Pequenos negócios foram responsáveis pela geração de 580 mil vagas de trabalho

As micro e pequenas empresas (MPE) geraram em 2018 o maior saldo de empregos formais dos últimos quatro anos. Foram mais de 580 mil novas vagas, um aumento de 67% em relação a 2017. Como as médias e grandes empresas fecharam o ano com um volume negativo de vagas, por terem tido mais demissões do que contratações, coube aos pequenos negócios sustentar a criação de empregos.

Em dezembro, como já era esperado, em função da sazonalidade, houve o fechamento de 334,5 mil postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. “Os empreendimentos de pequeno porte são fundamentais para o crescimento econômico do país, mesmo sendo um ano difícil, em 2018, a geração de empregos foi sustentada por elas”, destaca o presidente do Sebrae, João Henrique Sousa.

A participação dos pequenos negócios no volume de demissões (líquidas) registradas em dezembro de 2018, foi de 46,1% do total (-154,2 mil empregos). Já as médias e grandes corporações fecharam um número maior de vagas no mesmo mês (163,3 mil) e as estatais extinguiram cerca de 17 mil postos de trabalho. À exceção do Comércio, todos os demais setores registraram saldos negativos de empregos gerados em dezembro de 2018.

Entretanto, no acumulado de todo o ano passado, as micro e pequenas empresa (MPE) tiveram um crescimento no número de vagas em todas as áreas, com destaque para o setor de Serviços, onde foram responsáveis pela criação de 350,2 mil novos postos de trabalho, 60% do total de empregos gerados em 2018 no país.

Em segundo lugar, sobressaíram-se os pequenos negócios que atuam no Comércio, com a geração de 108,8 mil empregos. Em dezembro de 2018, em função da sazonalidade, todas as unidades da Federação registraram saldos negativos de empregos gerados.

Com informações do Sebrae/NA

Pequenos negócios usam nomes fantasias para se diferenciar no mercado

Três em cada quatro pequenos negócios no Brasil têm um nome fantasia e grande parte deles também possui logomarca própria. É o que apontou a pesquisa “O Registro da Marca nos Pequenos Negócios”, envolvendo 4.002 empresários. Apenas 19% deles, porém, procuraram registrar sua marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), responsável por conceder o registro, necessário para garantir a exclusividade em seu uso para um produto ou serviço. 

O segmento das microempresas (ME) foi onde o uso do nome fantasia mais predominou, com 84%. Os microempreendedores individuais (MEI) também estão adotando esta prática, sendo que 68% dos entrevistados fazem esse uso, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPP) somam 83%.  Conforme a pesquisa, realizada em agosto, três em cada cinco (59%) empresas entrevistadas já trabalham com uma logomarca própria, um percentual pequeno entre os MEI (42%) e entre os setores da indústria e construção civil (54%). A amostragem considera que, mesmo que ainda apresentem números mais reduzidos, é uma parcela considerável com logomarcas. 

“Registrar a marca é fundamental para garantir a exclusividade do uso, além de proteger sua identidade frente ao mercado. Para os pequenos negócios, representa, na prática, um diferencial competitivo com resultados reais que impactam favoravelmente o relacionamento com os clientes. Toda empresa deve cuidar do seu patrimônio imaterial”, ressalta o diretor técnico do Sebrae, Vinicius Lages. 

Apenas um em cada três entrevistados (34%) já buscou informações sobre o registro da própria marca. O menor percentual está entre os MEI (21%) e do comércio (30%), sugerindo que essa medida é uma preocupação apenas de empresas maiores. Apenas um em cada quatro dos empreendedores (34%) buscou orientações sobre o registro em outras fontes, sendo que o INPI foi a principal origem das pesquisas. Mas, mesmo assim, 81% ainda não fizeram seus pedidos de regularização do uso no instituto. As respostas foram de que nunca precisaram (52%), nunca pensaram nisso (37%), não sabiam que precisava registrar (25%) não sabem como fazer (24%) e os custos do INPI são altos (14%), entre outros. “Conhecer o sistema de marcas é essencial para os pequenos negócios. Em primeiro lugar, deve ser feita uma pesquisa prévia para saber se a marca a ser usada já foi registrada no INPI, de modo a evitar que a empresa seja, futuramente, impedida de utilizar o nome e/ou logo. Além disso, com o registro de marca, a empresa poderá criar sua identidade e impedir que terceiros se aproveitem dela. Vale ressaltar que a parceria com o Sebrae é uma das principais iniciativas para estimular o registro das marcas. Com foco neste grupo, que tem desconto no valor das retribuições, o INPI também simplificou procedimentos e reduziu o prazo de análise para menos da metade do que era há pouco mais de um ano”, explica o presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel.   

