Toffoli autoriza cárcere especial para Pezão após fim de mandato

Governador iria para presídio comum em janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, poderá permanecer preso em um Batalhão da Polícia Militar no próximo ano, mesmo após concluir o mandato. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, atendeu ao pedido da defesa e autorizou o cárcere especial para o governador, que iria para um presídio comum em janeiro.

Segundo a defesa de Pezão, a permanência do governador no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, é necessária para evitar riscos à integridade física de Pezão. Os advogados também haviam pedido a soltura do governador, mas Toffoli, que está de plantão no STF durante o recesso do Judiciário, negou a libertação. A partirde fevereiro, quando o Supremo retoma os trabalhos, o processo de Pezão volta para o relator, ministro Alexandre de Moraes.

Preso em novembro na Operação Boca de Lobo, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, Pezão é acusado de receber R$ 39 milhões em propina. A prisão foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), com base na delação de um ex-operador do esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral.

Inspeção em presídio da PM encontra moeda estrangeira na cela de Pezão

Uma inspeção do Gabinete de Intervenção Federal encontrou quase R$ 500 em moeda estrangeira na cela do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói. Pezão está na sala de Estado-Maior desde o fim de novembro, quando foi preso na Operação Boca de Lobo, da Polícia Federal.

Segundo a Polícia Militar, durante a inspeção, feita por PMs e por militares das forças armadas, foram encontrados na cela de Pezão 70 euros, 36 dólares, 6.000 pesos colombianos e 25 yinhang (moeda chinesa).

A inspeção na unidade, que também abriga vários PMs presos por crimes militares ou que estão aguardando conclusão de seus processos em crimes comuns, também foram encontrados sete celulares enterrados na horta do presídio, tesoura, seringas descartáveis e caixas de medicamentos, em outras celas.

A ação envolveu 160 militares das Forças Armadas e 100 policiais militares, terminando por volta do meio-dia.