Membros de organização criminosa são condenados por incendiar residência

O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul condenou três denunciados no Processo n°0004241-80.2018.8.01.0002 por cometerem os crimes de participação em organização criminosa e incendiar residência de policial militar, no final de maio do ano passado.

Conforme a sentença, publicada na edição n° 6.308 do Diário da Justiça Eletrônico, da terça-feira, 12, dois dos acusados deverão cumprir, cada um, sete anos de reclusão em regime inicial semiaberto, e pagar 20 dias multas, e o terceiro denunciado, sete anos, seis meses e 29 dias de reclusão, também em regime inicial semiaberto, e o de 64 dias multa.

Além disso, os três acusados deverão pagar R$ 30 mil de indenização mínima à vítima, pois como registrou o juiz de Direito Flávio Mundim, titular da unidade judiciária, a residência da vítima “foi totalmente danificada”.

Caso e sentença

Segundo a denúncia, os três agiram em conjunto para incendiarem a casa da vítima, arremessando coquetel ‘molotov’ no telhado da residência, após terem recebido ordem de liderança da facção.

Por isso, foram condenados por praticarem os delitos descritos no art. 250, §1º, II, “a”, do Código Penal e art. 2º, §2º da Lei 12.850/13, na forma do art. 69, do Código Penal (incêndio e participação em organização criminosa).

Ao realizar a dosimetria da pena, o magistrado apontou que o motivo prejudicou os três denunciados, “uma vez que decorreu de um ‘salve’ para que fossem atacados prédios públicos e de servidores públicos, em razão da morte de integrantes de facções”.

Gecom TJAC

Dentista que se negou a entregar prontuário deve pagar indenização

O Juízo da Vara Única da Comarca de Plácido de Castro condenou dentista, que não tinha entregado prontuário odontológico à cliente, a pagar indenização por danos morais, no valor de mil reais ao autor do processo. O profissional também foi obrigado a entregar o documento, no prazo de dez dias.

Como é relatado nos autos, o dentista requerido realizava tratamento odontológico na filha do autor do processo. Como a menina mudou-se de cidade, o pai interrompeu o tratamento e pediu o prontuário odontológico para a filha poder continuar o tratamento. Mas, o profissional não passou o documento ao autor, em função de débito do consumidor.

Ao julgar o caso, a juíza de Direito Isabelle Sacramento, titular da unidade judiciária, reprovou a atitude do requerido. “Não se pode duvidar que a conduta do demandado, além de infringir o Código de Ética Médica viola os deveres de responsabilidade e de boa-fé que regem as relações civis e consumeristas e que gerou transtornos ao autor que ultrapassaram a esfera do mero dissabor”, registrou.

Segundo destacou a magistrada, “é possível constatar que em virtude da retenção arbitrária do prontuário odontológico configurou-se má prestação de serviço”. Por isso, os pedidos autorais foram julgados parcialmente procedentes.

Gecom TJAC

Justiça Comunitária uma parceria entre Prefeitura e TJ/AC

O Programa Justiça Comunitária, que já realizou mais de 18 mil atendimentos nos bairros de Rio Branco, terá continuidade este ano. O Convênio entre a prefeitura de Rio Branco e o Tribunal de Justiça foi assinado nesta segunda-feira, 4, na sede do TJ pela prefeita Socorro Neri, a titular do Tribunal, desembargadora Denise Bonfim e a coordenadora do projeto, desembargadora Eva Evangelista. Rio Branco é a única capital brasileira a ter convênio dessa natureza com a justiça.

Idealizado e coordenado pela Desembargadora Eva Evangelista, o Programa Justiça Comunitária é desenvolvido pelo Tribunal de Justiça acreano desde 2002. A partir de 2006 o Programa passou a contar com parceria da Prefeitura de Rio Branco para atendimento nas regionais da capital. Os profissionais do programa trabalham diariamente nos bairros, atuando na resolução de pequenos conflitos, de maneira rápida e amistosa, por meio da mediação e conciliação.

O Programa é desenvolvido nas dependências dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) localizados em vários bairros de Rio Branco, ou outros locais públicos, como Associações de Moradores e igrejas. Equipes compostas por psicólogos e agentes comunitários de justiça e cidadania mediam conflitos nas localidades, evitando que os casos como brigas de vizinhos cheguem a virar processos judiciais.

