Bolsa oscila enquanto PEC dos Combustíveis reaviva risco fiscal

Analistas apontam preocupação com potencial perda de arrecadação

A Bolsa de Valores brasileira iniciava o primeiro pregão da semana em baixa nesta segunda (7). A pressão da alta dos combustíveis sobre a inflação está no radar do mercado devido ao seu potencial de estimular medidas que afetem a arrecadação. A preocupação com o risco fiscal voltava a aparecer em destaque nos relatórios de analistas a investidores.

Às 12h29, o Ibovespa, índice referência da Bolsa, subia 0,04%, a 112.260 pontos, depois de ter passado toda a manhã em queda. O dólar caía 0,60%, a R$ 5,2920.

atuação do Banco Central ao tentar remediar a alta da inflação por meio do aumento da taxa Selic é um dos fatores que sustenta a queda da moeda americana. Juros altos aumentam a atratividade da renda fixa brasileira para investidores estrangeiros, que trazem seus dólares para o país.

Para o mercado de ações, porém, a valorização da renda fixa representa concorrência. A alta da Selic pode, portanto, exercer pressão negativa sobre o desempenho da Bolsa.

Homem observa painel com índices na Bolsa de Valores, em São Paulo – Amanda Perobelli 11.mai.2021/Reuters

Analistas de mercado se mostravam menos preocupados com os juros domésticos neste início de semana. Em vez disso, destacavam os movimentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) em busca de uma resposta rápida para controlar a inflação.

O governo já teme um pico de inflação no terceiro trimestre deste ano, no auge da campanha eleitoral. Essa preocupação deflagrou a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de patrocinar a PEC (proposta de emenda à Constituição) que vai permitir reduzir tributos sobre combustíveis.

Em seu relatório matinal, o Banco Original destacou que a equipe econômica ainda insiste na ideia de que a redução dos tributos seja feita por meio de projeto de lei, e não PEC. Isso, em tese, amenizaria o impacto sobre a arrecadação.

A Genial Investimentos alertou que, após um ciclo de altas da Bolsa em janeiro, o fim do recesso parlamentar volta a trazer os ruídos da política para o mercado.

Também entra como destaque na análise da corretora propostas em tramitação no Congresso que permitem a retirada dos impostos sobre combustíveis, sem compensação de aumento de outros impostos, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Se todos os estados e o governo federal caminharem nesta direção, poderemos ter uma redução de receitas tributárias e um aumento do déficit primário entre R$ 57 bilhões e R$ 100 bilhões. Risco fiscal na veia”, escreveram os analistas da Genial.

Risco fiscal é o nome que o mercado dá à possibilidade de que a União não seja capaz de cumprir o seu Orçamento. Ao ampliar gastos e abrir mão de receita, o governo eleva esse risco. Em períodos que antecedem eleições presidenciais, preocupações com o risco fiscal costumam provocar quedas na Bolsa e altas no dólar, pois investidores buscam segurança em ativos ligados à moeda americana.

A fonte da pressão sobre o preço dos combustíveis é a alta do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent, referência mundial, subia 0,19%, a US$ 93,45 (R$ 497,88). A comodity está no patamar mais elevado desde 2014.

É o desbalanceamento entre a oferta apertada mantida pelos principais países exportadores e a elevada demanda o principal responsável pela alta do petróleo. A crise envolvendo a Rússia, que ameaça invadir a Ucrânia, piorou esse cenário. A Rússia é um dos principais produtores e um conflito poderia reduzir ainda mais a oferta.

Alvo de críticas do mundo político devido à sua política de preços de combustíveis, que segue a variação do mercado internacional, as ações da Petrobras não conseguiam se aproveitar da alta do petróleo. Os papéis da estatal recuavam 1,41%.

Entre os destaques positivos do início da sessão da Bolsa brasileira, a BB Seguridade subia 3,3%. A empresa apresentou um balanço com resultados acima da expectativa do mercado.

Nos Estados Unidos, investidores tentam avaliar se os dados de geração de emprego e do comportamento dos rendimentos na economia americana, que vieram bem acima do esperado na semana passada, vão aumentar a pressão sobre o Fed (Federal Reserve, o banco central do país) para acelerar o aumento de juros. A taxa, atualmente zerada, tem previsão de começar a subir em março.

Os principais índices do mercado americano estavam mistos. O Dow Jones recuava 0,08%. O S&P 500, referência da Bolsa de Nova York, subia 0,09%. A Nasdaq avançava 0,87%.

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Bolsa cai mais de 7% e tem pior semana desde março

Bolsa de Valores brasileira teve a pior semana desde março, acumulando queda de 7,22% até esta sexta-feira (29). O período foi marcado por recordes de novos casos de coronavírus na Europa e nos Estados Unidos incerteza quanto às eleições americanas.

