MPAC orienta consumidor a guardar IMEI do celular

Com o código, usuário pode rastrear e bloquear dispositivo roubado

Em recente pesquisa no site ‘Onde fui roubado’, uma ferramenta colaborativa em que as pessoas podem indicar o local e crimes dos quais foram vítimas, verificou-se que, em Rio Branco, de um total de 50 crimes, 24 são classificados como roubo, seguido de furto.

Entre os objetos subtraídos, 34 são aparelhos de celular, sendo os de maior preferência entre os criminosos. Só no ano passado, foram registradas cinco mil ocorrências de roubo na Capital, perfazendo uma média de 20 por dia.

A boa notícia é que tendo em mãos o IMEI, sigla em inglês que se refere ao número de identificação contido em cada aparelho, a vítima pode rastrear e desabilitar o funcionamento do celular. Único e intransferível, esse número pode ser encontrado na nota fiscal do produto, na caixa do aparelho, na bateria ou nas configurações internas. O consumidor também pode descobrir o IMEI discando do aparelho um código universal, que é o *#06#.

Com o projeto ‘Informar para Prevenir’, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 8ª Promotoria Criminal, vai realizar uma ampla campanha informativa em todo o estado para munir a população de informações sobre os mecanismos de proteção e rastreamento de dispositivos móveis.

O cidadão será informado sobre como localizar o IMEI de seu celular, ativá-lo e como deve proceder caso seja vítima de furto ou roubo. Acredita-se que pela desagregação de valor do bem, que na maioria dos casos tem como destino pontos de venda de drogas, o número de ocorrências tenha uma redução gradual e anual de 10%, tendo em vista que o aparelho não poderá ser utilizado por outro usuário.

“Com essas informações e atitudes simples entende-se que o consumidor terá mais chances de ter o seu celular recuperado e, dessa forma, minimizaríamos os danos sofridos pelas partes ofendidas, bem como, diminuiríamos a sensação de impunidade que a sociedade tem relacionados a crimes dessa natureza, por meio da identificação e efetiva punição do autor/autores da ação delituosa”, explica a promotora Aretuza de Almeida Cruz.

Campanha

Para que as pessoas tenham as informações necessárias para rastrear, bloquear e até mesmo recuperar o bem roubado, a campanha será feita por meio de outdoors em pontos estratégicos, especialmente em bairros periféricos, além de emissoras de rádio para alcançar as populações que residem em regiões de difícil acesso. As ações também serão desenvolvidas em locais de grande movimentação de pessoas, como terminais rodoviários, aeroportos, entre outros.

O projeto também prevê a criação de um banco de dados contendo todos os registros de crimes contra o patrimônio, visando acompanhar a evolução do indicador de recuperação de bens e procedimentos judiciais. Além dos dados da delegacia, pretende-se desenvolver um aplicativo para colher esses dados e, com isso, mensurar a quantidade de subnotificações de boletins de ocorrência.

Em outra etapa, o MPAC pretende, com base dos dados e informações levantados, sugerir aos parlamentares federais acreanos uma proposta de lei que torne obrigatória às indústrias fabricantes a inclusão de informações relacionadas ao IMEI, de forma didática, no Manual do Usuário.

A norma também obrigaria os s varejistas a esclarecerem no momento da venda as informações do IMEI, visando à proteção do consumidor.

MPAC faz escola assinar termo de ajuste de conduta em Acrelândia

Depois de alguns meses investigando as denúncias de má gestão na extensão da Escola Estadual Marcílio Pontes dos Santos, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) trouxe a diretoria da Escola para um ajuste de conduta e correção das distorções encontradas na faze preparatória por conta do Procedimento Administrativo n.º 09.2018.00000738-5.

Conforme consta no Termo de Ajustamento de Conduta N.º 001/2018º, forma encontradas irregularidades na extensão da Escola Estadual Marcílio Pontes dos Santos, sendo urgente a intervenção para adequação nas atividades escolares. Ainda foi encontrado pelo MP servidor em desvio de função.

TAC é mais prático e barato

Mesmo com proibição legal para acordo em ações complexas – improbidade administrativa o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se devidamente cumprido pela escola, dispensarão uma ação civil pública, “evitando desgastes às partes celebrantes e dispêndio de recursos públicos”.

No TAC a gestora da escola reconheceu a irregularidade da situação do ensino na referida escola: a) alunos fora de sala, durante o horário de aula; b) inexistência de punição para os alunos que se ausentam de sala; c) preenchimento incorreto do livro de ponto dos professores; d) faltas constantes de professores, sem a devida anotação da falta e do respectivo desconto em folha de pagamento; e) ausência de controle das reposições das aulas perdidas; f) uso de cigarros por alunos, professores e até pela coordenadora nas dependências da escola; g) ausência de reuniões de pais e mestres; h) desvio de função da coordenadora da escola.

Multa de R$ 100 se não cumprir o TAC

Por conta disso a gestora da escola comprometeu-se a adotar as providências detalhadas na Tabela de Atividades, sob pena de multa-diária de R$ 100,00 a ser recolhida na conta vinculada ao Fundo de Penas Pecuniárias da Comarca de Acrelândia. A diretora ainda terá de encaminhar ao MP os relatórios bimestrais e o primeiro deverá ser enviado até 14 de dezembro.

O MPAC vai então fiscalizar a execução do TAC e vai tomar “as providências cabíveis sempre que necessário, podendo requisitar informações, laudos e vistorias relacionadas ao cumprimento das obrigações constantes deste compromisso, atuando ex officio ou por provocação de qualquer dos compromissados, de outros órgãos públicos e entidades civis, de conselhos ou de qualquer cidadão”.

MPAC: Patrícia Rêgo é indicada a prêmio por atuação em defesa das mulheres

Prêmio Viva reconhece personalidades que trabalham para romper o ciclo de violência contra o sexo feminino

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, onde a taxa é de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino. O Acre é um dos estados mais perigosos para as mulheres.

No ano passado, segundo levantamento nacional do Portal G1, o estado apareceu com a maior taxa de feminicídio (3,2%) da Região Norte e uma das maiores do país. O índice supera o que registrado em estados como São Paulo (0,5%) e Rio de Janeiro (0,8%).

Para reverter esse cenário, instituições e personalidades lutam pela superação de todo tipo de violência contra as mulheres. Em reconhecimento, a Revista Marie Claire, em parceria com o Instituto Avon, realiza neste ano a primeira edição do Prêmio Viva, que tem o objetivo de mostrar o trabalho de quem tenta romper o ciclo de crueldade que alcança milhares de mulheres ano a ano no País.

A procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), é uma das três finalistas na categoria “Justiça”. Em todo o Brasil, outras vinte pessoas concorrem em sete categorias.

“Já estou feliz e honrada só por ter sido indicada. Esse tipo de reconhecimento não é pessoal, é mérito do Ministério Público acreano, da equipe de servidores e membros que se esforçam para que as ações do Centro de Atendimento à Vítima aconteçam. O prêmio vem em boa hora, já que o centro trabalha com mulheres vítimas de violência doméstica, crimes sexuais e população LGBT. Em tempos de ódio e intolerância, como os que estamos vivendo hoje, o reconhecimento ajuda muito a empoderar o trabalho que vem sendo realizado e dá fôlego e estímulo para continuarmos com a prática”, comenta.

