Ex-secretário de Witzel é preso no Rio sob suspeita de fraude em ação contra Covid-19


O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos foi preso na manhã desta sexta-feira (10) em uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). A ação acontece após a prisão, em 7 de maio, do número dois de Edmar na pasta, o ex-subsecretário executivo Gabriell Neves.

Edmar é apontado como integrante da organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares, em caráter emergencial, para atendimento de pacientes com covid-19.

O ex-secretário do governador Wilson Witzel (PSC) é suspeito dos crimes de organização criminosa e peculato. O MP-RJ diz ter identificado nas investigações, além de Neves, a presença de “outro comandante” do grupo: o próprio Edmar Santos.

Edmar Santos, ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro – Sandro Giron – 10.fev.2020/Prefeitura de Itaboraí

As investigações da Operação Mercadores do Caos miram o que seria, na visão dos promotores, uma quadrilha para fraudar a compra de respiradores para vítimas do novo coronavírus, feita em caráter emergencial sem licitação.

De acordo com os promotores do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), houve um conluio entre pessoas em posição de comando na SES (Secretaria Estadual de Saúde) e empresários para direcionar os contratos emergenciais e desviar recursos públicos.

Três empresas foram escolhidas para fornecer os equipamentos, em contratos que somam R$ 180 milhões. Contudo, nenhum respirador foi entregue. Na primeira fase da operação, deflagrada no começo de maio, Gabriell Neves, número dois do ex-secretário na pasta, foi preso. A prisão de Edmar é um desdobramento desta investigação.

De acordo com o MP-RJ, Edmar diz desconhecer a existência de um esquema de fraudes para compra dos equipamentos. Na última segunda-feira (6), ele se manteve em silêncio em depoimento por videoconferência para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), alegando seguir instruções dos seus advogados.

Edmar foi preso em sua casa no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos numa outra casa dele, em Itaipava, na região serrana.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.

Segundo o MP-RJ, houve autorização da Justiça para acesso e extração de conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como celulares, computadores e pen drives, inclusive de registros de conversas telefônicas ou telemáticos, como mensagens via SMS ou aplicativos como WhatsApp.

A Justiça também autorizou a apreensão judicial de bens e valores de Edmar até o valor de R$ 36.922.920,00, equivalente aos recursos desviados em três contratos fraudados para compra dos equipamentos médicos.

Procurada pelo UOL, a defesa de Edmar Santos preferiu não se manifestar nesse momento.

INVESTIGAÇÃO

Segundo o Ministério Público, as investigações “sobre a organização criminosa que se infiltrou e se apoderou das estruturas da Secretaria Estadual de Saúde do Rio” identificou que Edmar era “comandante do grupo” ao lado do ex-subsecretário executivo da pasta Gabriell Neves.

“Edmar Santos atuou, com vontade livre e de forma consciente, em comunhão de ações e desígnios, com os demandados na anterior denúncia oferecida na fase 1 da Operação Mercadores do Caos, desviando um milionário volume de recursos públicos destinados à compra de respiradores/ventiladores pulmonares, até hoje não entregues para o atendimento à população, ainda em meio à grave pandemia do novo coronavírus no estado”, diz um trecho de comunicado divulgado pelo órgão.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP ressalta que, mesmo após a descoberta do esquema, a influência política de Edmar ainda persiste e lembrou a tentativa de sua nomeação para o cargo de secretário extraordinário após sua exoneração como secretário titular da pasta, “conferindo-lhe pseudo-blindagem”. A estratégia, ressalta o MP, acabou barrada por liminar.

O órgão aponta que, em liberdade, Edmar pode dificultar o rastreamento das verbas públicas desviadas, destruir provas e ameaçar testemunhas.

SILÊNCIO NA ALERJ

Edmar Santos se recusou a responder às perguntas feitas por integrantes da Comissão Especial de Fiscalização da Alerj que apura supostos casos de corrupção durante o estado de emergência decretado por causa da pandemia do coronavírus, na manhã desta segunda-feira (6).

Orientado por seus advogados, Edmar —que já havia faltado a uma convocação— permaneceu em silêncio e afirmou não ter a obrigação de “produzir provas contra si”.

Durante mais de 1h30, parlamentares fizeram questionamentos em relação a compras e contratos emergenciais da área da saúde e sobre a destinação de verbas para a construção dos hospitais de campanha.

Apesar disso, o médico permaneceu em silêncio e argumentou que já é alvo de uma investigação no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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Chefe de facção criminosa é preso ao buscar filha no aeroporto de Rio Branco

A Polícia Civil do Acre (PC-AC) prendeu, na última sexta-feira (15), José Ronildo Nascimento, de 40 anos, acusado de comandar o tráfico na região do Montanhês, em Rio Branco. A prisão aconteceu quando José Ronildo buscava a filha no aeroporto internacional de Rio Branco.

Conforme a polícia, ele tinha três mandados de prisão em aberto, duas condenações por crimes.

“O José Ronildo estava foragido há mais de um ano. Todas as forças policiais do Acre estavam atrás dele. Ele é considerado um dos homens mais fortes que comandava uma organização criminosa”, disse o delegado Pedro Resende da Divisao de Investigações Criminais (DIC).

Resende disse ainda que o homem foi preso quando ia buscar a filha no aeroporto de Rio Branco. “Foi uma prisão importante porque ele era chefe da parte alta da cidade. Crimes de tráfico, roubo, homicídio, furto. Tudo ali passava por ele. Em 2017, ele foi preso e depois de ser solto teria se fortalecido”, conta o delegado.

Trio é preso acusado de tráfico de drogas em Cruzeiro do Sul

Durante abordagem realizada no final da tarde dessa quinta-feira, 14, policiais militares do 6º Batalhão do município de Cruzeiro do Sul conseguiram detectar em um carro, (modelo Siena) três homens suspeitos de praticar tráfico de entorpecentes na cidade.

