O deputado Antônio Pedro (DEM) denunciou na sessão desta terça-feira (22) que os servidores da fábrica de preservativo Natex, de responsabilidade do governo do Acre, foram todos demitidos. Ainda segundo o oposicionista, os trabalhadores foram dispensados após os gestores da fábrica atrasarem quase seis meses de salários.
“O que eu temia aconteceu. Há muito tempo eu denunciava nesta tribuna o atraso no salário desses servidores e agora eles foram demitidos. Dispensaram eles e prometeram que iriam parcelar os mais de cinco meses de salários atrasados em três parcelas. É impressionante como esse governo consegue falir uma fábrica que tinha o Ministério da Saúde como cliente certo para comprar seus produtos. Era só produzir a enviar”, disse.
Segundo o democrata, os funcionários estavam passando por sérias dificuldades financeiras. “Eles não tinham dinheiro nem para fazer a feira do mês, estão devendo ao comércio de Xapuri. Agora, estão dizendo que a Natex vai fechar para piorar ainda mais a situação. Mais de 150 funcionários vão para a rua”, complementou.
Antônio Pedro destaca que a fábrica de pisos de Xapuri vai ser a próxima a fechar as portas. “Estão pegando madeiras de outras serrarias só para dizer que ainda não fechou suas portas. A intenção de gerar emprego com economia sustentável não aconteceu e muitas pessoas estão ficando desempregadas. Xapuri não tem indústria nem renda, só o funcionalismo público sustenta aquele município”, enfatizou.
O parlamentar também cobrou providências da Secretaria de Educação do Acre com relação à falta de merenda escolar na Escola Esperança do Povo, no Seringal Cachoeira, em Xapuri. Ainda de acordo com o parlamentar, os alunos também sofrem com as péssimas condições do ramal.
“Fui procurado por alguns pais de alunos daquela escola e eles me relataram que quando tem merenda na escola os alunos comem biscoito e suco, é muito difícil os alunos comerem um arroz com feijão e carne. Sem falar na situação do ramal, que é totalmente precária. Os alunos chegam tarde em casa porque têm que caminhar por duas horas até o ponto de ônibus. Isso é um absurdo. Espero que o governo e o secretário de Educação façam algo para resolver essa situação. Não é de hoje que esses alunos estão sofrendo”, concluiu.