É alta a probabilidade de que a nova cepa se propague pelo mundo, segundo organização
Por Redação · 29 de novembro de 2021 às 07:11
A nova variante ômicron do coronavírus representa um “risco muito elevado” para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade destacou, ainda, que são muitas as incógnitas sobre essa cepa, especialmente acerca do perigo real que representa.
“Até o momento, não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.
Ilustração do vírus Sars-CoV-2 – Pixabay
“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a organização.
As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte a OMS: o nível de contágio, e se este é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anti-Covid existentes; e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.
“Em função das características, podem existir futuros picos de Covid-19, que poderiam ter consequências severas”, acrescenta a OMS. Na sexta-feira (26), a organização classificou a ômicron como variante de “preocupação”.
A entidade pediu a países que acelerem a vacinação de grupos prioritários e que se assegurem da existência de planos para manter serviços de saúde essenciais para caso ocorra um crescimento do número de casos de Covid.
Segundo a entidade, uma eventual alta da quantidade de infectados pode gerar forte demanda por atendimento e levar a uma maior mortalidade. O impacto se daria sobretudo entre populações mais vulneráveis e em países com baixo índice de vacinação.
Entre os países com casos identificados, até esta segunda (29), estão Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Áustria, Dinamarca, República Tcheca e Portugal.
Para agências, piora da pandemia no Brasil levaria a aumento de gastos
Por Redação · 28 de maio de 2021 às 10:05
A ameaça de uma terceira onda de Covid-19 preocupa investidores internacionais e tende a postergar a melhora da nota de risco do Brasil. Para as agências de rating, podem ser necessárias mais medidas de socorro à economia por parte do governo este ano, além do esperado, o que adiaria ou enfraqueceria reformas e pressionaria ainda mais a dívida pública.
O rating é uma classificação pelas agências que avaliam crédito dada a um país ou empresa, de acordo com sua capacidade de honrar as dívidas. Essa nota ajuda o investidor a saber o nível de risco dos títulos de dívida.
Na avaliação de Livia Honsel, analista da S&P Global Ratings responsável pela nota do Brasil, a pandemia do novo coronavírus e o temor de novas ondas continua sendo um fator-chave para a recuperação da economia e para a nota de risco, assim como o ritmo de vacinação no país.
“É difícil fazer uma previsão de como serão os próximos meses de pandemia no Brasil, mas se estávamos vendo sinais positivos para a projeção de crescimento para 2021, caso uma nova onda forte se torne realidade, teremos de avaliar de novo as perspectivas”, diz.
Em março, a agência projetava um crescimento de 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro para este ano. A nova projeção ainda não foi publicada, já que a revisão da agência é trimestral, mas hoje, as estimativas apontam uma previsão de crescimento maior, em torno de 4%.
“Caso haja uma nova onda da pandemia e o ritmo de vacinação continue muito lento, isso poderia impactar na recuperação”, complementa a analista.
Apesar de a piora dos indicadores ainda não ser o cenário-base da S&P, a ameaça de um recrudescimento da pandemia pode ter um papel relevante para o rating do país e levar o governo a uma estratégia de política fiscal mais expansionista do que o esperado.
Para a agência, a trajetória fiscal e de dívida pública continuam sendo os principais fatores negativos para o país. “Precisamos ver se vai ter uma pressão adicional por gastos além do teto, como os investidores vão interpretar a situação da dívida brasileira e se a alta de preços das commodities [produtos básicos] vai continuar favorecendo o Brasil.”
O rating do Brasil pela S&P hoje é BB- (abaixo do grau de investimento), com perspectiva estável, e ainda não estão reunidas condições positivas o bastante para que a nota do país melhore, considerando o alto grau de incertezas por conta da pandemia e da proximidade da eleição para presidente no ano que vem.
“Os riscos de rebaixamento ou de melhoria do rating são limitados. Para ter uma melhora, seria necessária uma redução de déficit público mais forte do que estamos vendo agora e um pouco mais de visibilidade sobre a aprovação de reformas estruturais, para que o teto de gastos seja respeitado nos próximos anos”, diz Honsel.
Pela Moody’s, o Brasil tem nota Ba2 (também na categoria de especulação), com perspectiva estável. Para Samar Maziad, analista sênior da agência, não há muitas alternativas ao país: quanto mais cedo avançar na vacinação, mais consistente será a recuperação da economia. “Vemos o mesmo dilema ocorrendo em outros países, enquanto o contágio continuar alto, vai haver pressão por lockdowns e por manter as medidas de distanciamento.”