A maior parte dos entrevistados, principalmente dos segmentos da indústria e construção civil, afirma que recorreu a mais de uma forma para conduzir o processo de registro de sua marca e um a cada três empreendedores (34%) declararam que fizeram os trâmites sozinhos. Foi o caso da empresária Samar Semann, que transformou a pasta de alho “Oh My Garlic!”, em uma das marcas mais conhecidas no Centro-Oeste e Sudeste do país. Há dois anos, ela e o marido Nijed procuraram o INPI para colher informações sobre o processo de registro. “Foi o primeiro passo que demos quando decidimos criar o produto”, conta a empresária. “As orientações foram importantes e não precisamos de nenhum escritório, todo o processo durou dois anos”, explica. 

Tião Viana assegura R$ 15 milhões para os pequenos negócios

Com uma política de fomento aos pequenos negócios consolidada ao longo dos últimos oito anos, o governador Tião Viana reforça seu compromisso com o setor garantindo mais de R$ 15 milhões para que a próxima gestão possa dar continuidade aos investimentos no segmento em todo o Acre.

Por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), a gestão atual implementou políticas eficazes de estímulo à produção, de inclusão econômica e social, de conservação dos recursos ambientais e de valorização e fortalecimento da cultura local, para assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento.

Foram mais de 28 mil famílias atendidas com alternativas econômicas de inclusão social em todo o território acreano. O projeto tem como foco os empreendimentos econômicos solidários, com investimentos no setor que ultrapassam a marca de R$ 35 milhões nos últimos oito anos.

Graças aos programas desenvolvidos no Acre, o governo do Estado conseguiu a confiança de parceiros nacionais e internacionais para fomentar ainda mais o setor, a exemplo do Ministério do Trabalho e Emprego, Banco Mundial, por meio do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), banco de desenvolvimento alemão KfW, entre outros. Essas parcerias culminaram em capacitações, cursos e contratação de profissionais para a mentoria, bem como insumos e equipamentos necessários para que os empreendedores pudessem gerir seus pequenos negócios e, consequentemente, expandir a renda familiar.

Outro fator fundamental para o sucesso dos pequenos negócios no estado foi o apoio dado para os artesãos participarem de feiras nacionais, dando aos produtos do Acre destaque em todo o mundo.

Alguns projetos estão em andamento, a exemplo da Casa d’Arte, uma espécie de vitrine onde serão comercializados os produtos do artesanato acreano. A obra segue em ritmo acelerado e tem previsão para entrega na primeira quinzena de dezembro.

Por meio da SEPN, foram entregues equipamentos de cabeleireiro, padaria, carrinhos para venda de água de coco, pipocas, churros, máquinas de costura, fornos industriais e roçadeiras, entre outros.

Oscar Sérgio, secretário de Pequenos Negócios, não esconde a satisfação de acompanhar o desempenho dos empreendedores do Acre com o excelente resultado da economia criativa e a contribuição para a economia do estado.

“Estar à frente de uma pasta de tantas oportunidades e ver isso se concretizando na vida de milhares de famílias é muito gratificante. Acompanhar o desempenho de tantos empreendedores que se consolidaram no mercado e hoje são referência nos deixa com a sensação do dever cumprido e, graças ao empenho do governador Tião Viana e com apoio da equipe, garantimos a continuidade dessas ações”, destaca o gestor.

