O maior evento científico e tecnológico da educação básica do Acre reuniu um público de mais de 35 mil pessoas durante os três dias de exposições. A 4ª edição da Mostra de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, a Viver Ciência, ocorreu no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac) e contou com o apoio de aproximadamente 40 parceiros na realização das atividades que receberam a visita de estudantes, professores e comunidade.
Foram quase 400 trabalhos apresentados e quase 150 escolas participantes das redes estadual, municipal e privada de ensino. Para os visitantes, destacam-se o planetário, sempre muito procurado pelos alunos, o Cine Ciência, que este ano analisou a saga Star Wars, o palco cultural, com apresentações musicais e teatrais exibidas pelos próprios estudantes e, ainda, os estandes que proporcionam os resultados de pesquisas científicas desenvolvidas pelos alunos do ensino fundamental e médio, além de acadêmicos do nível superior.
A diretora de inovação da Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE), Cleide Prudêncio, destaca que a expectativa para a Mostra 2018 superou as expectativas, tanto no número de trabalhos expostos quanto no número de voluntários.
“Cada ano que passa as pessoas conhecem mais o que é a Viver Ciência e a sua importância no decorrer do ano letivo das escolas. Aqui é visto um pouco do que é desenvolvido em sala de aula no que diz respeito à iniciação científica com crianças e adolescentes. Também registramos um número significante de voluntários, principalmente de alunos do ensino médio, o que representa a grandiosidade do evento”, afirma.
Além de estudantes locais, a Mostra ainda recebeu a presença de gestores e alunos de países como Peru e Bolívia, que trouxeram pesquisas realizadas pelo projeto Madre de Dios, Pando, Acre (MAP), atividade que une as nações em prol da conservação dos recursos naturais.
Uma das novidades desta edição ficou por conta do Robô Mídia levado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e que atraiu a atenção da garotada. Para a analista técnica do Sebrae-Acre, Joelma Mourão, a instituição vem trabalhando no aprimoramento e qualificação na educação com a criação do projeto. “A educação empreendedora vai além do conteúdo teórico, que é inserido em sala de aula, estimula o aluno a ter uma visão de empreender, iniciativa em tomar decisões e agilidade no trabalho em equipe”, ressalta.
A Mostra Viver Ciência é uma realização do governo do estado, por meio da SEE, que proporciona espaços criativos para todas as idades, com as oficinas, minicursos, palestras, planetário, exposição cinematográfica, concursos de curtas e fanpage e diversos outros ambientes.
“Nós estamos sempre inovando. Esta edição conta com a presença de estudantes e professores da Bolívia e do Peru. Nós trazemos para a Mostra o que é produzido pelas Escolas, pelos nossos alunos e educadores. Essa é a escola diferente que nós queremos, que torne o aluno protagonista do próprio conhecimento”, disse o secretário de Educação e Esporte do Acre, Marco Brandão.
{gallery}fotos/2018/09-setembro/02092018/galeria_viverciencia:::0:0{/gallery}
Inovação
O estudante Francisco Rian, de 16 anos, é aluno do 2º ano da escola estadual Raimunda Pará e garantiu que sua participação no evento como protagonista de um projeto elaborado por ele e seus colegas, vai fazer a diferença em sua caminhada estudantil. “Fazer arte de tudo isso como peça fundamental, no caso na apresentação de um trabalho, está sendo muito bom para mim. Estou aprendendo mais do que imaginava com essa interação com os outros alunos e outras escolas”.
A aluna da rede pública Jéssica Braga, de 17 anos, visitou o estande de Rian e exaltou o trabalho, cujo objetivo primordial é melhorar a qualidade de vida nas comunidades indígenas. “Sabemos que em lugares afastados é muito comum a utilização de água da chuva para alimentação e outros afazeres, mas sem limpá-la. Com o filtro criado por eles é possível beber água da chuva sem correr o risco de adoecer por contaminação e é disso que precisamos, jovens e adultos que pensam a ciência”, observa.