De acordo com a guarnição policial, a prisão aconteceu no momento em que avistaram os suspeitos em atitude suspeita ao notarem a presença da polícia. Os policias informaram que eles tentaram fugir da PM.

No entanto, a equipe policial conseguiu interceptar os acusados. Durante vistoria no veículo, a guarnição ainda encontrou droga e mais R$1.090,00 reais.

Após a ordem de prisão, ocorrida em flagrante, os três acusados foram encaminhados para delegacia geral de Cruzeiro do Sul.

Motorista de ônibus interestadual é preso por uso de documento falso em estrada do Acre

Um motorista de ônibus foi preso em flagrante por uso de documento falso no quilômetro 115 da BR-364, em Rio Branco. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o documento apresentado pelo homem fazia parte de um lote furtado/extraviado do Departamento de Trânsito do Piauí.

O flagrante ocorreu na noite de quinta-feira (31) durante uma fiscalização de rotina, mas a informação foi divulgada somente na sexta (1º). Conforme a polícia, o ônibus abordado fazia o transporte interestadual de passageiros de Rio Branco para Porto Velho (RO).

Durante a fiscalização tanto de passageiros como de bagagens, os policiais solicitaram a carteira de habilitação do motorista e o Certificado de Registro de Licenciamento do Veículo (CRLV). Foi quando a equipe constatou que o veículo não tinha autorização para fazer o transporte interestadual de passageiros.

A polícia informou que o proprietário do veículo estava no ônibus e confirmou que não tinha a autorização. Ao fazerem consulta no sistema, os policiais verificaram que o documento apresentado fazia parte de um lote furtado/extraviado do Detran do Piauí em outubro de 2018.

Conforme a polícia, tanto o motorista quanto o proprietário afirmaram que não tinham conhecimento de que o documento fosse falso. O motorista foi levado para a Delegacia da Polícia Federal e o dono do ônibus também foi encaminhado para prestar esclarecimentos. O veículo foi apreendido.

Peruano é preso pela PF com 24 quilos de cocaína escondidos em mala no Acre

Flagrante ocorreu nesta quarta (23) no Posto de Controle de Fronteira de Assis Brasil. Homem entregaria droga em Rio Branco, segundo PF-AC

A Polícia Federal do Acre (PF-AC) prendeu um peruano com aproximadamente 24 quilos de cocaína escondidos em uma mala.

A prisão ocorreu nesta quarta-feira (23), no Posto de Controle de Fronteira de Assis Brasil, interior do Acre.

Ainda segundo a polícia, a droga seria entregue na capital do Acre, Rio Branco. O homem foi preso em flagrante e levado para a delegacia de Epitaciolândia.

A PF-AC ressaltou que o flagrante ocorreu durante uma abordagem de rotina no posto.

Alegando insanidade, policial preso após crucificar homem em Rio Branco quer liberdade

Com base em laudo psiquiátrico encomendado pelos advogados do PM Angelo Siriano, o Ministério Público do Acre contesta manobra da defesa e reforça continuidade de prisão preventiva até o fim do processo

Ausências de emoção, culpa, vínculo, ansiedade, afeto, raso, impulsividade, empatia, pobreza nas expressões emocionais e egocentrismo severo. Com esses traços, o médico psiquiatra Marcos Araripe classifica o policial militar Angelo Gleiwitz Moreira Siriano, de 34 anos, preso desde novembro do ano passado durante a Operação Calvário, desencadeada pelo Ministério Público, em parceria com a Polícia Civil, por crucificar um dependente químico no bairro Papoco, periferia de Rio Branco, visando conseguir informações sobre paradeiro de objetos de sua propriedade furtados em maio de 2018. Com ele, também foram presos outros dois militares: Anailton Oliveira da Cunha e Adonai Oliveira de Souza. Todos estão reclusos desde então no Batalhão Ambiental da Polícia Militar no aguardo de seus julgamentos. 

Laudo

O documento psiquiátrico do militar foi encomendado por seus advogados baseados em relatos de sintomas de quadro de saúde mental afetada, bem como o uso de medicamento psicofármacos e tratamento contínuo. Com base nisso, a defesa requereu a instauração de Incidente de Insanidade Mental com o objetivo de suspender o processo criminal, cujo as audiências de julgamento se iniciarão no final do mês de janeiro e início fevereiro. O juiz do caso, Raimundo Nonato Costa, titular da 3ª Vara Criminal, concedeu a suspensão do prazo até que fique comprovado de fato o quadro de insanidade, porém a decisão do magistrado é questionada pelos membros do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do MP do Acre, alegando que o militar é responsável pela prática de atos e não por portar uma doença, requerendo que seja reconsiderada a decisão de Instauração de Insanidade Mental.

Confrontado pelos seus supostos crimes, o laudo revela que Ângelo apresentou empatia se apresentando de forma frio e calculista de pouco diálogo, apresentando sinais e sintomas de Transtorno de Personalidade Antissocial, uma espécie de psicopatia ou sociopatia.

Apesar de ter uma ficha funcional impecável, com mais de 30 elogios e ser considerado pela Corporação onde atua por quase 10 anos como “militar exemplar”, “bom pai” e “bom filho”, Angelo responde além desse caso de tortura ao crucificar um homem, também a mais três inquéritos por acusações de agressão, morte ou transgressão. Em um desses outros casos, o militar já foi denunciado também pelo MP.

Apesar de somente agora os advogados de Angelo o apresentarem como uma doente mental, visando que o réu consiga a liberdade e tenha tratamento diferenciado em vez de cumprir uma possível pena na prisão, o membros do GAECO enfatizam que o laudo apresentado pela defesa é prova inconteste de que o militar é imputável, ou seja, é uma pessoa que goza de capacidade plena, tem maioridade penal, e não tem nenhuma doença mental.

De acordo com o MP, o transtorno de personalidade social é um termo médico consagrado pela Associação de Psiquiatria Americana como indicativo de um portador de psicopatia. Não se trata de um transtorno mental da mesma ordem da esquizofrenia ou outras doenças. A rigor, pode-se dizer que a psicopatia não é propriamente um transtorno mental, senão um transtorno de personalidade.