Sucesso

Só nos últimos três anos, os pequenos negócios movimentaram mais de R$ 12 milhões em todo o estado. Em mais uma participação nacional, no 11º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, realizado em São Paulo no início deste mês, o Acre foi destaque em vendas e manteve o primeiro lugar com R$ 271 mil em comercialização, superando grandes estados.

“Esse é um resultado bastante satisfatório. O Acre teve grande vantagem com relação ao segundo colocado, uma média de R$ 100 mil a mais em vendas, resultado do esforço do governo do Estado junto à Secretaria de Pequenos Negócios, que durante este quadriênio apoiou e incentivou o fortalecimento dessa cadeia produtiva. Nós fechamos a gestão com a sensação do dever cumprido, com inúmeros avanços no setor. O ano não se encerrou e ainda teremos novidades até dezembro”, enfatizou Wanderson Lopes, coordenador do artesanato acreano.

Juntando a criatividade desses profissionais com a capacitação técnica oferecida por meio da Clínica de Design, os produtos se tornaram ainda mais atrativos, conquistando novos clientes em todo o país. Com isso, o Estado criou, fomentou e consolidou essa política pública que fez da economia criativa acreana uma referência para os demais estados da federação.

Economia consolidada

Atualmente, cerca de dois mil artesãos estão cadastrados no programa de artesanato acreano, gerido pela SEPN. Com isso, eles estão aptos a participar de eventos nacionais e adquirir créditos para fomentar a produção, além de diversos outros apoios do governo do Estado.

Por meio da SEPN, o governo do Estado oferece capacitação e equipamentos básicos para que os profissionais possam dar o pontapé inicial em seus empreendimentos.

Pequenos negócios respondem por 82% das novas vagas no País

Os pequenos negócios geraram 85,8 mil novos postos de trabalho em setembro, 37% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 82% das vagas criadas com carteira assinada em nove meses (575 mil postos). Os números equivalem a 63% do total de empregos criados em setembro no país, superior às médias e grandes empresas, que geraram 50,5 mil, e a Administração Pública, 954. O levantamento foi feito pelo Sebrae, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“É inegável a força dos pequenos negócios para a geração de empregos no Brasil. As pesquisas só confirmam, mês após mês, que o empresário de micro e pequena empresa deve ser prioridade das políticas públicas, porque somente por meio do fortalecimento do empreendedorismo, o país terá chance de voltar a crescer”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Em setembro, foram criados 137,3 mil novos postos no país. O saldo de 575 mil empregos gerados pelas micro e pequenas empresas de janeiro a setembro de 2018, é quase cinco vezes maior que a quantidade gerada pelas empresas de maior porte (130,4 mil empregos). Isso equivale a 82% do total de 704 mil postos de trabalho criados por esses dois nichos de empresas neste ano. O setor de serviços impulsionou por mais um mês a geração de empregos pelos pequenos negócios no país (46,6 mil postos de trabalho em setembro deste ano). O segundo setor que mais se destacou foi o do Comércio (24,3 mil empregos), seguido pela Indústria de Transformação (11,9 mil empregos).

No acumulado até setembro, os pequenos negócios do setor de Serviços seguem liderando a geração de empregos no país, com a criação de 339,5 mil novos postos de trabalho, 59% do total de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas nesse período. A Construção Civil também tem se destacado, com 94,1 mil postos de trabalho nos nove primeiros meses deste ano. Segundo a Sondagem Conjuntural feita pelo Sebrae em setembro, os empresários do setor são os mais otimistas com o futuro da economia brasileira, com 45% deles achando que irá melhorar nos próximos 12 meses.

Os pequenos negócios do estado de São Paulo lideraram a geração de empregos, em termos absolutos, em setembro de 2018. Foram criados 21,4 mil postos de trabalho. Com isso, a região Sudeste foi a que mais gerou postos de trabalho em setembro, respondendo pela criação de 32,9 mil empregos. A segunda região que mais gerou empregos no país foi a Nordeste (20,1 mil), com melhor atuação do Ceará (5.033) e Pernambuco (4.475).