A analista concorda que a recuperação do país segue em ritmo mais lento por conta da falta de vacinas. A agência prevê um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil na casa dos 3% para este ano —uma recuperação que poderia ser mais robusta, se o país tivesse conseguido manter uma vacinação mais rápida e constante.
A demora para governo e Congresso chegarem a um consenso na aprovação do Orçamento também não passou despercebida pelas agências. Na visão da analista da Moody’s, ao mesmo tempo em que a aprovação reduziu as incertezas, foram introduzidas no Orçamento exceções que driblam o teto de gastos, sobretudo com gastos relativos à pandemia.
“Criou-se uma outra instância de gastos similar ao que foi feito no ano passado. O que foi aprovado continuou criando exceções e é preciso ver se elas serão mantidas no futuro.”
Maziad afirma que o futuro das perspectivas para o Brasil depende da necessidade de estender os gastos por conta da pandemia e se a vacinação vai ser um processo rápido. “Há sinais de comprometimento em preservar o teto de gastos, mas a situação da pandemia continua a colocar pressão sobre os gastos este ano, infelizmente”, diz.
Já a agência Fitch reafirmou na última quinta-feira (27) o rating do Brasil em BB- (também no patamar especulativo), com perspectiva negativa. Ela ressaltou a grande necessidade de financiamento pelo endividamento do governo, a rígida estrutura fiscal, e o fraco potencial econômico.
“As pressões dos gastos públicos persistem e suporte fiscal adicional para lidar com as consequências da pandemia não pode ser descartado. As contínuas fragilidades fiscais, assim como o encurtamento da dívida, tornam o Brasil vulnerável a choques”, disse a Fitch em nota.
A Fitch, que calcula que o déficit do governo ficará em 7,4% do PIB este ano, chamou a atenção ainda para a inflação no Brasil, com expectativa que supere o centro da meta de 3,75% este ano em meio a preços mais altos de commodities e alimentos e ao real fraco.
Entre os fatores que podem levar a um rebaixamento do Brasil, estão o enfraquecimento da estrutura fiscal, uma severa deterioração nas condições de empréstimo dos mercados doméstico e externo, e grave erosão do colchão de reservas internacionais.
Outro ponto de preocupação considerado pelas instituições é a crise política, sobretudo com os desdobramentos das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, que começou a funcionar nas últimas semanas.
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar adversários e a fazer declarações sobre o uso de medicamentos não comprovados para o tratamento contra a Covid-19. A crise eleva as incertezas e tira o foco das reformas, prejudicando também a confiança dos investidores.
Por mais fortes que as declarações do presidente sejam, a analista da S&P pondera que elas não têm impacto direto na nota de risco. “O que importa é o sinal de que as reformas serão aprovadas. O ruído político é sempre forte, mas a principal ameaça é o atraso nessa agenda”, diz Honsel.
As agências avaliam, no entanto, que ainda é cedo para opinar quanto ao cenário eleitoral para o ano que vem, em que as pesquisas colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro no segundo turno, com vitória do petista.
A favor do Brasil, colaboram indicadores como uma dívida externa baixa e a recente aprovação da autonomia do Banco Central, na avaliação das analistas das instituições ouvidas pela Folha.
“Vimos algum progresso em áreas, como concessões, e ainda há a discussão sobre a reforma tributária, em que esperamos que haja progresso, mas deve demorar para que uma reforma seja aprovada”, pondera a porta-voz da Moody’s.
A Fitch, por sua vez, considera que a economia brasileira se beneficia da grande capacidade de absorver choques externos e alta renda per capita, em relação a outros países e de uma taxa de câmbio flexível.
A agência de classificação de risco Moody’s sinalizou preocupação com a possibilidade de flexibilização do teto de gastos no Brasil, alertando que uma eventual elevação do teto de gastos sem medidas de compensação seria “evento negativo” do ponto de vista do rating soberano.
“O teto de gastos é uma âncora chave para o perfil fiscal do Brasil. A introdução de mudanças ao teto de gastos levanta preocupações sobre a trajetória da dívida do Brasil e sobre as perspectivas de estabilização e redução gradual do nível de endividamento”, disse Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s para o rating soberano do Brasil em comentário enviado por email.
