PMRB faz levantamento para resolver problemas urgentes no Belo Jardim

Moradores do Bairro Belo Jardim II fecharam nos dois sentidos a BR-364, nas proximidades do Santo Afonso, para pedir melhorias na região, na manhã de segunda-feira, 11. Após reunião com representante do manifesto, a Prefeitura de Rio Branco informou que vai encaminhar equipe para fazer levantamento no local com intuito de resolver as demandas mais urgentes.

Em nota, a gestão municipal informou que as equipes das pastas responsáveis pela infraestrutura e zeladoria da cidade devem realizar o levantamento no bairro nesta terça-feira, 12.

“Em relação ao fechamento da BR 364, a Prefeitura de Rio Branco esclarece que a Região do Belo Jardim II já constava da programação para serviços de recuperação viária e obras de drenagem.

Reivindicações dos moradores

Os manifestantes fecharam a rodovia por volta das 6h. O motivo era a reivindicação de melhorias no bairro Belo Jardim II que segundo os moradores as ruas estão intrafegáveis.

“Estamos reivindicando aqui melhorias para nosso bairro, porque não tem uma rua que você consiga andar, se der uma chuva o ônibus não vai até o final da linha, até a polícia não vai porque não tem como entrar”, disse a moradora Sonayra Gomes.

Luana da Silva disse que mora no Ramal da Zezé há 22 anos, ela conta que após uma obra da prefeitura realizada a rede de esgoto próximo a casa dela ficou entupida e o retorno está indo direto pro quintal da casa dela.

“A Emurb veio e fizeram o asfalto da rede sem ser concluída e aí o registo entupiu e agora está dando retorno para o meu quintal, é esgoto, eu já peguei dengue duas vezes”, lamenta.

A polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Policia Militar acompanharam a manifestação.

Parte de semáforos ficam sem funcionar após forte temporal em Cruzeiro do Sul, no Acre

Seis dos 11 semáforos da cidade tiveram as placas queimadas, sendo que três deles já voltaram a funcionar. Chefe da Ciretran, Valdeci Dantas, pede paciência e atenção de condutores

Parte dos semáforos de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, ficaram sem funcionar após o forte temporal que caiu na cidade na madrugada do último sábado (17). Após a chuva, vários estragos foram registrados no município. Uma das ocorrências foi um barranco que cedeu e coloca em risco a residência da dona de casa Maria das Neves, de 68 anos.

No trânsito, seis dos 11 semáforos tiveram as placas queimadas. Em três, o sistema já foi restabelecido. No entanto, outros três ainda continuam inoperantes. Valdeci Dantas, chefe da 1ª Circunscrição Estadual de Trânsito (Ciretran), disse que órgão está trabalhando para recuperar os sistemas e pediu atenção de condutores para evitar acidentes.

“O temporal danificou os semáforos. Trabalhamos durante o sábado [17] e conseguimos recuperar três. Esses semáforos são movidos por computador, ligados direto na energia e tivemos esse dano. Mandamos três placas para Rio Branco. Mas, a diretora achou melhor deslocar um servidor para resolver essas pendências aqui”, explicou.

Os semáforos com problema estão no cruzamento da Rua Tarauacá com a Avenida Lauro Müller, no bairro da AABB. Os motoristas que trafegam pela Avenida Mâncio Lima com a Rua Joaquim Távora e no Centro da cidade, em frente à Praça de Táxi, também devem ficar atentos.

Urnas apresentam problemas e eleitores desistem de votar

Várias foram as reclamações por parte dos eleitores por conta de problemas nas urnas eletrônicas em vários locais do Acre. Em Rio Branco, por exemplo, na Escola Teodolina Falcão Macedo, no bairro Placas, alguns eleitores desistiram de votar em consequência da demora para solucionar os problemas nas urnas.

Marcos de Almeida disse que chegou às 11h30 no local de votação e ficou esperando por mais de três horas para poder votar.

“Tudo que vamos fazer enfrentamos fila e, até para exercer nosso dever de escolher o candidato, também temos de esperar”, disse.

A principal reclamação no local é que, no momento do voto, a urna não mostrava a foto do candidato a presidente escolhido pelo eleitor.

Porém, a Justiça Eleitoral esclareceu que os casos sobre a ausência de processamento de todos os votos na urna eletrônica é falsa.

“A informação falsa trata principalmente do voto para presidente, como se a urna não estivesse processando o voto”, diz trecho da nota.

Câmara debate situação das adolescentes que apresentaram problemas com vacina

A Câmara Municipal de Rio Branco realizou na sessão de segunda-feira, 13, uma audiência pública para debater a situação dos adolescentes que vem apresentando sérios problemas de saúde após terem somado a vacina contra o Papilomas Vírus Humano (HPV).