Os principais números da pesquisa

* Os pequenos negócios geraram 85,8 mil novos postos de trabalho em setembro de 2018;

* São 37% a mais de postos de trabalho em relação ao mesmo período do ano passado;

* De janeiro a setembro, totalizaram 575 mil o número de vagas com carteira assinada;

* Os números dos pequenos negócios equivalem a 63% dos empregos criados em setembro no país;

* O setor de Serviços lidera a geração de empregos, com 339,5 mil novos postos de trabalho de janeiro a setembro. (Com informações do Sebrae Nacional)

Pequenos negócios podem bater recorde de empregos em 2018, afirma pesquisa

Os pequenos negócios continuarão a sustentar a geração de empregos no país e devem encerrar o ano com mais de 500 mil novas vagas formais, impulsionadas principalmente pelas atividades que compõem a cadeia da Construção Civil. Essa é a perspectiva apontada pelo Sebrae, a partir da Sondagem Conjuntural, realizada trimestralmente pela instituição, e da análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos seis primeiros meses deste ano.

As cinco edições da Sondagem Conjuntural, feita trimestralmente pelo Sebrae, mostram que os donos de pequenos negócios que atuam na Construção Civil têm sido os mais otimistas em relação ao futuro da economia brasileira. São também os que mais pretendem gerar empregos no país este ano. O percentual de donos de negócios, que pretendem ampliar seus quadros de funcionários vem se elevando gradativamente, saindo de 16% (junho/2017) até atingir 36% (março/2018). Mesmo tendo registrado uma queda na Sondagem de junho/2018 (situando-se em 24%), como provável reflexo da greve dos caminhoneiros, o segmento, ainda assim, apresentou um resultado acima do observado em outros setores (Comércio, Indústria e Serviços).

O mais importante, segundo a diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes, é que essa intenção indicada pelos donos de pequenos negócios tem sido verificada na prática, nos dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com análises do Sebrae, os pequenos negócios da Construção Civil estão entre os que mais geraram empregos no primeiro semestre de 2018, ficando atrás somente dos que atuam no setor de Serviços e na Agropecuária. E ao se detalhar o setor de Serviços, percebe-se também que as atividades que têm alavancado a geração de vagas neste setor são aquelas ligadas à cadeia da Construção Civil, como a incorporação, a comercialização e a administração de imóveis, por exemplo.

“Os pequenos negócios têm sido os principais geradores de empregos no país e é muito bom constatar que os empresários que atuam no setor da Construção Civil têm dado uma valiosa contribuição para isso, pois sinaliza também uma recuperação da economia brasileira como um todo”, avalia Heloisa Menezes. “Com as mudanças das regras de financiamento imobiliário, anunciadas recentemente pelo governo, que elevou o limite de valores dos imóveis que podem ser adquiridos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a tendência de fortalecimento do setor é ainda maior”, complementa a diretora do Sebrae.

Pequenos negócios devem se registrar no eSocial a partir de julho

A partir da segunda quinzena de julho, as micro e pequenas empresas deverão aderir ao eSocial, o sistema informatizado da administração pública. Por meio dessa iniciativa do governo federal, os empregadores passarão a comunicar, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS. No caso dos Microempreendedores Individuais (MEI), que somam 6,8 milhões de empresários, não será necessário apresentar a certificação digital, de acordo com a Resolução CGSN nº 140/2018.

O objetivo do eSocial é simplificar a prestação de informações e reduzir a burocracia para as empresas, já que esse procedimento substituirá o preenchimento e a entrega de formulários e declarações, atualmente enviadas de forma separada a cada órgão. “A construção do eSocial para as empresas faz parte de convênio entre o Sebrae e a Receita Federal para criação de sistemas que simplifiquem a vida do empresário da micro e pequena empresa. É uma simplificação muito bem-vinda, principalmente para os donos de pequenos negócios, que na maioria das vezes cuidam sozinhos da gestão de suas empresas”, ressalta a diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes.

Na prática, as empresas terão que enviar periodicamente, em meio digital, as informações para a plataforma do eSocial. O cronograma de implantação do sistema terá cinco etapas. A primeira, em julho, será composta pelo cadastro do empregador. Em setembro, será a vez do registro dos dados dos trabalhadores e seus vínculos com as empresas. Na terceira etapa, em novembro, será obrigatório o envio das folhas de pagamento. Em seguida, em janeiro de 2019, passará a valer a substituição da GFIP – guia de informações à Previdência Social. A quinta etapa será cumprida também em janeiro do ano que vem, focará nos dados de segurança e saúde do trabalhador.

