Produtores de açaí e vereadores propõem a criação de um selo de qualidade

Produtores de açaí e vereadores de Rio Branco se reuniram nesta quinta-feira, 6, para pedir providências frente aos prejuízos que eles vem contabilizando desde do anúncio feito na última sexta-feira de que o açaí vendido no Mercado Elias Mansour estaria contaminado com protozoário causador da doença de Chagas.

Eles solicitaram também a criação de um selo de qualidade. Os produtores pediram ainda que os vereadores criem uma lei no intuito de garantir a segurança da população, e com isso eles possam voltar a comercializar os seus produto.

Para o produtor Marcos Alves, a distribuição do alimento ficou prejudicada, as vendas estão paradas.

“A gente quer uma facilidade para comercializar na legalidade. Nós podemos fornecer com qualidade, só é necessário garantir às pessoas que elas vão ter um produto de qualidade”, disse.

O vereador Artêmio Costa pediu uma audiência pública para a próxima semana. Na ocasião será discutida a proposta de criação do selo que funcionará como pactuaçao entre os produtores para que haja os devidos cuidados desde o preparo até a venda.

“A gente quer chegar a um denominador comum e talvez propor, nesse audiência, uma lei municipal para que haja uma cadeia de produção e ter um selo de qualidade para que o consumidor, quando for naquele local, saber que é de uma procedência boa”, disse Artêmio Costa.

Segundo o vereador, Eduardo Farias, há dois aspectos importantes quanto a criação do selo de qualidade de origem que devem ser levados em consideração, o econômico e o da saúde.

“É toda uma cadeia econômica que é prejudicada por conta de um problema real efetivo que nós temos que dar o devido tratamento, o segundo é no ponto de vista de saúde, nós não podemos expor a população a qualquer risco de tomar uma bebida que é cultural nossa como é o açaí, mas ao mesmo tempo correr o risco de contrair uma doença que pode levar até a morte”, disse.

Vereador Mamed Dankar cobra selo de qualidade do açaí

O vereador Mamed Dankar (PT) defendeu na manhã de terça-feira, 5, durante sessão na Câmara de Rio Branco, a criação de um selo de qualidade do açaí produzido no Estado. A defesa ocorreu após a Secretaria Municipal de Saúde ter divulgado uma análise apontando a contaminação do açaí vendido no Mercado Elias Mansour, em Rio Branco, pelo protozoário que causa a doença de chagas.

“A secretaria fez um chamamento público para que os rio-branquenses que adquiriram ou consumiram o produto oriundo do Mercado Elias Mansur nos meses de novembro e dezembro de 2018, bem como janeiro de 2019, realizassem exames preventivos. Isso não é o suficiente. Não foi a primeira vez que essa situação ocorreu e pode também não ser a última. Precisa-se intensificar a fiscalização e buscar novos meios de resguardar a população”.

Ao destacar a importância do debate, Dankar observou ainda os possíveis prejuízos aos produtores de açaí. “O que me preocupa é que se não tomarmos as medidas corretas, a população acabe parando de consumir o açaí, prejudicando assim os produtores. Economicamente isso seria ruim para o Estado”.

Nesse sentido, o vereador sugeriu reunir todos os envolvidos na cadeia produtiva do açaí para discutir o assunto. Na pauta, “a definição das responsabilidades quanto à inspeção no processo de produção do açaí, intensificação da fiscalização sobre pontos de vendas, retirando de circulação produtos inapropriados e sem procedência conhecida; um curso de boas práticas de produção e definição de políticas públicas e legislação própria para as agroindústrias artesanais.

“O objetivo dessas ações é garantir a comercialização de um produto em perfeita qualidade. O selo trará segurança tanto ao produtor quanto ao consumidor. Precisa-se criar algumas exigências e eliminar os riscos de contaminação pelo transmissor da doença de Chagas. Tais medidas são importantes, pois, quando surgem situações como essas, o produtor acaba sendo bastante prejudicado. Não podemos penalizar todos os produtores por erro de um ou dois”, frisou.