Maziad acrescentou que leituras de inflação “significativamente” mais baixas aumentam o desafio de cumprimento do teto no próximo ano.
Isso porque o teto de gastos, criado na Emenda Constitucional nº 95 de 2016, determina que aumento de gastos federais do ano corrente seja limitado à inflação medida pelo IPCA acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. A medida é válida até 2036.
A alta dos preços ao consumidor tem se mantido abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central, em boa parte pelos efeitos da crise causada pelo coronavírus. O mercado prevê inflação aquém da meta tanto para 2020 quanto para 2021.
Investidores têm acompanhado com atenção notícias sobre pressão de ministros do governo por mudanças no teto. E mesmo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou no fim de junho que não descartaria mudanças no teto de gastos, mas que o ideal seria que essa discussão ocorresse após a reforma administrativa. Na semana passada, porém, Maia afirmou que o “grande desafio” de 2021 será impedir mudanças na regra do teto.
As preocupações do lado fiscal têm influenciado os cálculos do mercado para o crescimento da economia e da dívida.
Em junho, a Moody’s reduziu a estimativa para o desempenho do PIB brasileiro neste ano, passando a ver retração de 6,2%, ante projeção anterior de declínio de 5,2%. O Ministério da Economia projeta queda de 4,7%, enquanto o mercado espera recuo de 5,77%.
A Moody’s atribui perspectiva “estável” ao rating de crédito soberano “Ba2” para o Brasil, abaixo da classificação de grau de investimento.
Por G1 AC — Cruzeiro do Sul · 30 de janeiro de 2019 às 03:01
Entre 2017 e 2018, o número dos casos de doença caíram 78%. Doença é mais comum em épocas de inundações
A cheia do rio Juruá tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul. Isso porque o período é mais propício para casos de leptospirose – transmitida pela urina do rato. Os registros da doença caíram, entre 2017 e 2018, 78% – saindo de 96 para 21 casos.
O Setor de Epidemiologia Municipal alerta que no período de cheia é preciso adotar as medidas de prevenção para evitar contrair a doença. O contato com a urina do rato e de outros animais infectados é a principal forma de transmissão da leptospirose que teve um maior número de casos registrados no ano de 2018, no período de novembro a dezembro. Nesse período foi confirmada uma morte por leptospirose, o último óbito tinha sido confirmado em 2014.
Nesses meses, o rio Juruá aumentou seu volume de água invadindo vários bairros da cidade, onde a doença esteve mais presente, como na Lagoa, Várzea e Miritizal.
“O cidadão precisa cuidar do lixo na sua casa, porque é no lixo que o roedor fica lá e serve de alimentação. Não pode jogar o lixo em qualquer canto. Muitas vezes, a pessoa faz uma construção e deixa os entulhos em seu quintal, aí o ratinho vai fazer sua urina lá e quando a água passa, essa urina se espalha e contamina as pessoas”, alerta o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Nicolau Abdalah.
Em 2019, apenas dois casos da doença estão sendo investigados e o diagnóstico só será divulgado em fevereiro. Mesmo assim, a gestão garante que vai desenvolver ações preventivas para evitar novos casos de leptospirose.
“Nossa preocupação é poque esse é o período sazonal com enchente, muita chuva e se sabe o que contamina é a urina do roedor que ele faz num local pequeno e a água espalha para um local maior. Então, alertamos a população que se tiver os sintomas não fique em casa, procure uma unidade de saúde. Estamos agora visitando essas áreas fazendo esse trabalho de orientação que é o melhor caminho”, garante Abdalah.Como se pega a leptospirose?
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas poderá se infectar. A Leptospira penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).
Quanto tempo demora para a doença aparecer?
Os primeiros sintomas podem aparecer de um a 30 dias depois do contato com a enchente. Na maior parte dos casos, aparece 7 a 14 dias após o contato.
Como é feito o tratamento da leptospirose?O tratamento é baseado no uso de antibióticos, hidratação e suporte clínico, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados.
Como evitar a doença?
Evite o contato com água ou lama de enchentes e impeça que crianças nadem ou brinquem em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
Por Marcelina Freire · 23 de janeiro de 2019 às 10:01
Com a chegada do período chuvoso aumentam os riscos de contrair as chamadas doenças tropicais, isso porque é comum o acúmulo de água em ruas e quintais após chuvas intensas e até mesmo a ocorrência de enxurradas ou transbordamento de rios e igarapés, favorece o aparecimento de tais enfermidades.