Atuação

Patrícia Rêgo foi procuradora-geral de Justiça do MPAC e atualmente coordena o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), órgão auxiliar do MPAC, criado em 2016, responsável por acolher vítimas de crimes sexuais, homofobia e casos de violência doméstica e familiar, que formam uma parcela de pessoas extremamente vulneráveis.

Recentemente, a iniciativa foi escolhida para receber o Selo FBSP por ser considerada uma prática inovadora de combate à violência no País.

Em 2017, a procuradora de Justiça, juntamente com o então procurador-geral Oswaldo D’Albuquerque, sugeriu ao Senado mudanças na legislação para que travestis, transexuais e transgêneros pudessem ser protegidos pela Lei Maria da Penha.

A sugestão apresentada é para que fosse acrescentado ao artigo 2º da lei o termo “identidade de gênero”, após a expressão “orientação sexual”, que já consta na legislação, para que dessa forma, sejam contemplados com os benefícios da legislação pessoas que não nasceram biologicamente do sexo feminino, mas que se sentem ou se veem como mulheres.

Um ano antes, enquanto coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal, esteve à frente de mutirões de inquéritos policiais de crimes contra a mulher em Rio Branco e cidades do interior. Além de conferir maior celeridade na tramitação dos inquéritos, a medida permitiu reunir dados que demonstraram o panorama geral da violência doméstica no Estado.

Prêmio Viva

A premiação selecionou 21 finalistas e sete serão premiados nas categorias Saúde, Sociedade Civil, Revendedoras, Segurança, Justiça, Empreendedorismo e Ele por Elas.

Os ganhadores serão escolhidos através de um júri de especialistas (composto por Laura Ancona; Nadine Gasman, da ONU Mulheres; Sueli Carneiro, do Geledés; Silvia Chakian, promotora de Justiça e Silvio Almeida, advogado) e através de votação popular no site da revista, www.marieclaire.globo.com, do dia 10 ao 16/11.

A solenidade de premiação acontecerá no dia 22 de novembro, no Palácio Tangará, em São Paulo.

MPAC investiga quebra de ordem de classificação em concurso

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou um Inquérito Civil Público para apurar uma suposta quebra de ordem de convocação de aprovados em um concurso para o provimento do cargo de biomédico para a Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre). Contudo, a investigação não significa a existência de ilegalidade.

Conforme consta na Portaria N°. 0027/2018/PPATRIMPUO, chegou ao conhecimento do Órgão uma representação noticiando uma possível preterição de candidatos aprovados no cadastro de reserva do Concurso Público realizado pelas Secretaria de Estado da Gestão Administrativa (SGA) e Sesacre para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva do cargo de Biomédico.

Como o caso pode caracterizar ato de improbidade administrativa e a Notícia de Fato n. 01.2018.00001187-8 não foi apreciada no prazo legal e o MPAC ter entendido ser necessário aprofundar as investigações, houve a necessidade de instaurar o Inquérito Civil e ampliar as diligências para apurar os fatos noticiados.

O fato do concurso para o provimento de cargo de biomédico junto a Sesacre estar sob investigação não implica na existência de crime ou qualquer outra ilegalidade, mas apenas que o MPAC necessita realizar maiores investigações para poder se pronunciar sobre o caso, que pode até mesmo ser arquivado ao final da investigação.

Em Sena, Ministério Público do Acre aplica nova lei de importunação sexual

Antes não havia solução jurídica capaz de responder de forma proporcional à gravidade do fato, diz promotor

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da Promotoria de Justiça Criminal de Sena Madureira, aplicou, de forma retroativa, a nova lei de importunação sexual no caso de um réu denunciado pela prática de estupro por atos libidinosos praticados em local público.

Segundo o promotor de Justiça, Júlio César de Medeiros, o MPAC pleiteou, em sede de alegações finais, a desclassificação da conduta para os termos do art.215-A, do Código Penal com entrada em vigor em 25 de setembro deste ano, data posterior à prática dos fatos delituosos, cometidos em 13 de setembro de 2018, em observância à retroatividade da lei penal mais benéfica.

O promotor lembra que antes não havia solução jurídica capaz de responder de forma proporcional à gravidade do fato. “Ou se considerava a conduta como estupro, que é um crime hediondo, o que era um equívoco dada a ausência de violência ou grave ameaça, ou se considerava a conduta como mera contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, tipificação mais técnica, mas que não fornecia uma resposta penal à altura da gravidade do fato, já que havia previsão somente de pena de multa”, explica.

MPAC segue entendimento do Superior Tribunal de Justiça

No mês passado, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu Habeas Corpus para desclassificar uma condenação por estupro para importunação sexual. O tribunal aplicou ao caso o novo artigo 215-A do Código Penal, que descreve o crime de importunação sexual e divulgação de cena de estupro.

O artigo foi incluído no CP em setembro deste ano para agravar as penas de quem comete crime sexual sem violência ou grave ameaça. Foi uma resposta ao caso do homem que ejaculou numa mulher dentro de um ônibus, em São Paulo. Ele não pôde ser acusado de estupro por não ter havido violência nem ameaça no ato. Foi enquadrado no artigo 65 da Lei das Contravenções Penais: “Perturbação da tranquilidade”.

No caso julgado pela 6ª Turma do STJ, um homem havia sido condenado por estupro por apalpar os seios de uma mulher, por cima da blusa. Segundo a ministra Laurita Vaz, relatora do processo, apesar de o crime ser reprovável, a conduta não pode ser igualada ao crime de estupro, que requer o uso da violência ou de grave ameaça.

Importunação sexual: Pena pode chegar a cinco anos de prisão

A lei que torna crime a importunação sexual prevê pena de 1 a 5 anos de prisão, e também punição para quem divulgar vídeo e foto de cena de sexo, nudez ou pornografia sem o consentimento da vítima, bem como para casos de divulgação de cenas de estupro.

A lei aumenta a pena em até dois terços se o crime for praticado por pessoa que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto ou com fim de vingança. Também aumenta em até dois terços a punição para estupro coletivo (quando envolve dois ou mais agentes) e estupro corretivo, quando o ato é praticado com objetivo de “controlar o comportamento sexual ou social da vítima”.

Ministério Público realiza entrega de certificados para adolescentes

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizou nesta quarta-feira (31) o encerramento da 1ª edição do projeto ‘Refazendo trilhas’ com a entrega de certificados aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no próprio MPAC.

Coordenado pela Promotoria de Especializada de Execuções de Medidas Socioeducativas, o projeto possibilita a esses jovens a prestação de serviço à comunidade nos variados setores do MP acreano, na cidade de Rio Branco, além de promover um conjunto de ações que envolvem tanto os adolescentes quanto suas famílias.

Nessa primeira edição, nove adolescentes participaram do projeto. “O que eu tenho pra falar hoje é gratidão. Gratidão a todos que receberam a gente aqui, no Ministério Público”, comentou um deles.