Governo Tião Viana fortalece pequenos produtores de suínos com doação de ações da Dom Porquito

A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou nesta terça feira, 19, o projeto de lei 17/2018, que autoriza o Poder Executivo a realizar a doação de ações do complexo industrial Dom Porquito, vinculadas a Agência de Negócios do Estado do Acre (Anac), para a Central de Cooperativas de Alimentos do Acre (Amazon) e para a Cooperativa dos Produtores de Suínos do Alto Acre (Coopersuinos).

Com isso, o governo do Estado formaliza a parceria Público-Privada-Comunitária, fortalecendo essa cadeia produtiva, que, desde 2011, vem recebendo incentivos da gestão do governador Tião Viana. A partir de agora, o produtor se torna não apenas um fornecedor, mas atuará como proprietário do empreendimento.

“Neste modelo, o comunitário sai da figura de mero fornecedor de matéria prima e/ou mão de obra e passa a ser parte integrante do negócio, como acionista do empreendimento, tendo voz nos conselhos administrativos e assembleias de acionistas”, explica o diretor da Anac, André Vieira.

Com a cadeia em constante expansão, mais de 60 famílias devem ser beneficiadas inicialmente com a doação, a maioria, na região do Alto Acre. O presidente da Coopersuínos, Cícero Tenório, destaca a alegria pelo empoderamento dos produtores, a partir da aprovação da lei.

“Nós ficamos muito felizes por mais essa conquista. É muito bom pra nós, porque é uma vantagem que nós vemos e a gente já está batalhando muito pra isso. Com essa vantagem agora, cabe a nós nos dedicarmos ainda mais ao serviço”, disse Cícero.

O líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen, esclarece que as ações proporcionam aos produtores a possibilidade de expandir seus negócios e, consequentemente, fortalecendo a cadeia produtiva no Estado, possibilitando a abertura de novos mercados.

“É um grande impacto, porque o fato de a cooperativa ser proprietária de um percentual de ações da indústria, faz com que ela tenha mais mobilidade no mercado financeiro. Se ela quiser fazer um investimento de expansão, por exemplo, dos galpões, das granjas de engorda de suínos dos seus produtores cooperados, ela poderá usar essas ações como garantia para contrair empréstimos, financiamentos junto aos bancos (…) então essas ações acabam capitalizando os produtores, dando mais margens para que eles possam expandir os negócios”, explicou Zen.

Fortalecimento da cadeia produtiva

Com um dos mais modernos frigoríficos do país, o Acre já é o maior produtor de suínos da região Norte, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2014 e 2017, o número de suínos abatidos aumentou em 300% no Acre, sendo 37.859 animais abatidos somente no último ano.

Desde 2011, o Acre vem se destacando no mercado com o modelo de negócios Público-Privado-Comunitário, alavancando a área comercial através de projetos como a Indústria de Suínos Dom Porquito e ainda a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre).

Juntas, essas cadeias produtivas já movimentaram mais de R$ 26 milhões de dólares no Acre, nos primeiros meses de 2018, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço (MDCI), captados pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Acre.

O avanço nas exportações comprova que a política de fomento às cadeias produtivas promovida pelo governo do Estado está trazendo bons resultados para a economia acreana.

Em Brasília, Tião Viana busca recursos para investimento nos Pequenos Negócios

O governador Tião Viana esteve em Brasília nesta sexta-feira, 8, em audiência no Ministério do Trabalho para buscar a liberação de recursos a projetos de pequenos negócios do Acre. Com o ministro substituto Cláudio Secchi, o governador tratou sobre a emenda do então senador Aníbal Diniz que beneficia 280 empreendedores diretamente.

Secchi prometeu dar prioridade à questão. Tião Viana está constantemente buscando celeridade na liberação de recursos por parte do governo federal. No início do último mês, ele esteve também no Ministério do Trabalho para tratar de outros convênios e emendas para os pequenos negócios.