A desembargadora Eva Evangelista agradeceu a prefeita pela renovação do convênio, que “vai permitir que as pessoas sejam ouvidas e seus conflitos com vizinhos, ou até parentes, sejam resolvidos sem que esses casos cheguem à justiça. Essa cultura da mediação deve ser expandida, por isso estamos agradecidas a prefeita Socorro Neri, que demostra compromisso com essa causa”, explica ela.

Para a prefeita, o Programa Justiça Comunitária reforça as ações dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que trabalham o fortalecimento dos vínculos comunitários e familiares. “Temos que evitar conflitos, incentivar o diálogo e o caminho é esse: investir na conciliação, por isso fazemos questão de dar continuidade a essa parceria com o TJ, que executa esse programa muito bem e tem excelentes resultados”.

O objetivo, segundo a desembargadora Eva Evangelista, é ampliar o número de bairros atendidos e chegar em localidades onde o programa ainda não chegou, como a Cidade do Povo e Sobral, que será incluída nessa nova etapa do Programa.

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Câmara Criminal do TJAC julga 100% das ações em 2018

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) julgou um número de processos equivalente a 100% da quantidade distribuída para o Órgão ao longo de 2018, pois entraram 2.237 novas ações e foi julgado e dado encaminhamento a essa mesma quantidade. Além desses, o Colegiado do 2º Grau também julgou 143 casos do número de processos residuais de 2017, que eram 393. Com isso, totaliza-se 2.380 julgamentos realizados pela Câmara Criminal ao longo do ano passado.

Em função do trabalho de cada um dos membros da Câmara Criminal do TJAC, desembargadores Samoel Evangelista, Pedro Ranzi, Francisco Djalma e Elcio Mendes, foi cumprida a Meta 1 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que propõe que sejam julgados mais processos do que os que são distribuídos durante o ano, para que se possa responder os casos antigos.

“O que tem contribuído para essa produtividade da Câmara Criminal são as ferramentas que a Administração disponibiliza, como o processo eletrônico. Pontuo ainda o comprometimento dos desembargadores Pedro Ranzi, Élcio Mendes e Francisco Djalma, além do compromisso dos servidores. O desembargador Francisco Djalma, por exemplo, zerou o acervo de processos dele em 2018”, comentou o presidente da Câmara Criminal, desembargador Samoel Evangelista.

A partir de fevereiro, a Presidência do Colegiado será de responsabilidade do desembargador Elcio Mendes para o biênio 2019-2021.

Julgar com rapidez e segurança

Às vezes é difícil compreender como um Órgão julgador consegue responder tão rápido, julgando mais de 200 processos em apenas uma sessão, por exemplo. Isso não significa que o trabalho é feito sem o devido cuidado ou às pressas. Foi à implantação do processo eletrônico que permitiu aos magistrados terem acesso aos autos antes da sessão de julgamento, e também fazerem votação antecipada, o que possibilitou um aumento na quantidade de ações julgadas em uma única sessão.

“Com o processo eletrônico podemos fazer a votação antecipada e quando não há sustentação oral, chegamos a julgar 250 processos em apenas uma sessão. Antes com a votação tradicional só tínhamos conhecimento do processo na hora do julgamento. Hoje, o processo está à minha disposição para examinarmos os votos dos colegas. Temos mais trabalho, pois precisamos fazer tudo isso antes da sessão, mas agiliza os julgamentos”, comentou o presidente.

Semana Nacional da Conciliação: TJAC tem cerca de dois mil processos

Mais de 50 unidades judiciárias estão envolvidas com a programação da Semana de Conciliação, que será promovida em todo o Estado do Acre. O evento é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e será realizado simultaneamente em todo país.

A mobilização local integra o esforço nacional em promover a cultura de diálogo e pacificação social. Até o momento 1.902 processos estão pautados para audiências de conciliação nas varas cíveis, juizados cíveis e criminais, assim como também nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

O número pode ser ainda maior, porque está disponível no site do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, um link para solicitar a inclusão do processo no mutirão conciliatório. Nos 12 anos que atividade é promovida, esse é a primeira edição em que foi ofertada essa possibilidade de forma virtual.

