Bolsonaro convida Renato Feder, secretário do Paraná, para assumir Ministério da Educação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para comandar o Ministério da Educação após a dupla polêmica da saída de Abraham Weintraub e da desistência de Carlos Decotelli.

Antes de Decotelli ser anunciado, na semana passada, Feder chegou a ser um dos mais cotados para chefiar o ministério.

Na ocasião, pesou contra o seu nome o fato de ele ter sido um dos principais doadores da campanha de João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2018.

Nesta semana, após Decotelli pedir demissão do cargo, o secretário do Paraná voltou a se mexer. Feder telefonou para o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) para falar de seu interesse em ser ministro.

O empresário também buscou contato com Olavo de Carvalho por meio de alunos do escritor, mas o considerado guru ideológico do governo não deu retorno a ele, segundo aliados.

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), também auxiliou Feder na articulação para viabilizá-lo. No governo, o secretário recebeu apoios importantes, como o do ministro Fábio Faria (Comunicações), também do PSD.

No início da tarde desta sexta, Weintraub publicou uma mensagem nas redes sociais desejando sorte a Feder.

“Desejo sorte e sucesso ao novo ministro da Educação, Renato Feder, e ao presidente Jair Bolsonaro. Estarei sempre torcendo pelo bem do Brasil”, escreveu o ex-ministro, que está nos Estados Unidos.

Após Bolsonaro confirmar a aliados que havia escolhido Feder, seguidores de Olavo passaram a reclamar da indicação e pressionar para que o governo reveja a decisão.

Além de Feder, Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), foi sondado por assessores de Bolsonaro e enviou o currículo para análise, mas não teve resposta positiva do governo.

Outros nomes também fora cotados. Entre eles, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant’Ana e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas, que é pró-reitor na FGV e cujo nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli.

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