Além disso, balanços de big techs desapontaram, levando Wall Street a fortes quedas na sessão. O índice Dow Jones também teve a pior semana, e mês, desde março.

Painel na Bolsa de Valores de São Paulo
Painel na Bolsa de Valores de São Paulo; Ibovespa fechou em queda de 2,7% nesta sexta (30) – REUTERS/Paulo Whitaker

Em outubro, o Ibovespa acumulou leve queda de 0,7%, após recuo de 4,8% em setembro e de 3,4% em agosto. Entre abril e julho, a Bolsa subiu 40,94% em recuperação ao pior trimestre da história no começo do ano, quando tombou 36,86%.

No pregão desta sexta, caiu 2,72%, a 93.952 pontos, menor patamar desde 29 de setembro.

“Um novo pico do Covid-19 neste final de outubro pegou o mercado de surpresa e deve trazer bastante volatilidade pois coloca em xeque a perspectiva de crescimento do ano que vem que já não estava tão forte por conta do primeiro lockdown”, diz Rafael Ribeiro, analista de ações da Clear Corretora.

Segundo Ribeiro, a nova onda de coronavírus pode colocar em xeque a expectativa de recuperação em “V” da economia global. “[Em novembro] números decepcionantes de atividade econômica pelo mundo, em especial varejo, serão suficientes para derrubar o mercado, da mesma forma que irão abrir espaço para novos pacotes de estímulos monetários.”

Já o dólar se valorizou 2,15% em outubro, mês marcado pelo risco fiscal, com incertezas sobre o orçamento de 2021 e receio ao descumprimento do teto de gastos. Nesta semana, a moeda americana subiu 1,92%.

No pregão desta sexta, o câmbio chegou a R$ 5,81, maior patamar desde maio —mês em que chegou a R$ 5,90— mas cedeu 0,45%, fechando a R$ 5,7390, após intervenção do Banco Central, a segunda na semana, com venda de US$ 787 milhões à vista. O turismo está a R$ 5,887.

Também colaborou para a volatilidade nos mercados de câmbio, a formação da Ptax (taxa de câmbio calculada pelo BC) de fim de mês nesta sexta, bem como a véspera de um fim de semana prolongado pelo feriado do Dia de Finados na segunda (2). As negociações no mercado local retornam justamente no dia da eleição presidencial nos Estados Unidos, na terça (3).

Apesar de pesquisas apontarem o democrata Joe Biden como favorito, a reeleição do presidente republicano Donald Trump não é descartada, assim como agentes financeiros temem um desfecho judicial no caso de um resultado muito apertado.

Segundo analistas, o risco do resultado da eleição ser contestado eleva o risco em torno do pleito eleitoral, o que leva investidores a se desfazerem de ativos arriscados, como ações, para mais seguros, como títulos do Tesouro americano e dólar, contribuindo para a queda de Wall Street.

“Caso Biden e os democratas levem a Casa Branca e ambas as casas do legislativo, investidores podem esperar uma mudança relevante em termos de política econômica. Por mais que a pretensão de elevar impostos corporativos se apresente como um risco latente para a valorização dos ativos, existem outros pontos do plano econômico do candidato democrata que criam interessantes oportunidades de investimento. Nesta frente, destacamos impactos relevantes sobre o setor de infraestrutura e energia”, escreveu a equipe da Guide Investimentos em relatório a clientes.

No pano de fundo, estão expectativas sobre mais estímulos fiscais para a maior economia do mundo, que ainda não vieram, na visão de muitos no mercado, em razão da disputa. Há semanas, democratas e republicanos discutem a aprovação de cerca de US$ 2 trilhões de alívio.

Nesta sexta, S&P 500 caiu 1,2%, Dow Jones recuou 0,6% e Nasdaq, 2,45%.

A Bolsa de tecnologia teve uma queda mais acentuada pela forte queda das big techs após resultados do terceiro trimestre.

Apple e Facebook caíram 5,6% e 6,3%, respectivamente. Amazon caiu 5,45% e o Twitter, 20,7%. A exceção foi o Google, que subiu 3,8%.

Na Europa, a alta histórica de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro no terceiro trimestre levou o índice Stoxx 600, que reúne as ações das maiores empresas da região, a subir 0,3% nesta sexta. Na semana, porém, perdeu mais de 5%.

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Bolsa acumula queda de 2,8% na pior semana desde junho

Com queda de 0,5% nesta sexta-feira (11), o Ibovespa fechou a semana com desvalorização de 2,84%. Em junho, houve queda semelhante, de 2,83%. Até então, a pior semana da Bolsa havia sido em maio, quando a queda foi de 3,37%.