Os promotores defendem que nenhum desses sinais apresentando no laudo psiquiátrico levantam dúvida em relação à integridade mental do Réu e enfatizam que “verdadeiramente, despontam periculosidade acentuada e necessidade de manutenção do cárcere como forma de garantir a ordem pública”, pontuam.

“Pessoas com transtorno de personalidade antissocial são normais como qualquer outra; trabalham, estudam, relacionam-se, etc.. No entanto, são incapazes de se colocar no lugar do outro. Tudo o que fazem é para satisfazerem seu próprio ego, ou seja, estudam, trabalham, relacionam-se sempre por causa de uma necessidade, para atingir uma meta, e aí vai. É pacífico na psiquiatria forense o entendimento de que são imputáveis. Possuem plena capacidade de entenderem o caráter ilícito da conduta e se movem de acordo com este entendimento”, explica o promotor Ildon Maximiano, que enfatiza ainda, que resta evidente, por meio de prova produzida pela própria defesa do réu que não existem motivos para instauração do incidente de insanidade mental, pois o Réu Angelo Gleiwitz Moreira Siriano possui, tão só, transtorno de personalidade antissocial, o que não afeta a capacidade de entendimento do caráter ilícito do fato e nem sua capacidade de se determinar-se de acordo com esse entendimento.

“Se a própria Defesa juntou o laudo médico com a afirmação de que o Acusado apresenta sinais e sintomas de Transtorno de Personalidade Antissocial é porque acredita nesta condição. Ocorre que o transtorno de personalidade antissocial não consiste numa doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, porque não provoca qualquer alteração na capacidade psíquica do agente”, explana Teotônio Rodrigues Soares, promotor também que atua no caso.

Angelo webO MP apresenta Angelo Gleiwitz Moreira Siriano como um homem inteligente, dotado de cultura acima da média, tanto que é um Policial Militar, Bacharel em Direito e aprovado em concorrido concurso público. “Não pode ser considerado, portanto, uma pessoa com capacidade mental retardada. Aquele que possui transtorno de personalidade antissocial

conhece as normas que regem a sociedade e as suas consequências. Ainda assim, investe no plano premeditado e o pratica até onde lhe parece mais conveniente e foi exatamente isso que aconteceu no caso concreto”, ressalta os promotores.

Ainda de acordo com o MP, a Defesa não juntou documentos que comprovem a utilização de medicamentos para tratar da suposta doença mental do militar, referente ao tempo do crime. “E outra, nenhum documento apareceu sobre tratamento contínuo de doença mental que regresse ao tempo do fato. Diga-se de passagem, a Defesa fez alusão ao “uso de medicamentos psicofármacos e tratamento contínuo”; todavia, não exibiu qualquer prova, ainda que mínima”, pontua.

Mesmo o assunto sendo complexo e até mesmo polêmico, quando questionados, os promotores negam que o trabalho de investigação tenha como objetivo unicamente punir policiais, mas sim os mais policiais. “Enfatizamos o bom trabalho da Polícia Militar e Civil, mas é necessário que se entenda que o objetivo é separar essas pessoas que usam a farda para praticar crimes”, explica Teotônio Rodrigues.

Entenda o caso

Segundo a investigação, os policiais militares à paisana e fora de serviço, teriam agredido a vítima com o fim de obter informações sobre o paradeiro de objetos furtados de um outro. A vítima era usuária de drogas e teria entrado na casa de Ângelo e furtado alguns pertences da atividade policial. Logo depois, teria se dirigido à região popularmente denominada “Papouco” na tentativa de vender ou trocar os objetos por entorpecentes.

LEIA MAIS: Policiais militares são presos suspeitos de espancar e pregar homem em assoalho de casa no Acre

Sem fardamento, o grupo de policiais, conforme o relato das testemunhas, teria ido ao bairro e, torturando também uma pessoa, teria conseguido localizar paradeiro do responsável pelo furto. Achada, o rapaz foi colocada em um carro do serviço reservado e circulou pela cidade sofrendo espancamentos. De volta ao bairro, diante de uma plateia, teve os punhos pregados em um assoalho de uma casa abandonada. Com a saída dos policiais, o homem foi socorrido pelas pessoas presentes e despregado do assoalho. Segundo as testemunhas, o objetivo dos agentes era “dar um recado”.

Homem é preso pela PF ao tentar apresentar diploma falso

Um homem, morador de Marechal Thaumaturgo, foi preso pela Polícia Federal em Rio Branco, nesta segunda-feira (14), após tentar dar entrada no registro profissional no Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) com diploma de medicina de uma universidade de Montes Claros (MG) com indícios de falsificação.

O pedido de registro foi feito no dia 17 de dezembro de 2018. Como parte do procedimento padrão para a emissão do documento, seguindo o Manual de Procedimento Administrativo, o Setor de Registros do CRM-AC encontrou as irregularidades.

A presidente do CRM-AC, Leuda Davalos, contou que o diploma tinha diversas irregularidades, entre elas erros ortográficos, cópias grosseiras de carimbos e, o que mais chamou atenção, a data de conclusão do curso era do ano anterior ao pedido.

“No diploma dizia que ele se formou em 12 de dezembro de 2017. Por que esperou um ano para fazer a inscrição? Deu entrada agora em dezembro de 2018, então, a pessoa que espera um ano para dar entrada no registro é suspeita. O diploma foi feito por um centro universitário que não existe”, especificou.

O exercício ilegal da medicina é um crime tipificado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro, punível com detenção de até dois anos, além de multa.

A Lei 12.842, de 10 de julho de 2013, especifica que “a denominação ‘médico’ é privativa dos graduados em cursos superiores de medicina e o exercício da profissão [é privativo] dos inscritos no Conselho Regional de Medicina com jurisdição na respectiva unidade da Federação”.

