Ministério da Saúde cancelou compra de 14 milhões de testes de antígeno em 2021

Tribunal de Contas da União afirma que pasta demorou cinco meses entre idas e vindas para abrir um pregão eletrônico, que acabou cancelado

A oferta de testes rápidos de antígeno para Covid no SUS poderia ter sido maior caso o Ministério da Saúde tivesse efetivado a compra de 14 milhões de exames em 2021, cujo processo começou em março e se arrastou por mais de cinco meses até ser cancelado.

Com a disparada da variante ômicron, algumas cidades enfrentam hoje escassez de testes —tanto nos postos de saúde quanto em farmácias ou laboratórios.

O processo de aquisição desses exames foi marcado por falhas internas e “idas e vindas” entre dois departamentos do ministério na elaboração dos documentos para o pregão eletrônico, que nunca chegou a ser aberto.

O caso foi investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que verificou “lentidão” neste e em outros processos de compra de insumos urgentes para o combate à Covid (como medicamentos e ventiladores pulmonares).

Profissionais da saúde fazem teste de Covid em pacientes
Em laboratório de testagem no estacionamento do Super Shopping em Osasco, aumenta a demanda por testes de Covid-19 – Adriano Vizoni – 4.jan.2022/Folhapress


O órgão de controle também afirmou haver desconhecimento dos servidores da pasta em relação aos procedimentos internos para a realização de pregões eletrônicos, segundo relatório da área técnica publicado em dezembro.

No caso dos 14 milhões de testes rápidos de antígeno, o ministério informou ao tribunal que a compra foi suspensa pois um outro processo de aquisição fora iniciado, desta vez com a Fiocruz, para adquirir 60 milhões de unidades.

No entanto, para especialistas ouvidos pela Repórter Brasil, o país deveria ter adquirido mais exames para executar um plano de testagem em massa.

O Ministério da Saúde chegou a prometer em maio do ano passado que enviaria entre 10 e 26 milhões de testes de antígenos mensalmente aos estados, com a finalidade de implementar um programa de testagem em massa, previsto para iniciar em setembro.

Mas sem realizar o pregão e dependendo unicamente da Fiocruz, a meta não foi atingida. A pasta só conseguiu distribuir cerca de 30 milhões de unidades ao longo de todo o ano —o suficiente para testar apenas 14% da população uma única vez.

No relatório, a área técnica do TCU destacou ainda que o Ministério da Saúde levou 11 meses até apresentar à corte um plano de testagem em massa, o que ocorreu apenas em setembro.

“O ritmo para aprovação do programa de testagem, bem como das aquisições dos testes, caracteriza-se por ser moroso, o que acaba por fragilizar a prioridade que a ação necessita ter dentro de um cenário pandêmico”, diz o documento.

O ministro Vital do Rêgo, relator do processo, destacou em seu voto “a necessidade de se promover a testagem em massa da população, com ênfase no incremento do número de testes aplicados” e na vigilância genômica para identificação de novas variantes. Tais medidas seriam pilares, juntamente com a vacinação, para o retorno à vida social, na avaliação do ministro.

“O Brasil, apesar de ocupar a terceira posição no ranking de infecções por Covid-19, é apenas o 125º colocado quando se trata de proporção de testes por milhão de habitante”, disse o ministro em dezembro, quando tínhamos a marca de 615 mil mortos pela doença.

Até hoje o país não conseguiu implementar um programa de testagem adequado, segundo especialistas.

“A todo momento o governo achava que não ia precisar investir em testes, que a pandemia ia acabar logo. Subestimaram a importância de fazer diagnóstico. Isso só poderia ser feito com uma quantidade muito maior de testes distribuídos”, diz o médico e advogado sanitarista Daniel Dourado, pesquisador do Cepedisa/USP e da Universidade de Paris.

“O Ministério da Saúde não investe em testagem, nem de antígeno nem de nenhum outro. Usa o teste apenas de forma assistencial, sem compreender o papel da testagem no controle da pandemia. Dizer que começaram tarde [a enviar testes de antígeno] seria um elogio. A verdade é que nunca começaram”, critica o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas.

ARTIGO DE LUXO

Por serem mais baratos que os testes do tipo RT-PCR (padrão-ouro para detectar a Covid), fáceis de usar e com resultados confiáveis em 15 minutos, os testes de antígeno se tornaram uma ferramenta importante para o diagnóstico inicial dos casos suspeitos, permitindo rapidamente o isolamento dos contaminados, reduzindo a transmissão do coronavírus.

A oferta desses testes, porém, está concentrada nos serviços privados, com oferta maior para quem tem condições de pagar cerca de R$ 100 (ou mais) por um exame.

“O Brasil nunca teve uma política decente de testagem, capaz de desacelerar a pandemia. Nesse cenário, os testes de antígeno viraram sim um luxo de quem pode pagar”, afirma Hallal.

Desde o segundo semestre de 2020, quando surgiu a tecnologia, até o final de 2021, as fabricantes privadas comercializaram 69 milhões de unidades no país, segundo a CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) à Repórter Brasil.

Os principais clientes foram do mercado privado, como farmácias, laboratórios e hospitais, além de governos estaduais e municipais.

Autoteste para detectar Covid-19 na Espanha
Autoteste usado para detectar Covid-19 na Espanha – Gabriel Bouys/AFP


O Ministério da Saúde, principal comprador para a rede pública, só começou a adquirir os testes em 2021. Ao todo, a pasta recebeu cerca de 44 milhões de unidades ao longo do ano passado —3,2 milhões por meio da Opas (Organização Panamericana de Saúde) e 41 milhões da Fiocruz, segundo as instituições. Do total, em torno de 30 milhões foram distribuídos em 2021.

“A oferta [dos testes] atende mais a uma regra de mercado do que ao interesse público”, diz Claudio Maierovitch, médico sanitarista da Fiocruz Brasília e ex-presidente da Anvisa, a respeito da baixa oferta no SUS.

A alta demanda na rede privada fez com que farmácias paulistanas suspendessem o agendamento para realização de testes de Covid por falta de estoque. A Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) passou a recomendar a realização de exames apenas em pacientes mais graves, assim como hospitais e laboratórios da capital.

Porém, neste momento, os testes deveriam estar amplamente disponíveis não apenas para quem tem sintomas, mas para todos que suspeitam estar infectados, diz Maierovitch. “A melhor coisa que os serviços de saúde têm a fazer é identificar quem tem o vírus e adotar as medidas preventivas”.

Em meio ao risco de desabastecimento, o governo agora corre para enviar mais exames aos estados. Na sexta-feira (14), iniciou a distribuição de 15 milhões de testes de antígeno —outros 13 milhões devem ser remetidos até o fim do mês. A Repórter Brasil buscou a pasta diversas vezes desde 5 de janeiro para tratar da aquisição dos exames, mas até o momento não houve resposta.

ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou na terça (11) que só irá adquirir novos testes quando houver garantia de que os atuais estoques sejam utilizados.

“Não posso chegar e comprar 300 milhões de testes sem que haja a garantia que esses exames serão realizados lá na ponta”, disse em entrevista à CNN Brasil.

Outra crítica que especialistas fazem é referente ao fato de o governo não ter liberado os autotestes, tipo de exame que é feito pelo próprio paciente, sem a necessidade de um profissional.

O autoteste é vetado hoje por regulamentação da Anvisa, mas a norma contém uma brecha que permite a liberação desse exame, desde que o Ministério da Saúde elabore uma política pública de uso —o que nunca aconteceu desde o início da pandemia, há quase dois anos. Esse pedido foi feito apenas na última quinta-feira (13).

“O autoteste poderia ter sido pensado antes, pois já é adotado em outros países há muito tempo”, diz Dourado, sugerindo que os exames fossem distribuídos diretamente à população, como acontece na França e no Reino Unido.

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Butantan cria vacina contra Covid e pedirá início de testes

O Instituto Butantan criou uma nova candidata a vacina contra a Covid-19, totalmente nacional, e pedirá autorização para ensaios clínicos com seres humanos à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta sexta (26).

A pandemia já matou mais de 300 mil brasileiros. O Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já fornece a Coronavac, fármaco de origem chinesa mais disponível hoje no Brasil.

Doria e Dimas Covas durante a chegada de carregamento de insumo da Coronavac
Doria e Dimas Covas durante a chegada de carregamento de insumo da Coronavac – Danilo Verpa – 15.mar.2021/Folhapress

O imunizante se chama Butanvac e foi desenvolvido pelo instituto, que lidera um consórcio internacional do qual ele é o principal produtor —85% da capacidade total de fornecimento da vacina, se ela funcionar, sairá do órgão do governo paulista.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse à Folha ser possível encerrar todos os testes da vacina e ter 40 milhões de doses prontas antes do fim do ano.

Há pelo menos outros sete estudos de imunizantes no Brasil, todos na fase anterior aos ensaios clínicos. “É uma segunda geração de vacina contra a Covid-19, pode haver uma análise mais rápida”, afirmou.

“Um grande avanço da ciência brasileira a serviço da vida”, afirmou à reportagem o governador paulista, João Doria (PSDB).

Promotor da Coronavac e antagonista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da crise sanitária até aqui, o tucano pode ter um segundo trunfo político em mãos se a Butanvac for eficaz. Ele é um provável adversário de Bolsonaro na eleição do ano que vem.

“Fizemos todos os enfrentamentos desde abril do ano passado para colocar a vacina no braço dos brasileiros. E hoje temos a oportunidade de apresentar uma nova vacina”, disse Doria em entrevista coletiva nesta manhã de sexta.

O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, com até 9.000 indivíduos, é estipulada sua eficácia.

Doria, que mostrou uma caixa do novo imunizante, cobrou rapidez da Anvisa, com quem já teve altercações em outros momentos da crise sanitária. “Senso de urgência é senso de respeito aos mortos”, disse.

A Butanvac, que começou a ser testada em 27 de março do ano passado, já passou pelos testes pré-clínicos, nos quais são avaliados em animais efeitos positivos e toxicidade.

Segundo Covas, eles foram promissores e indicaram que ela provoca alta resposta imune. “Isso significa necessidade de menos doses”, disse. Há lotes prontos do imunizante para os ensaios.

Como a Butanvac utiliza uma tecnologia já usada amplamente no próprio Butantan para fabricar a vacina anual contra a gripe comum, Covas crê que isso será um fator a mais para acelerar seu desenvolvimento.

As vacinas que foram desenvolvidas mais rapidamente contra a Covid-19 no mundo demoraram menos de seis meses para completar suas fases 1 e 2. “Mas elas eram totalmente novas”, pondera Covas.

A vacina será testada nos dois outros países participantes do consórcio, Vietnã e Tailândia —neste último, a fase 1 já começou. Segundo o diretor do Butantan, a prioridade é fornecimento de imunizantes para o Brasil e para países mais pobres.

A tecnologia em questão utiliza o vírus inativado de uma gripe aviária, chamada doença de Newcastle, como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S (de spike, espícula) integral do Sars-CoV-2.

A proteína é responsável pela ligação entre o vírus e as células humanas, e ao ser inserida sozinha no corpo estimula a resposta imune. Segundo Covas, ela já utilizará a proteína da variante amazônica, a P.1, mais transmissível e possivelmente mais letal.

Outra vantagem prevista, se o fármaco funcionar, é de escala e de independência. O seu vetor é criado dentro de ovos embrionados, o que aumenta bastante a rapidez de sua produção, e não há necessidade de nenhum insumo importado.

Hoje, tanto a Coronavac (Butantan) quanto a vacina de Oxford (Fiocruz) são formuladas e envasadas no Brasil com insumos vindo da China. A partir do segundo semestre, o órgão paulista prevê a fabricação nacional da vacina.

“Nenhuma vacina contra Covid hoje é feita em ovo. É muito mais barato para fazer”, afirmou Covas nesta manhã.

Na Butanvac, o vírus é inativado com produtos químicos e, como a doença de Newcastle não afeta humanos, é uma alternativa ainda mais segura do ponto de vista de efeitos colaterais.

A Coronavac, cujos estudos da fase 3 foram coordenados no Brasil pelo Butantan, utiliza o próprio Sars-CoV-2 inativado como vetor. A vacina de Oxford/AstraZeneca, que também está sendo usada no Brasil, utiliza um adenovírus causador de gripe em macacos para inserir a proteína S.

Outras vacinas usam tecnologias mais recentes, como é o caso dos fármacos da Moderna e da Pfizer, que utilizam material genético (RNA mensageiro).

A vantagem é uma alta eficácia, mas elas são menos estáveis e também não trazem a segurança que métodos usados há mais tempo conferem.

“Após o final da campanha de produção da vacina contra influenza, que termina em maio, podemos iniciar imediatamente a produção da Butanvac. Atualmente, nossa fábrica envasa a da influenza e a Coronavac. Estamos em pleno vapor”, afirma Covas. Todo ano, o instituto produz 80 milhões de doses contra a gripe.

Não foi divulgado ainda o custo do projeto até aqui, que prevê capacidade de 100 milhões de doses por ano. “Poder entregar mais vacinas é o que precisamos em um momento tão crítico”, disse Ricardo Palacios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantan.

A imunização vai a passos lentos no Brasil, com 8,7% da população adulta tendo recebido ao menos uma dose de alguma vacina e 2,8%, duas doses.

O desenvolvimento da Butanvac em nada altera o cronograma da Coronavac.

Já foram entregues 27,8 milhões das 46 milhões de doses previstas até 30 de abril, e o governo federal encomendou mais 54 milhões até setembro.

As compras só ocorreram após intensa pressão política. Doria acelerou a aposta na vacina e a ofertou em outubro passado para o Programa Nacional de Imunização.

A aquisição chegou a ser anunciada pelo então ministro Eduardo Pazuello (Saúde), mas Bolsonaro o desautorizou na sequência e disse que não compraria o que chamou de vacina chinesa.

O tucano então anunciou em dezembro seu programa próprio de vacinação, forçando Bolsonaro a se mexer. O agravamento da pandemia, que trouxe uma queda abrupta na popularidade do presidente, selou sua conversão à vacinação.

Nas últimas semanas, com cobranças públicas dos seus apoiadores no centrão, Bolsonaro demitiu Pazuello e formou um comitê com o Legislativo e alguns governadores sobre a crise.

Em rede nacional de TV na terça (23), fez um pronunciamento coalhado de mentiras sobre o que teria feito contra a pandemia, mas comprometeu-se a tornar a imunização uma prioridade.

Doria, por sua vez, seguiu conselho de aliados e reduziu sua exposição na crise em um momento agudo. A atual fase emergencial de restrições ao comércio deverá ser estendida por mais 15 dias, e cidades articulam lockdowns.

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OMS paralisa testes com lopinavir e Ritonavir no tratamento de coronavírus

A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou neste sábado (4) que vai abandonar os estudos com os antivirais lopinavir e ritonavir para tratamento de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Assim como no caso da hidroxicloroquina, os experimentos mostraram que não há eficácia no uso destes remédios, quando seu desempenho é comparado com o procedimento padrão de tratamento.

A paralisação dos experimentos foi recomendada pelo comitê diretor do Solidarity, programa coordenado pela OMS em 21 países, com mais de 5.000 pacientes hospitalizados, com o objetivo de encontrar um tratamento eficaz para casos mais sérios de Covid-19.

Análises provisórias mostraram que lopinavir e ritonavir têm pouca ou nenhum efeito na redução na mortalidade de pacientes com coronavírus hospitalizados
Análises provisórias mostraram que lopinavir e ritonavir têm pouca ou nenhum efeito na redução na mortalidade de pacientes com coronavírus hospitalizados – BBC/Getty Images

Segundo o comitê, foram revisados também resultados de outros ensaios clínicos usando as substâncias, durante a cúpula sobre pesquisa e inovação em Covid-19, na quarta (1º) e quinta (2) passadas.

As duas substâncias haviam sido incluídas no estudo por já terem sido licenciadas para o tratamento de pacientes com HIV.

Mas as análises provisórias mostraram que, assim como a hidroxicloroquina, lopinavir e ritonavir produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com coronavírus hospitalizados, quando comparados ao padrão de atendimento.

Também não houve evidências fortes de que esses medicamentos aumentem a mortalidade, segundo a OMS. Segundo comunicado da entidade, o estudo britânico Discovery, que faz parte do Solidarity, encontrou alguns dados relacionados à segurança das substâncias, que serão publicados depois de revisados por outros cientistas.

“Esta decisão se aplica apenas à condução do estudo Solidarity em pacientes hospitalizados e não afeta a possível avaliação em outros estudos de hidroxicloroquina ou lopinavir/ritonavir em pacientes não hospitalizados ou como profilaxia pré ou pós-exposição para Covid-19”, afirma o texto.

Os resultados provisórios do Solidarity estão agora sendo preparados para publicação revisada por pares.

A entidade afirma que, até que haja evidências suficientes, não é recomendado o uso desses tratamentos para nenhum paciente de Covid-19: “A OMS está preocupada com relatos de indivíduos que se automedicam com cloroquina, o que pode causar sérios danos”.

A cloroquina fazia parte de uma lista iniciais de substâncias que seriam testadas pelo Solidarity, mas não chegou a entrar nos experimentos, pois os cientistas julgaram que não tinha potencial terapêutico suficiente para participar do estudo.

Apesar das contra-indicações e de críticas de médicos e cientistas, o governo federal brasileiro continua permitindo o uso de cloroquina e hidroxicloroquina.

Os testes continuam com as substâncias remdesivir, e, até as 16h deste sábado, a OMS não havia confirmado se seria mantido o braço de experimento com lopinavir/ritonavir em combinação com Interferon beta-1a.

O remdesivir, que já recebeu autorização da agência de saúde americana para tratamento de casos graves de Covid-19, foi previamente testado como tratamento contra o vírus ebola e gerou resultados promissores em estudos com animais para Síndrome Respiratória no Oriente Médio (Mers-CoV) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que também são causadas por coronavírus.

Estudos nos Estados Unidos mostraram resultados positivos no tratamento de Covid-19. Seu fabricante, o laboratório Gilead Sciences, abriu a patente do medicamento para facilitar o acesso em 127 países.

O interferon beta-1a é utilizado no tratamento da esclerose múltipla.

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