Em Rio Branco, moradores reclamam da qualidade da água do Depasa

Moradores de alguns bairros de Rio Branco afirmam que a água fornecida pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) chega suja e com muitos resíduos desde o fim de semana. De acordo com os usuários, que dependem do fornecimento para lavar louça, roupa, cozinhar e até mesmo para consumo próprio, a água vem barrenta (quando não há o processo de purificação para remover a terra) e cheia de pequenos resíduos sólidos, como pedras.

Segundo Graça Pereira, que mora no bairro Ivete Vargas, o problema ocorre desde o último sábado, 19, e vem prejudicando a rotina de casa, já que ela se vê obrigado a comprar água de caminhão pipa para abastecer a residência.

“No final de semana, a água veio, mas não subiu para a caixa de cima. Nesta segunda ela veio, mas com uma coloração estranha. Comentei com os vizinhos e todos eles falaram a mesma coisa”, comentou a dona de casa.

A mesma situação ocorre com Raimunda Souza, que reside no bairro Apolônio Sales. Ela afirma que notou o problema no último domingo, 20, quando a água começou a chegar suja. Porém, ela não procurou saber o motivo por achar que o problema estava na encanação.

“Percebi que a água estava suja mesmo quando verifiquei a caixa que fica no chão e estava suja. Mas, eu tinha lavado ela no dia anterior”, relatou.

Diretor de operações do Depasa em Rio Branco, Vinícius Otsubo afirma que o órgão não recebeu nenhuma reclamação formal do tipo até a segunda-feira, 21. Ele diz que algumas denúncias informais foram realizadas, mas que nenhum procedimento foi adotado porque é necessário que as reclamações sejam comunicadas formalmente. “Peço que algum morador que esteja passando por essa situação faça o comunicado para a gente. Nossa intenção é prestar um serviço de qualidade”.

Otsubo explica que as reclamações informais recebidas não ajudam a solucionar o problema porque as informações são desencontradas e escassas, o que dificulta o trabalho de averiguação e consequente solução do problema. Questionado se a situação pode ter sido causada pela elevação do nível das águas do Rio Acre, que na semana passada ultrapassou a cota de transbordamento, que é de 14 metros, ele explica que vários fatores podem ter influenciado a queda na qualidade.

“Pode ser que essa subida tenha afetado a qualidade. Na cheia a gente tem um problema grande com a turbidez da água. Quando ela está elevada, aumenta o nosso custo para o tratamento. Mas é precipitado falar na causa sem averiguar, vamos fazer isso desde a ETA até a distribuição nas casas para entender o real motivo. Nesta semana vamos instaurar um procedimento para verificar a situação e apresentar uma solução o mais rápido possível”, garante o diretor de operações do Depasa.

Ufac inicia projeto de medição da qualidade do ar em parceria com a USP

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) instalaram no campus-sede da Universidade Federal do Acre (Ufac), no início do mês de setembro, equipamentos para medir a qualidade do ar. A ação, que segue até 30 de outubro, faz parte do projeto “Experimento de Queimadas em Rio Branco 2018”, que tem como objetivo mapear a rota pela qual passa a fumaça provocada por queimadas na capital acreana, além de identificar os componentes químicos presentes nela.

Segundo o coordenador do Grupo de Estudos e Serviços Ambientais da Ufac, Alejandro Fonseca, os equipamentos utilizados na pesquisa são: o Espectrômetro de massa, que serve para detectar compostos orgânicos voláteis e outros componentes da poluição como nitrogênio e enxofre; o Monitor de Especiação Química, que faz a medição de componentes químicos na poluição atmosférica; o Aethalômetro empregado para medir a concentração de carbono negro (fuligem); e o  Nefelômetro, utilizado para avaliar a visibilidade do ar.

De acordo com o técnico do Instituto de Física da USP, Delano Campos, o projeto itinerante tem mais de 20 anos e é realizado em diversas cidades da Região Norte do Brasil. “A proposta é usar os dados para subsidiar outras pesquisas em áreas como a saúde e alertar para os níveis toleráveis de poluição estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, explicou.