Pressionado pelas quedas do petróleo e das Bolsas em Nova York com a venda massiva de ações de tecnologia, o índice perdeu os simbólicos 100 mil pontos e terminou a semana a 98.363 pontos, o menor patamar desde 7 de julho.

Painel das oscilações do Ibovespa na B3
Painel das oscilações do Ibovespa na B3; nesta semana, índice acumulou queda de 2,8% – REUTERS/Paulo Whitaker

Investidores continuam vendo as quedas das Bolsas neste começo de mês como uma correção natural, principalmente em Wall Street, onde o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas apoiados em ações de tecnologia, que guiaram o ajuste.

Segundo analistas, o mercado está sem catalisadores para novas altas, diante da ausência de novidades sobre mais estímulos fiscais nos Estados Unidos, tampouco eventos benignos efetivos de vacinas contra a Covid-19.

Nesta sessão, Nasdaq caiu 0,6%, S&P 500 fechou estável e Dow Jones subiu 0,5%.

O petróleo encerrou a semana abaixo de US$ 40 o barril. Nesta sexta, o óleo do tipo Brent cede 0,7%, a US$ 39,77, perto do fechamento do mercado. Na semana, recuou 6,75%, após queda de 6,9% na semana anterior. O movimento reflete uma alta dos estoques nos EUA e uma visao menos otimista da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para a recuperação na demanda.

No Brasil, a Vale teve a maior alta do Ibovespa (5,84%), a R$ 61,95, após o conselho da empresa autorizar o pagamento de remuneração aos acionistas, no valor bruto de R$ 2,4075 por ação, em 30 de setembro.

Serão R$ 1,4102 por ação na forma de dividendos e R$ 0,9973 por ação na forma de juros sobre o capital próprio (JCP). Terão direito à remuneração, os detentores de ações da Vale no dia 21 de setembro de 2020. Para os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA), a data é 23 de setembro de 2020.

A Bradespar, holding por meio do qual o Bradesco é acionista da Vale, subiu 4,3%, a R$ 44,90, na segunda maior alta do índice.

O dólar subiu 0,3%, a R$ 5,3360. Na semana, caiu 0,5%. O turismo está a R$ 5,63.

Investidores repercutem a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nesta sexta de que a proposta que cria mecanismos para conter as despesas públicas e preservar a regra de ouro e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma tributária são as que têm maiores chances de o Congresso Nacional votar ainda em 2020.

Por outro lado, o fato de o ministro Celso de Mello, do STF, determinar que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento pessoalmente no âmbito do inquérito que aponta suposta interferência dele na Polícia Federal pode prejudicar a pauta de reformas, apontam analistas, elevando a aversão a risco no pregão.

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Bolsa encerra com alta de 1,2% após recuperação de Nova York; dólar fica a R$ 5,29

A recuperação do mercado acionário de Nova York, onde as ações das gigantes de tecnologia tiveram fortes altas, ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a fechar com ganho de 1,24%, aos 101.292,05 pontos, nesta quarta-feira, 9. O movimento de melhora dos índices impactaram também no câmbio e o real voltou a ganhar fôlego ante o dólar, que encerrou em baixa de 1,25%, a R$ 5,2982.

Em Nova York, o Dow Jones encerrou com ganho de 1,60%, o S&P 500 avançou 2,02% e o índice tecnológico Nasdaq liderou as altas, com ganho de 2,71%. Por lá, ajudou a fortalecer os índices a melhora das ações de importantes empresas do setor de tecnologia, como as altas de  3,99%, 3,77% e 4,26% dos papéis de Apple,Amazon e  Microsoft. Na última terça-feira, 8, os papéis destas empresas voltaram a realizar lucros e fecharam com fortes quedas, fazendo o mercado acionário dos Estados Unidos e fechar em baixa pela terceira vez nas últimas duas semanas.

Dólar
Dólar Foto: Reuters

“A correção parece ter sido mais técnica do que fundamental. Acho que todos os fundamentos ainda estão propícios para um movimento de apetite por risco”, afirmou ao jornal o analista Ilan Solot, do banco de investimentos americano Brown Brothers Harriman (BBH), em referência à recuperação no mercado acionário americano.

Com isso, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, saiu de mínima na abertura a 100.050,43 pontos e chegou, na máxima, aos 101.578,01 pontos, reaproximada por volta das 16h30, quando os índices de NY ampliavam ganhos. Dessa forma, essa foi a primeira vez desde 3 de setembro que a Bolsa não caiu hoje abaixo de 100 mil no intradia, o equivalente a quatro sessões. 

“Está faltando notícia nova que tire o Ibovespa desta faixa lateral em que tem se mantido – na ausência disso, surfamos hoje com o exterior. Muito em relação à crise e à situação fiscal já foi para o preço. E quanto à vacina, ainda que problemas tenham aparecido no teste da AstraZeneca, sabe-se que não é a única opção, então não chega a preocupar tanto”, diz Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos, destacando também a leitura do IPCA, não distante do esperado.

Hoje, os ganhos na B3 foram bem distribuídos por empresas e setores, com destaque para o de commodities, de grande peso na composição do índice. Vale On teve alta de 1,23%, enquanto Petrobrás Pn e On subiram 2,11% e a 2,22% cada. O resultado veio em sintonia com o mercado de petróleo – o Brent para novembro teve ganho de 2,54%, a US$ 40,79 o barril, enquanto o WTI para outubro registrou ganho de 3,51%, mais ainda encerrou abaixo do patamar de US$ 40, a US$ 38,05.

O setor de siderurgia foi o ponto alto do dia, com Usiminas em avanço de 6,36%, maior ganho da sessão, logo à frente de CSN, com alta de 4,98% e Gerdau Metalúrgica, com ganho de 4,93%. No lado negativo, Cogna cedeu hoje 4,07%, IRB, 3,12%, e Gol, 2,70%. Com os resultados de hoje, a Bolsa sobe agora 1,94% em semtembro, mas ainda cede 12,41% no ano.

Câmbio

O real teve dia de fortalecimento, recuperando terreno após o estresse de ontem, em que o dólar chegou a superar os R$ 5,40. A quarta-feira foi marcada pela recuperação das bolsas americanas, alta forte do petróleo e busca por ativos de risco nos emergentes. Nesse ambiente, o risco-País caiu e a moeda americana perdeu força de forma generalizada no mercado internacional, sobretudo nos países exportadores de commodities.

“Hoje foi um dia de ajuste”, destaca o presidente da FB Capital, Fernando Bergallo. Investidores que vinham tomando posições mais defensivas, buscando refúgio no dólar antes do feriado e em meio à forte piora dos bolsas americanas, que tiveram três dias seguidos de queda acentuada, hoje desfizeram parte deste movimento.

Na mínima do dia, a moeda caía a R$ 5,27. Já o dólar para outubro encerrou em baixa de 1,03%, a R$ 5,3110.

Bolsas do exterior

As bolsas do velho continente fecharam em alta, apoiadas pela possibilidade do Banco Central Europeu enaltecer em relatório na próxima quinta-feira, 10, o forte aumento do euro nos últimos meses, que tem ganhado cada vez mais força ante o dólar. A esse cenário, também contribuiu a melhora dos índices de Nova York. Por lá, o Stoxx 600 encerrou com alta de 1,62%, enquanto a bolsa de Londres subiu 1,39%, a de Frankfurt teve ganho de 2,07% e a de Paris avançou 1,40%. Já MilãoMadri e Lisboa tiveram ganhos de 2,02%, 0,95% e 2,29% cada.

Na Ásia, no entanto, o dia foi de perdas, ainda em sintonia com o tombo do dia anterior visto em Nova York. Os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto tiveram baixas de 1,86% e 3,22% cada, enquanto o japonês Nikkei caiu 1,04% e o sul-coreano Kospi recuou 1,09%. Já o Hang Seng cedeu 0,63% em Hong Kong e o Taiex registrou queda de 0,43% em Taiwan. A bolsa australiana caiu 2,15% nesta quarta.

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Bolsa apaga as perdas e fecha com alta de 1,5%; dólar recua e fica a R$ 5,41

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conseguiu reverter as perdas dos últimos pregões e fechar com alta de 1,51%, aos 102.142,93 pontos nesta sexta-feira, 28, após o ministro da EconomiaPaulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro terem demonstrado algum consenso sobre o auxílio emergencial e o Renda Brasil. O dólar também foi favorecido pelo cenário político mais ameno em Brasília e recuou perante o real, encerrando o dia com forte queda de 2,42%, a R$ 5,4152 – menor valor desde 31 de julho.

O movimento de recuperação nos ativos domésticos nesta sexta foi alimentado pela chance de acordo entre Bolsonaro e Guedes, sobre as últimas parcelas do auxílio emergencial, que vai agora até o  final do ano, e o fôlego que a equipe econômica ganhou para discutir o Renda Brasil, substituto do programa Bolsa Família, que deve ficar apenas para o ano que vem.

Dólar
Dólar Foto: Reuters

A questão fiscal, contudo, segue no radar dos agentes. O mercado recebeu bem a transferência de lucro totalizada em R$ 325 bilhões do Banco Central para o Tesouro Nacional, mas ainda vê com cautela as contas públicas. Hoje, o Tesouro informou que as contas do governo registraram déficit primário de R$ 505,187 bilhões de janeiro a julho deste ano, o pior desempenho para o mês da série histórica, que tem o início de 1997.