A dengue, zika vírus, chikungunya, leptospirose e diarreias são os casos mais comuns. O médico Eduardo Formiga, explica que essas patologias possuem sintomas muito parecidos.
“Essas doenças tem sintomas muitos parecidos, todas elas dão febre, dor no corpo, por isso a importância de procurar atendimento médico o quanto antes para que seja feito o diagnóstico correto”, destaca.
Eduardo explica que o diagnóstico e o tratamento correto são fundamentais para evitar um agravamento do quadro, que se não tratado da maneira adequada e a tempo, podem levar a morte.
“Todas essas doenças levam a morte se não forem tratadas, por isso a importância de ao primeiro sintoma o paciente procurar um atendimento médico”, reforça.
O médico lembra que a maioria dessas doenças são causadas por contato com água contaminada, ou através do mosquito Aedes aegypti. A leptospirose por exemplo, é causada pelo contato com a água contaminada com urina de rato, se a pessoa estiver com pequenos cortes na pele, o risco aumenta.
“Só de ter contato com a água contaminada já pode pegar a doença, mas se a pele estiver com algum corte, a pessoa vai pegar a doença, ou ate mesmo se ingerir um pouco desse água contaminada”, diz.
Para evitar o risco de adoecimento, o médico lembra que é preciso ter alguns cuidados, como: evitar ter contatado com água contaminada e usar repelente para afugentar o mosquito da dengue.
“A melhor coisa a ser feita é a prevenção, evitar o contato com as águas de enchentes, se você está em um lugar insalubre que tem ratos, ter o cuidado de lavar as mãos, e no caso das doenças causadas pelo Aedes aegypti usar repelente, porque a gente não tem o controle dos quintais dos vizinhos, que pode ter focos do mosquito”, orienta.
Por Aleksssander Soares – Repórter da Agência Brasil · 1 de dezembro de 2018 às 08:12
Dez municípios de São Paulo receberam hoje (30) o mapeamento de áreas com risco de deslizamentos e inundações. O levantamento foi feito Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que avaliou a probabilidade de ocorrência desses fenômenos naturais nas diversas regiões. O objetivo é ajudar na prevenção e proteção à população em áreas urbanas.
A chamada carta de suscetibilidade traz informações sobre a elevação dos terrenos analisados, precipitações médias anuais e mensais da chuva, declividade, padrões de relevo, além de descrever os tipos de rochas da região. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Além das cidades de Caçapava, Joanópolis, Potim, Pindamonhangaba, Piracaia, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Caetano do Sul, Taubaté e Tremembé, 87 receberam o documento anteriormente. Em 2019, o mapeamento deve ser feito em outras cidades paulistas. Em todo o Brasil foram mapeados 414 municípios de 22 estados.
Crescimento urbano
Segundo o Serviço Geológico, o trabalho permite guiar o crescimento urbano de forma segura e adequada para evitar vítimas, perdas e danos nos setores sociais, econômicos e de infraestrutura, como habitação, energia, saneamento, comércio, agricultura e serviços.
“É importante que os gestores saibam quais são as áreas dentro de seu município que podem ter mais problemas e, a partir daí, direcionar a melhor forma de crescimento para evitar essas áreas. Não significa que todas não possam ser ocupadas, mas que ao ocupar vai ser necessário mais estudos, mais obras de contenção e mais cuidado para ocupar”, explicou a chefe da Divisão de Geologia Aplicada do CPRM, Sandra Silva.
O mapeamento inclui a setorização de risco, avaliando a forma de ocupação. O documento entregue à prefeitura identifica o número de casas que estão em situação mais crítica e uma estimativa da população.
“São feitas algumas recomendações sobre o direcionamento que a prefeitura deve tomar em caso de chuva, como a necessidade de retirada das pessoas, onde será necessário fazer estudos mais detalhados com cálculos estruturais, estudos hidrológicos, drenagem”, informou.
De acordo com a geóloga, o Serviço Geológico não fiscaliza as ações tomadas pelos municípios a partir da entrega da carta de suscetibilidade, mas faz novas visitas para atualizar o mapeamento. “Nós damos esse apoio para a Prefeitura que têm a responsabilidade, prevista em lei, de cuidar da cidade para evitar desastres. Não conseguimos acompanhar todos os municípios, mas de três em três anos atualizamos os dados, para ver o que modificou”.