Os jovens foram encaminhados pela Divisão de Atendimento Socioeducativo de Rio Branco (Diase) e executaram atividades em setores ministeriais como Diretoria de Comunicação, Diretoria de Tecnologia da Informação, Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial (Natera), Centro de Especialidades em Saúde (CES) e Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC).

“Foi uma grande oportunidade dada para esses jovens. Eu estou feliz com esse projeto, pois acredito que todos os jovens que participaram irão ter outro pensamento em relação à vida”, comentou Rosimeire, mãe de um dos participantes.

Na solenidade, as instituições parceiras também receberam certificado e foram homenageadas pela procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues. Entusiasta da causa, ela disse que o MP acreano tem dado exemplo e seu diferencial é o acolhimento. “A alegria é tão grande para mim. O MPAC tem o orgulho imenso de ter recebido esses adolescentes e colaborado para que construam novos caminhos e sejam felizes”, afirmou.

Para a promotora de Justiça Vanessa de Macedo Muniz, titular da Promotoria de Especializada de Execuções de Medidas Socioeducativas, os resultados do projeto foram gratificantes e mostram que a socioeducação é importante para o crescimento individual e constitui uma oportunidade para o exercício da cidadania dos jovens.

“Várias cabeças pensando, sonhando juntas, e nós chegamos ao ‘Refazendo Trilhas’”. Hoje, esses adolescentes estão todos estudando, os que não estavam a gente matriculou, providenciamos a parte de documentação. Todos estão inseridos no Sistema S para fazer cursos profissionalizantes. Aqui no MPAC eles permaneceram por três meses dentro de vários setores que os acolheram, prestando relevantes serviços. Por isso a procuradora-geral já nos deu o aval para uma segunda etapa do projeto”, disse a promotora de Justiça.

MPAC conhece Plano de Resíduos Sólidos de Cruzeiro

A Prefeitura de Cruzeiro do Sul apresentou, na segunda-feira, 29, o Plano de Resíduos Sólidos, cuja elaboração está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vem acompanhando a implementação em todo o Estado por meio do programa Cidades Saneadas.

A apresentação ocorreu no auditório da Unidade Ministerial de Cruzeiro do Sul, contando com a presença do promotor Antônio Alcestes, que responde pela Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Juruá, além de vereadores e Vângela Lima, chefe do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, Habitação e Urbanismo (Caop/Maphu).

Após a apresentação, a versão final do Plano de Resíduos Sólidos segue para votação na Câmara de Vereadores, bem como do Plano de Saneamento Básico.

Os Planos de Resíduos Sólidos são documentos elaborados para traçar um panorama da situação dos resíduos com previsão de metas e instrumentos para fiscalização, implementação e operacionalização das regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos

Com a aprovação, o município de Cruzeiro do Sul terá condições de buscar recursos voltados para atuar na resolução das problemáticas como esgoto, drenagem e tratamento de resíduos sólidos.

Prefeitura comemora Dia do Servidor Público

Nesta segunda-feira,29, em sua fala, no momento de confraternização com os funcionários da Prefeitura, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, ressaltou a importância dos Servidores Públicos, comemorado no domingo, 28 de outubro. A confraternização foi realizada nos jardins da prefeitura com a participação de funcionários da sede e de secretarias municipais.

“A essência de cada um é servir ao público, buscar soluções para a coletividade. E os valores presentes na ação de servir ao público devem ser a ética, a legalidade e o interesse público”, destacou a prefeita, servidora pública há 34 anos e pela terceira vez na prefeitura de Rio Branco. Socorro Neri, já atuou na área administrativa da Prefeitura, foi secretária de Assistência Social e agora é prefeita.

Socorro Neri agradeceu pelo empenho e dedicação dos servidores públicos municipais, salientando o quanto é honroso servir ao público, diferenciando sempre o que é público do que é privado. Pediu que todos sigam no caminho de tornar a prefeitura de Rio Branco, cada vez mais inclusiva.

MPAC consegue pena histórica em caso de pedofilia no interior

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio do promotor de Justiça Júlio César de Medeiros, conseguiu a condenação de um senhor com mais de 70 anos por estupro de vulnerável contra três crianças no município de Santa Rosa do Purus.

A condenação foi fixada em 26 anos de reclusão em regime fechado ao réu, sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade. Na comarca de Manoel Urbano, onde o crime foi julgado, a pena desponta como a maior na história do município em casos de estupro de vulnerável.

Crianças foram atacadas pelo réu

Segundo denúncia oferecida pelo MPAC, na manhã do dia 7 de outubro de 2016, a mãe das vítimas havia saído para ministrar aula, razão pela qual as três filhas, de 10, de 9 e de 5 anos, ficaram em casa sob a responsabilidade de seu marido e pai das vítimas.

Em determinado momento, o pai ausenta-se para ir até o barco da família, atracado no porto em frente a sua casa. Nesse ínterim, o réu dirigiu-se até a casa das vítimas sob o argumento de que levaria peixe para o pai delas e, ao perceber que estavam sozinhas, retirou-se e retornou em seguida com salgadinhos e doces para conseguir a confiança delas.

Utilizando a força, ele praticou atos libidinosos contra as vítimas, beijando-as e apalpando suas partes íntimas e fazendo questionamentos de caráter sexual contra elas. Duas delas conseguiram se desvencilhar do réu e esconderam-se debaixo da cama.

Investigação policial, audiências e relatório psicológico

Juridicamente, existiam apenas dois tipos penais: o de estupro e o de atentado violento ao pudor, cujo meio de execução para ambos era a violência ou grave ameaça. No entanto, quando praticados contra menor de 14 anos, pessoas com debilidade ou por quem não pode oferecer resistência, a violência é presumida, ou seja, ainda que tivesse o consentimento ou a ausência de violência real, a violência é presumida de forma absoluta em virtude da idade da vítima.

“Há indícios veementes da presença de pedofilia, inclusive, revelaram-se o destemor do acusado ao praticar atos de extremo repúdio à sociedade, bem como, a sua personalidade voltada para este tipo de crime”, adverte Júlio Medeiros.

O promotor também destacou a existência de investigação policial ocorrida anteriormente à prática dos fatos, com prova testemunhal de agente de Polícia Civil que relata, detalhadamente, que o réu já estava sendo investigado, inclusive, com a realização de campanas em sua residência.

“A investigação policial constatou um grande fluxo de crianças na mesma faixa etária das vítimas, entrando e saindo de sua residência, com bombons e pirulitos, além de serem encontradas roupas íntimas de crianças no local, sem característica de estarem à venda”, pondera.

Ademais, a Justiça chegou a expedir ofício aos Centros de Referencia de Assistência Social (Cras e Creas), a fim de que fosse elaborado relatório psicológico com as vítimas, bem como, a prisão preventiva do réu foi decretada, com parecer do promotor, destacando o que se chama de “periculum libertatis”, face ao risco de reiteração delitiva por parte do acusado.

Em audiências subseqüentes, a Justiça considerou que a materialidade e autoria encontram-se fartamente demonstradas, quer pela oitiva das vítimas, quer pela coesão das declarações das testemunhas arroladas, bem como, pelos laudos atestando o estado emocional abalado das vítimas e a necessidade de prosseguimento do suporte psicológico à família, haja vista os traumas causados às crianças.