A equipe da USP é formada pelo coordenador do projeto, Pablo Artaxo, e pelos técnicos Fábio Oliveira, Marco Aurélio Franco e Delano Campos.

Políticas de segurança pública garantem qualidade do ensino no Estado Acre

Observatório de Segurança Escolar é mais um instrumento de combate à violência

Na semana passada, representantes da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), da Polícia Militar do Acre (PMAC), do Ministério Público Estadual (MPE) e do Conselho Estadual de Educação (CEE) estiveram reunidos para delinear o funcionamento do Observatório de Segurança Escolar, que entrará em funcionamento nos próximos dias.

O observatório é uma apenas uma medida tomada pelo governo do Estado, porque as ações para garantir uma política de segurança à comunidade escolar vai muito além. Desde 2002, foi implementado em todos os municípios acreanos o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o PROERD.

Sem falar que desde o ano passado, a SEE, em parceria com a Polícia Militar, instalou no Centro de Referência em Inovações Educacionais (CRIE), uma coordenação para receber as mais diversas demandas referentes a segurança e ao dia-a-dia dos alunos nas escolas.

Com esses investimentos, o governo consegue combater os índices de violência a partir da educação e da mudança de comportamento, oportunizando aos nossos jovens mais que segurança, um ensino de qualidade que chega aos 22 munic´pios do nosso Estado.

Para o secretário-adjunto de Educação, José Alberto Nunes, o governo do Estado tem intensificado as políticas de prevenção, garantindo a segurança de toda a comunidade escolar. “Temos trabalhado diuturnamente para garantir uma política de segurança em todas as escolas do nosso Estado”, afirmou.

PROERD

O PROERD é um programa desenvolvido desde 2002 nas escolas com alunos do 5º e 7º anos do Ensino Fundamental. Tem uma metodologia especial, onde os policiais militares desenvolvem ações lúdicas com o objetivo de transmitir uma mensagem de valorização à vida e da importância de manter-se longe das drogas.

Nos quatro meses em que funcionam os cursos, é reforçada entre os estudantes a importância da amizade e o respeito à família e aos professores. Elas recebem um certificado no final e assumem o compromisso de se manter longe do mundo das drogas e da violência.

O Programa tem como premissa a cooperação social e a participação efetiva da comunidade escolar e, por isso mesmo, não invalida outras atividades que são desenvolvidas dentro das escolas para combater a violência.

Policiamento Escolar

Uma parceria da Secretaria de Educação e Esporte (SEE) e a Polícia Militar (PMAC), juntamente com um novo formato do Policiamento Escolar, criado em 2002, permitiu uma maior segurança das escolas de Rio Branco, principalmente as que se localizam nos bairros mais sensíveis.

Além da aquisição de mais viaturas, foi criada uma coordenação do Policiamento Escolar no Centro de Referência em Inovações para a Educação (CRIE). Com isso, todos registros de ocorrências foram centralizadas, sob o comando do tenente João Jácome.

A partir da nova metodologia adotada pelos parceiros da Segurança Pública, rondas ostensivas são realizadas no perímetro escolar, visitas são feitas às escolas, bem como a realização de palestras aos alunos e estudantes, fortalecendo a parceria com a comunidade.

Observatório

O Observatório de Segurança Escolar é mais um instrumento para garantir a segurança nas escolas. Entre seus objetivos está subsidiar as gestões no tratamento dos mais diversos conflitos que acontecem dentro do ambiente escolar.

Dados preliminares da Prova Brasil indicam avanços na qualidade da Educação de Rio Branco

O resultado dos exames de Proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, que compõem a Prova Brasil, indicam significativo avanço na aprendizagem dos alunos da rede Municipal de Educação de Rio Branco. Os dados oficiais já divulgados atestam que as crianças atendidas na rede pública da capital estão aprendendo cada vez mais. Os resultados foram compartilhados pela prefeita Socorro Neri e o secretário municipal de Educação, Márcio Batista, durante reunião com coordenadores e gestores das escolas do Município nesta segunda-feira (14).