“O mercado está ansioso pelas medidas de corte de despesas e de atração de investimentos, em vista da situação fiscal, e a garantia da manutenção do teto de gastos”, observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora,  acrescentando, como contrapeso favorável   como contrapeso favorável em momento de dificuldades internas, a indicação do Federal Reserve (Fed, o BC americano) de que “a taxa de juros por lá deve ficar baixa por um tempo maior que o projetado”.

Nesta sexta, o destaque foi para a Cyrela, com ganho de 7,39% no Ibovespa, principal índice de ações do mercado de trabalho, após a Cury, construtora controlada pela empresa, ter protocolado IPO que pode movimentar até R$ 1,7 bilhão. Qualicorp subiu hoje 5,60% e Ecorodovias, 5,43%. No lado oposto do, IRB cedeu hoje 1,57%.

As ações de commodities também registraram ganhos. Vale On subiu 0,51% e Petrobrás On teve alta de 2,03% – resultado descolado do exterior, onde o WTI para outubro terminou em baixa de 0,16%, a US$ 42,97 o barril, e Brent para o mesmo mês teve queda de 0,09%, a US$ 45,05 o barril. O setor bancário também foi beneficiado, com destaque para as altas de 2,04% do Bradesco Pn e 1,95% do Banco do Brasil.

Com os resultados de hoje, a B3 acumula  leve ganho de 0,61% na semana e perde apenas 0,75% no mês. No ano, cede 11,68%.

Câmbio

Em uma das maiores variações para um dia, R$ 0,12, o dólar derreteu para R$ 5,40 na mínima, deixando claro o desmonte de posições defensivas dos investidores. Além do cenário interno mais ameno, o movimento que se seguiu mais forte hoje veio em continuidade ao enfraquecimento da divisa americana já visto ontem, por causa do anúncio do Fed.

Segundo Igo Falcão, sócio do Grupo Aplix, hoje foram colocados panos quentes sobre a discussão fiscal, acalmando o embate dentro do governo. Mas, ressalta que o tema do controle de gastos, das reformas e da pauta liberal que foi sugerida antes de ocorrer a pandemia segue ganhando a atenção dos investidores. “Uma vez passada a pandemia temos de olhar para dentro de casa, para a agenda reformista, que estava caminhando bem antes da covid-19. O dever de casa tem que ser feito o mais rápido possível” afirmou. 

A queda acumulada nesta semana, de 3,41%, apenas amenizou a alta de todo o mês de agosto que agora está em 3,80%. No ano, a moeda acumula valorização superior a 35%. Ainda hoje, o dólar para setembro encerrou com queda de 3,22%, a R$ 5,9310.

Bolsas do exterior

Os mercados acionários de Nova York voltaram a registrar ganhos hoje, com os índices S&P 500 e o Nasdaq renovando máximas históricas de fechamento. O Dow Jones fechou em alta de 0,57%, em 28.653,87 pontos, o S&P 500 avançou 0,67%, a 3.508,01 pontos e o Nasdaq subiu 0,60%, para 11.695,63 pontos. Os índices tiveram ganho semanal de 2,59%, 3,26% e 5,98%. Hoje, ajudou o índice de sentimento do consumidor dos EUA, que avançou a 74,1 em agosto.

Ásia ficou no radar nesta sexta, após o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, renunciar ao cargo por motivos de saúde. Por lá, o japonês Nikkei encerrou os negócios em baixa de 1,41%. Nos demais índices do continente, no entanto, os resultados foram positivos. Os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto tiveram altas de 1,60% e 1,97%, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,40%, o Hang Seng teve ganho de 0,56% em Hong Kong e o Taiex recuou 0,53% em Taiwan. Na Oceaniaa bolsa australiana teve queda de 0,86%.

Já no velho continente, os resultados foram afetados por indicadores econômicos pouco favoráveis, como o recuo histórico de 13,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da França no segundo trimestre. Além disso, o aumento de casos da covid-19 no Reino Unido também chamou a atenção por lá – com isso, o Stoxx 600 encerrou com baixa de 0,52%. A Bolsa de Londres recuou 0,61%, a de Paris cedeu 0,26% e a de Frankfurt caiu 0,48%. Já Milão e Lisboa cederam 0,03% e 0,65%. A única a subir foi Madri, que teve alta de 0,60%.

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Dólar amplia ritmo de queda e fica a R$ 5,11; Bolsa fecha praticamente estável

dólar manteve o ritmo de desvalorização nesta quarta-feira, 22, e fechou a R$ 5,1157, em baixa de 1,83%, refletindo a preocupação dos mercados internacionais com o avanço do coronavírus, e também o aumento das tensões entre Estados Unidos e China. Esse cenário de incerteza se refletiu na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que ainda conseguiu recuperar as perdas para encerrar praticamente estável, com baixa de 0,02%, aos 104.289,57 pontos.

