Maia diz que acabou a ‘interlocução’ com Guedes e vai passar a negociar com Ramos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu romper relações com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia anunciou que, a partir de agora, passará a tratar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, sobre votações importantes, como a reforma administrativa, porque Guedes proibiu o diálogo dele com os secretários da área econômica.

Maia deu a declaração logo após ter recebido a proposta de reforma administrativa do governo das mãos do ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, que representou o presidente Jair Bolsonaro – em viagem pelo interior de São Paulo. Ali mesmo, o presidente da Câmara tornou público o novo confronto com Guedes e contou que o ministro proibiu integrantes da equipe econômica de dialogar diretamente com ele.

“Eu não tenho conversado com o ministro Paulo Guedes. Ele tem proibido a equipe econômica de conversar comigo. Ontem (quarta-feira), a gente tinha um almoço com o Esteves (Colnago, chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais) e com o secretário do Tesouro (Bruno Funchal) para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião”, disse Maia em entrevista à GloboNews. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia Foto: André Dusek/Estadão

O almoço, que seria na casa do presidente da Câmara, acabou cancelado. “Foi encerrada a interlocução”, disse ele. Sem esconder a briga, Maia afirmou que suas tratativas, agora, serão com Ramos, mesmo em assuntos econômicos. “Ramos tem sido um aliado da Câmara dos Deputados, fundamental nas últimas votações, como a Lei do Gás. (…) Então, decidi que a relação da presidência da Câmara será com o ministro Ramos, e o ministro Ramos conversa com a equipe econômica, para não criar constrangimento mais para ninguém. Mas isso não vai atrapalhar os nossos trabalhos, de forma nenhuma”, afirmou.

A cerimônia de entrega da reforma administrativa havia sido planejada pelo governo para marcar um momento bom do relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Lá estavam também os líderes do governo e Maia fez questão de agradecer Bolsonaro e alguns ministros, mas em nenhum momento citou Guedes. “Parabenizo pela correta decisão de encaminhar reforma que vai no ponto correto”, afirmou ele. Logo depois, porém, tornou pública a queda de braço com Guedes.

Procurado, o Ministério da Economia informou que não comentará o assunto. Nos bastidores, o clima é tenso com comentários de que Maia “apunhala pelas costas”. Em conversas reservadas, alguns auxiliares de Guedes fizeram questão de lembrar, no entanto, que o tempo do presidente da Câmara “está acabando”. Outros, no entanto, tentaram colocar panos quentes no desentendimento, sob o argumento de que, com a mudança na liderança do governo na Câmara, agora nas mãos de Ricardo Barros (Progressistas-PR), a ponte com o Planalto se fortaleceu.

A relação entre Maia e Guedes ficou estremecida durante a reforma da Previdência, mas se deteriorou ainda mais com a pandemia do coronavírus. Em abril, os dois deixaram de se falar. O presidente da Câmara mantinha, então, contado com Esteves Colnago, com o secretário especial de Previdência Bruno Bianco, e com o então secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. O Estadão apurou que Guedes, àquela época, já havia determinado à sua equipe que se mantivesse afastada de Maia.

O chefe da Economia nunca gostou da proximidade do presidente da Câmara com Mansueto. Maia, por sua vez, acha que Guedes quer afrontá-lo, fazendo afagos ao deputado Arthur Lira (AL), líder do Progressistas e comandante do Centrão que está de olho em sua cadeira na Câmara.

Paulo Guedes
Paulo Guedes, ministro da Economia do presidente Jair Bolsonaro Foto: Gabriela Biló/ Estadão

Para o Planalto, fala de Maia é sinal de fragilidade de Guedes

A declaração de Maia foi entendida no Planalto como mais um sinal de que Guedes se fragiliza ainda mais no cargo. As reclamações sobre o ministro têm se intensificado internamente sob a alegação de que a equipe econômica tenta impor uma agenda sem considerar os cálculos políticos e mesmo sem pareceres jurídicos. 

A reforma administrativa entregue nesta quinta, 3, à Câmara é considerada um exemplo. No ano passado, a equipe econômica deu o texto como finalizado antes mesmo da avaliação da Casa Civil e da Subchefia de Assuntos Jurídicos. Ao passar pelos dois órgãos, a proposta foi barrada porque apresentava pontos que contrariavam a determinação de Bolsonaro de poupar os atuais servidores.

A cada desentendimento, Guedes ameaça ir embora. Depois de 1 ano e oito meses de governo, a percepção no Planalto é a de que a paciência com esse tipo de atitude está chegando ao fim.

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Depoimentos de Ramos e Heleno conflitam com versão de Bolsonaro sobre menção à PF

Os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) à Polícia Federal conflitam com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que não citou o nome da corporação na reunião ministerial do dia 22 de abril.

Segundo os dois ministros militares, que prestaram depoimento nesta terça-feira (12), Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência.

Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista improvisada na rampa do Palácio do Planalto: ‘Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”. “Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro.

A mesma versão de Ramos foi dada por Augusto Heleno. Em seu depoimento, o chefe do GSI disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou “de forma generalizada” todos os ministros da área de inteligência, “tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa.”

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça na PF em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

“A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei por que não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião ministerial, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na superintendência da PF do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família.

Ramos disse que entendeu que o presidente falava de sua segurança pessoal ao citar a troca de ministro. Ele disse que a referência, neste caso, estaria sendo feita a Heleno e não a Moro.

