Delegados negam que Rêmulo Diniz tenha sido alvo de investigação

Os delegados de Polícia Civil, Alcino Júnior e Sérgio Lopes, responsáveis pela Operação Sicário, concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira, 30, onde negaram que o secretário Rêmulo Diniz tenha sido objeto de investigação e negaram ainda que ele tenha envolvimento com alguma facção, como havia sido afirmado numa matéria veiculada por um site nacional.

Segundo Alcino, no inquérito não se levantou qualquer indício que comprove a ligação de Rêmulo ao crime organizado.

“Os crimes que eventualmente foram detectados, eles, no momento em que a gente vai deflagrar a operação, a gente compartimenta e compartilha esse material com a corregedoria. Não houve qualquer pedido de medida cautelar em relação ao delegado Rêmulo, até porque isso não cabe a nós, essa aprofundação cabe à corregedoria e o Ministério Público”,

A Operação, durante seis meses, investigou o crime organizado no estado e culminou na prisão do tenente Farias, do Bope, no final do ano passado, por suposta ligação com uma facção criminosa.

“Os demais envolvidos foram presos. O tenente Farias entra na operação como interlocutor de alguns traficantes e membros dessa organização criminosa. Em relação ao delegado, ele conversava com o tenente Farias, não há nada que o vincule, a princípio, com organização criminosa. Essa tratativa, essa forma que fizeram, talvez por conta da operação em si, mas nada foi apurado nesse sentido”, comentou Júnior

O delegado Sérgio Lopes, negou qualquer ligação entre a operação e problemas de cunho político. “Teve-se a ideia de realizar uma lista tríplice, muito se falou que essa lista tríplice só estava aparecendo agora com o novo governo, que não houve isso, nos 20 anos do governo anterior e na verdade esse movimento de listas tríplices elaboradas pelas polícias começou a cerca de dois ou três, e não começou aqui no Acre.”

“Nós criamos essa lista tríplice, tentamos apresentar essa lista ao governo do estado, para que ele escolhesse entre eles, mas nós já sabíamos de antemão que como não é vinculativo, ele poderia escolher ou não dentro da lista tríplice, e não houve essa escolha, mas isso não causa nenhuma disputa de poder internamente,” concluiu.

Os delegados negaram ainda que as cartas abertas, enviadas por ambos ao grupo interno da Polícia Civil, tenha alguma relação ao caso.

Delegado pede punição para quem vazou as informações

O delegado enfatizou que o responsável por ter repassado as informações devem ser punidos, uma vez que tal conduta é crime.

“O tamanho do vazamento, as coisas como estão acontecendo e o acesso que tiveram ao conteúdo, é motivo de surpresa. Isso deve ser apurado e investigado, pois isso prejudica a investigação e expõe todos, isso não é bom. Não posso me manifestar, não é que não queira falar, mas não posso”, salientou Junior.

G1/AC