Voos voltam a crescer no mundo e atingem maior patamar desde março

Com a derrubada de medidas de isolamento social e reabertura de fronteiras, o número de voos comerciais no mundo cresceu e atingiu o maior patamar desde março. Ainda assim, é 40% menor que em janeiro, antes da pandemia do coronavírus.

A semana de maior paralisação da aviação no ano foi a de 18 a 25 de abril , quando a quantidade de aviões comerciais no ar era 75% menor do que no período pré-pandemia. Em comparação com a média de voos no fim de agosto, houve aumento de mais de 40 mil decolagens por dia.

Os dados são do site FlightRadar24h, que monitora o fluxo de aviões pelo planeta. Voos comerciais incluem o transporte de passageiros e de carga.

A retomada é mais lenta nas Américas, onde o volume de novos casos de Covid-19 ainda é bastante expressivo. No aeroporto de Guarulhos e no JFK, em Nova York, a média diária de voos na penúltima semana de agosto equivale a 64% e 50%, respectivamente, do que se registrava no mesmo período de março.

Naquele momento, Itália, Espanha e França já passavam por lockdown para conter o vírus, mas as medidas de isolamento ainda começavam a ser implementadas nos Estados Unidos e no Brasil.

Em território italiano, o primeiro decreto de quarentena, que suspendeu aulas e restringiu o comércio e a circulação de pessoas, é de 7 de março. No fim daquele mês, no aeroporto de Milão, região mais afetada, houve apenas 8 das 142 decolagens previstas (6%).

Segundo o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, houve queda de 75% no turismo em junho na comparação com fevereiro, e o setor aéreo reduziu as operações em 73%.

Com o controle da epidemia, a Europa tem passado, desde o fim de junho, por processo de reabertura gradual de suas fronteiras internas e externas —mas com restrições a países onde a Covid-19 está fora de controle, caso do Brasil.

O verão no hemisfério Norte deu gás à retomada do setor aéreo, com aquecimento do turismo. Hoje, há 12 vezes mais decolagens no aeroporto de Milão que em março. Ainda assim, o volume equivale à metade do que se registrava antes da pandemia, em fevereiro.

A situação é semelhante em Paris e Madri: os aeroportos estão consideravelmente mais cheios, mas distantes do normal. Enquanto isso, ameaças de novos surtos começam a surgir, dado o aumento do contágio principalmente entre jovens europeus.

Com capacidade para mais de 100 milhões de passageiros por ano, o aeroporto de Pequim Capital foi um dos primeiros no mundo a reduzir o número de voos devido à política do governo chinês de tentar conter a disseminação do coronavírus, surgido em Wuhan.

Hoje, há quase três vezes mais decolagens que em março. São mais de 450 por dia, mas a capacidade real supera 600.

No Brasil, as companhias Latam, Azul e Gol reduziram em 90% as operações no mês de abril —eram de 700 a 800 voos por dia no período anterior à pandemia.

Em setembro, a Azul planeja operar com 303 voos diários para 80 destinos, 290% a mais que em abril.

Na Latam, a expectativa é chegar a 244 decolagens por dia até o fim do mês, uma adição de 73 em relação a agosto.

Na Gol, a meta é realizar 300 voos por dia neste mês, seis vezes o número de abril.

Os efeitos da forte queda, porém, já apareceram para o mercado. A Latam anunciou mês passado demissão de cerca de 40% do seu quadro de funcionários. Em julho, a Azul demitiu ao menos 500 empregados, segundo estimativa da SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários).

Também em julho, a Latam Brasil entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. As afiliadas de outros cinco países já haviam feito o mesmo em maio.

folha

Companhias aéreas retomam os voos em um cenário de improviso

As companhias aéreas começaram a retomar os voos em um cenário de muitas dificuldades, que obrigam as empresas a improvisar e, após mais de dois meses de crise devido à pandemia, o retorno à normalidade pode demorar anos.

Tripulações que são informadas sobre o destino do voo algumas horas antes da decolagem, aeroportos que cancelam de improviso autorizações de pouso e o treinamento dos pilotos: estes são alguns exemplos das dificuldades enfrentadas pelas companhias.

“Praticamente não há mais cronogramas fixos, e sim reservas para os funcionários”, explicou recentemente o presidente da Lufthansa, maior grupo europeu do setor, Carsten Spohr.

“Sabem quando têm que estar no aeroporto e são informados do destino apenas algumas horas antes”.

O método, que era utilizado em casos excepcionais, agora “virou a norma”, destacou Spohr. O retorno à normalidade é um imenso desafio para as companhias que passaram mais de dois meses completamente paralisadas.

Piloto e comissário de bordo da Lufthansa trabalham em aeroporto de Munique
foto:Getty Images

A Lufthansa, por exemplo, tinha uma oferta de voos comparável com a da década de 1950, ou seja, quase 3.000 passageiros por dia, ao invés dos 350.000 de antes da crise do coronavírus.

“O problema é que neste momento a demanda é muito menos previsível que o habitual”, afirmou um porta-voz da companhia Etihad, de Abu Dhabi.