Participaram da audiência mães e pais do jovem afetados com problema, o promotor de Justiça titular da promotoria especializada de saúde do ministério público do acre Gláucio Ney Oshiro e representantes das secretarias estadual e municipal de Saúde.

Desde outubro do ano passado alguns meninos e meninas que receberam a dose da vacina contra o HPV começaram a apresentar reações adversas com dificuldades para andar, crises convulsivas, alguns perderam o movimento das pernas entre outros sintomas, até o momento não há comprovação de que os fatos estejam relacionados com a vacina.

O vereador Roberto Duarte, autor do requerimento de número 125/ 2018, solicitou a realização da audiência pública com a finalidade discutir a questões relacionadas aos possíveis efeitos colaterais da vacina contra o HPV.

“Pedi essa audiência pública para debatemos essa situação, quando vamos ser uma resposta? o ministério da saúde disse que dentro de 30 dias ele emitiriam uma nota técnica, a gente precisa avançar nisso”, disse Duarte.

O promotor Gláucio Ney disse que desde que tomou conhecimento do caso o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vem acompanhando a situação é buscando em outros estados para saber se há outros eventos como esses ocorridos no Acre.

“Nós contatamos os MPs do Brasil e só tivemos uma devolutiva que foi do Ministério do Amazonas que também relatou um evento adverso, mas segundo o MP de lá do AM, desvinculou a co-relaçao da vacina com efeito adverso, nas demais unidades do MP não relatou nenhum caso” afirmou.

Ainda de acordo com o promotor o MP/Acre solicitou providências por parte da Secretaria de Saúde. “O Ministério Público oficiou a secretaria de Saúde para que tomasse providência tanto a respeito da assistência tanto com relação ao possível correlação entre os eventos adversos relatados pelo grupo de mães e a secretaria procurou o Ministério da Saúde que veio pra cá fazer o levantamento” explica Oshiro.

Segundo relatos das mães presentes, na semana passada uma equipe do Ministério da Saúde esteve no Acre para acompanhar o caso, porém não deram o devido tratamento que elas esperavam receber.

“Quanto aos médicos que vieram do Ministério da Saúde, dou dito que a nós mães que eles fariam uma reunião no auditório com as famílias, mas isso não foi feito, depois nos atenderam, no último momento individualmente, era uma consulta estranha como se estivesse nos investigado” relata Leila Corrêa, mãe de uma das adolescentes que apresentou o problema.

Leila Corrêa disse que tem contato de várias mães de outros estados que passam pelo mesmo drama. “Nós não somos um grupo de mães anti-vacina, essa luta não é só no Acre, eu tenho contato com várias mães de outros estados, todas com mesmo sofrimento que nós estamos passando, a diferença é que aqui por ser uma cidade pequena nós conseguimos nos encontrar” conta.

Ainda de acordo com a mãe, algumas famílias ouviram doa médicos que os adolescentes apresentavam sintomas psicológicos. “Para algumas mães eles (médicos) disseram: Mãe, mande para escola, isso é psicológico” relata.

A Gerente do departamento de assistência especializada da secretaria estadual de saúde Queline Neri afirmou que acompanha o caso há três meses e que os jovens tem recebido acompanhamento de especialistas.

“Realizamos uma reunião com as mães e estamos disponibilizado atendimento com neuropediatra, endocrinologista, reumatologista, infectologista e psicólogo. Esse é um atendimento que não estávamos preparados mas no intuito de dá assistência estamos em trabalho de aprimoramento.

Segundo dona Leila, ela chega a gastar R$5.000 com medicamentos para a filha. “Mnha filha se encontra no paraná, teve uma parada cardíaca, minha mãe ligou e disse que preciso mandar 2.000 R$, isso apenas para uma medicação, coloquei até a minha casa à venda só com remédio estou gastando R$” desabafa.

Outra mãe que vivi um verdadeiro drama, e a dona de casa Francieuda Furtado, segundo ela, os três filhos um de 12, 14 e 16 anos apresentaram várias problemas desde que tomaram a dose da vacina em outubro do ano passado.

“Eles eram meninos sadios, depois que tomaram a vacina começaram a perder os movimentos das pernas, com dor de cabeça, diarréia e vômito, eu levo pro hospital, pra upa e eles não falam nada, nos mães que nos ajudamos umas as outras” relata.

Segundo a dona de casa o maior desejo é descobrir o porquê os filhos ficaram nesta situação logo após receberem as doses da vacina.” Espero que eles consigam descobrir o que aconteceu, eles falam que não é da vacina, mas nós mães sabermos que é da vacina, um dos meus filhos começou a sentir mal no mesmo dia, pós outros dois após 30 dias” conta em meio as lágrimas.