“Jamais vamos aceitar violência”, afirma Francisco Piyãko em resposta a Bolsonaro

Ele afirmou que é preciso ficar atento para que os indígenas não seja penalizados no futuro

O candidato a deputado federal e liderança indígena Francisco Piyãko considera a vinda de Jair Bolsonaro ao estado e seu discurso retrógrada uma ameaça ao povo do Acre, principalmente aos povos indígenas.

O candidato a presidente afirmou que os indígenas tenham que vender suas terras e quer que a mineração e outras atividades predatórias sejam liberadas nestes territórios. No mesmo momento que o presidenciável falava suas atrocidades, em Rio Branco, Piyãko e outras lideranças da Frente Popular estavam reunidos em Tarauacá.

“Bolsonaro é conhecido por tentar ameaçar o povo brasileiro. Nós não aceitamos isso que significa o retrocesso e violência, além de retirar direitos. Nós estamos no Acre, uma região de valores e não vamos aceitar essas ameaças em nosso terreiro”, afirma Piyãko.

O líder indígena afirma ainda que é preciso que a população acreana se atente, pois no Acre, existem uma grande parcela de políticos que compactuam e até fazem campanha para Bolsonaro. “O Acre não pode mudar o rumo de sua história. Candidatos como Gladson Cameli e Márcio Bittar representam o retrocesso pregado por Bolsonaro”, disse.

Piyãko relembrou ainda afirmação de Bolsonaro que ataca direitos e a cultura indígena de todo o país. “Ele disse: ‘Se eu assumir, índio não terá mais 1cm de terra’. Não podemos aceitar essas ameaças aos nossos territórios, isso é um incentivo à guerra”.