Há pouco tempo atrás eu acha que tudo teria que está perfeito para que algo desse certo.
Que eu teria que fazer muuuitos cursos para ter sucesso profissional.
Que eu teria que ser a super mulher para ter um bom homem e o casamento dos sonhos.
Que eu teria que ser linda e sedutora para ser percebida.
Que eu teria que ser “santa” e a “certinha”para conquistar o “reino dos céus” e ser feliz!
Mas o que é mesmo a perfeição?
Que condição é essa que a gente tanto busca e que ninguém alcança?
Porque queremos tanto sermos validados pela perfeição ou pela santidade?
No meu caso, a perfeição era o argumento certo para que eu não me expressasse na vida e para que eu recuasse sempre. Era o refúgio perfeito para que os outros não me vissem e também não me julgassem.
A perfeição era a justificativa do meu medo, mas também era a razão das minhas frustrações porque nunca alcançava o ideal que tinha como referência.
Tudo era uma grande loucura, de um lado o esconderijo e do outro a prisão!
Já a “santidade” era buscada por mim para me sobrepor a alguém, para dizer que eu fazia alguma coisa certa e melhor.
Era como se ela fosse o passaporte para a aceitação e para o palco que eu queria ter.
Com o tempo, eu percebi que tudo isso não passava de uma grande ilusão.
Primeiro porque ninguém, na face desse planeta é perfeito, e, de verdade, deve ser chato demais ser assim.
Minhas imperfeições são os degraus para o meu crescimento e a razão, mais do que perfeita, para que eu me aceite assim como eu sou.
E uma coisa eu falo para vocês: são nas nossas imperfeições que nos igualamos e encontramos a paz para sermos o que realmente somos.
E a partir desse raciocínio, deixei de lado a ideia de ser santa, a certinha, a cheia de rótulos de hipocrisia, dona da razão e a religiosa que usava da religião para se colocar no pedestal.
E a expressão TENHO QUE SER, joguei no lixo.
Não tenho que ser nada!
Não quero me definir com rótulos que eu não banco e também não quero ser cobrada para ser o que eu não sou, porque descobri que o bom da vida mesmo é SER NORMAL.
É me vestir do jeito que me faz bem.
É me expressar através das minhas experiências.
É me divertir sem culpa e sem medo do que vão pensar ao meu respeito (sempre sem excessos que maculem o meu comportamento e que arruine a minha vida).
É frequentar a minha religião sem a pressão de me transformar no que eu não sou e sem dar a mínima para as pessoas que a julgam.
É de tocar o meu tambor e entoar os meus rezos sem me importar com o preconceito dos que entendem que isso é falta do que fazer.
É me relacionar com as pessoas através da minha verdade, gostem elas ou não.
É ser livre através das minhas “imperfeições”.
Me aceitar imperfeita foi uma das melhores condições que já pude alcançar, porque foi através desse movimento que encontrei a minha paz e meu centramento.
Não querer ser melhor que ninguém e a perfeitinha me tirou de uma situação miserável de sempre buscar ser o que eu não era.
Hoje sou feliz assim e grata por conhecer essa grande verdade.
E desejo, do fundo do coração, que a busca de todas (os) vocês chegue no ponto onde o aceitar das nossas imperfeições seja o maior de todos os encontros.
Orientadora e influenciadora holística da Casa Instante e do Centro de Resgate do Ser – A Casinha e idealizadora da página @mulheres_xamanicas