“Portanto, cumpre dizer que a verdade é uma só, a verdade dos fatos. E as provas acerca do fato apontam claramente para os crimes de estupro de vulnerável praticado pelo acusado contra as três vítimas crianças”, diz um fragmento da sentença judicial, que ainda sopesou negativamente a circunstância das consequências do crime para justificar a fixação da pena base acima do mínimo legal.

Órgão do MPAC concorre como finalista em Selo de Práticas Inovadoras

O Centro de Atendimento à Vítima (CAV), órgão auxiliar do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), está entre as iniciativas finalistas que concorrem ao Selo 2018 de Práticas Inovadoras do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

A diretora-executiva do FBSP, Samira Bueno, e o assessor Dennis Pacheco vieram ao Acre conhecer a iniciativa pioneira do MP acreano. O CAV foi criado em 2016 e é um órgão no âmbito ministerial especializado no atendimento e acolhimento às vítimas de crimes sexuais, homofobia e casos de violência doméstica e familiar reincidentes.

Recebidos pela procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, e pela coordenadora do CAV, procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, os avaliadores conheceram de perto a rotina de trabalho da equipe multiprofissional, reuniram material para a avaliação e ouviram situações de atendimento de vítimas que recorreram ao órgão.

Segundo a procuradora-geral, o reconhecimento do prêmio vai trazer credibilidade ao trabalho que o MPAC vem realizando de atenção especial à vítima, sobretudo aqueles grupos mais vulneráveis da sociedade. “A nossa expectativa é que nós, ganhando esse prêmio, nos tornaremos referência para os outros Ministérios Públicos”, disse.

O CAV já realizou 5.580 atendimentos, posicionando a vítima no centro dos serviços ofertados. A intenção é promover o reconhecimento e o acesso aos direitos das vítimas de violência, visando à consolidação dos direitos humanos e ao exercício da cidadania.

Patrícia de Amorim Rêgo destacou que a implantação do órgão atende a uma decisão política do MPAC, após uma ampla escuta da sociedade, e representa o amadurecimento de seus membros. “Foi uma decisão política do Ministério Público, tendo o objetivo de trazer a vítima para o centro da gestão, e acredito que é uma forma de conciliar um MP que atua na repressão, mas também é garantidor de direitos”, afirmou a procuradora.

Com foco na violência de gênero, o CAV compreende que esse tipo de violência é praticado contra pessoas do sexo feminino e contra as que se declaram mulher, como as mulheres transexuais e transgêneros. A diretora-executiva do FBSP esteve reunida com lideranças do movimento LGBT, que, além de relatarem situações de preconceito e negação de direitos, disseram que têm o CAV como referência em questão de cidadania.

“Estamos mapeando as ações de enfrentamento à violência de gênero, com objetivo de dar visibilidade a essas práticas e que não fiquem restritas a uma instituição, e tivemos boas impressões com a política que o MPAC vem promovendo”, disse Samira Bueno.

O selo

O Selo FBSP é uma iniciativa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que tem como objetivo reconhecer práticas com potencial de transformação em cenários de vulnerabilidade à violência, sistematizando e disseminando o conhecimento produzido por e para profissionais envolvidos com o tema da segurança pública. Nesta edição de 2018, além da área de segurança pública, serão avaliadas iniciativas do sistema de Justiça e as experiências vencedoras receberão o Selo FBSP de Práticas Inovadoras em uma cerimônia do Instituto Avon, na cidade de São Paulo, no dia 10 de dezembro de 2018.

Gladson Cameli visita MPE e destaca parcerias pelo desenvolvimento do Acre

Durante visita ao Ministério Público Estadual (MPE), nesta sexta-feira (19), o senador da República e governador eleito do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), destacou a importância da união entre os Poderes e Instituições para o combate à violência e o desenvolvimento do estado.

Gladson Cameli fez questão de lembrar que todos os Poderes e Instituições são fundamentais para o combate à violência e para a geração de emprego e renda.

“Os Poderes e Instituições são importantes para a fase de transição e para o governo. Por isso, estou fazendo essas visitas e pedindo apoio para que possamos unir forças em prol de um Acre melhor para todas as nossas famílias. Reafirmo meu compromisso de manter uma boa relação com todos os órgãos, pensando sempre no bem da população acreana”, afirmou o senador.

A procuradora-geral do MPE, Kátia Rejane Araújo Rodrigues, disse que leu todo o Plano de Governo de Gladson Cameli, ressaltando que foram apresentados pontos importantes que beneficiam a população acreana.

“Para nós é uma grande satisfação receber o governador eleito do nosso estado. A harmonia entre as instituições é algo extremamente importante para o estado democrático de direito. Prezamos por manter essa relação institucional saudável entre o Ministério Público e o poder executivo. Da nossa parte reafirmamos esse compromisso”, disse a procuradora.

O procurador-geral adjunto para assuntos administrativos e institucionais, Oswaldo D’ Albuquerque, agradeceu pelas emendas parlamentares destinadas por Gladson Cameli e que foram executadas em sua gestão, como procurador-geral de Justiça.

“O senador Gladson Cameli sempre foi um grande parceiro. Tenho certeza que a sua gestão irá se solidificar, com grandes parcerias. Com seu apoio construímos as sedes em Sena Madureira e Mâncio Lima, além de modernizarmos todo nosso sistema de informática. Como retribuição, entregamos a ele a medalha da Ordem do Mérito do MPE, a maior honraria concedida pelo nosso Ministério Público”, destacou.

Durante o encontro com procuradores e promotores, Gladson Cameli lembrou que é de fundamental importância a adoção de medidas que garantam oportunidade para as famílias, com melhorias na Saúde, Educação e Geração de Emprego e Renda, visando o combate à violência.

Também participaram do encontro procurador Celso Jerônimo de Souza, corregedor-geral do MPE; Sammy Barbosa Lopes, procurador-geral adjunto para assuntos jurídicos; os procuradores de Justiça, Patrícia Rêgo, Carlos Maia, Rita de Cássia Nogueira, Álvaro Pereira, Edmar Monteiro, Vanda Milani e os promotores Joana D’Arc Dias, Rodrigo Curti e Almir Branco.

Prêmio de Jornalismo: Estimulando e reconhecendo o trabalho da imprensa

Consolidado na cultura acreana e reconhecido em âmbito nacional, o Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) tornou-se referência no relacionamento com a imprensa, e é considerado uma importante iniciativa na difusão da cidadania e transparência pública.

Desde 2010, o prêmio vem estimulando e reconhecendo o trabalho de profissionais e acadêmicos da área de comunicação, envolvendo a mídia como parceira para se chegar à opinião pública, e como difusora de informações para esclarecer o cidadão sobre a função social do Ministério Público.

Um desses profissionais é o jornalista Wesley Moraes. Pautado sempre no interesse público da informação dos fatos, na isenção jornalística e na ética, o jornalista arrematou títulos em duas edições do Prêmio de Jornalismo do MPAC.

