Suplementos vitamínicos e Ivermectina fazem o setor farmacêutico cresce 15,6% em 2020

No ano de 2020 o mercado farmacêutico mostrou mais uma vez sua força, apresentando um crescimento no faturamento de 15,6% segundos dados divulgados pela IQVIA no início de fevereiro.

Conforme os números apresentados o faturamento das farmácias no ano foi de R﹩139,37 bilhões, em 2019 esse valor foi de R﹩120,54 bilhões. O grande destaque deste crescimento foram as lojas das redes associadas à Febrafar que cresceram no ano 26,1%.

“Os números apresentando pela Febrafar não nos surpreendem pois já tínhamos constantemente crescendo bastante acima do mercado. Mas, uma característica deste ano foi um crescimento maior das farmácias nos bairros. Isso se deve ao fato de que, com o isolamento, as pessoas tiveram que ficar em casa e passaram a consumir mais em farmácias de bairro e não nas das regiões centrais”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Em relação ao contínuo crescimento da Febrafar, esse fato já tem resultado direto em sua participação no mercado, sendo que em 2016 essa era de 9,1% e em 2020 chegou a 12,1%. “Vemos que as farmácias das redes associadas à Febrafar, que estão utilizando as ferramentas de gestão disponibilizadas, estão se destacando, pois passam por um processo de maior profissionalização, percebem como é o mercado e crescem acima da média”, explica Tamascia.

Outro destaque da Febrafar é sua capilaridade sendo que atualmente conta com 58 redes que representam 10.544 lojas em 27 estados do Brasil. Estando presente em 2.991 dos 5.570 dos municípios.

Destaque de suplementos

Um ponto de destaque no consumo dentro das farmácias foi o de suplementos. Segundo os dados da IQVIA, a procura na busca por suplementos vitamínicos dispararam, crescendo 47,9% em todo o mercado e 60,9% na Febrafar.

Segundo análise deste dado, durante o ano de 2020, foi e ainda é muito discutido sobre a importância de cuidar ainda mais da imunidade, fazendo com que muitos brasileiros procurem se prevenir visando o aumento nessa categoria de produtos.

Já em relação aos produtos, com certeza, o que mais se destacou foi a Ivermectina (mg comprimido 6.00mg x 4), que teve um crescimento de 2.869,11%. Fato que se deve a associação do medicamento com o tratamento do Covid-19. (Assessoria da Febrafar)

Governo e Hospital de Amor firmam parceria que prevê recursos para hospital

Marcelina Freire

Um importante passo para o tratamento e prevenção do câncer de mama e uterino foi dado na manha desta terça-feira, 19. O governo do estado do Acre firmou parceria para assinatura do termo de convênio com o Hospital de Amor (Unidade de Barretos no Acre). A assinatura do convênio será realizada em abril.

“Tivemos uma reunião hoje com o governador e o secretário de Saúde e firmamos a parceria que será oficializado na primeira semana de abril com a assinatura do termo. A importância desse convênio é que nós vamos poder expandir o serviço e a assistência em todo o estado do Acre”, afirmou o diretor do hospital, João Paulo Silva.

Segundo o diretor, a gestão estadual, se mostrou receptiva quanto as parcerias para o desenvolvimento das ações. “Eles foram muito receptíveis nesta parceria , o governador se colocou a disposição, quer trabalhar em parceria com Barretos para avançar os serviços tanto de prevenção, quanto de tratamento dentro do estado do Acre”, destacou Silva.

O convênio tem duração de cinco anos, nos primeiros 12 meses serão repassados pelo governo o valor de 90 mil reais mensais, a partir do segundo ano o valor passa a ser de 143 mil reais mensais. Além deste recurso, o hospital receberá do Ministério da Saúde, de acordo com a produção local, e também será contemplado com valores oriundos de leilões que acontecem com a finalidade de angariar fundos para as unidades de Barretos pelo Brasil.

