Por Luan Cesar
Na manhã desta terça, oito lojistas que tiveram os empreendimentos incendiados no Calçadão no último dia sete, se reuniram na Assembleia Legislativa com o Corpo de Bombeiros, Comissão de Orçamento e Finanças, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Secretaria da Fazenda (Sefaz). O encontro ocorreu para dar encaminhamentos para recuperação dessas lojas.
Ficou acertado que o governo vai devolver o pagamento do ICMS pra quem já tinha feito o pagamento. Os tributos são pagos quando recebem a mercadoria, agora vão ter mais prazos para pagar.
“Cada caso será avaliado, mas o mais importante, foi o compromisso de mandar para a Assembleia um projeto de lei que vai ter um tratamento tributário especial para esses oito comerciantes até eles reerguerem os seus negócios. Para mim essa é a medida q merece elogios pela sensibilidade que teve aqui a equipe da Sefaz, disse o deputado Edvaldo Magalhães, membro da Comissão de Orçamento e autor do requerimento que promoveu a audiência publica.
Segundo o Corpo de Bombeiros, após o 12º dia do incêndio, a perícia está em andamento para indicar a causa e o local onde iniciou o incêndio. Na reunião, estão revendo as dificuldades sobre o local, pois perceberam no dia do incêndio o acesso complicado, inclusive o reabastecimento das viaturas para que tenham menos dificuldades e propor melhorias. “Os toldos e placas das lojas atrapalharam devido a altura para a entrada dos carros para apagar o incêndio. O Corpo de Bombeiros veio buscar apoio desta casa (Aleac) para implantar um sistema técnico preventivo, como a reserva técnica de água, por exemplo”, destacou o Major Falcão. Ele ainda confirmou que não foi descartada a hipótese de incêndio criminoso.
Há 18 anos no Calçadão, Gloria Galvão, uma das lojistas vítimas do incêndio, disse que a reunião foi produtiva porque percebeu que as entidades foram dispostas a ajudar os comerciantes. “Cada um colocou sua posição dentro das possibilidades deles. Vieram bem intencionados e acho que vão resolver sim. Mas o que a gente tá precisando agora é de material para recomeçar: cimento, areia, mão de obra e isso eles não dão. A gente vai ter que trabalhar muito para isso. O fato psicológico foi enorme porque eu vi tudo, foi uma dor muito forte”, desabafa Glória que teve mais de 50% do seu estoque queimado e um prejuízo estimado em 300 mil reais.
Desde a semana passada alguns lojistas estão vendendo o que sobrou num bazar montado em frente ao Colégio Acreano.
Foto: Guilherme Barbosa/ Rede Amazônia Acre