Em 2010, ainda na primeira edição, Wesley participou na categoria Destaque Acadêmico. “Fomos vencedores com uma reportagem que retratou as precárias condições de um abatedouro em Manoel Urbano. O MPAC, à época, atuou firmemente e resolveu o problema daquela população, o que é mais importante”.

Já em 2012, levou a estatueta na categoria Telejornalismo, com uma reportagem sobre a campanha ‘Conte até 10’, uma iniciativa do MPAC para estimular uma cultura de paz nas escolas.

No ano seguinte, consagrou-se como o campeão da noite com uma reportagem que mostrou o trabalho desenvolvido pelo MPAC na Central de Atendimento ao Cidadão (CAC).

Direitos Humanos e cidadania: a atuação do MPAC na defesa dos direitos das mulheres

O mês de outubro já se consagrou mundialmente como o mês dedicado à defesa da saúde da mulher, isto em razão da força que o movimento Outubro Rosa vem conquistando quando a pauta é alertar para a importância da conscientização quanto a prevenção do câncer de mama.

Por meio do Centro de Especialidades em Saúde (CES), o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), comandado pela procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, realiza todos os anos, diversas atividades, cujo intuito principal é o de alertar a sociedade para a realidade do câncer de mama e a importância da prevenção e saúde das mulheres.

Mas não é somente nessa área que o MPAC vem agindo para promover atenção à mulher, o órgão também trabalha para garantir a proteção integral e defesa dos seus direitos, para combater toda forma de violência, seja ela doméstica, sexual, psicológica, física ou outras de gênero.

O Ministério Público trabalha para garantir que a rede pública de saúde promova serviços de qualidade/regularidade, além de assegurar que os direitos humanos e de cidadania plena, expressos na Constituição Federal Brasileira, sejam exercidos e garantidos a todas as mulheres.

Então, se outubro também é considerado um mês ao qual a atenção do mundo se volta para as mulheres, este é um bom momento para apresentar um pouco da atuação do MPAC na defesa dos direitos expressos a elas.

Crimes sexuais e violência doméstica: ações preventivas de proteção à mulher

Ao iniciar sua gestão em janeiro de 2018, Kátia Rejane lançou a partir de março – Mês da Mulher no MPAC – uma série de agendas que visam a prevenção e combate aos crimes sexuais e violência doméstica, como campanhas, oficinas, mutirões, vistorias nas unidades públicas de saúde, expedição de recomendações, caminhadas, corridas e audiências públicas.

Somando todo o trabalho de intervenção judicial e extrajudicial das áreas cível, criminal e especializadas, diversos resultados foram e vêm sendo alcançados na agenda ministerial.

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“Apesar de haver uma série de leis que protegem as mulheres da violência, como é o caso da Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, além de leis que asseguram direitos e garantem outras formas de proteção, muito ainda precisa ser feito. Por isso, o Ministério Público do Acre vem promovendo ações e trabalhando para coibir crimes contra a mulher e assegurar seus direitos”, destacou Kátia Rejane.

Na linha de frente de defesa desses direitos formando um arranjo de proteção à mulher, estão os órgãos auxiliares do MPAC, como o Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e o Núcleo de Atendimento Psicossocial em Dependência Química (Natera), além do Centro de Apoio Operacional das Procuradorias e Promotorias de Justiça Criminal, a 13ª Promotoria de Justiça Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, a 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde e a 1ª Promotoria de Justiça Cível de Rio Branco que atua na 2ª Vara de Infância e juventude em defesa das crianças vitimas de crimes contra dignidade sexual.

Intervenções para garantir qualidade e regularidade nos serviços de saúde

Após uma série de agendas, cuja intervenção focava em garantir qualidade e regularidade nos serviços de saúde, o MPAC realizou em março deste ano, um trabalho de inspeções na Maternidade Bárbara Heliodora e Hospital da Criança.

“Nosso objetivo foi averiguar o atendimento prestado às vítimas de crimes sexuais e violência doméstica, bem como, o atendimento às mulheres grávidas em situação de rua. O Ministério Público queria compreender como esse fluxo de atendimento funciona nas unidades, para trabalhar o alinhamento e garantir o melhor atendimento a essas vítimas”, contou a diretora do CAV, procuradora de Justiça, Patrícia Rego.

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O MPAC agiu para entender como se dava a chegada da vítima até a unidade, como era atendida, recebida e como se desenvolvia o fluxo de atendimento a ela, a fim de melhorá-lo e amenizar o estado de tristeza e traumas pelos quais estas mulheres passaram.

Segundo a promotora de Justiça Dulce Helena, titular da 13ª Promotoria de Justiça Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em 2017, o MPAC recebeu mais de quatro mil inquéritos policiais de violência contra a mulher. Por dia, são realizadas, em média, cerca de 20 audiências somente em Rio Branco, na Vara Especializada de Combate à Violência Domestica.

“De acordo com estudos feitos com base nos crimes sexuais, os índices de notificação de mulheres violentadas não ultrapassam 10%, ou seja, 90% dos casos deixam de ser notificados às autoridades competentes”, destacou Dulce Helena.

Recomendações expedidas pelo MPAC

Outra agenda com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, subsequente à inspeção na Maternidade, resultou em algumas recomendações que dispõem sobre o desmembramento físico entre a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em Rio Branco, para que ambas passassem a atuar em edifícios próprios.

A intenção é que os funcionários da Deam, passassem a receber, exclusivamente, casos de violência contra a mulher, otimizando o atendimento. Todas essas iniciativas estão amparadas pelo movimento de defesa e proteção das mulheres, bem como da criança e do adolescente, nesse sentido essa é uma das iniciativas típicas do MPAC que possui legitimidade social.

“Anualmente, tramita uma média de três mil inquéritos de violência contra a mulher, considerada uma das mais freqüentes e de maior número de registros no estado. Assim, faz-se necessário a persistência na qualidade do atendimento à mulher vítima, sobretudo, para evitar a revitimização e novas violências discriminatórias no momento do atendimento”, acrescenta Dulce Helena.

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Outra recomendação trata sobre a inclusão da violência psicológica como infração penal, no ato do registro dos boletins de ocorrência de violência contra a mulher.

“A maioria dessas vítimas, além de sofrerem violências físicas, sofrem violência psicológica caladas, porque muitas vezes não percebem que estão sofrendo. Tipificando a violência psicológica num delito de lesão corporal qualificada, nós estamos dando visibilidade a essa violência psicológica, para que ela não fique impune e não aconteça o ápice da violência que é um feminicídio”, observa a promotora de Justiça Dulce Helena de Freitas.

MPAC protagonista na luta contra a violência obstétrica

Em setembro deste ano, o MPAC promoveu, por meio da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde, uma audiência pública para tratar sobre a violência obstétrica, a fim de criar estratégias que resguardem os direitos de mulheres no atendimento. Mais de 300 pessoas participaram do encontro, realizado no auditório e na sala de sessões do MPAC, com transmissão simultânea e por plataforma na internet para todo o Brasil.

No hall de entrada do auditório, houve uma exposição do projeto ‘1 por 4 – Retratos da violência obstétrica’, da fotógrafa Carla Raiter, que cedeu seus direitos autorais para a ocasião. A denominação do projeto é uma alusão ao consenso de que, a cada quatro mulheres, uma sofre algum tipo de violência obstétrica. A exposição contou com fotos e relatos de mães que sofreram algum tipo de agressão no atendimento obstétrico.