A inteligência artificial, muito utilizada antes da crise para o planejamento, foi deixada de lado no momento.

“Os dados coletados durante décadas são inutilizáveis, ao menos em um futuro próximo, e temos que voltar a ensinar tudo ao algoritmo”, disse Thorsten Dirks, diretor financeiro da Lufthansa.

A inteligência humana é “mais rápida e flexível”, completou.

O primeiro voo que a companhia havia programado para a Índia foi cancelado na véspera por falta de autorização de pouso.

Em outros casos, a procura é importante no último momento.Durante o fim de semana de Pentecostes, o presidente da Lufthansa fez uma reserva para encontrar a família e se viu em uma lista de espera de 70 pessoas.

“Um segundo avião teve que ser adicionado”, explicou Spohr.

No auge da crise, 700 dos 763 aviões da Lufthansa permaneceram em terra, estacionados nas pistas do aeroporto de Frankfurt.

“É possível reativar em um ou dois dias os que permaneceram nos hangares por menos de três meses”, afirmou à AFP Lara Matuschek, porta-voz do grupo.

Mas para as aeronaves que estão em “deep storage” (“armazenamento profundo”), o “procedimento de reativação é mais pesado, às vezes dura até quatro semanas”, explica.

Além disso, os profissionais devem estar atualizados com a sua formação. Na Transair, no Senegal, os pilotos voam sem passageiros para conservar as licenças.

A Etihad, que aproveitou o período em que 80% da frota permaneceu em terra em abril para manutenção, organiza a cada 45 dias treinamentos em simulador para os pilotos.

Volta à normalidade em quatro anos

No restante do mundo, a volta é lenta. A Singapore Airlines, com uma reativação que vai de alguns dias a uma semana de acordo com o tipo avião”, vai oferecer 12 destinos adicionais entre junho e julho.

Mas com 32 destinos contra os 135 de antes da crise, o grupo asiático opera com apenas 6% de sua capacidade.

No Japão, a volta também é progressiva para as companhias JAL e ANA, que oferecem 30% dos voos habituais em junho, o dobro de maio.

O presidente da Singapore Airlines espera uma volta à normalidade completa em quatro anos.

A Lufthansa espera oferecer em setembro voos para 90% de seus destinos de curta distância e 70% de longa distância. Mas a oferta será de apenas 40% do que era antes da crise.

Com os cancelamentos de voos comunicados apenas algumas semanas antes aos passageiros, o serviço de atendimento ao cliente está sobrecarregado. Atualmente, o grupo gasta centenas de milhões de euros por mês em reembolsos, de acordo com Spohr.

O sistema funciona no momento. “Mas quando tentamos fazer uma empresa como a nossa funcionar para ganhar dinheiro, não é um método duradouro”, conclui.

uol

Governador garante retorno de voos diurnos a partir de junho

O governador Gladson Cameli assegurou mais uma importante conquista para o transporte aéreo do Acre. A partir de junho deste ano, o estado passa a contar com voos diurnos da companhia aérea Gol. O anúncio foi feito pelo presidente do Instituto Gol, Claudio Neves Borges, durante reunião com o governador Cameli, em Brasília. As cidades de Rio Branco e Cruzeiro do Sul serão beneficiadas. A venda dos bilhetes já começa em fevereiro.

Com frequência diária, o voo sairá de Brasília às 9h35 e chegará ao aeroporto de Rio Branco às 11h30. Em seguida, o mesmo avião segue para Cruzeiro do Sul. O retorno será às 13h05, passa pela capital acreana e pousa em Brasília às 19 horas.

A suspensão dos voos acarretou uma série de transtornos no deslocamento de passageiros do Acre para outras regiões do país, por ser o único diurno que a população contava. Atualmente, os quatro voos que chegam e saem do estado são operados durante a madrugada.

Com o novo voo garantido pelo governador Gladson Cameli, o Acre ganha mais 298 assentos diários.

“Sou um incansável defensor da bandeira do transporte aéreo para o Acre. Não podemos aceitar voos somente pela madrugada, também queremos a mesma comodidade dos passageiros dos outros estados. Agradeço o empenho da Gol por se sensibilizar e atender o nosso pedido”, argumentou Cameli.

O governador Gladson Cameli ressaltou também o empenho dos parlamentares acreanos, tanto a nível estadual quanto federal para que as negociações com a empresa Gol chegassem a uma solução positiva para a população do estado.

Com informações de Davi Casseb, em Brasília

Gladson solicita da presidência da Gol, em SP, manutenção de voos diurnos para o Acre

O senador da República e governador eleito em 2018, Gladson Cameli (Progressistas), esteve na tarde desta segunda-feira (22) reunido, na sede da Gol Linhas Aéreas, em São Paulo, com o presidente da companhia, Paulo Sérgio Kakinoff, um dos fundadores e presidentes do Conselho de Administração, Constantino Júnior, e o Diretor Executivo de Vendas e Marketing, Eduardo Bernardes Neto, para solicitar a manutenção do voo diurno do trecho Brasília/Rio Branco/Porto Velho/Brasília.