O misto no mercado se deu frente a possibilidade de que a covid-19 já tenha infectado quase 15 milhões de pessoas, além de ter levado mais de 600 mil a óbito, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. No centro da pandemia, os EUA já anunciaram que compraram todas as doses para 2020, de uma vacina contra o vírus que está sendo produzida pela Pfizer com a BionTech.

Ainda nesta quarta, os EUA também anunciaram que vão fechar o consulado da China no Texas, após denúncias de que hackers chineses tentaram roubar dados americanos relacionados a uma vacina contra o vírus. Em resposta, Pequim disse considerar esta uma medida “sem precedentes” e já estuda uma retalização.

Por aqui, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reafirmou a avaliação de que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 não será tão elevada como se esperava no começo da crise decorrente da pandemia de covid-19. Na semana passada, a equipe econômica manteve a projeção para a recessão deste ano em uma retração de 4,7%.

Já a diretora-executiva de ratings soberanos da Fitch Ratings, Shelly Shetty, afirmou nesta tarde que a proposta de reforma tributária apresentada ontem pelo governo ao Senado é um sinal positivo de começo de diálogo sobre as reformas no Brasil, que estavam paradas por causa da pandemia do coronavírus. Para o banco suíço Julius Baer, a proposta de reforma tributária é um “desenvolvimento positivo” e melhora a narrativa para investir no Brasil. Mas ressaltou que “o tema é complexo e exige mudanças constitucionais”, o que deve resultar na demora para a aprovação.

 Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Jornal, o dólar turismo é negociado próximo de R$ 5,40. 

Mercados internacionais 

As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 22, influenciadas pela disseminação do coronavírus na região e nos Estados Unidos. Autoridades no Japão e em Hong Kong também se mostraram alarmadas com os crescentes números de casos da doença. 

As Bolsas europeias, às 4h10, no horário de Brasília, caíam, com a Bolsa de Londres caía 0,22%, a de Frankfurt recuava 0,03% e a de Paris se desvalorizava 0,23%. Já a de Madri cedia 0,12%, mas as de Milão Lisboa ensaiavam recuperação, com ganhos de 0,23% e 0,14%, respectivamente. 

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Bolsa despenca e tem segunda semana de interrupção nos negócios

A Bolsa brasileira abriu em forte queda e atingiu o limite de 10% de baixa logo no começo do pregão desta segunda-feira (16), mostrando que a forte volatilidade deve persistir nos mercados financeiros. Esse é o quinto circuit breaker desde a segunda passada (9).

O mecanismo suspende as negociações por 30 minutos em quedas superiores a 10%. Logo na abertura do pregão, o Ibovespa caiu 12,52%, a 72.321 pontos logo na abertura. Por volta das 12h33, na volta das negociações, o índice se desvalorizava cerca de 8%, a 76 mil pontos. Acompanhe aqui ao vivo.

Caso o índice caia 15%, um segundo circuit breaker é acionado, desta vez, de uma hora. Em 2020, já são cinco circuit breakers, próximo a marca de seis pausas em 2008, ano da crise financeira.

Operador do mercado financeiro trabalha de máscara no Paquistão
Operador do mercado financeiro trabalha de máscara no Paquistão – Asif Hassan/AFP

O motivo do tombo desta segunda foi a decisão do Fed (banco central americano) de cortar ainda no domingo (15) a taxa de juros do país para perto de zero, nesta que foi a segunda decisão extraordinária causada pelo coronavírus. O calendário do Fed previa reunião nesta semana, mas a decisão monetária foi antecipada.

O mercado leu a medida como um indicativo de que a economia do país deve tombar por causa do coronavírus, temor que tem se disseminado pelo mundo.

Na abertura do pregão nos Estados Unidos também acionou o circuit breaker, com queda de mais de 8% do S&P 500. Por volta das 12h32, o índice cai 5,5%.

Na China, dados consolidados de janeiro e fevereiro mostraram queda de 20% nas vendas do comércio, 25% nos investimentos e de 13,5% na produção industrial. O país paralisou suas fábricas e comércio por causa da doença, ao longo de fevereiro. Além disso, encontrou dificuldades de retomar a produção após a redução dos bloqueios.

O dólar abriu em alta, beirou os R$ 5, mas desacelerou para R$ 4,97 por volta das 12h35. O turismo está cotado a R$ 5,16 na venda. Os juros futuros de longo prazo voltam a subir, e o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) avança mais de 20% nesta manhã, a 316 pontos, mesmo patamar de dezembro de 2016, ano marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).