“Com isso nós estaremos realizando mamografia, coleta de PCCU (preventivo do câncer de colo do útero), tanto na unidade fixa como nas carretas (unidades móveis) em todo o estado do Acre. Estaremos realizando também pequenas cirurgias como de colo uterino e de mama para retirada do câncer em estágio inicial”, explica João Paulo.

O Hospital de Amor foi inaugurado no final de novembro do ano passado. Desde a inauguração, o responsável pela  unidade vinha tentando junto ao governo da gestão passada, a assinatura do convênio, foram diversas tentativas sem sucesso. Com a promessa de assinatura do termo, Silva afirma que será possível levar atendimento a todos os municípios.

“Esse convênio veio justamente para selar essa parceria do estado com a Fundação Pio XII, para podermos levar toda essa estrutura para todos os municípios do Acre. É um grande momento e um grande ato que vai somar significativamente, a princípio, na vida das mulheres do Acre, porque a intenção é que essa unidade possa avançar no tratamento e rastreamento de outros tipos de neoplasias”. Enfatiza.

Além das duas unidades móveis que devem percorrer todo o estado, o município de Cruzeiro do Sul será completado com um mamógrafo fixo, e uma das carretas que irá realizar procedimentos de rastreamento de câncer de mama e colo uterino, percorrendo todo o vale do Juruá.

Jovem diagnosticada com câncer realiza vakinha virtual

Após várias idas em diversos especialista, a jovem de 23 anos, Jorane Fernandes, foi diagnosticada com câncer, depois de ter sido descoberto um tumor que estava a princípio alojado na região do quadril. O tratamento está sendo realizado no estado de São Paulo, a família da moça iniciou uma campanha na internet para ajudar nos custos.

Para custear a estadia dela em São Paulo, ela está fazendo um apelo nas redes sociais, foi criado uma vakinha virtual para ajudar a jovem se manter fora do estado, enquanto realiza o tratamento.

Para contribuir, os interessados devem acessar o link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-jorane-fernandes-de-lima. e fazer as doações.

“Eu sofro com essas dores a mais ou menos um ano e três e meses, eu passei por vários médicos, passei pelo especialista de joelho, de coluna, reumatologista, neurologista e clínico geral, e ninguém descobriu o que eu tinha” conta a jovem.

Segundo ela, somente no final de dezembro do ano passado os médicos descobriram a existência do nódulo. “Nó final de dezembro eu fui com ao médico, ele me diagnosticou com tumor no quadril, aí ele me encaminhou para Ribeirão Preto em São Paulo”, explicou.

Após esse primeiro diagnóstico, vieram outros. De acordo com a jovem, já em São Paulo, os primeiros exames revelaram que os nódulos se espalharam para outras partes do corpo.

“Eu ainda a estou em processos de exames, mas pelo os exames que eu já fiz, descobri que não está mais só no quadril, já passou para outros lugares. Agora estou aguardando o resultado da biópsia para saber qual é o tipo de tumor que está dentro de mim” comenta.

Agressor pode pagar por tratamento de vítima de violência

O agressor nos casos de violência doméstica e familiar poderá ser obrigado a pagar todos os custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de saúde (SUS) e pelos dispositivos de segurança usados no monitoramento das vítimas. É o que estabelece o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 131/2018, que torna mais rigorosa a Lei a Maria da Penha (Lei 11.340, de 2016).

O projeto do deputado federal Rafael Motta (PSB-RN) aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto determina que o agressor que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial à mulher, será obrigado a ressarcir todos os danos relacionados com os serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas.

O dinheiro deverá ir para o fundo de saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços, de acordo com a tabela SUS.

A proposição ainda pune financeiramente o agressor com a obrigação de arcar com os custos das medidas protetivas. Também foi incluído um trecho à lei para impedir que o agressor utilize o patrimônio da vítima ou dos seus dependentes para efetuar o pagamento. O texto igualmente não permite a possibilidade de atenuante e substituição da pena aplicada.

