Trabalhadores de todo o Brasil protestam contra a PEC 287, hoje

A reforma previdenciária proposta pelo governo Michel Temer, que coloca a idade mínima para aposentadoria para os 65 anos e define como tempo de contribuição necessário para o resgate integral do valor da previdência 49 anos, vêm sendo fortemente rejeitadas por grande parte da população brasileira.

Com base nisso, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) coordena em todo território nacional, juntamente com outras centrais sindicais, o chamado Dia Nacional de Paralização e Mobilização, envolvendo trabalhadores de várias categorias e estudantes de 25 estados e do Distrito Federal.

A ação tem como objeto protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional 287 as reformas da previdência e trabalhista que estão em tramitação no Congresso Nacional. Na capital acreana, o ato acontece a partir das 8h desta quarta-feira, em frente ao Palácio Rio Branco.

Rosana Nascimento, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT/AC) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) explica que essa ação nacional da CUT e de outras centrais é uma greve geral contra a PEC 287 e que todos os trabalhadores, de todas as categorias, deveriam se fazer presentes “nesse dia de luta em que todo o Brasil está fazendo parte”.

“Nós convidamos todos os trabalhadores (independentemente de ser da educação, da saúde, do serviço público ou de empresas particulares) para participar dessa luta que é uma luta de todos! É um dia em que todos os trabalhadores têm o dever e a obrigação de lutar para garantir sua aposentadoria, porque se esta PEC for aprovada, é o fim da aposentadoria para o povo brasileiro”, acrescentou.

Servidores da educação, saúde, vigilantes, bancários, servidores, professores e estudantes universitários, funcionários dos Correios, dentre outros, confirmaram presença na manifestação.

A assessoria da CUT destaca que a instituição não aceitará as mudanças nas regras da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros (rurais, professores e demais setores) e afirma que “o povo também irá às ruas para dizer que não aceitará mudanças na legislação que vão transformar o atual contrato de trabalho em ‘contrato de bico’, inseguro, intermitente, precário e mal remunerado”.