Assim, para que as soluções amigáveis possam ser alcançadas, as equipes técnicas analisaram os processos em que se verifica a possibilidade de acordo. Depois disso, todas essas pessoas e instituições foram contactados para participarem da conciliação.

Os resultados positivos beneficiam, principalmente, os cidadãos que têm suas pendências resolvidas. Mas também, todo o sistema judicial que alcança eficiência e celeridade.

Denise Bonfim defende fortalecimento da magistratura acreana em sua gestão

Os membros do Tribunal Pleno Jurisdicional se reuniram nesta quarta-feira (8) para a primeira Sessão do Órgão sob nova Direção, empossada para o Biênio 2017-2019, na noite da última sexta-feira (3).

Coube à desembargadora-presidente Denise Bonfim a condução dos trabalhos, integrados pelos demais membros da Corte de Justiça Acreana; bem como pelo procurador de Justiça Cosmo de Souza, representando o Ministério Público Estadual.

“Esta é a primeira sessão que com muita honra presido. Peço auxílio aos meus pares, para que me ajudem nesta empreitada”, disse a nova presidente do TJAC.

A 2ª Sessão Ordinária do ano de 2017 teve pautados processos os mais diversos, como Mandados de Segurança, Embargos Infringentes e de Nulidade; Embargos de Declaração, Revisão Criminal, Agravo Regimental, etc.

“Desejo muitas felicidades, e uma profícua gestão”, frisou a desembargadora Eva Evangelista, decana da Corte.

O desembargador Samoel Evangelista, por sua vez, renovou cumprimentos cordiais, postulando pelo êxito da nova Presidência.

“Parabéns por esta etapa tão relevante, de condução do Tribunal”, emendou o desembargador Pedro Ranzi, desejando de igual modo sucesso.

Vice-presidente do TJAC, o desembargador Francisco Djalma considerou auspicioso o momento, para consolidação da harmonia institucional, e busca pelo diálogo que possibilite alcançar os melhores resultados.

Já a desembargadora Waldirene Cordeiro, corregedora geral da Justiça, assinalou a honra de integrar a atual gestão, e disse que trabalhará com afinco para cumprir bem e fielmente os propósitos da Administração.

Os demais desembargadores presentes, Roberto Barros, Regina Ferrari, Laudivon Nogueira e Júnior Alberto, também cumprimentaram a Direção do Tribunal, destacando que a missão da Instituição é de responsabilidade de todos.

“A Justiça da Conciliação é a justiça fraterna”, diz Cezarinete Angelim

A palavra conciliação vem do latim conciliare que quer dizer, entre outras coisas, harmonizar. Utilizada no Brasil desde o século XVI e constitucionalizada no século XIX, a conciliação é uma forma alternativa e eficaz de solucionar conflitos, uma vez que diminui possíveis desgastes emocionais, além da expressiva economia de tempo e de custas processuais, por exemplo.

As técnicas de resolução pacífica são uma prioridade para a atual gestão do tribunal de justiça do Acre. Nessa justiça, também chamada de “justiça do terceiro milênio”, o mais importante é a pacificação social, fator essencial para o fim do conflito.

De acordo com a desembargadora Cezarinete Angelim, a conciliação efetiva a verdadeira justiça: a fraterna, uma vez que as partes conseguem compreender-se mutuamente.

“Eu costumo chamar a justiça da conciliação de ‘a justiça fraterna’, porque é a justiça que olha o outro, se que coloca no lugar dele e sente suas aflições e passa a ser mais sensível e compreensivo com a outra parte. O papel da conciliação é tão importante que consegue, a maioria das vezes, restaurar aquelas relações que foram destruídas em razão dos litígios. Ela costuma ir, portanto, além da sentença”, afirmou.

Com a auxílio de um profissional capacitado, as partes vão juntas construir um acordo que seja suficientemente satisfatório para ambas, o que nem sempre é possível quando a decisão parte, unilateralmente, de um magistrado.