O parlamentar disse estar preocupado com as notícias sobre possíveis mudanças nos horários dos voos para o Acre devido os problemas que poderão ser acarretados para os usuários de transportes aéreos do estado que viajam entre Brasília/Rio Branco/Porto Velho/Cruzeiro do Sul/Manaus.

“Esses trechos operados pela Gol Linhas Aéreas são utilizados por todos os usuários de transportes aéreos do Acre, e qualquer mudança de horário ou alteração de preços das passagens prejudicam os clientes”, disse Cameli.

De acordo com Gladson, os executivos da Gol garantiram apresentar uma proposta para o senador acreano até a próxima semana analisando a manutenção dos voos diurnos Brasília/Porto Velho/Rio Branco. Também será estudada a substituição do voo noturno Brasília/Rio Branco/Cruzeiro do Sul e Brasília/Rio Branco/Manaus por voos diurno.

O senador agradeceu a reunião com os executivos da Gol e reforçou a solicitação para que a Gol continue investindo no Acre, oferecendo serviços que atendam aos cidadãos acreanos dentro da realidade da região.

“Acredito que a Gol continuará atendendo ao nosso estado com eficiência e sensibilidade ao que precisamos para o bom funcionamento do sistema aéreo na nossa região. Vamos aguardar a proposta da companhia e então darmos continuidade ao nosso diálogo”, agradeceu ele.

Sob relatoria de Jorge, Senado proíbe cobrança para marcar assentos em voos

Matéria segue para análise na Câmara dos Deputados

O Senado aprovou nesta quarta-feira (08) projeto de lei que proíbe a cobrança por marcação antecipada de assentos em voos comerciais, uma prática recentemente adotada pelas companhias aéreas brasileiras. O senador Jorge Viana foi relator da proposta no plenário e apresentou parecer favorável à iniciativa do senador Reguffe, autor do projeto.

“Essas matérias vinculadas a essa questão do transporte aéreo no Brasil estão na pauta do meu mandato desde o primeiro ano que cheguei aqui, lutando por mais voos e preços acessíveis para os consumidores da região norte, especialmente do Acre”, declarou o parlamentar criticando a postura da Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC.

O parlamentar ressaltou o número de usuários que deixaram de utilizar o serviço de transporte aéreo no Brasil nos últimos anos: quase 30 milhões. Para ele, a criação de novas taxas, como a de despacho de bagagem e agora, de marcação de assento, prejudicam ainda mais os consumidores brasileiros.

“Se estou pagando uma passagem aérea, o que eu estou comprando? No mínimo o direito de um assento no avião. Essa cobrança é absolutamente inconstitucional”, afirmou em plenário.

O projeto agora segue para análise na Câmara dos Deputados. Jorge Viana anunciou que também apresentará um projeto para regulamentar as taxas de cancelamento e alteração de voos. “São taxas extremamente altas. Quando você usa milha para tirar um bilhete aéreo e vai pedir de volta por não usar, eles cobram um preço absurdo. Em um país continental como o nosso, esse é um direito que precisa ser preservado, para todos”, argumentou.

Paralisação de caminhoneiros provoca cancelamento de 5,7% dos voos

Até as 20h de hoje (25), a paralisação dos caminhoneiros havia provocado o cancelamento de 70 voos no país. O número representa 5,7% das viagens programadas para o dia. As informações são da Infraero, que monitora o movimento nos aeroportos brasileiros.

No mapeamento da situação de voos do dia disponibilizado pela empresa, estavam previstos 1.219 voos para esta sexta. Deste total, 966 (79,2%) estavam no horário, 161 (13,2%) estavam atrasados e 22 (1,8%) estavam atrasados no momento em que a aferição foi realizada.

O maior número de voos cancelados foi da Azul, com 32 (45%) viagens não realizadas. Em seguida vêm a linha aérea TAM, com 29 (41%), Gol, com 5 (7%), e Avianca, com 3 (4%). Os cancelamentos afetaram somente voos domésticos. A Infraero não registrou problema deste tipo com viagens internacionais.

Em relação aos atrasos, a companhia aérea com maior número de voos nesta situação é a TAM, com 54 (33%), seguida pela Gol, com 38 (23%), Azul, com 36 (22%), e Avianca, com 29 (18%). Entre as viagens internacionais, apenas uma estava fora do horário, da Azul.

Abastecimento

Mais cedo, a Infraero divulgou nota sobre a situação de combustível dos aeroportos brasileiros. No comunicado, afirmando que está monitorando o abastecimento de caminhões para fornecer combustível às aeronaves e que está em diálogo com órgãos públicos para garantir a chegada dos caminhões, bem como com as companhias aéreas.

A Infraero reforçou a necessidade de passageiros entrarem em contato com as respectivas linhas aéreas para consultá-las sobre a situação de seus voos. A recomendação também foi dada pela Agência Nacional de Aviação Civil em nota divulgada hoje.