Servidores do programa Pró-Saúde realizaram manifestação na manhã desta terça-feira, 19, no centro de Rio Branco. Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), eles fecharam a avenida Brasil, em frente à Casa Civil do Governo do Acre, exigindo uma solução para os mais de 1,8 mil que estão ameaçados de perder o emprego já a partir de 1 de março por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com o vice-presidente do Sintesac, Jean Marcus, há vários dias que a categoria vem desenvolvendo negociações com o governo do Estado. Nesta segunda-feira ocorreu um desses encontro na Casa Civil com membros do Ministério Público do Acre (MP-AC), Controladoria e Procuradoria Geral do Acre, chefia da Casa Civil, Secretaria de Saúde e da Fazenda e com a presença, inclusive, do vice-governador do Estado, Major Rocha, que está interinamente respondendo pelo governador Gladson Cameli. Desse encontro, no entanto, não ficou nada definido, permanecendo os trabalhadores sem garantias de que continuarão empregados a partir do próximo mês.
“Nós havíamos recebido o apoio do nosso governador Gladson Cameli que garantiu que iria legalizar a situação de todos os servidores do Pró-Saúde. Mas o tempo está correndo e existe uma determinação do Judiciário para que todos sejam demitidos já no início do mês, pois estariam trabalhando irregularmente”, explicou Jean.
O sindicalista, no entanto, considera que a situação de Pró-Saúde não seria difícil de resolver. Ele usa como argumento as próprias falas dos atuais gestores do Estado que anunciaram por muito tempo que essa seria uma questão de vontade política, apenas.
Por outro lado, Jean garante que o próprio Sintesac já teria encontrado a solução para o caso, com medidas jurídicas e políticas de fácil aplicação.
“Nos do sindicato temos a solução. Basta só o governo querer e ter vontade política para enfrentar o problema, pois, juridicamente, nós temos como enfrentar o problema”, alerta.
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Rocha garante apoio à luta dos servidores
Poucos minutos após iniciada a manifestação do Pró-Saúde em frente à Casa Civil, local que também abriga o escritório do Governo do Acre, Major Rocha veio ao encontro dos sindicalistas e manifestantes.
De posse do microfone, ele garantiu a todos que está realizando várias ações para garantir que todos permaneçam em seus empregos. Disse, inclusive, que já teria mantido contato com o procurador-geral do Estado, João Paulo Setti Aguiar, e que este se comprometeu a encontrar uma situação definitiva para o Pró-Saúde.
“Estamos procurando uma situação definitiva, que não seja derrubada em poucos dias por ações do Ministério Público do Trabalho ou qualquer outra instituição”, disse Rocha.