Os dados mostram que em 2013 os alunos da rede de Rio Branco alcançaram média de 202,83 na Prova de Língua Portuguesa. No ano de 2015, a média global subiu para 211,44, e em 2017, a continuidade dos investimentos em formação e melhoria da estrutura resultou numa aprendizagem ainda melhor, que se apresenta na média de 225,55. No exame de Matemática, os números também superam a expectativa. A média do alunos de Rio Branco, que em 2013 era de 217,51, em 2015 chegou a 220,46, e no ano de 2017 subiu para 238,87.

Ao todo, 1780 alunos do 5 ano responderam as questões da Prova Brasil aplicada em novembro de 2017. Em Língua Portuguesa, 44% dos alunos do 5º ano estão no nível avançado de aprendizagem e 56% no adequado. Em matemática 22% dos alunos estão no nível avançado e 78% no adequado. Nenhuma das escolas apresentou desempenho abaixo do adequado.

O resultado impacta diretamente o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que no caso de Rio Branco, também evolui a cada ano. Em sua fala, o secretário Márcio Batista agradeceu o empenho de todos, o que resultou positivamente na elevação do IDEB, colocando Rio Branco entre as capitais com melhor índice do país, com 5,8. “A expectativa é que agora alcancemos a média máxima que é 6,0 com possibilidade até de superar a nota 6,0”, destacou Márcio Batista.

Ainda durante o encontro com os coordenadores e gestores, Márcio Batista apresentou o quadro de evolução dos investimentos em infraestrutura e pessoal e anunciou o pagamento do Programa ‘Financiando Nossa Escola’ (PFNE). “A nossa folha saiu de R$ 43.667.288,88 em 2010, para mais de R$ 122 mil em 2018. A projeção para 2019 é de mais de R$ 131 mil. Este ano, os investimentos em construção reforma e manutenção somam mais de R$ 3 milhões. Num momento de tanta dificuldade, com corte nos recursos para a Educação, continuar garantindo a qualidade da Educação do Município tem sido um grande desafio”, disse Márcio Batista.

A Educação Infantil foi uma das áreas que mais recebeu investimento. “Foi uma verdadeira revolução. Só nos últimos 5 anos o número de creches saltou de 10 para 22 unidades. Os investimentos aumentaram significativamente. Apesar das adversidades, a saúde fiscal do Município é reconhecida e elogiada pelos órgãos de controle”, destacou a prefeita Socorro Neri.

Educação de qualidade

Os bons resultados da Educação do município de Rio Branco foi destaque em artigo divulgado pelo consultor da Abapuru, Walter Takemoto. Na opinião do especialista, “a secretaria municipal de educação de Rio Branco é uma das poucas que ao longo dos anos tem desenvolvido políticas educacionais voltadas para garantir que as equipes escolares tenham o acesso ao conhecimento didático necessário para que todos os professores possam ensinar com qualidade aos seus alunos”.

Segundo Takemoto, “a equipe técnica da secretaria desenvolve permanentemente o acompanhamento formativo às equipes escolares, visando oferecer aos coordenadores pedagógicos o conhecimento necessário para que possam se constituir no cotidiano da escola em formadores de professores. Pois a formação necessária para que os professores possam ensinar mais e melhor aos seus alunos é aquela que tem como conteúdo a complexidade do trabalho em sala de aula, que responda as dificuldades com que se deparam tanto o professor quanto cada um de seus alunos. Técnicos e professores de Rio Branco sabem que formação continuada é aquela que toma como conteúdo privilegiado da formação o contexto da relação de ensino e aprendizagem. E essa modalidade de formação é insubstituível”.

O artigo destaca ainda a importância do compromisso da gestão com a continuidade do projeto que visa à garantia de uma educação de qualidade no Município. “ Ao longo dos últimos governos, 14 anos, dois secretários estiveram a frente da secretaria de educação, sem que a política educacional do município apresentasse interrupção no desenvolvimento das ações. Pelo contrário, ampliou-se a abrangência para que se pudesse avançar ainda mais na qualidade da aprendizagem. A secretaria investiu na ampliação do acesso das crianças pequenas à educação infantil, em especial nas creches, sendo uma das cidades do país em que mais se ampliou o número de vagas, pois sabemos todos que o futuro escolar das crianças apresenta maior probabilidade de sucesso quando lhes é assegurado o direito a frequentar uma escola de educação infantil em que se garante o direito ao cuidar, brincar e aprender. Rio Branco demonstra que uma escola pública de qualidade se constrói a partir da sala de aula, da qualidade das relações que se estabelecem entre professores e estudantes. Esse resultado se obteve com compromisso efetivo da prefeitura de Rio Branco com as escolas públicas da cidade”, conclui Takemoto.

