAC.