STJ manda soltar Joesley e executivos da J&F presos na Operação Capitu

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa J&F, bem como três ex-executivos da empresa: Ricardo Saud, Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira. Eles haviam sido presos em 9 de novembro na Operação Capitu.

Em decisão assinada ontem (11), Cordeiro havia determinado a soltura do ex-ministro da Agricultura Neri Gueller e do ex-secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo. Nesta segunda, o ministro estendeu os efeitos da ordem de soltura a todos os 19 investigados na operação.

Também foram libertados o vice-governador de Minas Gerais Antonio Andrade e o empresário do ramo de supermercados Walter Santana Arantes. O ex-deputado Eduardo Cunha também teve um habeas corpus concedido, mas continuará preso no âmbito da Operação Lava Jato.

A Operação Capitu apura o suposto esquema de pagamento de mais de R$ 30 milhões em propina, entre 2014 e 2015, a parlamentares do MDB em troca de favorecimentos no Ministério da Agricultura.

Na ordem em que confirmou a prisão dos investigados, a desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), disse que apesar de aparentarem colaborar com as investigações, inclusive assinando acordos de delação premiada, os suspeitos ocultaram “fatos relevantes” e tentaram “direcionar a autoridade policial”.

Ao examinar o caso e soltar os suspeitos, o ministro do STJ Nefi Cordeiro afirmou que houve excesso nas ordens de prisão. Para ele, a ocultação de fatos não justifica, por si só, a privação da liberdade.

“A falta de completude na verdade pode ser causa de rescisão do acordo ou de proporcional redução dos favores negociados, mas jamais causa de risco ao processo ou à sociedade, a justificar a prisão provisória”, escreveu o ministro. Além disso, Cordeiro entendeu que os fatos investigados não são atuais, portanto não haveria risco à colheita de provas.

Foram soltos ainda: Mauro Luiz Rodrigues de Souza, Ildeu da Cunha Pereira, Mateus de Moura Lima Gomes, José Francisco Franco da Silva Oliveira, Cláudio Soares Donato, Waldir Rocha Pena, João Lúcio Magalhães Bifano, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, Marcelo Pires Pinheiro e Fernando Manuel Pires Pinheiro.

Socorro Neri e secretário Márcio Batista continuam visitas às escolas de Rio Branco

Garantir o mesmo padrão de excelência pedagógica e de funcionamento em todas as creches e escolas da rede pública municipal de ensino. É com esse objetivo que a prefeita Socorro Neri e o secretário de Educação, Márcio Batista, fazem uma série de visitas às unidades de ensino da capital. Esta segunda-feira foi a vez da Creche Francisca Leite, no Bairro Cidade Nova, onde estudam 84 crianças entre 2 e 3 anos de idade.

“É importante vermos de perto cada unidade de ensino e suas demandas, sejam pedagógicas ou de logística, para que haja uniformidade no padrão das nossas unidades de ensino com relação à excelência. Aqui percebemos que há uma grande interação entre a comunidade escolar, pais e alunos, e é isso que buscamos nas demais”, explicou a prefeita Socorro Neri, destacando que a prefeitura de Rio Branco investiu quase R$ 20 milhões nos últimos 5 anos nas unidades de ensino e realizou concurso que contratou mais 1.220 professores que atuam nas escolas e creches.

A diretora da Creche Francisca Leite, Maria Rodrigues, cita que a atenção por parte da gestão municipal proporciona segurança para todo o corpo escolar e garante avanços. “A gente percebe o interesse da gestão municipal em nos auxiliar de todas as formas”, relata a diretora. “Aqui, além do acolhimento diário, todos os dias temos atividades, como o dia do teatro, o dia da leitura, dia do desenho e dia do banho de piscina”, informa a diretora ao se referir à rotina da creche

Para os pais, as creches vão além de um lugar onde deixam os filhos em segurança enquanto trabalham. A economista Gleiciane Lopes diz que a filha Geovana, antes tímida, agora interage melhor com as pessoas e está mais independente. “Ela mal falava e agora se socializou bastante. Eu gosto desta creche pelo espaço físico e o projeto pedagógico”, salienta.

Na creche Francisca Leite, onde ficam o dia inteiro, as crianças têm três refeições diárias. O secretário Municipal de Educação, Márcio Batista, relata que além de ter o acompanhamento por meio do Departamento de Ensino Infantil da SEME, os diretores das creches e escolas de ensino infantil, têm um grupo que se reúne constantemente “para trocar experiências. Isso se reflete no dia a dia desses estabelecimentos de ensino”.

Atualmente, Rio Branco conta com 26 creches e unidades de ensino infantil que atendem mais de 14 mil alunos. Em toda a rede de Rio Branco estão matriculados mais de 24 mil.

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IBB anuncia volta às competições oficiais

O pastor Agostinho Gonçalves é um dos grandes incentivadores

Ausente das quadras do futsal desde 2007, a equipe da Igreja Batista do Bosque (IBB) oficializou na tarde desta segunda-feira (23) o seu retorno as competições organizadas pela Federação Acreana de Futebol de Salão (Fafs). O clube evangélico para o retorno às quadras terá o apoio do Grupo Recol e também da Auto Escola Christus.

O anuncio oficial ocorreu numa cerimônia simples, mas bem prestigiada por atletas, desportista e imprensa, no auditório da Sede da Central da Visão da IBB. O pastor presidente da igreja, Agostinho Gonçalves, um dos grandes incentivadores da criação da equipe no ano de 2000, conduziu a cerimônia. Agostinho fez um discurso voltado à importância do retorno da equipe evangélica as quadras. O pastor abriu o cerimonial com a seguinte frase: “Futsal pra gente é muito além da quadra”. A frase do religioso quis dizer que, através do futsal é possível evangelizar e educar centenas de jovens de nossa cidade.

Retorno amplia o número de escolinha

O retorno da IBB às quadras de futsal motivou a ampliação do número de escolinhas de futsal da instituição, hoje atendendo 220 crianças. De acordo com Agostinho Gonçalves, o número de cresceu de uma para sete escolinhas. “Não tenho dúvida que possamos a contribuir de forma mais incisiva para a formação de novos atletas, não apenas para o nosso futsal, mas também para outros centros”, diz otimista o pastor Agostinho.

Marcondes Santos confiante

Outra peça importante para o retorno da Igreja Batista do Bosque às quadras de futsal é o técnico Marcondes Santos. Segundo ele, o retorno da IBB poderá impulsionar e muito modalidade em nosso estado, dando como exemplo a confirmação das equipes do Volta Redonda CA Brasileense na disputa da 2 ª Divisão, equipes que somente confirmaram o retorno a competição após o anuncio da IBB.

A respeito da briga pelo acesso, Marcondes explica que o time da IBB tem muita qualidade, mas os adversários também buscam o mesmo objetivo, assim acreditando numa competição bem equilibrada.

Na busca de voltar ao topo do salonismo local o elenco da IBB será composto por atletas experientes e mesclados de algumas jovens promessas. Confira: Tarso e Jeferson (goleiros); Léo e Renan (fixo); Gessé, Ley, Doka Madureira, Vitor, Kinho, Marcio Cabeção, Buiu, Márcio Belém (alas); Neto e Sapo (pivô). Alyfe, Edmundo, Jean, Matheus e Geovane (atletas da base). Comissão-técnica: Marcondes Santos (técnico), João Farias (preparador físico), Walter (preparador de goleiros), Rodrigo Aragão (fisioterapeuta). Diretoria: Pastor Agostinho, Civaldo Nery, Elias David.

Estreia dia 26/7

Marcondes Santos explica que o time evangélico já se prepara para o jogo de estreia na 2 ª Divisão, agendado para a próxima quinta-feira (26), diante do Volta Redonda. O duelo ocorre no Ginásio Álvaro Dantas, às 19h.

O Campeonato Acreano de Futsal da 2 ª Divisão será disputado por sete equipes: IBB, Volta Redonda, CA Brasileense, Fluminense da Bahia, Pista, SRT e Monte Negro. Conforme o regulamento da competição as equipes jogam entre si, classificando as quatro primeiras colocadas para decidirem o título no sistema olímpico, sendo que haverá jogos de ida e volta somente nas semifinais.

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Jogadores, comissão técnica e diretores da IBB durante evento de anúncio da equipe as competições oficiais da Fafs – Foto/Manoel Façanha

Eike Batista é condenado a 30 anos por corrupção e lavagem de dinheiro

O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de fazer pagamentos indevidos no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral, em 2011, e de tentar ocultar a propina por meio de uma operação de lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, a fim de ocultar o pagamento a Cabral, o doleiro Renato Chebar criou uma offshore chamada Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício com a empresa Centennial Asset Mining Fund, de Eike Batista, para a possível aquisição de uma mina de ouro.

Pela falsa intermediação, a Arcadia receberia 1,12% do valor da transação. Os recursos foram transferidos de uma conta de Eike Batista no Panamá para uma conta da Arcadia, de Chebar, aberta no Uruguai.

No mesmo processo, também foi condenado o ex-governador Sérgio Cabral, a 22 anos e oito meses em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Essa foi a sexta condenação de Cabral em processos que apuram esquemas de corrupção no estado do Rio de Janeiro. O ex-governador já soma penas que ultrapassam 120 anos de prisão.

Outros condenados foram a ex-primeira dama Adriana Ancelmo (4 anos e seis meses); o ex-secretário Wilson Carlos (9 anos e 10 meses); o ex-braço direito de Cabral, Carlos Miranda (8 anos e 6 meses); e o braço-direito de Eike, Flavio Godinho (22 anos).

O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, informou, por meio de nota, que recorrerá da decisão.

MPF denuncia Joesley e ex-procurador por corrupção

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou hoje (25) à Justiça o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa e do grupo J&F, e o ex-procurador da República Marcelo Miller pelo crime de corrupção. Também foram denunciados pelo MPF, Francisco de Assis e Silva, um dos delatores, e a advogada Ester Flesch, uma das sócias do escritório de advogacia que contratou Miller.

De acordo com a denúncia, na gestão do ex-procurador da República Rodrigo Janot, Marcelo Miller atuou em favor da J&F durante o processo de assinatura do acordo de delação. Segundo a acusação, documentos trocados entre Miller e integrantes do escritório de advocacia que o contratou comprovariam o “jogo duplo” no caso.

A defesa do ex-procurador sustentou no processo que ele “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”.

Em nota, a defesa de Joesley Batista negou que tenha oferecido vantagens ao ex-procurador. “A denúncia despreza todos os depoimentos e documentos aportados ao inquérito pela própria defesa, utilizando-se de majoritariamente de um procedimento administrativo conduzido de forma açodada pela PGR [Procuradoria-Geral da República] em setembro do ano passado”, diz a nota.

Procuradoria apresenta nova denúncia contra Joesley Batista

A Procuradoria da República da Primeira Região (PRR-1) apresentou uma nova denúncia contra os ex-executivos do grupo J&F Joesley Batista e Francisco de Assis e Silva, por corrupção ativa, violação de sigilo funcional, embaraço a investigações e lavagem de dinheiro.

Foram denunciados também o procurador da República Ângelo Goullart Vilella, o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Juliano Costa Couto, o advogado Willer Tomaz e o publicitário André Gustavo Vieira.

A denúncia, que tramita sob sigilo, foi apresentada ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), com sede em Brasília, onde ficará sob relatoria da desembargadora Mônica Sifuentes.

Todos foram denunciados por uma suposta tentativa de Joesley e Francisco de pagarem uma “ajuda de custo” de R$ 50 mil mensais a Goulart para receber informações sigilosas em investigações contra os executivos. O procurador integrou a equipe da Operação Greenfield, que apura desvios em fundos de pensão.

Os demais acusados teriam participado como intermediadores do esquema, dividindo a propina que teria sido paga pelos empresários, com o objetivo de obter “resumos de informações e estratégias confidenciais e sensíveis da Força-Tarefa da Greenfield”.

Os crimes foram descritos pelo próprio Joesley e por Francisco de Assis em suas delações premiadas. No acordo de colaboração, a procuradoria-geral da República (PGR) havia se comprometido a não os denunciar, mas o órgão decidiu não cumprir mais o acordado após considerar que eles haviam ocultado informações importantes em seus depoimentos sobre outros casos.

Um primeiro pedido de rescisão do acordo foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro do ano passado, pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sendo posteriormente reforçado por Raquel Dodge, atual PGR. A solicitação ainda não foi avaliada pelo relator, ministro Edson Fachin, o que significa que o contrato ainda vigora.

Defesas

Por meio de nota, o advogado André Callegari, que representa Joesley, disse não ter tido acesso à denúncia, mas que recebe a notícia “com estranheza”.

“Se confirmado o oferecimento de acusação usando fato denunciado pelo colaborador contra o próprio colaborador, verifica-se grave desrespeito à lei e às cláusulas do acordo de colaboração, firmado entre a PGR e Joesley Batista, que preveem a não denúncia”, diz o texto.

O defensor acrescenta ainda que há “menção expressa pela Procuradora-Geral da República de que, enquanto o STF não se manifestar sobre a rescisão do acordo, a denúncia não pode ser recebida contra o colaborador. Então é um contrassenso os procuradores da República oferecerem essa denúncia neste momento”.

A defesa de Ângelo Goulart negou com veemência o envolvimento dele em qualquer ato ilícito. “A defesa confia que, após a apresentação da resposta de Ângelo Goulart Villela, o Tribunal Regional Federal fará justiça e rejeitará essa acusação requentada, infundada e incoerente”, disse.

Por meio de nota, o advogado Willer Tomaz disse “não haver qualquer prova” de ato ilícito cometido por ele. “Trata-se de um verdadeiro buffet, com perdão pelo estilo, no qual o MPF escolhe ao bel-prazer o que lhe interessa, tomando alguns trechos dos depoimentos como verdade absoluta, dogma solar que tudo toca, e outros como a mais absurda das mentiras”, acrescentou.

Também por meio de nota, o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, manifestou “surpresa” com a denúncia contra ele, afirmando não “ter cometido nenhuma ilegalidade”. “Ao mesmo tempo, manifesto minha indignação, em razão de nunca ter sido intimado a prestar esclarecimentos”, acrescentou.