Marcada por relatos de vítimas, profissionais da área de saúde, representantes de movimentos que atuam na prevenção de práticas violentas realizadas no pré, durante e pós-parto, além de gestores da área da Saúde no estado, estudantes e sociedade em geral, a audiência promoveu a difusão de informações em relação ao tema e discutiu a realidade obstétrica constatada no Acre.

Com depoimentos carregados de emoção, várias mulheres vitimadas romperam o silêncio e tomaram coragem para relatar situações de violência obstétrica vividas pessoalmente ou por familiares e amigos.

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“Queremos tirar esses relatos do anonimato, incentivar as mulheres a conhecer seus direitos e denunciar quaisquer tentativas de negá-los. O Ministério Público do Acre está aberto para receber esses casos e atuar no sentido de coibir a violência obstétrica”, disse a procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues.

Para o idealizador do evento, promotor Glaucio Oshiro, a capacitação de profissionais que atuam na área de saúde deve passar por adequações.

“Até lá, precisamos conscientizar sobre a necessidade de debater o tema e impedir que a violência obstétrica seja banalizada, pois muitas mulheres não sabem do que se trata e não se reconhecem como vítimas desse tipo de violência”, ressaltou.

O Centro de Atendimento à Vítima

Uma iniciativa pioneira no país, criada em 2016 pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), o Centro de Apoio à Vítima (CAV), coordenado pela procuradora de Justiça Patrícia Rêgo trabalha no atendimento e acolhimento de pessoas vítimas de crimes sexuais com características homofóbicas, violência doméstica e familiar, no estado do Acre.

Com pouco mais de dois anos de atendimento prestado à sociedade, o público maior atendido são mulheres vítimas e revitimadas de violência. Dos 5.580 atendimentos realizados até aqui, 136 vitimas são considerados casos graves que foram atendidos em domicílio.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública 2018 – órgão responsável pelos dados nacionais de Segurança Pública – o Acre é o terceiro estado no ranking de assassinatos de mulheres do Brasil e, proporcionalmente, um dos primeiros em crimes de estupro.

Nesse cenário, o CAV surge não só para acolher vítimas, mas para combater toda forma de violência. Os resultados mais evidentes quanto a sua atuação positiva para a sociedade está expresso no relatório do Observatório de Análise Criminal do MPAC, que aponta uma redução nos casos de feminicídio e homicídio. Em 2017, foram registrados 34 casos entre homicídios e feminicídios. Até setembro de 2018, o registro aponta 28 vítimas, o que representa uma queda de 6% relativa aos casos de feminicídios.

Por sua atuação e protagonismo, o CAV já é um dos finalistas de 2018, para a certificação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, reconhecimento expresso por sua colaboração com a redução da violência contra as mulheres. Além do mais, é o único órgão no país que considera mulher a pessoa do sexo feminino e mulheres transsexuais e transgênero.

“É uma verdadeira luta do Ministério Público em defesa, não somente, dos direitos de personalidade, mas também pelo reconhecimento da mulher trans para que estas tenham direito as medidas protetivas de amparo legal à Lei Maria da Penha, medida, inclusive, já aplicada no Acre sob recomendação do MPAC, em todas as delegacias do estado”, destacou Kátia Rejane.

“Um Projeto de Lei também foi originado sob intervenção do Ministério Público, pedindo a alteração da Lei Maria da Penha, para acrescentar a palavra gênero no Art. 2º da Lei e, com isso, a mulher transexual e transgênero passará a ser beneficiária das medidas protetivas da Lei. O projeto tramita no momento na Comissão de Constituição e Justiça do Congresso Nacional”, acrescentou a procuradora-geral de Justiça.

MPAC pede investigação sobre atropelamento de morador de rua

O atropelamento de um morador de rua, na semana passada, enquanto dormia nas dependências da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, motivou o pedido de investigação e providências feito pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) ao Ministério Público Federal (MPF) e Secretaria de Estado da Polícia Civil.

No dia seguinte ao crime, a procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, coordenadora do Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial (Natera), enviou ofício ao secretário Carlos Flávio Portela, solicitando a imediata instauração de inquérito policial para investigar o caso.

O pedido de providências também foi encaminhado à procuradora-chefe substituta e procuradora dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF), Luciana de Miguel Cardoso, para que adote as medidas que julgar necessárias diante do ocorrido.

Segundo a imprensa, testemunhas disseram ter visto um veículo de cor branca e placa QNE 6610, subindo a calçada e entrando no quiosque onde dormia Ivanildo Barata da Silva, que possui transtornos mentais e é usuário abusivo de drogas.

Uma equipe do Natera acompanha o caso e esteve na Unidade de Pronto Atendimento para averiguar o boletim de entrada e as condições clínicas da vítima, que também foi atendida no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), tendo recebido alta no fim de semana.

MP investiga médico do AC que atende pacientes como neurologista sem especialização

Médico diz que atua há 40 anos como neurologista e neurocirurgião e confirmou que não tem título, mas que tem residência. CRM-AC informou que existe uma sindicância que apura a denúncia

O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um inquérito civil para investigar supostas irregularidades no exercício da medicina por parte do médico Leonardo Diel. O documento foi publicado na edição desta quarta-feira (10) do Diário Eletrônico do órgão.

Conforme o MP-AC, Diel estaria atendendo, tanto em seu consultório como na Policlínica da Polícia Militar, como especialista em neurologia e neurocirurgia sem ter o título.

Ao G1, o médico informou que atua há 40 anos e que, como médico, pode atender em qualquer área. Segundo Diel, ele tem residência em neurocirurgia, mas realmente não tem título de neurologista nem de neurocirurgião.

“Sou médico e o médico faz o que quiser, não é irregularidade. Médico é médico. O próprio Conselho de Medicina diz que médico faz o que quiser. Agora, tenho atendimento preferencial. Tenho residência, tenho minha faculdade, há 40 anos trabalho como neurologista. Na época de título, houve um racha na sociedade de neurocirurgia, aí ficou dividido. Mas, não fui notificado ainda”, afirmou Diel.

O médico disse que em seu cartão e receituário estão com a informação de que ele atende como neurocirurgião e neurologista. “O atendimento é preferencial, você vai se quiser. O que interessa é que o Conselho diz que o médico tem que fazer tudo”, disse.

Sindicância no CRM-AC

A presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), doutora Leuda Davalos, afirmou que uma sindicância que investiga o caso do médico Leonardo Diel já foi instaurada, após denúncia de um popular. Leuda informou que o CRM também já foi notificado pelo MP-AC a respeito do inquérito.

“Existe uma sindicância aberta que aguarda o relatório do sindicante que investiga propaganda irregular. O médico pode atuar em qualquer área, porém, se ele não for especialista, ele não pode anunciar. Uma comissão do CRM é responsável pela investigação desses casos, que são vários em Rio Branco, mas que correm em sigilo”, disse a presidente.

Conforme o MP-AC, o médico deve comparecer na Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor para prestar esclarecimentos sobre a divulgação da especialidade.