Doleiro brasileiro é preso no Paraguai

Investigado pela Lava Jato, o doleiro pernambucano Bruno Farina, de 59 anos, foi preso no Paraguai pela Interpol, informou o Ministério do Interior paraguaio. Ele deve ser expulso ainda hoje (27) do território paraguaio, segundo as autoridades do país.

Bruno Farina era alvo de uma ordem internacional de captura a partir de investigações da Operação Câmbio Desligo, que desbaratou uma complexa rede de corrupção envolvendo doleiros em vários estados brasileiros.

A Operação Câmbio Desligo desarticulou um esquema de compra e venda de dólares no país. O movimento envolvia doleiros em vários estados, empresas e funcionários públicos.

O brasileiro foi detido na área do Paraná Country Club, em Hernandarías, cidade paraguaia onde fica a usina hidrelétrica de Itaipu, de acordo com informações de agentes policiais à imprensa paraguaia.

No Brasil, Bruno Farina é acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão. Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, Farina é sócio de Dario Messer, chamado pelo Ministério Público Federal brasileiro de “doleiro dos doleiros”. A condenação pode chegar a 30 anos de prisão.

Nos últimos dias, vários procurados no Brasil foram presos no Paraguai. Em outubro, as autoridades paraguaias disseram estar determinadas na captura dos investigados no Brasil que fogem para o país.

*Com informações da sucursal da Agência Brasil em Brasília

No AC, tenente do Bope é preso após polícia interceptar ligações telefônicas com membros de facções

Tenente Josemar Farias foi preso durante a Operação Sicário, deflagrada pela Polícia Civil do Acre. PM-AC afirmou que policial está preso no Batalhão Ambiental, em Rio Branco

O tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Josemar Farias, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) durante a Operação Sicário, da Polícia Civil do Acre. A Polícia Militar (PM) divulgou uma nota, após a ação, informando que Farias se apresentou voluntariamente para o cumprimento do mandado de prisão.

A ação prendeu 18 pessoas, apreendeu armas e livros de contabilidade de facção no Acre. Dos presos, 12 estavam em Rio Branco e seis nas cidades de Acrelândia, Plácido de Castro e Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

Ao todo, a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão contra membros de facções criminosas. Além do tenente, o funcionário de uma empresa privada de vigilância também foi preso.

Na nota, a PM destacou que o policial não era alvo da operação, porém, a polícia interceptou ligações telefônicas entre o tenente e membros de facções. Farias está preso no Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).

“Cabe destacar que os interceptados são informantes reconhecidos do Bope, do MP [Ministério Público do Acre] e Polícia Civil”, afirma a nota.

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A PM-AC diz ainda que apoia as investigações e a Justiça, mas ressalta também que apoia “o respeito ao contraditório e a ampla defesa, base do estado democrático de direito”.

“Em virtude do atual momento das investigações, não será emitido nenhum juízo de valor em relação à suposta conduta imputada contra o militar, mas aguarda que a verdade seja esclarecida com a maior brevidade”, conclui a Polícia Militar na nota.

Operação

A Polícia Civil informou que o foco da operação é o combate de facções criminosas para coibir crimes praticados pelo grupo como o tráfico de drogas, execuções e até crimes contra a própria administração pública como corrupção.

As investigações levaram cerca de sete meses e contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC).

“O nível de organização em que se está chegando, como já foi dito, tanto na parte de computação de servidor público quanto da parte de contabilidade em si, é muito grande. Esse controle também era usado para o financiamento de ações maiores como roubos a bancos e caixas eletrônicos”, explicou o delegado Alcino Júnior, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco) e do Departamento de Investigação (DI).

Suspeito de furtar trator e gado em Senador Guiomard é preso em Boca do Acre

Foi apresentada na manhã desta segunda-feira (03), a prisão de Deusdi da Silva Brilhante, mais conhecido como “Didi”, mediante mandado de prisão, na região central do município de Senador Guiomard, suspeito pelos crimes de furto de trator e gado e ainda receptação.

Didi teria furado um trator de uma propriedade rural no dia 8 de outubro deste ano. É investigado também por furto de gado e foi flagrado em Boca do Acre com um caminhão que usava para o transporte do gado já com uma carga de 200 kg de sal também oriundos de furto praticado naquela cidade.

“O Deusdi estava sendo investigado pelo furto de um trator avaliado em mais de 200 mil reais que recuperamos em Boca do Acre em outubro. Nós chegamos até ele no domingo e o flagramos com um caminhão que usava para o furto de gado, com uma carga de 200 kg de sal furtados no fim de semana naquele município. Nós ligamos para o fornecedor, chegamos ao proprietário que apresentou as notas fiscais e o registro de ocorrência de que o produto havia sido furtado”, disse Marcos Cabral.

Líder de facção criminosa com atuação no Acre é preso na Operação São Jorge em SP

Uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã de sábado, 01, resultou na prisão de um dos líderes da facção criminosa com atuação no Norte do Brasil. A Operação denominada “São Jorge “foi realizada em conjunto com a polícia de São Paulo.

O preso Marcos da Cunha Lindoso, mais conhecido como “Dragão”, estava foragido da justiça acreana desde 2017, após fugir de uma escolta prisional e era considerado o principal líder da facção criminosa Bonde do Treze.

De acordo a assessoria da PC do Acre “Durante suas tentativas de furtar-se a ação da Justiça, “Dragão” chegou a adquirir identidade falsa e vivia uma rotina de luxo em SP com sua esposa Maria Angélica, também presa em flagrante no dia de hoje”

Ainda conforme informou a polícia “O foragido, neste período, encaminhou muitas armas e financiou, através de parceria com o PCC, toda a ação do Bonde dos 13 no Acre e região. Durante todo o ano de 2018, e, sobretudo, nos últimos 60 dias, por determinação do Governo do Acre, a Polícia Civil intensificou a Operação São Jorge que visava capturar Marcos Cunha “Dragão” é interromper o fluxo de armas e dinheiro para o Acre”

Para que a prisão do acusado fosse possível, a Secretaria de Polícia Civil do Acre enviou uma equipe permanente para São Paulo e para monitorar todos os passos do foragido. De acordo a PC “A troca de informações entre os departamentos de inteligência (DIPOL/SP e DI/PC), assim como o trabalho dos agentes de campo do Acre e São Paulo (DRE/AC e DIPOL/SP) foram fundamentais para localizar e confirmar o paradeiro de “DRAGÃO”.

