MP que dificulta benefícios previdenciários recebe emendas

A Medida Provisória (MP) 871/19, que altera regras de concessão de benefícios previdenciários e cria programas para coibir fraudes, recebeu 577 emendas de deputados e senadores. O debate sobre a MP pode antecipar as discussões sobre a reforma da Previdência que o governo deve enviar ao Congresso nas próximas semanas.

O PT foi o partido que mais apresentou emendas (253, ou 44% do total), seguido pelo PSB (49 emendas) e pelo PSDB (40). A maior parte das sugestões de mudanças veio de parlamentares da Bahia (104), do Rio Grande do Sul (83) e de Minas Gerais (61).

O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), foi quem apresentou mais emendas, 30 no total. Entre as mudanças, ele quer ampliar o prazo de defesa para trabalhadores rurais em casos de indícios de irregularidade identificados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A ampliação do prazo de defesa também é tema de emenda do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). “Isso é para evitar que a pessoa que mora lá no interior do País perca sua Previdência Social”, disse Silva. Para ele, a MP representa a “parte cruel” da reforma da Previdência por não ficar explícita para a maior parte da população.

A medida provisória reduziu, de 30 para 10 dias, o prazo para que o beneficiário ou seu procurador apresente defesa quando o INSS identificar indícios de irregularidade ou erros na concessão do benefício.

Pela MP, o INSS poderá suspender cautelarmente o pagamento de benefícios, caso não seja possível fazer a notificação por rede bancária ou carta simples. Outra emenda de Pimenta quer acabar com essa possibilidade, que, segundo ele, inverte o ônus da prova.

Sanear as contas

Já o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que não apresentou emendas, elogiou a medida como meio de sanear as contas públicas. “Essa MP mostra que o governo está começando a combater as fraudes previdenciárias, fazendo o máximo de economia antes de começar a reforma.”

De acordo com Kataguiri, há uma ocorrência muito grande de fraudes nos benefícios concedidos para trabalhadores rurais. “Existem acordos escusos do tipo o sindicato fornece o atestado como se o trabalhador tivesse trabalhado, e o cidadão passa parte da aposentadoria para a entidade sindical”, afirmou.

Acidentes de trabalho geraram 2,5 anos de afastamentos previdenciários no Acre

Os afastamentos por acidentes de trabalho já custaram mais de R$8,5 milhões em assistência previdenciária no Acre no ano de 2012 mas houve uma derrocada nas ocorrências ao longo dos últimos anos. Em 2017, os gastos com afastamentos custaram pouco mais de R$2,7 milhões. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, uma plataforma do Ministério Público do Trabalho.

Os últimos relatórios do Observatório trazem dados curiosos: a maioria das ocorrências são relacionadas a fraturas e elas são comunicadas com grande frequência por trabalhadores de atividades de atendimento hospitalar. Ou seja: quem deveria estar em boas condições para cuidar do outro é quem mais se queixa de de acidentes no Acre. Entre 2012 e 2017 a atividade de carteiro registrou 125 ocidentes, segundo o Observatório, algo que também chama a atenção.

Mas uma informação é relevante: os acidentes de trabalho com morte vinham caindo a partir de 2012 porém voltaram a crescer em 2017, ano que o Acre registrou seis óbitos em atividade laboral. Esse número se aproxima do registrado no ano de 2012.

Ainda segundo o Observatório, foram registrados 3.983 – auxílios-doença por acidente do trabalho no período. O impacto previdenciário dos afastamentos foi de R$38.649.250,55, com a perda de 937.652 dias de trabalho, o que corresponde a 2,5 anos de trabalho perdidos.

Acidentes de trabalho geraram 2,5 anos de afastamentos previdenciários no Acre

Os afastamentos por acidentes de trabalho já custaram mais de R$8,5 milhões em assistência previdenciária no Acre no ano de 2012 mas houve uma derrocada nas ocorrências ao longo dos últimos anos. Em 2017, os gastos com afastamentos custaram pouco mais de R$2,7 milhões. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, uma plataforma do Ministério Público do Trabalho.

Os últimos relatórios do Observatório trazem dados curiosos: a maioria das ocorrências são relacionadas a fraturas e elas são comunicadas com grande frequência por trabalhadores de atividades de atendimento hospitalar. Ou seja: quem deveria estar em boas condições para cuidar do outro é quem mais se queixa de de acidentes no Acre. Entre 2012 e 2017 a atividade de carteiro registrou 125 ocidentes, segundo o Observatório, algo que também chama a atenção.

Mas uma informação é relevante: os acidentes de trabalho com morte vinham caindo a partir de 2012 porém voltaram a crescer em 2017, ano que o Acre registrou seis óbitos em atividade laboral. Esse número se aproxima do registrado no ano de 2012.

Ainda segundo o Observatório, foram registrados 3.983 – auxílios-doença por acidente do trabalho no período. O impacto previdenciário dos afastamentos foi de R$38.649.250,55, com a perda de 937.652 dias de trabalho, o que corresponde a 2,5 anos de trabalho perdidos.