Riscos naturais
Segundo os dados, na região Sudeste, estão propensas a riscos naturais 1.609.200 de pessoas e 366.720 mil moradias, de 486 municípios. No Nordeste são 1.101.903 de pessoas e 272.229 mil casas, em 481 cidades. No Norte, os números chegam a 446.385 mil e 109.044 mil, em 226 municípios. Em seguida estão o Sul, com 758.841 mil pessoas em risco e 188.907 moradias, nos 317 municípios estudados. Por último vem o Centro-Oeste com 43.330 mil pessoas em risco e 9.358 moradias, nas 62 cidades mapeadas.
O trabalho foi iniciado em 2012, a partir do Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais do Governo Federal, depois de uma sequência de chuvas fortes, entre 11 e 12 de janeiro de 2011, atingir a região serrana do Rio de Janeiro, causando uma grande enxurrada e vários deslizamentos de terra na região. Na época, osO municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim na Região Serrana, e Areal na Região Centro-Sul do estado, entre outros.
Na manhã desta quarta-feira, 3, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) realizou o curso de Abordagem de Alto Risco para cerca de 60 Agentes de Polícia Civil do Acre.
As aulas teóricas e práticas, que ocorreram no Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública (Cieps), incluíram várias técnicas de abordagens de alto risco em ruas e ambientes aglomerados, veículos e prédios.
“Estamos ministrando sobre abordagem veicular e também em pedestres, pois entendemos que nossos policiais precisam estar passando por esse tipo de reciclagem para evitar qualquer incidente com o profissional, como também para o indivíduo que foi abordado”, explicou o Secretário Adjunto da Sesp, coronel Glayson Dantas.
As capacitações continuadas são resultado de parceria entre a Sesp e o Grupo de Treinamento Policial da Polícia Civil para garantir o melhor desempenho e segurança dos agentes no dia a dia.
Por Agência Brasil, Brasília · 2 de julho de 2018 às 07:07
Há 28 anos, país não registra casos, mas doença pode retornar
Há 312 municípios no país, especialmente na Bahia, com risco de surto de poliomielite, alertou neste fim de semana o Ministério da Saúde. Há 28 anos o Brasil não registra casos da doença. No entanto, o risco de a doença retornar é grande por causa da resistência de pais e mães em vacinarem os filhos. A ameaça, segundo o ministério, existe em todos os locais com coberturas abaixo de 95%, mas está mais crítica nessas 312 localidades.
O Ministério da Saúde orienta os gestores locais a organizar as redes de prevenção, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira. A pasta também recomenda o reforço das parcerias com creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolverem as famílias.
Doença
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Transmissão e Prevenção
A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados.
No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde. Há ainda as campanhas nacionais.
A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Por Agência Brasil, Brasília · 2 de julho de 2018 às 07:07
Há 28 anos, país não registra casos, mas doença pode retornar
Há 312 municípios no país, especialmente na Bahia, com risco de surto de poliomielite, alertou neste fim de semana o Ministério da Saúde. Há 28 anos o Brasil não registra casos da doença. No entanto, o risco de a doença retornar é grande por causa da resistência de pais e mães em vacinarem os filhos. A ameaça, segundo o ministério, existe em todos os locais com coberturas abaixo de 95%, mas está mais crítica nessas 312 localidades.
O Ministério da Saúde orienta os gestores locais a organizar as redes de prevenção, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira. A pasta também recomenda o reforço das parcerias com creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolverem as famílias.
Doença
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Transmissão e Prevenção
A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados.
No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde. Há ainda as campanhas nacionais.
A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Por Agência Brasil · 13 de fevereiro de 2017 às 10:02
As autoridades da Califórnia, nos Estados Unidos, ordenaram a evacuação de mais de 180 mil pessoas em Oroville devido ao risco de rompimento de uma barragem. As informações são da Agência Ansa.
A barragem é considerada a mais alta dos Estados Unidos e pode sofrer danos em um trecho do vertedouro auxiliar de Oroville, a 250 quilômetros de São Francisco.
Milhares de carros que tentaram deixar a cidade acabaram provocando congestionamento na região, logo após o alerta de evacuação para Oroville, Palermo, Gridley, Themalito, South Oroville, Oroville Dam, Irivukke Eats e Wyandotte.
O governador da California, Jerry Brown, ordenou que as operações de emergência sejam aceleradas para permitir a evacuação das pessoas.