Prefeitura recupera principais corredores urbanos e melhora qualidade do trânsito

A Capital acreana vem recebendo nos últimos meses diversas frentes de serviços em vários pontos da cidade. Mais de 15 bairros estão recebendo as ações de melhoramento de trafegabilidade. Os serviços de terraplanagem, recapeamento e tapa buracos realizado nas ruas de Rio Branco tem agradado os moradores.

Na última semana a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) manteve frentes de serviço nos seguintes bairros; Nova Estação, Loteamento Guanabara, Jardim América, Vila Acre, Bom Jesus, Jardim Tropical, Jardim Europa, Jardim de Alah, Estrada do São Francisco, Centro e nas ruas do Divisor, Edmundo Pinto, Valdomiro Lopes, entre outras.

Segundo o presidente da Emurb, Marco Antônio Rodrigues, a intenção é aproveitar o começo do período seco no estado. “Estamos aproveitando bem o verão que se inicia”, declarou Rodrigues. Vias de grande circulação de veículos principalmente ônibus estão recebendo atenção especial como por exemplo a estrada da floresta.

“Estamos fazendo o serviço de terraplanagem deixamos bem firme pra depois colocarmos o asfalto, nos estamos com equipe de 15 homens trabalhando aqui na estrada da floresta”, explicou o responsável pela obra naquela região Diego Nunes.

A professora Ana Pascoal, moradora do bairro Morada do Sol há 12 anos, afirmou que está muito satisfeita com o serviço que está sendo realizado na sua rua.

“Estou muito grata por esse serviço, porque os outros serviços anteriores eram paliativos e essa rua é corredor de ônibus o asfalto se danifica muito rápido, e agora estou alegre e satisfeita porque estamos vendo que eles estão fazendo um trabalho que provavelmente vai durar por muito tempo”, disse.

Ainda de acordo com a moradora em frente a residência dela havia um buraco que a impedia de colocar o carro na garagem, problema que foi solucionado, para o alívio da educadora.

“Já passei mais de dois anos sem colocar meu carro na garagem devido uma “cratera” que tinha aqui na entrada da minha casa e hoje eu já coloco o carro na garagem tranquilamente, espero que demore bastante tempo sem que seja preciso fazer reparos novamente”, fala a moradora.

Segundo o responsável pela obra naquela região Talyson Barros somente no bairro Morada do Sol foram feitas sete ruas. “Estamos fazendo as obras de recuperação, tapa buraco, recapeamento, já estamos trabalhando na sétima rua, já estamos aqui a três semanas, o foco é fazermos a linha do ônibus”, explica.

Ainda de acordo com Barros são utilizados por dia 42 toneladas de massa asfáltica, segundo a prefeitura de Rio Branco toda essa massa usada pela Emurb em suas frentes de serviço é produzida na usina da empresa. “A massa está chegando mais cedo às obras”, observou o presidente da Emurb.

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Produtores participam de curso sobre qualidade do café

Incorporar novas práticas de cultivo e manejo do café para desenvolver a cultura, elevar a produtividade e garantir qualidade e mercado para o produto. Com esta finalidade, 54 agricultores familiares do município de Acrelândia, principal produtor do grão no estado do Acre, participaram do curso “Qualidade do café conilon: produção, colheita e pós-colheita”, no período de 13 a 15 de junho. A parte teórica da capacitação aconteceu no Escritório da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e as aulas práticas, na chácara Capixaba, localizada no Ramal da Limeira.