Candidato da FPA que fazia promessas para preso deverá se explicar ao MP em 10 dias

O candidato derrotado a deputado estadual Valdecir Nicácio, que teve áudios vazados durante a campanha eleitoral, onde ele estaria conversando com um membros de fação e fazendo promessas em troca de votos, terá que se explicar ao Ministério Público Estadual (MPE). A informação é de Ildon Maximiano, promotor de Justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público através de redes sociais e via imprensa e será analisado para a tomada de eventuais medidas. Diante do conteúdo apresentado, oficie-se ao candidato identificado como Valdecir Nicácio “Direitos Humanos” para que, querendo, preste esclarecimentos no prazo de dez dias”, diz trecho de posicionamento do MP.

Nos áudios, Valdeci Nicácio, que é ligado aos movimentos de Direitos Humanos no Acre, fala sobre dinheiro, votos e ironiza ao dizer que o número escolhido por ele [12171], não foi um fato do acaso, possivelmente fazendo referência ao artigo 171 do Código Penal Brasileiro que condena quem obtém para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

O ex-ouvidor da Secretaria dos Direitos Humanos confirmou que a voz no áudio é dele mesmo, mas que não lembrava para quem havia repassado a mensagem. Ele disse também desconhecer a voz do rapaz que repassa o áudio e afirma que a referência ao número “171” seria uma brincadeira.

Leia a matéria completa e escute o áudio

Em fiscalização, Ministério Público encontra merenda vencida em escola do interior do Acre

Merenda foi achada na escola municipal de ensino infantil Latife Zaine Kalume, em Xapuri. Secretária de Educação diz que merenda não foi dada a crianças e que se tratava de um ‘equívoco’

Durante fiscalização na escola municipal de ensino infantil Latife Zaine Kalume, uma equipe do Ministério Público encontrou merenda vencida, nesta segunda-feira (8), na cidade de Xapuri, no interior do Acre.

A secretária Municipal de Educação, Fernanda Pinheiro, afirmou que a merenda com data de validade vencida não foi dada a crianças e que se tratava de uma remessa antiga que não foi descartada.

Conforme Fernanda, como a escola estava com grande atividade, acabou não tendo tempo de fazer o descarte da merenda, mas que a nova já havia sido entregue.

“A secretaria nunca entregou, desde o ano passando que assumimos a secretaria, nenhum item vencido em nenhuma escola municipal. O que aconteceu foi um equívoco na escola, que existia uma bolacha da merenda de três meses atrás e devido uma agenda que estava acontecendo dentro da escola, eles iriam retirar essa merenda essa semana. Em nenhum momento, a escola serviu essa bolacha vencida”, afirmou Fernanda.

O MP-AC informou que, durante a fiscalização, foram encontrados, em uma prateleira na despensa da escola, 22 pacotes de bolachas com o prazo de validade vencido e alguns óleos de cozinha, também vencidos.

O órgão afirmou ainda que ficou constatado, após conversa com a coordenação da escola, que as bolachas tinham sido consumidas pelas crianças na segunda (8). Os pacotes já apresentavam consistência amolecida.

Além da merenda vencida, a equipe também encontrou um freezer com carne, frango, polpa de frutas e duas panelas contendo caldos de tucupi. Na geladeira da escola, também havia ovos sem prazo de validade, além de batatas e outras verduras.

Após constatar as irregularidades, o MP-AC acionou a Vigilância Sanitária para inspeção e apreensão dos alimentos vencidos.

Vistoria no setor de merendas do município

A equipe do MP também fez vistoria no setor de merendas do município e verificou que, no estoque, a maioria dos produtos está próximo do vencimento, com cerca de 90 dias.

A secretária afirmou que essa merenda que está no estoque é enviada para as escolas da zona rural mensalmente.

“A merenda que está hoje no nosso estoque é a que vai ser entregue agora em outubro nas escolas rurais, já que nossa entrega é mensal. Todo mês é entregue merenda nova para o cardápio daquele mês, não é para ficar de um mês para o outro. Toda a nossa merenda está com validade até dezembro, que é quando nosso ano letivo encerra”, disse a secretária.

Eleições 2018: MPAC orienta eleitores e detalha ações

O Grupo de Apoio à Atividade Eleitoral (Gaae), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), promoveu nesta sexta-feira (05) uma coletiva de imprensa sobre as eleições gerais do próximo domingo (07). A coletiva teve como objetivo abordar os assuntos referentes ao processo eleitoral e prestar informações sobre as providências tomadas para garantir a normalidade do pleito.

A procuradora-geral de Justiça do MPAC, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, falou sobre as ações realizadas pela instituição para coibir qualquer irregularidade. “Nós criamos um grupo especial para a fiscalização eleitoral, onde estaremos com um número considerável de servidores, além dos promotores eleitorais que estarão nas ruas no dia do pleito para que se garanta a lisura e a festa democrática”.

O coordenador-geral do Gaae, procurador de Justiça Carlos Maia, destacou que o grupo tem como missão prestar apoio aos promotores eleitorais de todo o estado na fiscalização das eleições. “Queremos garantir um pleito eleitoral democrático e sem problemas, onde todos os candidatos tenham chances iguais e onde o cidadão esteja livre para exercer o seu direito ao voto sem qualquer tipo de pressão”.

De acordo com o procurador de Justiça, cerca de 50 servidores estarão trabalhando na fiscalização na capital, além dos servidores das comarcas do estado, dispondo de estrutura de veículos e equipamentos para fiscalizar todas as zonas eleitorais. Além dos nove promotores eleitorais titulares, 16 promotores eleitorais auxiliares estarão espalhados por todo o estado, inclusive em municípios que não são sede de zona eleitoral.

“Em Rio Branco, teremos, ainda, uma promotora eleitoral auxiliar que, no dia da eleição, fará as audiências de custódias dos crimes eleitorais e também as audiências dos termos circunstanciados. Além disso, teremos um promotor eleitoral na Vila Campinas que, a apesar de não ser um município, é um distrito de Plácido de Castro que conta com cerca de dois mil eleitores”, frisou o coordenador do Gaae.

Segurança

O promotor de Justiça eleitoral Getúlio Barbosa assegurou que o eleitor terá tranquilidade para votar, uma vez que as forças de segurança estarão atuando com um esquema especial, inclusive com a presença do Exército, e que o MP trabalha para que o pleito ocorra de forma democrática e com lisura.

“Não há uma zona ou seção eleitoral que o MPAC não estará fiscalizando. Vamos andar em todos os bairros, apoiados pelas forças de segurança. E queremos que os eleitores tenham convicção de que vão ter segurança suficiente para o pleito eleitoral dessas eleições gerais”, destacou o promotor.

Uso de ‘colinhas’

Para que a votação ocorra com mais celeridade, uma vez que o eleitor terá que escolher seis candidatos na urna, os membros do Gaae recomendam o uso de uma cola eleitoral em um papel, contendo os números dos candidatos.

“A cola em papel é permitida e facilita enormemente a votação, já que, assim, o eleitor que não lembrar o número do candidato não precisará consultar a lista disponível no local de votação”, pontuou o promotor de Justiça Getúlio Barbosa.

