Encontro no Acre discute preservação de áreas ambientais

Nos últimos dias, o Acre foi palco do encontro dos países que fazem parte do projeto Integrando Área Protegidas da Amazônia (Iapa). O encontro encerrado nesta quarta-feira, 30, foi realizado pela Rede de Cooperação Técnica Latino-americana de Parques Nacionais e outras áreas protegidas da fauna e da flora (Redparques), dos quais fazem parte representantes da fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Bolívia.

O encontro tratou principalmente da funcionalidade das paisagens configuradas pelas Áreas Naturais Protegidas que formam o Corredor Ecológico entre Brasil, Bolívia e Peru, e envolvem áreas de proteção ambiental na fronteira dos três países, sendo no Acre o Parque Estadual do Chandless e a Resex Cazumbá Iracema, esta última de responsabilidade do ICMBio.

O secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), Israel Milani, esteve presente no encontro representando o governo do Acre. Ele acompanhou a apresentação dos resultados já alcançados pelo Iapa e pode colaborar com sua visão sobre a situação das Áreas Naturais Protegidas da Amazônia, especialmente das Unidades de Conservação do Acre.

“É mais uma parceria para a consolidação da proteção de nossas áreas ambientais que envolvem os três países. Juntos, temos o desafio de nessas áreas enfrentar o desmatamento ilegal, o tráfico de drogas e a invasão de terras, num trabalho que ainda temos muito pela frente, mas que encontros como esse abrem caminhos”, destaca Israel Milani.

O Projeto Iapa é financiado pela União Europeia, coordenado pelo Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) e implementado pelo Programa do Programa Ambiental das Nações Unidas (UN-Ambiente), a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e World Wildlife Fund (WWF).

O próximo encontro do Iapa para dar continuidade aos trabalhos de preservação ambiental será em Iñapari, no Peru.

Alunos realizam projeto para preservação da Área de Proteção Ambiental do Lago do Amapá

Todos os anos, alunos da Escola Estadual Rural Ruy Azevedo se dedicam a projetos sociais que visam melhorar a qualidade de vida dentro e fora do ambiente escolar. No ano letivo de 2018, a iniciativa voltou-se aos cuidados com o meio ambiente, trabalhando o tema “Cuidar Hoje para Preservar no Amanhã”. Um projeto coletivo que busca mobilizar a comunidade local na organização e desenvolvimento de ações que transformem a realidade para o bem comum.

São mais de 300 alunos do ensino fundamental I e II empenhados no projeto da instituição, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago do Amapá, em Rio Branco. A ideia principal é conscientizar as pessoas de que a escola está inserida numa área de preservação ambiental e que a proteção e a manutenção do local são imprescindíveis para a permanência da natureza viva.

“A escola se movimenta por meio dos projetos realizados pelos alunos. Nós organizamos tudo ao longo do ano. No mês do Meio Ambiente, em maio, reforçamos esses trabalhos com atividades externas, incluindo pessoas de fora nesse contexto”, diz a gestora da escola Elizângela Mendonça.

O trabalho feito pelos alunos trata a questão dos cuidados com as margens dos igarapés e plantio de mudas, assim como a sua distribuição, e armazenamento das plantas. Estudantes do 1º ao 5º ano são responsáveis pela cultivação da cerca viva – arbustos plantados para formar um muro, delimitando espaços e protegendo-os, e do 6º ao 9º ano cuidam da horta da escola, de onde algumas hortaliças já são retiradas para serem usadas na merenda escolar.

“Eles organizam todas as mudas que são entregues à comunidade durante as reuniões de pais. Além disso, oferecemos palestras de conscientização à comunidade da região, que residem numa área de preservação e é essencial que todos conheçam uma APA e absolvam a importância de cuidar do meio ambiente e os prejuízos aos humanos que a falta desses cuidados podem acarretar”, conta a gestora.

O intuito da escola é fazer com que a região receba os cuidados dos próprios moradores, com preocupações na limpeza, compostagem e queimadas, por exemplo. “Ter esse contato com a natureza vai facilitar a aprendizagem deles porque tudo que se refere ao meio ambiente pode ser amplamente discutido em todas as disciplinas, no português, matemática, geografia. O importante é cuidar”, afirma Mendonça.

Segundo a gestora, o projeto é uma oportunidade de conhecer e contar mais a história da comunidade do Amapá e sua respectiva APA. A escola atende 333 alunos, divididos em 15 turmas, incluindo turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além do projeto de meio ambiente, a instituição também realiza trabalhos voltados a Igualdade Racial e Projetos da Família.

A instituição de ensino conta, ainda, com a parceria de diversos órgãos públicos ligados ao meio ambiente, como: Secretaria Estadual de Meio ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), Estação de Tratamento de Água (ETA), Parque Chico Mendes, Horto Florestal, Viveiro de Plantas e Unidade de Trabalho de Resíduos sólidos de Rio Branco (UTRI).

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O intuito da escola é fazer com que a região receba os cuidados dos próprios moradores – Foto/Thiago Bezerra

Reforma

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), entregou na última segunda, 11, a reforma da escola rural Ruy Azevedo. Foram realizados investimentos na construção de uma nova sala de aula, pintura e fixação de grades. Na reforma foram investidos um total de R$ 105 mil, recursos provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Além de Rio Branco, outras reformas estão sendo entregues pelo governo nos municípios de Plácido de Castro, Senador Guiomard, Bujari e Sena Madureira. A reforma da Ruy Azevedo é a terceira realizada nos últimos dias. No sábado, 9, o governo entregou a ampliação e melhoria das escolas Charles Santos, no polo agroflorestal Elias Moreira, e a Escola Comunitária II, ambas em Sena Madureira.