Crianças em tratamento contra o câncer recebem presentes de Natal

Nesta época do ano, além de ser um período de muitas festividades, seja entre familiares ou amigos, também é o período em que as crianças podem aproveitar as férias, mais tempo para brincar, se divertir, compartilhar momentos de alegria. Infelizmente, essa não é a realidade de todas as crianças.

Uma grave doença que limita essa possibilidade de diversão e afeta muitas crianças é o câncer. Algumas precisam ficar internadas, outras fazem tratamentos como quimioterapia e retornam para casa. Mesmo realizando todo o acompanhamento e tratamento necessário para a recuperação, a doença e o tratamento fragilizam os pequenos, limitando os momentos de diversão.

O Natal, como se sabe, é uma data muito esperada pelas crianças. A expectativa de ganhar um presente especial faz com que esse momento seja muito aguardado.

Para garantir que as crianças em tratamento no Hospital de Câncer do Acre (Unacon) passem o Natal felizes, a Polícia Militar do Acre (PMAC) e estudantes do Instituto Federal do Acre (Ifac) formaram uma parceria para promover um momento de diversão e também de solidariedade.

Com brincadeiras, presentes e diversas guloseimas, as crianças e familiares participaram na manhã da última quinta-feira, 20, de uma festa feita especialmente para elas.

Ao todo, 40 crianças participaram da festividade As que não puderam comparecer por estarem em cirurgia ou internadas nos leitos também receberam presentes.

“Este tipo de atividade fortalece muito o processo de recuperação das crianças. Elas ficam bem mais saudáveis, alegres, tanto elas como seus familiares. Então é muito bom esse tipo de parceria. Hoje vieram equipes do Ifac, PMAC, além de outros voluntários. As crianças ficaram superfelizes e nós só temos a agradecer”, enfatiza a diretora da unidade, Mirza Félix.

De acordo com o tenente Leandro Filho, coordenador do Proerd, essa é uma parceria que o Ifac estabeleceu junto com a PMAC pensando em fazer algo para proporcionar momentos de alegria para as crianças que estão em tratamento no Unacon.

“Fizemos a distribuição de lanches e brinquedos e a finalidade é exatamente trazer este momento para essas crianças que tanto necessitam de alegria e diversão. Toda criança gostaria de receber um presente, e a PMAC, junto com o Ifac, está aqui nesta ação para proporcionar este momento do Natal”, destaca Leandro Filho.

A estudante do curso de biologia do Ifac Liberdade Nascimento foi uma das organizadoras da ação. Ela conta que as instituições já pretendiam promover uma ação individual e para evitar o deslocamento das crianças várias vezes formaram essa parceria com a PMAC para realizar a ação em conjunto.

“Submetemos nosso projeto a um edital do próprio do Ifac, que foi aprovado. Esta é a segunda vez que fazemos esse projeto. A primeira vez fizemos no Hospital da Criança e este ano decidimos fazer no Unacon. Ao todo, são 10 voluntários”, explica a estudante.

Sorrisos que ajudam

Pabline Andrade sabe bem a importância de ações como essas. O filho, de quase três anos, faz tratamento contra leucemia há quatro meses. “É muito importante porque ele fica muito feliz, interage com outras crianças, já que o tratamento é muito difícil. Meu filho está tendo um dia especial hoje”, destaca.

No Acre, só arrecadação do Depasa não paga metade dos custos do tratamento

O Departamento Estadual de Saneamento e Pavimento do Acre (Depasa) gasta R$2 milhões por mês com produto químico usado no tratamento da água mas arrecada apenas R$2,5 milhões com a tarifa cobrada dos consumidores. Sobram R$500 mil para todos os demais custos.

“Gastamos (entre dívidas e consumo) mais de R$1 milhão com energia elétrica. Tem custo com aluguel de máquinas e caminhões, gasolina, folha de pessoal…”, relatou o presidente do órgão, Moisés Diniz. “Nossa taxa mínima de água é de R$ 17,92. Em Rondônia a taxa mínima é de R$ 32,40”, completou, mostrando que os números são dispares para a relação custo/benefício/arrecadação.