No ato da prisão do acusado foram localizados 03 tijolos de cocaína, 04 celulares, 01 veículo toyota camry blindado, 50 bananas de dinamite (cordel), 6 RG’s. A operação São Jorge também cumpriu mandado de prisão preventiva em desfavor de Márcia Lindoso, irmã de “DRAGÃO, que era o braço de toda a logística para o líder do Bonde dos 13 no Acre,

“No dia de hoje estão interrompidas as comunicações entre o chefe da facção bonde dos 13 e seus membros no Acre, elo este que causou centenas de homicídios no estado, além do intenso tráfico de armas e drogas” informou a comunicação da Polícia Civil no Acre.

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Casal é preso no Acre após ser apontado por furtos de veículos

Polícia tem agido firme no combate ao roubo e furto de veículos no Acre

O casal Stheffany Fernandes, de 20 anos, e Lucas Lima, de 22, foram presos em flagrante nesta segunda-feira (26), em Rio Branco. Os dois são investigados por integrar uma quadrilha especializada em roubos de veículos.

Além disso, a dupla confessou ter levado, no último domingo (25), duas motocicletas furtadas para serem vendidas no país vizinho Bolívia.

O delegado Sérgio Lopes, que investiga o caso na Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (Dcore), explicou que Stheffany e Lima foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC) na segunda, quando retornaram da Bolívia para a capital acreana.

“Cada um tinha um capacete e capas de chuva que foram utilizadas para levar os veículos para o território boliviano. Já temos investigações bastante avançadas em relação a essa quadrilha e lavramos o auto de prisão em flagrante do casal por integrar organização criminosa. Eles confessaram para a PRF-AC que retornavam da Bolívia e que cada um havia levado uma motocicleta”, explica.

Na delegacia, os presos foram reconhecidos como sendo os autores de um assalto em que levaram o carro da vítima. O caso ocorreu em Rio Branco no último dia 22 de setembro. O casal usou uma motocicleta para abordar as vítimas e executar o roubo.

“Eles fazem parte de uma quadrilha especializada em roubos de veículos que muitas vezes são transportados para Bolívia onde são vendidos facilmente e, às vezes, trocados por armas e drogas. Com esses dois, somamos 12 prisões de integrantes dessa quadrilha especializada que atua no estado. Estamos prendendo os integrantes desse grupo criminoso nos últimos 30 dias”, afirma.

Acusado de estuprar menina de 11 anos, homem que se fantasiava de Batman é preso no Acre

Valdemar Queiroz, 54 anos, o homem que se fantasiava de Batman, foi preso na manhã desta segunda-feira (26), durante cumprimento de mandado de prisão pela Polícia Civil.

O crime teria acontecido em setembro deste ano. As câmeras de segurança de um motel localizado na Via Chico Mendes mostraram o momento em que o acusado entrou e saiu do motel. A menina teria sido largada próximo ao Arena da Floresta com a quantia de R$ 5 reais para que pegasse um ônibus e fosse para casa, informou a delegada Elenice Frez.

Em seu depoimento, a criança relatou que tinha ido à escola, mas, ao chegar lá, foi avisada que não teria aula e no caminho para casa foi abordada pelo suspeito que a colocou no veículo e a levou para o motel no segundo distrito.

A delegada ressalta a importância da fiscalização desses motéis quanto à entrada de menores no estabelecimento.

“A placa não vai inibir o estuprador de cometer um crime. É preciso que haja fiscalização de quem entra e sai desses lugares porque se estivessem cumprindo a lei esse estupro não tinha acontecido”, disse Elenice

O homem, que trabalhava em uma farmácia de Rio Branco fantasiado e que em diversos eventos se intitulava “Batman do Acre”, foi reconhecido pela menina por meio de foto e pessoalmente.

Estudante de medicina é preso pela 2ª vez após oferecer maconha em grupo de WhatsApp no AC

Jovem fazia promoção para quem comprasse haxixe e skunk e 90% dos clientes também eram estudantes de medicina, segundo polícia. Estudante teve mandado de prisão expedido e deve ser encaminhado para presídio em Rio Branco

Após denúncias, um estudante de medicina de 23 anos foi preso por vender skunk e haxixe em um grupo de WhatsApp. O jovem foi preso em casa na segunda-feira (19), no Bairro Eldorado, no município de Brasileia, interior do Acre.

O mesmo estudante foi detido em outubro de 2017 com LSD e ecstasy e por manter uma plantação de maconha. Na ação, a Polícia Militar (PM-AC) também encontrou material para embalar maconha e barras da droga. Outras três pessoas também foram detidas após uma denúncia feita em Epitaciolândia, cidade vizinha a Brasileia.

Ao G1, a equipe de investigação da Polícia Civil no município informou que recebeu denúncias e teve acesso às mensagens no aplicativo em que o jovem fazia até promoções para quem comprasse o skunk e haxixe juntos.

Os policiais ficaram monitorando o estudante e perceberam uma grande movimentação de veículos na casa. Ao entraram no local, encontraram as drogas que, segundo a polícia, era confeccionada pelo próprio estudante.

Ainda conforme a polícia, o jovem chegou a argumentar que a droga era apenas para consumo próprio, mas isso seria impossível devido a grande quantidade de material encontrado.

Outra situação identificada durante a investigação é que 90% da clientela era composta por estudantes de medicina. Por ser uma droga “turbinada”, segundo a polícia, o material era caro e acessível apenas para pessoas com alto poder aquisitivo.