“O mercado local continua refém da retórica vivida no cenário internacional, na falta de notícias da mesma relevância no âmbito doméstico. Tanto o Tesouro quanto o Banco Central já se comprometeram a tomarem medidas de forma a amenizar o pânico nos mercados de títulos e de câmbio, mas a turbulência é certa na falta de mudanças na maneira que o mercado inicia a semana”, escreveu a corretora Guide em relatório.

Na Europa, o índice Stoxx 50, que reúne as principais empresas da região, cai 7,5%.

O petróleo também tem forte queda. O contrato futuro do barril de Brent cai 10,25%, a US$ 30,38.

As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras caem 11,7%, a R$ 13,60. As ordinárias (com direito a voto) recuam 10,3%, a R$ 14,34.

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Bolsa opera em alta e dólar cai para R$ 3,77

O índice Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (Bolsa de São Paulo), tem alta de 0,38%, totalizando 91354.11 pontos às 11h06 de hoje (3). Isso depois de começar o dia em queda de 0,62%.

Com o pregão ainda em andamento, os papéis mais negociados são da Petrobras, Vale e Eletrobras.

Já o dólar, às 11h09, estava sendo negociado a R$ 3,7735.

Ontem, o Ibovespa iniciou o ano com alta de 3,56%, totalizando 91.012 pontos no fechamento, atingindo valor recorde. O recorde anterior, de 89.820 pontos, havia sido registrado em 3 de dezembro de 2018.

Já a cotação do dólar fechou em queda na quarta-feira, a R$ 3,8087, uma variação negativa de 1,69%.

Temer corta Bolsa Atleta pela metade, tira contribuição a jovens e preserva investimento na elite

De saída e no último dia útil do ano, governo reduz em quase 60% número de beneficiados

No último dia útil do ano, o governo Michel Temer (MDB) publicou no Diário Oficial da União a lista de contemplados do Bolsa Atleta de 2018 – e que receberão o incentivo no próximo ano pelos resultados obtidos em 2017. E a divulgação é dramática para o esporte nacional. A União decidiu cortar o orçamento do programa praticamente pela metade em relação aos anos anteriores – na comparação com 2014, 2015 e 2016, por exemplo, a queda é de quase 60%.

A portaria, de número 381, foi assinada pelo ministro do Esporte Leandro Cruz. De acordo com o Ministério do Esporte, o investimento no Bolsa Atleta será de R$ 53,6 milhões em 2018, valor muito inferior aos repasses de exercícios passados, que geralmente superavam R$ 150 milhões. Ainda segundo a pasta, serão patrocinados 3.058 atletas, dos quais 2.097 de modalidades olímpicas e 961 de paralímpicas. A lista de contemplados pode ser vista aqui. Em 2014 foram 6.667 e em 2016, 7.223. O auge do investimento ocorreu em 2013, com liberação de R$ 183 milhões para o programa.

Em média, o número de bolsistas do programa girava em torno de 6.000 a 7.000 por ano, mas esse contingente deve sofrer uma redução significativa. O corte deve afetar, sobretudo, atletas mais jovens da categoria “estudantil” e “base”, que recebem R$ 370 mensais – as outras categorias são “nacional” (R$ 925), “internacional” (R$ 1.850), “olímpica/paralímpica” (R$ 3.100) e “pódio” (R$ 5 mil a 15 mil).

O governo Temer já havia reduzido o aporte de recursos no Bolsa Atleta nos dois últimos anos e dirigido os valores somente a competidores de modalidades olímpicos – algo que foi na contramão do que a União havia feito nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Apesar de sacrificar os jovens, a bolsa se manteve intacta para os atletas da elite do esporte nacional. Competidores das categorias mais ao topo da pirâmide, justamente aqueles que disputam Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos, não terão corte. Estes, porém, em geral têm outras fontes de financiamento e não dependem do subsídio federal.

O Bolsa Atleta foi criado em julho de 2004 e regulamentado em janeiro de 2005. Em seus 13 anos de existência, distribuiu mais de R$ 1 bilhão a atletas do país.

Beneficiários do Bolsa Família devem ficar atentos

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SEMCAS) e da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), alerta os beneficiários do Programa Bolsa Família sobre a importância da atualização cadastral do Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal.

O Cadastro Único é o instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. “Para que seja assegurada a manutenção do benefício é necessário que os beneficiários estejam com dados cadastrais, acompanhamento de saúde e educacional em dia”, ressalta Dôra Araújo, secretária de Cidadania e Assistência Social.

Regularização cadastral

Avaliação em Saúde do beneficiários do Bolsa Família iniciou no dia 2 de julho e segue até o próximo dia 28 de dezembro. Quem não atender o chamado até o prazo final poderá ter o benefício bloqueado ou até cancelado.

