Investimentos do Governo do Acre estão surtindo efeito e homicídios caem 14%

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os investimentos do Acre em segurança pública em 2018 superam em mais de R$ 63 milhões o montante aplicado no ano passado. Esses investimentos já provocaram a derrocada da violência, especialmente em Rio Branco. Os homicídios, por exemplo, estão 14,08% menores em 2018 em relação a 2017 – e o ano está na metade ainda. A projeção é que os indicadores sejam ainda mais positivos no fim de dezembro na capital do Acre como nos demais municípios. Segundo a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Acre, de 1º de janeiro de 2018 até o dia 10 de agosto a taxa de homicídios caiu 4,18% em Rio Branco.

Os investimentos perfazem R$ 617,26 em segurança por habitante. Ao todo, foram gastos R$ 512.090.817,79 em 2017, enquanto em 2016 foram R$ 449.177.307,77. Conforme os dados, com os R$ 617,26 per capita, o Acre se mantém, inclusive, acima da própria média nacional. O Brasil (União, UFs e Municípios) investiu em 2017 R$ 408,13 por pessoa na segurança pública, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,34 centavos em relação a 2016, ano em que o país destinou apenas R$ 407,79 por cidadão.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública somente Roraima ficou à frente do Acre no ranking, investindo R$ 758,75 por habitante. Já o governo federal aumentou somente R$ 2,71 nos investimentos per capita na segurança pública nacional.

Governo reforça ações da Segurança com nova entrega de equipamentos às polícias

Durante solenidade realizada em frente ao Comando-Geral da Polícia Militar do Acre (PMAC) nesta quinta-feira, 26, o governo fez a entrega de equipamentos de uso operacional às polícias Militar e Civil do Acre.

Ao todo, os equipamentos representam um investimento de cerca de R$ 2 milhões e visam fortalecer as ações de combate à criminalidade. As armas e demais itens de proteção individual são fruto do convênio que o Estado possui há quase uma década com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em contrapartida ao envio de militares do Acre para atuação na Força Nacional, em especial durante as Olimpíadas de 2016, quando o Acre enviou 220 homens para compor as tropas federais no Rio de Janeiro.

Coletes e capacetes balísticos, 164 carabinas calibre 556 e 62 pistolas .40 foram entregues, além de uma viatura para a mediação de conflitos que será utilizada pelo Projeto Pacificar da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

De acordo com o governador Tião Viana, essa é mais uma demonstração de que o Acre, permanentemente, se prepara para a luta contra o crime e que as forças policiais trabalham de forma integrada. “Estamos dando o máximo de nós, apesar de que infelizmente as fronteiras continuam abertas para a passagem do narcotráfico e do tráfico de armas, e isso é uma obrigação constitucional da União que não faz a sua parte”, disse.

Representando a Polícia Civil, o secretário adjunto Josemar Portes frisou: “Esse é um momento de enaltecermos o que vem sendo feito por esse governo, em reconhecimento ao legado de trabalho e esforço empenhado por parte das forças de segurança desse estado”.

O comandante-geral da PMAC, coronel Marcos Kinpara, completou: “Sabemos que existe o crime, mas não podemos deixar de reconhecer que as polícias estão nas ruas dia e noite e não irão recuar nunca dessa luta”.

Valorização da política salarial

Durante a solenidade, Tião Viana relembrou que ao assumir a gestão do Acre, a ordem anual de pagamento da Segurança Pública era de R$ 165 milhões. Este ano, só a folha de pessoal deve ser fechada em R$ 507 milhões.

O secretário de Segurança Pública Vanderlei Thomas aproveitou para destacar uma importante conquista recente: três projetos de lei aprovados pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que devem ser sancionados pelo governo nos próximos dias. São eles o soldão, o banco de horas e a alteração da lei de reconvocação. Todos beneficiam diretamente profissionais de carreiras militares do Estado.

“Temos buscado o máximo no sentido de valorizar os nossos militares, de modo que tenham segurança jurídica de seus direitos. Graças a esse esforço e respeito às categorias, nossos profissionais policiais e bombeiros têm hoje a quarta melhor remuneração salarial do Brasil”, destacou Thomas.

pm

Polícias Civil e Militar apreenderam quase meia tonelada de drogas no mês de junho

O resultado foi alcançado no mês em que se realiza a Semana Estadual Sobre Drogas e endossam a preocupação com as fronteiras abertas e comprovam o aumento do tráfico de drogas no Acre, em virtude da falta de fiscalização federal.

Ao longo do mês passado, foram várias apreensões relevantes. A Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) apreendeu 80 quilos em Porto Acre. Depois, outros 80 kg no bairro Conquista. A Delegacia da 4ª regional, em uma única ação, mais de 150 quilos. E o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), outros quase 100 kg de maconha, no Bujari.

No Juruá, a Polícia Civil também apreendeu outros 40 kg. Somados aos 20 apresentados no dia 29 de junho, totalizam 470 quilos de entorpecentes, além das inúmeras apreensões diárias em menores quantidade.

Nos últimos três anos mais de uma tonelada de entorpecentes em todo o Estado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e revelam o grande vilão por trás da criminalidade e da disputa pelo território, combatida dia após dia: o tráfico de drogas.

Com uma área de fronteira de quase dois mil quilômetros entre Peru e Bolívia, o Acre está localizado ao lado de dois dos maiores produtores de drogas do mundo. A falta de fiscalização nas fronteiras favorece a livre circulação de pessoas e contribui para a entrada de drogas no Brasil, através do território acreano.

As forças de segurança estaduais têm intensificado ações de combate ao crime. Só nos primeiros cinco meses de 2018, pelo menos 1.400 operações foram desencadeadas do Baixo Acre ao Vale do Juruá. Como resultado das ações, só a Polícia Civil, por exemplo, apreendeu mais de 430 quilos de entorpecentes, enquanto a Polícia Federal, no período de quatro meses (janeiro a abril), apreendeu mais de 117 quilos.

Susp

Quase oito meses após o governador Tião Viana e 20 outros governadores do país assinarem a Carta do Acre durante o I Encontro de Governadores pela Segurança nas Fronteiras, na qual reivindicaram a criação de um sistema e uma base de dados nacional para compilar informações e nortear as ações de combate à criminalidade, o Congresso Nacional aprovou e o presidente Michel Temer finalmente sancionou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

A luta, iniciada no Acre em 2017, chamou a atenção do governo federal para a necessidade de a União assumir seu papel constitucional de protetora das fronteiras e garantir a soberania do país. O texto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, estabelece diretrizes para a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança federais, estaduais e municipais, um dos pedidos mais pontuais presentes na Carta do Acre.

Pela lei, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública será o responsável por fixar as metas de trabalho junto a cada órgão, além de criar a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que estipula princípios para a atuação dos órgãos de segurança, como o uso comedido e proporcional da força.

Cultura de paz

Mesmo com poucos avanços até a efetiva consolidação do Susp, o Acre vem fazendo seu papel na promoção de uma cultura de paz. Exemplo disso, é que o número de homicídios no Acre segue apresentando redução, conforme dados divulgados recentemente pela Secretaria de Segurança Pública.

No primeiro semestre de 2018, quando comparado ao mesmo período do ano passado, houve redução de 10% no número de homicídios em todo o Acre. Na capital, a comparação entre os mesmos períodos apresenta uma redução de 20%.