WASHINGTON (Reuters) – Vários republicanos do Congresso dos Estados Unidos pediram ao secretário de Justiça norte-americano, Jeff Sessions, que se exima das investigações sobre a suposta interferência da Rússia na eleição presidencial dos EUA depois que veio a público que ele se encontrou com o embaixador russo no ano passado, mas não admitiu os contatos em um depoimento que deu ao Senado.
Por sua vez, democratas de destaque exigiram a renúncia de Sessions, a principal autoridade de aplicação da lei do governo do presidente republicano Donald Trump e um conselheiro próximo durante sua campanha eleitoral de 2016.
Os dois encontros com o embaixador, noticiados primeiramente pelo jornal The Washington Post na noite de quarta-feira, foram confirmados pelo Departamento de Justiça, que disse não haver nada de impróprio nas reuniões.
Durante sua audiência de confirmação no Senado, em janeiro, Sessions respondeu a uma pergunta do senador democrata Al Franken afirmando que não “teve comunicações com os russos” no curso da campanha presidencial.
No ano passado, agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia roubou e vazou emails do Partido Democrata durante a campanha, parte de uma tentativa de fazer a votação pender a favor de Trump.
As alegações de contatos de assessores de Trump com a Rússia antes de sua posse e a acusação de intromissão russa tumultuaram os primeiros dias do novo governo.
Trump, que durante a campanha defendeu com frequência melhores laços com Moscou, vem acusando funcionários do governo do ex-presidente democrata Barack Obama de tentar desacreditá-lo.