“Nossas unidades estão preparadas para receber os beneficiários para que possam fazer a avaliação de saúde. A população deve procurar a unidade mais próxima, e levar consigo o cartão do programa federal, a carteira de vacinação das crianças e o cartão da gestante, se for o caso” explica Oteniel Almeida, secretário municipal de Saúde.

Já o acompanhamento educacional é realizado pelo Secretaria Municipal de Educação a cada dois meses. Os alunos, beneficiários, na faixa etária de 6 a 15 anos precisam conter em seu currículo 85% de frequência e alunos de 15 a maior idade a frequência de 75%. Para que o acompanhamento ocorra de forma contínua é necessário apenas que a informação de matrícula do aluno (endereço da escola, por exemplo) esteja atualizada.

A coordenadora do Centro de Atendimento a Programas Sociais (CAPS), Kelly Pinheiros, lembra que “os dados cadastrais devem ser atualizados a cada dois anos a contar do ato de cadastro da família no programa ou conforme alteração nas informações cedidas para o cadastro. A atualização pode ser feita junto a SEMCAS ou ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.

Beneficiários do Bolsa Família têm até o dia 28 de dezembro para fazer a Avaliação

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), está convocando beneficiários do Programa Bolsa Família para a avaliação de saúde. O objetivo é assegurar a manutenção do seguro social. Quem não atender o chamado até o prazo final, dia 28 de Dezembro, pode ter o benefício bloqueado ou até cancelado.

Cerca de 28 mil beneficiários ainda não fizeram a atualização das informações de saúde no município de Rio Branco. A avaliação é obrigatória para mulheres de 14 a 44 anos, crianças menores de 7 anos e gestantes de qualquer faixa etária. Os beneficiários devem procurar uma Unidade Municipal de Saúde levando o cartão do programa federal, a carteira de vacinação das crianças e o cartão da gestante, se for o caso.

Atualmente, a rede municipal de saúde faz o acompanhamento de 11.483 (26,7%) beneficiários acompanhados inseridos no sistema. A meta é alcançar 43.080 pessoas. A 2ª Vigência do Acompanhamento de Saúde do Programa Bolsa Família teve início no dia 02 de Julho de 2018 e segue até último dia útil de Dezembro de 2018.

Bolsa Família começa a pagar nesta quarta benefício com reajuste

O reajuste é de 5,67%. O pagamento será escalonado até dia 31

Os inscritos no Bolsa Família começam a receber hoje (18) o benefício com reajuste de 5,67%. O pagamento será escalonado até o dia 31 deste mês. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

Segundo o ministério, para saber o dia em que o dinheiro pode ser retirado, basta que o beneficiário confira o Número de Identificação Social (NIS) impresso no cartão. Aqueles que terminam com final 1 podem sacar no primeiro dia do pagamento. Os com final 2, no dia seguinte e assim por diante.

Os recursos ficam disponíveis para saque por um período de três meses. O benefício é destinado às famílias inscritas no Cadastro Único e com renda mensal per capita de até R$ 89, além daquelas com renda mensal por pessoa de até R$ 178 que tenham entre seus integrantes gestantes, crianças ou adolescentes.

Ao se inscreverem no programa, as famílias assumem compromissos nas áreas de educação e saúde, que são conhecidos como condicionalidades.

O MDS lembra que crianças e adolescentes precisam ter frequência escolar de 85%. Para os jovens de 16 e 17 anos, o percentual exigido é de 75%. Na condicionalidade de saúde, um dos compromissos é manter em dia a vacinação das crianças e o pré-natal das gestantes.

O último reajuste do Bolsa Família aconteceu nesta mesma época, há dois anos. Em 2016, o benefício também havia ficado dois anos sem aumentos. Este reajuste de 5,67% foi aprovado em maio pelo governo. O Bolsa Família é o maior desembolso social da União, consumindo cerca de R$ 29 bilhões anuais, distribuídos a quase 14 milhões de famílias.

Semsa alerta beneficiários do Bolsa Família para prazo de avaliação

A Prefeitura de Rio Branco, através da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), está convocando beneficiários do Programa Bolsa Família para que façam a avaliação de saúde com o objetivo assegurar a manutenção do seguro social. Quem não atender o chamado até o prazo final, dia 30 de junho, pode ter o benefício bloqueado ou até cancelado.

Cerca de 14 mil famílias ainda não fizeram a atualização das informações de saúde no município de Rio Branco. Essa avaliação é obrigatória para mulheres de 14 a 44 anos, crianças menores de 7 anos e gestantes de qualquer faixa etária. Os beneficiários devem procurar uma Unidade Municipal de Saúde levando o cartão do programa federal, a carteira de vacinação das crianças e o cartão da gestante, se for o caso.