Ao OPINIÃO, Moisés Diniz, explicou que o Governo do Estado coloca dinheiro de “fonte 100” –ou recursos próprios – para ajudar na compra de produto químico e paga a folha de servidores do Depasa e do Saerb (antigo órgão de fornecimento de água para Rio Branco, na parte que cabe ao Governo). O governo ajuda também no pagamento da energia elétrica.

Para melhorar a arrecadação, o Depasa está negociando dívidas e intensificando a cobrança dos maiores devedores. Contas acima de R$5 mil, por exemplo, poderão ser ajuizadas.

Mãe e filha com câncer realizam rifa beneficente para ajudar no tratamento

A diarista Luciléia da Silva Quadros, 36 anos, e a mãe Maria da Dores da Silva Quadros, 57 anos, têm vivido um verdadeiro drama, mãe e filha foram diagnosticadas com câncer e lutam para conseguir arcar com os custos do tratamento. No próximo domingo, 14, elas irão realizar uma rifa beneficente para arrecadar fundos para ajudar nos gastos.

Tudo começou em dezembro de 2015 quando Luciléia sofreu um acidente de trabalho e quebrou o braço. No Pronto Socorro de Rio Branco os médicos disseram que ela havia quebrado o braço por causa de uma patologia que precisava ser investigada, a partir daí começou o drama da jovem.

“Até então eles não engessaram meu braço, só imobilizaram e pediram para fazer alguns exames, fiz vários, fiquei internada na Fundação, fiz uma biopsia, mas os exames só davam inconclusivos, e com dois meses comecei a perder os movimentos, até o ponto de perder completamente os movimentos das pernas, depois começou a subir para o tronco e em seguida passou para os braços, fiquei igual a uma criança recém-nascida”, conta.

Após quase um ano nessa situação entre idas a diversos especialistas e realização de exames, ela descobriu através de um exame feito por meio da coleta de um líquido da medula que descobriu que tinha mielite transversa, uma doença neurológica causada por um processo inflamatório das substâncias cinzenta e branca da medula espinhal.

“Meu câncer gerou essa segunda doença, a mielite transversa por causa da inflamação, eu não me encontro em uma cadeira de rodas por causa do câncer, mas sim por causa da outra doença que ele gerou”, explica.

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Segundo ela, entrou com pedido de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) mas a solicitação foi negada porque os médicos do Rio de Janeiro, para onde os exames foram enviados, afirmaram segundo ela, que o problema não era caso cirúrgico e sim um mieloma múltiplo (câncer na medula óssea) e que poderia receber o tratamento no próprio Estado.

Somente a partir deste diagnostico ela iniciou o tratamento contra a doença que não tem cura. Segundo a diarista ela ficou 35 dias fazendo radioterapia em Porto Velho, desta vez com o auxílio do TFD. E para angústia da família, neste mesmo período começava a luta da mãe que estava prestes a descobrir um câncer na garganta.

No caso da dona Maria, a doença começou a se manifestar por meio inflamação na garganta que aparentava ser apenas um problema nas amígdalas que precisavam ser retiradas com urgência. De acordo com a dona de casa, os médicos disseram que pela rede pública não era possível fazer naquele momento.

Ao realizar o procedimento cirúrgico na rede particular foi descoberto um nódulo e junto com ele veio o diagnóstico de câncer na garganta. Após a cirurgia, a dona de casa passou mal e teve que ficar cinco dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o que elevou ainda mais os gastos com o tratamento.

“Ela fez a cirurgia, passou cinco dias na UTI, mas graças a Deus já está em casa fazendo, agora ela está fazendo a quimioterapia particular, a gente gasta R$ 190,00 por sessão, uma vez na semana” explica a filha.