A Polícia Civil destacou que o flagrante do estudante já foi homologado pelo juiz, que já expediu o mandado de prisão. O jovem deve ser encaminhado ainda nesta quarta-feira (21) para o presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, onde vai responder pelo crime de tráfico de drogas.

Em áudios, vereador preso pela PF-AC questiona cor da carne ilegal que seria servida a crianças em escolas: ‘muito pretas?’

Denys de Oliveira foi preso preventivamente durante Operação ‘Sangue Amargo’ nesta terça (13) com outro vereador, advogado e servidor do Idaf. Carne clandestina era proveniente de gado sem vacinação

A Polícia Federal no Acre (PF-AC) divulgou áudios entre o vereador Denys de Oliveira e uma mulher chamada Ellen com quem ele negocia a compra de carne clandestina. Em um dos trechos da negociação, a mulher diz que vai verificar se tem alguma sobra de fraldinha, lombinho e chicote para mandar alguns pacotes.

Em seguida, o vereador pergunta se as carnes ficaram muito pretas, pois seriam dadas a crianças em escolas do município de Plácido de Castro. A reportagem tentou contato com a Câmara de Vereadores da cidade para saber se o órgão vai se posicionar sobre o caso, mas não teve retorno.

“É pro consumo das crianças entendeu? Eu num quero… Aí eu sou político e tal… Não quero que… errar em nada disso aí”, responde o vereador.

A vendedora explica que a carne foi tirada do diafragma da vaca assim que separam o pulmão da barriga e que a cor do corte é mais escura, mas que é “bem limpinha” e não tem cheiro de nada.

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Oliveira foi preso preventivamente na operação ‘Sangue Amargo’, que foi deflagrada nesta terça-feira (13) pela PF. Além de Oliveira, um outro vereador, um advogado e um servidor do Instituto de Defesa Agropecuária do Acre (Idaf) também tiveram as prisões preventivas decretadas.

O delegado Fares Feghali, responsável pelas investigações, afirmou que o grupo era altamente estruturado e já atuava no município há pelo menos três anos. Ele afirma que decidiram deflagrar a operação justamente pelo risco à saúde pública.

“O núcleo da organização criminosa era sediado em Plácido de Castro, foi, inclusive, um município lesado, pois parte da carne foi direcionada a colégios municipais. Mas, por se tratar de um bem que é exportado com muita facilidade, não podemos afirmar que esse crime se restringe a um ou outro município. O perigo é coletivo e ainda não temos a extensão dessa organização”, afirma.

Em outro trecho da conversa divulgado pela PF, o vereador fala com uma pessoa identificada apenas como Gerson sobre o pagamento de propina para a polícia boliviana e que já negociou tudo.

“Eu te dou o dinheiro e tu paga lá o ‘polícia’ que o comandante lá já liberou”, explica o vereador na conversa.

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Gado furtado e sem vacinação

Ainda na investigação, os policiais descobriram que parte da carne vendida era proveniente de gado furtado. O restante era de gados que não foram submetidos às regras da vigilância sanitária, ou seja, não seguiam normas de vacinação contra a febre aftosa e, por isso, havia o risco de contaminação.

“Os valores que eles lucraram ainda estão sendo levantados, mas sabemos que era um grupo que atuava há muito tempo. Fizemos um acompanhamento minucioso dos atos da organização nesse período. Acreditamos que a quantidade de carne vendida ilegal e crimes praticados foi realmente enorme”, destaca.

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Atuação do grupo

Quanto a atuação do grupo criminoso, Feghali explica que os vereadores exerciam influência política nos órgãos públicos, além de facilitar que os comparsas fugissem das fiscalizações para que pudessem praticar os crimes.

“Pelo o que foi apurado os vereadores estavam na alta cadeia da organização criminosa. Um deles estava no alto comando e o outro responsável por facilitar a emissão das documentações”, explica.

Ainda conforme o delegado, o grupo falsificava as Guias de Transporte Animal (GTA) com ajuda do servidor do Idaf, faziam pagamento de propina a servidores públicos e a própria organização mantinha grupos de vigilância sobre os órgãos de fiscalização para avisar quando eles estariam atuando.

“Era uma estrutura já organizada há muito tempo e preparada para se esquivar dos órgãos de fiscalização. Os vereadores também atuavam na compra e venda de gado. Uma parte das carnes foi vendida para escolas por meio de licitação para a prefeitura, o restante foi vendido em açougues e frigoríficos”, destaca.

Operação ‘Sangue Amargo’

A operação da PF investiga uma organização criminosa especializada na venda de carne clandestina que seria destinada a escolas e estabelecimentos comerciais no estado do acre.

Ao todo, foram cumpridos 26 mandados judiciais, sendo oito de prisão, 10 de busca e apreensão e oito ordens de indisponibilidade de bens dos investigados no município de Plácido de Castro.

Homem é preso após tentar jogar droga em vaso sanitário durante abordagem policial em Rio Branco

Homem disse à polícia que estava guardando droga para outra pessoa que havia sido presa dias antes. Caso ocorreu na terça (6), em Rio Branco

Um homem de 22 anos foi preso após tentar jogar drogas em um vaso sanitário durante uma abordagem policial. O caso ocorreu na terça-feira (6) em um quarteirão, na Travessa Salgado Filho, no bairro Volta Seca, em Rio Branco.

Conforme o boletim de ocorrência, duas guarnições da Companhia de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (Raio) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram ao local averiguar uma denúncia de tráfico de drogas.

Ao chegarem no quarteirão, o suspeito correu para dento de um dos apartamentos com um saco plástico na mão.

Ao acompanharem o homem, os policiais perceberam que ele havia entrado no banheiro e estava tentando dar a descarga em cocaína e maconha. Os entorpecentes foram recolhidos pela guarnição que também encontrou cerca de R$ 500.