“Se ele não tivesse satisfeito com a sua segurança pessoal realizada no Rio de Janeiro, ele trocaria inicialmente o chefe de segurança e, não resolvendo, trocaria o ministro, e nesse momento olhou em direção ao ministro Heleno”, disse Ramos afirmando ainda que Moro estava sentado “em lado oposto” ao chefe do GSI.

De acordo com os relatos à Folha, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

O presidente então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro —na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

Bolsonaro, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

O titular da Secretaria de Governo confirmou que o ex-ministro da Justiça o procurou após estar com Bolsonaro às vésperas de sua saída do governo.

Ele afirmou que chegou a tentar achar uma solução para o impasse sobre a mudança na diretoria-geral da PF e que nunca levou a contraproposta feira por Moro a Bolsonaro.

Ramos afirmou que a intenção do presidente na troca na PF foi “dar sangue novo” à corporação.

O ministro disse ainda que, antes do depoimento desta terça, viu o vídeo da reunião do dia 22.

Após o depoimento, Ramos pediu a PF alterar trechos de suas declarações. Num deles, ele inicialmente havia afirmado que “não” foi falado pelo presidente que se não pudesse trocar o diretor-geral, trocaria o ministro. O ministro, sob protesto da defesa de Moro, pediu para trocar a negativa pela expressão “não se recorda”.

folha

Vereador Jakson Ramos homenageia o Hospital Santa Juliana

Neste ano de 2018, o Hospital Santa Juliana comemora o seus 50 anos de história no Estado do Acre. Aproveitando tão singular data, o vereador de Rio Branco, Dr. Jakson Ramos, entregou ao Bispo Dom Joaquim, uma moção de aplauso ao hospital pelo excelente trabalho que o mesmo vem prestando a população do Estado.

Na manhã desta quarta-feira, 08, a Câmara Municipal de Rio Branco recebeu em suas dependências, servidores e diretores do Hospital, entre eles o Bispo Dom Joaquim, Irmã Esperança Raquel, Irmã Angélica, Padre Jairo Coelho e o Sr. Marcos Paulo, diretor administrativo do hospital; todos responsáveis pela direção do Hospital Santa Juliana e pela Casa de Acolhimento Souza Araújo, para que recebessem através das mãos do vereador e primeiro secretário da casa legislativa de Rio Branco, Dr. Jakson Ramos, autor do requerimento, uma Moção de Aplauso.

Reconhecendo o importante trabalho prestado pela entidade a todos os cidadãos acreanos, Dr. Jakson prestou essa tão merecida homenagem a este que é um dos maiores hospitais do Estado.

Inaugurado em 05 de agosto de 1968, o hospital Santa Juliana atende uma média de 09 mil pacientes por ano, e já realizou 119.431 partos e 103.914 cirurgias ao longo desses 50 anos de existência, tendo pouco mais de 60% desses atendimentos feitos através do Sistema Único de Saúde – SUS. Realizando 40% dos partos do Acre, o Santa Juliana conta com 157 leitos e realiza cirurgias de média e alta complexidade, sendo o único no Estado do Acre a realizar cirurgias cardíacas de alta complexidade.

Jakson Ramos entrega moção de aplauso em ato solene na Câmara para o Morhan

Com um mandato pautado no combate a qualquer tipo de preconceito e recriminação, o vereador Dr. Jakson Ramos, vem fazendo ao longo desses 18 meses de mandato na Câmara municipal de Rio Branco – CMRB, a ampla defesa das ditas “minorias” e da população que menos tem, que menos pode e menos sabe.

Na manhã desta quarta-feira, 27, o vereador recebeu na CMRB a diretoria e membros do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan, para um ato solene em alusão a Semana Municipal de Combate a Hanseníase, que irá do dia 25 à 29 de junho.

A solenidade, de autoria do Dr. Jakson Ramos e com o apoio dos outros 16 vereadores do município de Rio Branco, teve como finalidade homenagear a este movimento que tanto tem feito pelas pessoas atingidas pela hanseníase ao longo desses 37 anos de existência.

A coordenadora estadual e viúva de Bacurau, fundador do movimento no Acre, Terezinha Prudêncio, relatou sobre as dificuldades enfrentadas pelo movimento e o quanto o Morhan vem ajudando as pessoas atingidas pela doença, seja na ajuda com o tratamento, seja no acolhimento e no combate ao preconceito por parte de uma sociedade que não tem conhecimento sobre as formas de contagio e tratamento da hanseníase.

O Vereador, Dr. Jakson Ramos, destacou os avanços que já foram garantidos por parte do governo e o quanto se tem por fazer pelo movimento.

“O Morhan, desde que foi criado, em 1981, tem entre seus objetivos a busca da erradicação da hanseníase e o combate ao preconceito. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, porém, a transmissão só ocorre através de contato prolongado. Uma vez que o tratamento é iniciado, a bactéria é isolada e o risco de transmissão é quase nulo. A educação da população, o diagnóstico e o tratamento precoces, são as principais armas para o controle da hanseníase , quebrando a cadeia de transmissão e prevenindo as incapacidades. O medo da discriminação afasta os pacientes das unidades de saúde e dificulta o diagnóstico e o tratamento da doença, por isso a informação é o melhor remédio.

Em 2007, o então senador Tião Viana, apresentou um projeto de lei onde as pessoas que ficaram com sequelas por conta da hanseníase, recebem um benefício por parte do estado, no Acre temos 700 beneficiados e mais de 10.000 em todo o país. Agora, a principal luta do movimento é para que os filhos que foram separados dos pais recebem por parte do estado uma reparação por tudo que passaram vivendo a mercê da sociedade.” Ressalta o vereador, Dr. Jakson Ramos.