Com todo tratamento feito particular, em virtude da urgência do caso, a família contraiu, somente com a cirurgia da matriarca, uma dívida de R$ 7.000, além dos valores gastos semanalmente com a quimioterapia.

As doenças que acometeu mãe e filha dificultou a vida financeira da família, uma vez que ao adoecer Lucileia que sempre trabalhou, ficou impossibilitada de seguir com a função de diarista, desde então, o único provento vem do salário do pai que é funcionário público. A filha ainda recebe um auxilio doença, dinheiro que segundo ela, a mãe não pôde receber por morarem na mesma casa.

Com tantas dividas para pagar e gastos frequentes por causa do tratamento de mãe e filha, a família tem feito o que pode parar arcar com as despesas, já realizaram bingos e rifas, mas ainda falta metade da dívida a ser quitada. No próximo domingo eles farão o sorteio de uma rifa.

Interessados em colaborar podem adquirir um número da rifa que custa R$ 3,00 cada e concorrer a um liquidificador, uma sanduicheira e um jogo de porcelana. O sorteio será divulgado na página da jovem no facebook. Ou ainda doando qualquer valor através de depósito na Conta: 107270-6, Variação; 51, Agência; 57908, Banco do Brasil, a conta está no nome de Luciléia da Silva Quadros.

Jenilson destaca que acelerador linear irá revolucionar tratamento

O deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB), membro titular da Comissão de Saúde e médico infectologista, verificou in loco nesta segunda-feira (27) junto com o gerente administrativo do UNACON (Hospital do Câncer), Fernando Abreu, os últimos ajustes que está sendo realizado no acelerador linear para que o mesmo comece a funcionar. O acelerador linear é um do mais moderno aparelho de radioterapia instalado no país, no qual apena o Acre e mais quatro Estado conseguiram serem habilitados pelo Ministério da Saúde neste primeiro momento do projeto de expansão de tecnologia para a cura do câncer.

A reforma do Hospital do Câncer e a instalação do acelerador linear são de responsabilidade do MS, com a parceria do governo do Estado. A obra está orçada em sete milhões de reais, sendo que somente a instalação do aparelho custou em média três milhões de reais.

Segundo o gerente administrativo, o aparelho já deveria estar funcionado, mas devido a primeira empresa vencedora da licitação ter desistido, houve este atraso. “Este aparelho veio dos Estados Unidos, já foi feito as instalações mecânicas, agora estamos fazendo as instalações dos softwares. Posteriormente teremos mais algumas etapas, que são: teste de disparo, funcionamento do equipamento e treinamento da equipe e a fiscalização da Comissão Nacional de Energia Nuclear”.

Fernando explica ainda que, após serem cumpridas as etapas mencionadas, será feito o comissionamento do equipamento, isto é, verificar se o aparelho está apto para funcionar, passando então para a responsabilidade do governo do Estado do Acre. Com relação a entrega da obra física do UNACON, será feito daqui uns quinze dias, contudo, o tratamento dos pacientes está previsto apenas para o início de novembro, quando, provavelmente todas as exigências tenham sido concluídas.

O novo acelerador linear tem a capacidade de duplicar a quantidade de tratamento que já é feito no Acre. Abreu ressalta que se atualmente quarenta pacientes são atendidos diariamente, com o funcionamento este número será maior que cem, embora o Estado não detenha esta demanda.

Pais querem arrecadar R$ 10 mil com vaquinha online para custear tratamento de filho diagnosticado com câncer no Acre

Os pais do pequeno Marcos Henrique, de 2 anos, querem arrecadar R$ 10 mil para custear o tratamento do filho que foi diagnosticado com leucemia linfoide aguda em abril desse ano. O valor vai ser usado para pagar exames e comprar medicamentos que não estejam disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

A vaquinha foi iniciada na segunda-feira (13) e até terça (14) já havia recebido R$ 550 em doações.