À polícia, o suspeito relatou que estava guardando a droga para o proprietário do apartamento que havia sido preso há algumas semanas. No apartamento também foram apreendidas várias identidades e celulares.

O homem foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla) junto com o material apreendido para que fossem tomadas as medidas cabíveis.

Terceiro preso por morte de médico no AC era amigo da vítima, diz delegado

José Renê Avelino estava na casa do médico no dia do crime e, segundo delegado, sabia que criminosos iriam invadir a casa e não contou à vítima

O terceiro homem preso pela morte do médico Rosaldo Aguiar, de 49 anos, conhecido como “Baba” era amigo da vítima e sabia do plano dos criminosos, segundo o delegado que investiga o caso, Samuel Mendes. José Renê Avelino foi preso no domingo (28) e indiciado por latrocínio.

O médico foi surpreendido pelos criminosos, na noite de sábado (27), dentro de casa, na cidade de Feijó, no interior do Acre. Ele chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas não resistiu ao ferimento.

Felipe Rodrigues e Lucas de Oliveira, de 19 e 28 anos, respectivamente, já haviam sido presos como principais suspeitos da morte do médico. A polícia afirmou que os suspeitos queriam roubar a arma da vítima.

Conforme o delegado, inicialmente, Avelino foi identificado como vítima, já que estava na casa do médico no momento do crime e chegou a informar que teve o celular roubado. Mendes afirmou que, após ouvir os outros dois presos, ficou constatada a participação de Avelino.

“No interrogatório, ele disse que conhecia os dois que foram presos e que eles tinham dito para ele que iriam na casa do médico naquele dia. Mas, mesmo assim, não contou para o doutor. Perguntei se ele sabia o que os caras iriam fazer na casa e ele disse que iriam roubar. Ele não soube dizer o porquê de não ter contado para o médico”, disse o delegado.

A Polícia Civil encontrou duas armas usadas para alvejar o médico e a espingarda da vítima que foi roubada. As armas, segundo o delegado, foram jogadas em um terreno baldio próximo à casa dele durante a fuga dos criminosos.

Presidente do Iteracre é exonerado após ser preso em operação da PF-AC que investiga compra de voto

Nil Figueiredo foi preso durante a Operação Democracia suspeito de compra de voto nas Eleições 2018. Decreto foi publicado no DOE desta segunda-feira (22)

O presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Glenilson Araújo Figueiredo, o Nil Figueiredo, foi exonerado do cargo nesta segunda-feira (22). Ele foi preso na sexta-feira (19) durante a Operação Democracia, deflagrada pela Polícia Federal do Acre, suspeito de comprar votos eleitorais. O decreto assinado pelo governador Tião Viana foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE)

O controlador-geral do Estado, Giordano Simplício Jordão, foi nomeado para assumir a pasta. O novo presidente vai acumular os dois cargos.

A Operação Democracia cumpriu oito mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, além de quatro mandados de condução coercitiva de testemunhas, expedidos pela Justiça Eleitoral do Acre.

Áudios divulgados pela polícia mostram uma conversa entre Figueiredo e um cabo eleitoral sobre a compra de dez votos. No diálogo, o interlocutor informa ao presidente que já entregou o dinheiro aos eleitores.

“Maravilha. Manda bala, manda bala. Tem que ganhar, não pode perder não, meu irmão. Tu é doido? (sic)”, responde o presidente do órgão.

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PF-AC cumpriu oito mandados de prisão em órgão do governo durante operação que apura compra de votos — Foto/Divulgação/PF-AC

Reservatório ilegal de combustível

Durante uma coletiva de imprensa na sede da PF-AC, os delegados deram mais detalhes do esquema que funcionava dentro do Iteracre para beneficiar o presidente do órgão durante as Eleições 2018. O candidato recebeu 2.161 votos para o cargo de deputado estadual.

O chefe da Delegacia de Defesa Institucional e responsável pela investigação do caso, Eduardo Maneta, destacou que um reservatório de combustível foi montado na casa da mãe de uma servidora do Iteracre.

O local tinha capacidade para cerca de mil litros de combustível, que era desviado do órgão para abastecer veículos de cabos eleitorais que faziam campanha para Figueiredo.

A PF diz que ainda não fez o levantamento dos valores desviados. Porém, informou que, de setembro até 7 de outubro, quando houve o primeiro turno do pleito, o uso de combustível no Iteracre superou o total usado durante todo o ano de 2017.

“A operação ainda está em andamento, mas, nesta sexta ainda apreendemos combustível desviado. Ainda vamos fazer uma avaliação mais apurada em um segundo momento. Vamos calcular o valor do prejuízo ao erário para que, após as medidas policiais, nós possamos assegurar medidas de ressarcimento do patrimônio público que foi lesado por esse grupo criminoso”, destacou o delegado.

Servidora relata ‘medo’ da polícia em áudio

A PF também divulgou o áudio entre uma servidora e um cabo eleitoral em que ela diz que todos os carros estão indo abastecer no reservatório ilegal, pois temem que a polícia acabe descobrindo o esquema.

A mulher, segundo a polícia, já ocupou o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Proteção Familiar (Seaprof).

“É porque tem que tirar tudo hoje, porque ‘tão’ com medo (sic)”, diz a servidora. Em seguida, o cabo eleitoral pergunta se tem pessoas “de olho” na esquina do reservatório e diz que a casa não deve ter adesivos do candidato.

Diárias em troca de votos

Além do combustível, o delegado diz que diárias indevidas como se os trabalhadores estivessem em atividade do órgão, mas, na verdade, os trabalhadores faziam campanha eleitoral. Segundo Maneta, o valor pago em diárias aumentou em mais de 257% no período analisado em que Figueiredo era diretor e deixou a presidência para concorrer ao cargo de deputado estadual.

O delegado responsável pelo caso destacou que um grupo criminoso atuava dentro do Iteracre e tinha até divisões de tarefas para a compra de votos durante o pleito. Inclusive, conforme a polícia, às vésperas da eleição, Figueiredo atuava com os próprios cabos eleitorais na compra de votos.