No Acre, o programa de pequenos negócios já atendeu mais de 28 mil famílias e fornece uma alternativa econômica com inclusão social em todo o território. O projeto foi criado por Tião Viana no início de sua gestão, em 2011, e tem como foco os empreendimentos econômicos solidários, num investimento que supera a marca dos R$ 35 milhões.

O projeto acreano é reconhecido nacionalmente e nos últimos três anos o setor movimentou mais de R$ 12 milhões. Desses, R$ 400 mil foram contabilizados na participação dos artesãos acreanos em cinco feiras nacionais, além da Feira Mundial de Artesanato Indígena, realizada em Palmas (TO), em 2015.

“Nosso projeto de inclusão social e geração de renda dos pequenos negócios é a demonstração de que enfrentamos as crises com a cabeça erguida. Com políticas públicas, o governo dá oportunidade para que as pessoas vivam melhor”, afirmou Tião Viana.

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Ministro substituto Cláudio Secchi prometeu dar prioridade ao pedido do governador – Foto/Cedida

Pequenos negócios comunitários fomentam geração de renda às famílias

Por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), o governo do Estado tem a meta de alcançar até 2018, pelo menos 30 mil famílias de baixa renda que possam ter no próprio negócio a complementação da renda da família. Os investimentos em empreendimentos coletivos têm sido fundamentais para cumprir esse propósito, beneficiando dezenas de famílias de uma só vez.

O programa de incentivo ao empreendedorismo gerido pela SEPN já beneficiou em cinco anos cerca de 23 mil famílias no Acre, até nos municípios mais distantes. Os investimentos de R$ 33 milhões injetados até o momento contemplam empreendimentos individuais e de economia solidária, quando há a organização de grupos de famílias.

Como demonstração de que esses investimentos estão movimentando a economia no estado, este ano o governo certificou 500 casos de empreendimentos de sucesso. O último monitoramento realizado pela instituição deu conta de que esses empreendedores possuem renda de, pelo menos, um salário mínimo.

Na ocasião, o governador Tião destacou que um dos desafios da gestão é conscientizar as comunidades de que vale a pena apostar em organizações, como associações e cooperativas. “A microeconomia gera efeitos grandiosos.

Além de despertamos as pessoas para o empreendedorismo que gera a autoconfiança, queremos gerar a consciência da importância das cooperativas, dos grupos, dos movimentos sociais”, frisou.

Cozinhas industriais

Exemplos de projetos coletivos em execução são as cozinhas industriais comunitárias. A primeira das três já está em pleno funcionamento no bairro Novo Horizonte, em Rio Branco, e as demais serão inauguradas em breve pela secretaria.

As cozinhas têm capacidade para gerar renda para até 20 famílias que não possuam vínculo formal de trabalho e que se encaixam em programas sociais. O projeto recebeu o investimento de mais de 1,8 milhão para capacitações, estrutura da obra e em equipamentos tecnológicos, resultado de convênios do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério do Trabalho (MT) e contrapartida do Estado.

Já as panificadoras comunitárias para casas terapêuticas que trabalham com a recuperação de dependentes químicos são parte do projeto de ressocialização.

A primeira das três estruturas foi inaugurada neste mês, na Casa de Recuperação Reconstruindo Vidas Para o Reino de Deus, no bairro Irineu Serra. Foram entregues equipamentos de panificação, como fogão e forno industrial, refrigeradores, computadores, balanças e motos para a realização de entregas.

A meta é ajudar mais 700 famílias de reeducandos com empreendimentos da economia solidária, como uma oportunidade de melhoria de vida.

O início dos resultados

No bairro Novo Horizonte, a experiência com o fornecimento de alimentação já anima as famílias envolvidas.

Com opções para almoço e jantar, o cardápio parece ter agradado a clientela, que começa a se fidelizar. “Ainda estamos começando, mas já é possível ver os resultados, e só tende a melhorar”, pontua a atual coordenadora da cozinha, Leoneide Fonseca.

O serviço de entrega de marmitas também foi uma iniciativa que tem motivado o grupo.