A mãe do menino, Quelen Catrine da Costa Magalhçães, de 27 anos, conta que precisou sair do emprego para cuidar de Marcos e a única renda do casal é a venda de churrasquinhos e sanduíches feita pelo marido, Dacildo Menezes da Silva Júnior, de 27 anos.

“Sempre têm ressonâncias, consultas, exames e remédios que as vezes faltam no SUS e precisamos comprar. Estou sem trabalhar e meu esposo está se virando em mil. Não temos casa, moramos com a mãe do meu marido. Ele [Júnior] também paga aluguel onde vende os lanches e, ultimamente, devido a tantas coisas, ele não está conseguindo quitar o aluguel”, relata.

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Pais pedem ajuda com vaquinha online para pagar exames e remédios que não são oferecidos pelo SUS para filho com câncer – Foto/Arquivo da família

Sintomas

A família levou a criança ao hospital após Henrique apresentar manchas roxas no corpo e desmaios. Além disso, Quelen conta que o filho era ativo e gostava muito de brincar, mas foi ficando apático e não conseguia mais comer direito.

“Ele está fazendo tratamento, mas uma vez faltou um medicamento e agora ele vai recomeçar tudo na Unacon. Um amigo indicou a vaquinha online e isso tem nos ajudado muito”, afirma.

Quelen fala ainda que ela e o marido não perdem as esperanças de ver o filho curado e com saúde. Se a meta da campanha for ultrapassada, os pais pretendem doar o valor para ajudar outras crianças vítimas do câncer.

“Ele é a nossa vida, eu vivo para ele agora. Tenho fé em Deus que meu filho vai vencer essa luta. Espero que as pessoas nos ajudem, não vamos perder as esperanças nunca”, finaliza a mãe.

Organização pede urgência para ampliar testes e acesso a tratamento da hepatite

No Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, lembrado ontem (28), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a necessidade de ampliar a testagem e o acesso ao tratamento contra a doença. De acordo com os dados mais recentes da entidade, em todo o mundo, menos de 20% das pessoas tinham acesso à testagem e a serviços de saúde específicos para hepatites em 2016.

Os números da OMS mostram que as hepatites B e C afetam 325 milhões de pessoas. Se não forem tratadas, as infecções podem provocar câncer de fígado e cirrose que, juntos, causaram mais de 1,3 milhão de mortes em 2015. “Precisamos acelerar o progresso para alcançar nossa meta de eliminar a hepatite até 2030”, disse em nota o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Um dos países mais atingidos pela hepatite é a Mongólia, onde mais de 10% dos 3 milhões de habitantes vivem com infecção crônica provocada pelo vírus. Em 2017, o país deu início a um programa que, ao longo do primeiro ano, testou mais de 350 mil pessoas. Mais de 70% delas foram diagnosticadas com a doença e passaram a receber tratamento para a infecção. A meta do governo local é testar 1,8 milhão de pessoas com mais de 15 anos para a doença.

Brasil

Dados do Ministério da Saúde revelam que o Brasil registrou 40,1 mil novos casos de hepatites virais em 2017. Os casos de hepatite A, comumente transmitida por água e alimentos contaminados, mais que dobraram entre homens de 20 a 39 anos. No estado de São Paulo, o número saltou de 155 casos, em 2016, para 1.108 em 2017. O município de São Paulo, em 2017, notificou 786 casos de hepatite A, dos quais 302 foram atribuídos a transmissão sexual.

A vacina para hepatite A está disponível no SUS e é oferecida para crianças a partir de 15 meses a 5 anos de idade incompletos. No estado de São Paulo, a vacinação também está disponível também para homens que fazem sexo com homens.

Em relação à hepatite B, o país registrou 14,7 mil casos em 2016 e 13,4 mil em 2017. A transmissão se dá por sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos perfuro-cortantes e por transmissão vertical (da mãe para o filho, durante a gestação).

A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas. Em crianças, o esquema é feito em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Nos adultos que não se vacinaram na infância, são três doses. Em 2017, foram distribuídas 18 milhões de vacinas para todo o país e atualmente, 31,1 mil pacientes estão em tratamento para a doença.