Monitorado do semiaberto é preso com arma, droga e dinheiro

Ricardo Pereira da Silva, de 36 anos, que é preso monitorado através do uso de tornozeleira eletrônica, foi preso em flagrante na última segunda-feira (15), em sua casa, no bairro Chico Paulo, em Senador Guiomard.

Com ele, a polícia apreendeu uma escopeta calibre 16 com 05 munições, aproximadamente 150 gramas de drogas, balança de precisão, cerca de R$ 550 em dinheiro (provavelmente do comércio da droga) além de material para a embalagem do ilícito.

Ricardo foi conduzido para a delegacia da cidade e está à disposição da justiça. Ele deve responder por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.

Diretor do ISE é preso pela PF acusado de compra de votos com recursos desviados de horas extras

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (27) dois mandados de busca e um mandado de prisão preventiva referente a denúncia de desvios de recursos públicos para fins eleitorais. Vanilson Barbosa, diretor do Centro Socioeducativo de Cruzeiro do Sul, é acusado de realizar compra de votos para Rafael Almeida, ex-diretor presidente do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre (ISE/AC), que é candidato a deputado estadual pela Frente Popular.

Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, a investigação teria como foco principal a possível ocorrência do delito previsto nos art. 299 do Código Eleitoral e art. 312 do Código Penal, tendo em vista que, conforme conversa gravada nas dependências do Instituto Socioeducativo – ISE, em Cruzeiro do Sul/AC, estaria ocorrendo possível captação ilícita de votos para candidato Rafael Almeida (PDT) que se afastou da direção geral do ISE e tenta ser deputado estadual.

“Verificou-se que o diretor local estaria coagindo os servidores do referido Instituto a colaborarem com a campanha eleitoral. O mecanismo adotado se materializava no acréscimo de horas extras nos pagamentos daqueles que fizessem a doação. O acréscimo de horas extras foi a forma encontrada para a devolução dos valores doados para a campanha. O diretor do ISE em Cruzeiro do Sul/AC foi conduzido para a Delegacia de Polícia Federal em Cruzeiro do Sul/AC, para prestar esclarecimento e depois encaminhado ao Presídio Manoel Nery, onde ficará à disposição da Justiça”, informa a nota da PF

Ex-secretário Gilberto Siqueira é preso pela PF acusado de participar de quadrilha que fraudava licitação no Amapá

O ex-secretário Gilberto Siqueira foi preso pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (27), em Rio Branco, acusado de participar de uma quadrilha que fraudava licitação de consultoria no Estado do Amapá. A ação é resultado de um trabalho em conjunto com a Controladoria Geral da União. Gilberto Siqueira foi secretário em gestões petistas anteriores que estiveram à frente do governo do Acre.

O mandado de prisão de Siqueira foi expedido para ser cumprido em Porto Velho, no Estado de Rondônia, mas ele foi preso na cidade de Rio Branco. A Operação Arauto cumpriu 7 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores, nas cidades de Macapá/AP, Belém/PA, Porto Velho/RO, São Paulo/SP e Curitiba/PR.

De acordo com as investigações, duas empresas de consultoria, previamente ajustadas, participavam da licitação, visando dar aparência de concorrência. Contudo, no ato da abertura das propostas da licitação, verificou-se que o representante de uma das empresas concorrentes era um mototaxista, que teria recebido R$ 50 para entregar a proposta, sem participar do certame.

O valor aproximado da licitação objeto da investigação era de R$ 20 milhões, com aporte de recursos do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Verificou-se a atuação de lobista junto ao BNDES, cuja função principal era obter recursos para o Estado do Amapá. Ele atuava em conluio com empresários e agentes públicos na contratação fraudulenta de empresa de consultoria, com a finalidade de desviar parte dos recursos. Ao menos R$ 2 milhões foram desviados em favor da atuação do lobista. A investigação também apontou o pagamento de vantagens indevidas ao fiscal do contrato.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e peculato. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 31 anos reclusão.

O termo arauto significa mensageiro, porta-voz e, no caso, faz alusão ao lobista que atuava como mensageiro entre funcionários do BNDES, empresários e agentes públicos.

Com informações da assessoria da PF

Acusado de violência doméstica é preso em flagrante por tráfico de drogas

Um homem e mais dois comparsas foram presos por tráfico de drogas após denúncia de violência doméstica, no bairro Leonardo Barbosa, em Brasileia. A ocorrência foi atendida por policiais militares do efetivo daquele município, na tarde deste domingo, 2 de setembro.

A vítima, via 190, afirmou ter sido agredida pelo seu ex-marido, o qual estaria com mais dois indivíduos em uma casa. Chegando ao local, os militares verificaram que a mulher chorava e tinha marcas de agressão, então cercaram a residência e procederam a abordagem.

No interior da casa encontraram o suspeito e os dois comparsas, que estavam cortando em pedaços menores substância entorpecente, provavelmente maconha para venda, pois havia itens geralmente usados para tal prática, como papel insulfilm e aproximadamente 1,5 quilo de barrilha.

No mesmo local estavam três adolescentes, um de 17 e dois de 16 anos, e ainda uma criança de nove anos, que foram acompanhados por uma equipe do Conselho Tutelar, solicitada pela guarnição.

Foram encontrados 22 papelotes da droga e mais uma porção grande em uma sacola plástica, além de oito toucas de cloridato de cocaína, quatro facas, uma serra, seis celulares, um relógio e uma televisão. Em vários locais da residência havia cédulas e moedas de dinheiro, que contabilizou o total de 2.869,75 reais.

Na casa do denunciado por agressão, estava um cartucho calibre .38 intacto, dois relógios de cor prata e uma touca tipo “ninja”, comumente utilizada na prática de delitos.

Os três homens foram presos e conduzidos, juntamente com o material apreendido, para a Delegacia Geral de Polícia Civil de Brasileia.