“A conciliação é a melhor forma de resolver o conflito porque nela são as próprias partes que chegam a um consenso para resolver o processo. Muitas vezes a sentença já não vai pacificar; o juiz decide, uma parte vai se desagradar com a solução e os conflitos continuam mesmo depois da sentença”, explicou o juiz titular do Terceiro Juizado Especial Cível de Rio Branco, Giordane Dourado.

Tendo como base justamente esse espírito de conciliação, o novo prédio dos juizados especiais cíveis, entregue no último mês de dezembro, foi pensado de forma a ajudar nesse processo.

Dourado discorre ainda sobre a importância e a influência do ambiente em que as conciliações são feitas.

“Para fazer uma conciliação, você precisa de um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para conversar sobre o problemas delas. Então, claro que um ambiente que tenha toda uma preparação, desde a estrutura, desde a cor, até o tipo de atendimento prestado pelos servidores, ele vai contribuir sim. E o novo prédio dos Juizados é um prédio moderno, espaçoso, bonito. É um prédio em que as pessoas vão se sentir bem quando forem lá. Então certamente isso também vai ajudar na hora de se fazer uma conciliação”, disse.

O acolhimento já acontece logo na entrada do prédio: o painel intitulado “Reconciliando com a Natureza”, do artista plástico Babi Franca, traz boa parte da leveza que o ambiente natural proporciona. A cor das paredes – verde erva doce – também contribui para um ambiente mais tranquilo e propício a conciliação através da cromoterapia, que é a utilização das cores para restaurar o equilíbrio físico e emocional das pessoas. Além disso, o prédio possui, ainda, os seguintes dizeres bíblicos gravados nas colunas da construção: “Quero ver o direito brotar e correr a justiça qual riacho que não seca”, mostrando, dessa forma, o eterno querer do cidadão e provando que, mais que legal, conciliar também é preciso.

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“A conciliação é a melhor forma de resolver o conflito porque nela são as próprias partes que chegam a um consenso para resolver o processo. Muitas vezes a sentença já não vai pacificar; o juiz decide, uma parte vai se desagradar com a solução e os conflitos continuam mesmo depois da sentença” – Juiz titular do Terceiro Juizado Especial Cível de Rio Branco, Giordane Dourado

Em seu último ato à frente do TJAC, Cezarinete lança ‘Abraçando Filhos’

Iniciativa contribui para a reestruturação familiar – Foto: Juan Diaz

À espera do começo da solenidade, a jovem Nábia Santos, de 26 anos, não perde tempo do reencontro com a filha Mábile Alves, de apenas dois anos. Mãe e filhas se maquiam e sorriem à exaustão diante de uns momentos mais sublimes para as duas.

“São os primeiros contatos que eu tenho com ela. Ainda entendo muito pouco da minha criança. Quase não tínhamos contato antes”, dispara Nábia, olhos marejados de lágrimas e o coração cheio de esperança de que uma hora cumprirá sua pena e voltará para casa para nunca mais reincidir. Só cuidar de Mábile, a menina que ela teve já quando estava presa.

A jovem mãe é beneficiária do projeto Abraçando Filhos, lançado oficialmente nesta sexta-feira, 3, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre, cuja iniciativa é da administração da desembargadora-presidente, Cezarinete Angelim, e que terminou nesta sexta-feira, 3.

“Costumamos dizer que mães são fadas, que têm uma relação sagrada com seus filhos, e o objetivo é permitir que esses pequenos possam ter o amparo de suas genitoras, com toda a segurança, num processo de reinserção na sociedade”, ressalta Cezarinete Angelim

Da cerimônia participaram ainda o juiz da Vara da Criança e do Adolescente de Rio Branco, Romário Divino e a juíza Mirla Regina, juíza auxiliar da Presidência do TJAC.

A iniciativa, que contribui para a reestruturação familiar, acontece assim: em dias marcados, as reeducandas vão até suas crianças com toda a segurança, para momentos de interação com seus filhos.

A ação, segundo o Judiciário, proporciona um forte e permanente abraço entre mães e filhos, renovando o vínculo materno e reestruturando elos e relações de carinho, afeto e amor.

A iniciativa do Tribunal de Justiça considera que, como as presas ingressam, e um dia terão de sair, é preciso atuar na ressocialização para que saiam melhor do que entraram. Além disso, elas têm acompanhamento com psicólogos e assistentes sociais.

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