A hepatite C acomete, principalmente, adultos acima de 40 anos. Foram notificados, desde o final da década de 90, 331,8 mil pessoas com a doença no país, sendo 24,4 mil casos registrados em 2017. O tratamento com os antivirais de ação direta, disponível na rede pública desde 2015, apresenta taxas de curas superiores a 90%. A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes.

Anvisa aprova genérico para tratamento do câncer de mama

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento genérico com a substância everolimo. O remédio é indicado para o tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo câncer de mama em estágio avançado, tumores neuroendócrinos e câncer de rim.

Por meio de nota, a Anvisa reforçou que, por se tratar de um medicamento genérico, o produto deve chegar ao mercado com um preço pelo menos 35% menor que o preço máximo do medicamento de referência.

Governo disponibiliza tratamento gratuito para crianças com baixa estatura

Ser chamada de baixinha pelos coleguinhas ou sempre ser a menor da turma durante os primeiros anos da vida escolar nunca foi problema ou causou incômodo para Maria Clara, isso até os 8 ou 9 anos de idade. Com o início da pré-adolescência, a baixa estatura começou a chamar atenção da família e da própria menina, que passou a ter uma percepção melhor de que sua altura não correspondia à idade.

“Às vezes é chato ficar falando que tenho uma idade e as pessoas ficam comentando que pareço ter bem menos. Por exemplo, quando estou com minhas colegas na hora do intervalo da escola, vem alguém e pergunta se estou adiantada na turma. Antes era legal, porque tinha alguns privilégios, como ser a primeira da fila para pegar o lanche na cantina ou sentar nas carteiras da frente”, conta Maria Clara.

Maria Clara tem hoje 11 anos, e há quatro meses, após a confirmação por exames e avaliação do endocrinologista, teve que iniciar o tratamento com o hormônio do crescimento, também chamado de GH ou somatropina. Inviável por meio particular, devido ao custo elevado, o que pouca gente sabe é que o tratamento é disponível e acessível na rede pública de saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Já tinha colegas que faziam o tratamento e falavam sobre ter que tomar todo dia uma injeção. No início fiquei com um pouco de medo de doer, mas agora já me acostumei. A melhor parte é quando minha mãe vai medir minha altura e a marca na parede vai subindo um pouquinho a cada mês”, celebra Maria Clara, que guarda com carinho todos os frasquinhos vazios da medicação que tomou. Até agora já são 81 doses, desde que iniciou o tratamento.

O desafio da água

Ainda que os pais não sejam altos, a baixa estatura em relação à idade merece investigação. Pelo menos quando se quer ter certeza de que a saúde dos filhos vai bem. É o que pensa e o que motivou a jornalista Lane Valle, mãe da Maria Clara, a buscar ajuda profissional para saber se a filha estava ou não com algum problema que estivesse comprometendo seu crescimento.

“Claro que, em uma sociedade cheia de padrões, a gente acaba criando expectativas em relação a uma boa estatura dos filhos. Mas sabia que esse déficit no crescimento devido à deficiência hormonal poderia denunciar uma doença ou ocasionar problemas futuros para a vida dela, além do bullying na escola, na vida acadêmica e profissional”, analisa a mãe.

A preocupação em relação à baixa estatura da Maria Clara se intensificou quando, em consultas de rotina, o pediatra confirmou que a menina estava muito abaixo da linha na curva do crescimento e que certamente seria necessário fazer o uso do GH. A jornalista conta que ficou com receio de não conseguir o tratamento na rede pública ou mesmo ter dificuldades para ter acesso à medicação com rapidez.