MPs do Acre e Rio de Janeiro selam acordo que viabiliza curso de autocomposição

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) assinaram nesta sexta-feira, 28, um termo de cooperação técnica que viabiliza um curso de autocomposição em conflitos socioambientais no âmbito do MP acreano. A parceria conta com o Instituto de Mudanças Climáticas do Acre (IMC).

O acordo foi assinado pela procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues e pelo procurador-geral de Justiça do MPRJ, José Eduardo Ciotola Gussem, durante agenda institucional no estado carioca. Na ocasião, ela esteve acompanhada pelo procurador-geral adjunto para Assuntos Jurídicos, Sammy Barbosa Lopes.

Com a realização do curso, o MPAC vai capacitar membros da instituição e parceiros do programa REM no manejo de conflitos socioambientais, sobretudo, relacionados a questões de mudanças climáticas, com programas de treinamento e geração de conhecimento.

Temas transversais, como direitos humanos, questões indígenas e relações de gênero também estão na matriz curricular.

“Essa parceria vem ao encontro do que idealizamos dentro da gestão do Ministério Público, que sempre trabalha lado a lado das instituições. Isto fortalece as ações que estamos desenvolvendo. Hoje temos aprovada nossa política de autocomposição, cujo trabalho foi muito bem elaborado e com certeza essa parceria vem complementar as ações voltadas para o Ministério Público Resolutivo”, destacou Kátia Rejane.

MP Resolutivo: Autocomposição

Como o recém-criado Núcleo de Autocomposição do MPAC (Napaz) está em processo de estruturação, a Procuradoria Geral de Justiça busca conhecer, durante a visita, a composição estrutural e de funcionamento do Cemear.

A autocomposição vem sendo considerada uma nova tendência no âmbito da Justiça. Consiste na consolidação de uma política permanente de incentivo e aperfeiçoamento de mecanismos que reduzam a excessiva judicialização de conflitos, evitando sobrecargas no Sistema de Justiça, ao passo que permite respostas céleres e eficientes à população, como prevê a Resolução nº 118/2014, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Iniciativa inovadora

O curso vai acontecer dentro do Programa de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REM – REED for Early Movers) e será destinado a membros e servidores do MPAC e a servidores de órgãos que atuam diretamente em questões socioambientais. A realização está prevista para novembro.

O REM é uma iniciativa inovadora que premia os pioneiros da proteção florestal e da mitigação do clima. Lançado na Conferência Rio+20, em junho de 2012, com recursos do Fundo de Energia e Clima do Governo Federal da Alemanha, esse Programa incentiva a conservação das florestas e a redução de emissões de carbono de modo a contribuir para a mitigação das mudanças do clima, especialmente do aquecimento global.

MPAC garante dupla paternidade à criança de oito anos

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pediu e a Justiça reconheceu a dupla paternidade de uma menina de oito anos do município de Jordão. A multiparentalidade já é uma realidade e foi admitida recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), gerando efeitos jurídicos que impõem deveres e direitos.

Representada pela mãe Maricélia Almeida Gomes Samosa, a menor ajuizou, na Vara Única da comarca de Jordão, uma ação de investigação de paternidade em face de Odirlei Souza de Oliveira, solicitando uso de sobrenome e fixação de alimentos.

A criança já tinha sido, no entanto, registrada com nome de outro pai, com quem mantinha fortes laços afetivos. Diante disso, com o resultado positivo de exame de DNA, tanto a mãe como o pai biológico decidiram pela manutenção do nome do pai socioafetivo.

O promotor de Justiça substituto Júlio César de Medeiros, em consonância com a jurisprudência, apresentou parecer favorável considerando que a filiação socioafetiva não impede o reconhecimento de paternidade biológica e seus efeitos patrimoniais.

“O fato de a legislação não prever a possibilidade de uma pessoa possuir dois pais, um socioafetivo e outro biológico, não pode servir de escusa para se negar proteção a situações de pluriparentalidade, pois os direitos à ancestralidade, à origem genética e afeto são compatíveis”, garante o promotor de Justiça.

A juíza Ana Paula Saboya Lima julgou procedente o pedido inicial e ainda determinou a coexistência na certidão de nascimento do nome dos dois pais e os respectivos avôs. “É o reconhecimento do fenômeno jurídico da pluriparentalidade, em que a paternidade socioafetiva pode coexistir, inclusive no registro público, com a paternidade biológica e a registral. Portanto, uma coisa não interfere na outra”, escreveu a juíza na sentença.

Distribuição de combustíveis a eleitores leva MPE a expedir recomendação

Após tomar conhecimento de que candidatos estão distribuindo, gratuitamente, combustíveis a eleitores no município de Rio Branco, o Ministério Público Eleitoral expediu recomendação a todos os postos de combustíveis da capital para que sigam procedimentos específicos na comercialização de combustíveis aos candidatos, partidos e coligações durante o período eleitoral.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Estado do Acre (Sindepac) também procurou o Ministério Público para tratar sobre possíveis consequências jurídicas para os seus sindicalizados, decorrentes da distribuição de combustível gratuita por candidatos, partidos e/ou coligações.

A partir de agora até o dia seguinte à votação de 1º turno ou de 2º turno (caso houver), eles devem apresentar aos postos de combustíveis, no momento da aquisição, contrato escrito com indicação obrigatória da quantidade exata que será adquirida em litros ou valores. Também devem apresentar relação das placas dos veículos que poderão ser abastecidos no posto revendedor.

Durante esse tempo, os postos não devem fornecer combustíveis a candidatos, partidos, coligações ou cabos eleitorais por meio de galões (corotes), limitando o fornecimento por requisições de, no máximo, 20 litros de combustíveis.

“A Justiça Eleitoral reconhece a possibilidade de entrega de combustível aos cabos eleitorais em serviço, desde que mantenham vínculo jurídico estável com os candidatos e que não se confundam com simples eleitores”, explica a promotora eleitoral Alessandra Garcia Marques.

A distribuição gratuita e desmedida dos combustíveis em período eleitoral poderá configurar crime de compra de votos, nos termos do Código Eleitoral. A prática também pode ensejar em representação específica por captação ilícita de sufrágio, podendo levar à cassação do registro ou do diploma do candidato envolvido e à aplicação de multa.

Prova do estágio no MPT será no Ifac

Será neste domingo (30) à tarde, na sede do Instituto Federal de Educação (Ifac), Avenida Brasil, 920, no Conjunto Xavier Maia, a realização da prova para estágio no Ministério Público do Trabalho, nas áreas de Direito, Administração, Arquitetura, Comunicação Social e Tecnologia da Informação.

No Acre, devido ao fuso horário, os portões serão abertos às 11 horas e fechados às 12 horas. Não será permitida a entrada de candidatos que chegarem ao local da prova após fechamento dos portões.

A comissão organizadora lembra aos candidatos para que estejam nos locais de prova nos horários divulgados no portal da Procuradoria Regional do Trabalho: e observem também as orientações quanto o horário de fechamento dos portões e documentos oficial com foto (RG, CNH, passaporte, CTPS e afins) para apresentar aos fiscais de prova.