Divulgada pela PUC-Rio, análise aponta que pretos e pardos morrem mais do que brancos por Covid-19 no Brasil. Quanto menor o grau de escolaridade, maior é a taxa de óbito.
O novo coronavírus não discrimina cor ou classe social em relação ao contágio. No entanto, tende a ameaçar de forma mais grave os carentes. Dados do Ministério da Saúde mostram que a Covid-19 é mais letal entre negros e pardos. Dos hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave, 23,9% são dessa camada da população, mas eles chegam a representar 34,3% dos mortos por Covid-19. Já com a população branca, a situação é oposta: o número de óbitos é menor do que o de internados. Eles representam 73% dos hospitalizados e 62,9% das mortes. Segundo especialistas, a classe e a condição social da população preta podem estar por trás da diferença nos números.
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27) que o Brasil registrou 1.086 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 25.598. Entre ontem e hoje, o País teve a segunda maior alta no número de casos diários confirmados: 20.599, elevando o total de infecções para 411.821.
Destes, 166.647 se curaram (40%) e 219.576 estão em acompanhamento (53% do total). O índice de letalidade é de 6,2%.
Estado mais afetado pelo novo coronavírus no País, São Paulo segue em primeiro lugar, com 6.712 mortes e 89.483 pessoas infectadas, seguido do Rio de Janeiro, que tem 42.398 casos e 4.605 óbitos.
Em terceiro lugar, está o Ceará, com 37.275 ocorrências e 2.671 mortes, e em quarto o Amazonas, com 31.033 casos e 1.891 óbitos. Os Estados que têm os menores números são Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 1.839 casos e 46 mortes, e 1.186 casos e 18 mortes, respectivamente.