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Uma questão de saúde

“Fiquei apreensiva, sabia que se tratava de uma medicação muito cara e não tinha certeza se iria conseguir pelo Estado. Na verdade, achava até que não era disponível na rede pública. Assim que o endocrinologista disse que ela teria que fazer uso do GH, e que estávamos no limite para iniciar o tratamento em decorrência da idade, pensei que enfrentaria dificuldades para conseguir a medicação. Mas, para minha surpresa e alegria, um mês depois de dar entrada com o processo na Sesacre, o centro de medicamentos excepcionais me ligou para ir buscar o GH. Hoje, graças a Deus, já estamos caminhando para o quarto mês de tratamento e os resultados já são visíveis. Cada centímetro vale outro e é comemorado com muita alegria e gratidão”, exalta a mãe.

Assim como a mãe da Maria Clara, o tratamento oferecido pelo SUS não é muito conhecido pela população. No Acre, cerca de 60 crianças têm acesso ao GH pela rede pública. A medicação é retirada no Centro de Referência para o Programa de Medicamentos Excepcionais (Creme), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

A unidade funciona como estratégia da política de assistência farmacêutica, que tem por objetivo disponibilizar medicamentos para usuários do SUS para tratamento de doenças específicas, que atingem um número limitado de pacientes, os quais, na maioria das vezes, fazem uso desses remédios por períodos prolongados, com custos elevados individualmente.

Entre as patologias incluídas no programa estão insuficiência renal crônica, hepatite viral B, C e Delta, artrite, problemas de crescimento, profilaxia da reinfecção pelo vírus da hepatite B pós-transplante de fígado, esclerose múltipla e outras. Imunossupressores para pacientes transplantados também fazem parte da grade de medicamentos especializados do Estado.

“O tratamento com GH tem ganhado projeção entre a população, que anteriormente nem tinha noção que era disponível e que havia essa possibilidade de tratar via SUS”, destaca o endocrinologista Abraão Miranda. O médico, que atende no Hospital das Clínicas (HC), além da Maria Clara acompanha o tratamento de crescimento de outras vinte e cinco crianças. Ele explica como é feito o uso do GH e quando ele deve ser indicado.

“Quando a gente vai julgar que uma criança tem baixa estatura? A idade escolar é um bom referencial para detectar se há algum desnível de altura em relação aos colegas de classe. Partindo desse principio, deve-se procurar um especialista, não necessariamente um endócrino. Pode ser um pediatra ou um clínico do posto de saúde, que também tem acesso às curvas do crescimento e pode identificar por meio do gráfico se o paciente está abaixo do esperado. Ou seja, o que aparentemente era uma impressão pode se tornar uma confirmação por meio de exames e gráfico da estatura. A partir daí, inicia-se o acompanhamento da velocidade do crescimento, antes de indicar o uso de GH”, orienta o médico.

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Sobre o GH

O GH (do inglês growth hormone) é um hormônio de crescimento e está presente em todas as pessoas. Ele é produzido pela glândula hipófise, situada na base do crânio, e é muito importante para o crescimento desde os primeiros anos de vida. Quando é verificado que a criança não tem uma produção eficaz deste hormônio é que se indica o tratamento de reposição.

Até que idade pode ser feito o uso de GH?

Em geral, o tratamento pode ser feito até que se atinja a estatura final planejada. Em geral, isso não se baseia na idade cronológica, mas sim na idade óssea e na velocidade de crescimento que a criança está apresentando. “Quanto antes da puberdade o tratamento puder ser feito, melhor. Porque vamos ter mais tempo para tratar e conseguir atingir uma recuperação da estatura”, afirma o médico.

Como o tratamento é feito

O tratamento com GH é feito através de injeções diárias, aplicadas ao deitar, por via subcutânea (isto é, na gordura) nas coxas, braços, nádegas ou abdome. Não existem preparações em formas de comprimidos, sprays, supositórios ou adesivos.

Entretanto, nunca é demais lembrar que o fermento da criança são os cuidados diários com a saúde. Então, invista em uma boa alimentação, uma rotina saudável de sono e exercícios físicos, além, é claro, do acompanhamento pediátrico durante toda a infância.