Realizado como parte das ações do projeto “Qualidade da matéria prima, do processamento de açaí e café e gestão de agroindústrias familiares do Acre – Fortalece”, executado pela Embrapa, o curso teve a parceria da Secretaria de Agropecuária (Seap) e apoio da Seaprof, Empresa Miragina e Prefeitura de Acrelândia. De acordo com a analista da Embrapa Acre, Dorila Gonzaga, líder do projeto, o cultivo de café no Acre é uma atividade em franca expansão. Entre 2016 e 2017, a produção aumentou cerca de 60%, evolução atribuída à substituição de cultivos tradicionais por variedades clonais de café, mais produtivas e resistentes a doenças. “Embora os produtores já utilizem materiais genéticos de boa qualidade, ainda enfrentam desafios na cultura”, salienta.

Segundo o analista da Embrapa Rondônia (Porto Velho), João Maria Diocleciano, especialista em cultivo de café e instrutor da capacitação, os participantes receberam orientações sobre técnicas para aumento da produção, como a poda, ponto de colheita e principais pragas e doenças da lavoura. A atividade também abordou as boas práticas na colheita e pós-colheita dos grãos, com ênfase na seleção, no pré-processamento (especialmente a etapa de secagem), no armazenamento e transporte dos frutos. “Esses procedimentos possibilitam aumento na produtividade e obtenção de um produto final com qualidade superior”, explica.

Café clonal

O agricultor Vanderlei de Lara, um dos participantes do curso, morador do Ramal Granada (Acrelândia), começou a plantar café há 20 anos, quando se mudou para o Acre. Ele acredita que com tecnologia a produção na região vai melhorar cada vez mais. Em 2016 iniciou o cultivo de café clonal, após conhecer a técnica no Espírito Santo. “Fiquei encantado com as plantações. Consegui mudas clonais em Rondônia e na safra deste ano colhi 350 sacas de grãos em cinco hectares de terra. Além de maior produtividade, com a nova técnica, reduzi custos tanto em mão de obra quanto em insumos para o cultivo”, conta o produtor rural que, antes, com os cafés por semente, colhia 260 sacas em uma área de 26 hectares.

Para Diocleciano, o Acre tem grande potencial para a produção de café clonal, pois apresenta clima e solo favoráveis, mas é necessário investir na tecnificação das lavouras, além de fortalecer a união de esforços dos órgãos públicos, iniciativa privada e entidades representativas dos produtores. “Também é importante a criação de linhas de crédito para apoiar a produção e incrementar a renda no campo, já que o cultivo de café é uma atividade típica da agricultura familiar da região”, destaca.

O café clonal é oriundo de mudas selecionadas. Em Rondônia e no Acre, os clones são produzidos por um processo de hibridação, fruto do cruzamento de duas espécies (conilon e robusta). Além de boa produtividade e resistência a doenças, esses materiais apresentam características como maturação igualada dos frutos, aspecto que melhora a produção, e qualidade diferenciada dos grãos e da bebida, embora sejam mais exigentes com a irrigação.

Diagnóstico da produção

O café é uma cultura perene que requer cuidados constantes na condução dos cultivos, especialmente em relação à colheita e pós-colheita, etapas que influenciam diretamente a qualidade do produto final (bebida). Um diagnóstico realizado pela Embrapa Acre, com produtores de Acrelândia, apontou que entre os principais fatores limitantes da cultura estão a deficiência nas boas práticas no manejo e a ausência de estruturas para processamento dos grãos.

De acordo com a pesquisadora Virgínia Álvares, nas propriedades visitadas, a maioria dos agricultores utiliza procedimentos inadequados de colheita e pós-colheita da produção. As etapas mais críticas desse processo envolvem o tempo excessivo que os grãos ficam nas áreas de cultivo, depois de colhidos. Em alguns casos, o café permanece em sacos, no campo, por até 90 dias, sob sol e chuva. Isso acontece por diversos fatores, mas principalmente devido à demora dos compradores em buscar a produção ou em virtude da espera nas indústrias torrefadoras, em virtude do número reduzido de empresas processadoras no estado.  Essas condições de calor e umidade favorecem o desenvolvimento de fungos que influenciam drasticamente a qualidade do produto.