Polícia aguarda a conclusão de laudos para finalizar inquérito sobre a morte de jovem atropelada por jet-ski

A Polícia Civil do Acre espera apenas a conclusão de dois laudos pelo Instituto de Criminalística para finalizar o inquérito sobre a morte da jovem Maicline Costa, atropelada por um jet-ski no dia 12 de janeiro, no Riozinho do Rôla.

“Já foram concluídas as fases de oitivas de testemunhas e dos envolvidos, agora esperamos apenas a conclusão dos laudos periciais que apuram as circunstâncias do acidente para darmos por encerrado o inquérito”, disse o delegado Karlesso Nespoli, responsável pelas investigações do caso.

De acordo com o delegado, entre as pessoas que foram ouvidas está a irmã de Maicline, Hinauara da Costa, o empresário Otávio Costa e o médico Eduardo Veloso. Otávio seria quem pilotava o jet-ski que se chocou com o outro veículo em que estava Maicline, este pilotado por Veloso.

Hinaura, durante entrevistas concedida a diversos meios de comunicação, afirmou que Otávio Costa teria se negado a prestar assistência, sendo advertido por Eduardo Veloso.

Maicline teve uma das pernas dilaceradas pelo jet-ski e foi levada ainda com vida para o pronto-socorro de Rio Branco na tarde do dia 12 de janeiro. Entretanto, em virtude da gravidade dos ferimentos e da grande perda de sangue, ela veio a falecer poucos minutos depois que deu entrada naquela unidade de saúde.

Pai de criança atropelada diz que motorista foi ‘irresponsável’

A criança brincava na Rua Santa Catarina, no bairro Floresta, em Cruzeiro do Sul quando foi atropelada. O G1 tentou falar com o motorista da caminhonete, na manhã desta sexta-feira (8), mas ele estava sendo ouvido na delegacia da cidade.

Durante o velório, o vendedor Hamilton Freire, de 24 anos, disse que Arthur era seu filho único e que não sabe como vai viver a partir de agora. Freire pediu Justiça e disse que o motorista do caminhão mentiu ao dizer que seu filho estava no meio da rua

“Eu estou pedindo Justiça num país onde não há. Meu filho estava na frente de casa brincando, vem a pessoa, um irresponsável, dá uma ré num carro cheio de material de trabalho. Como é que ele dá ré e não manda uma pessoa descer e olhar que tem uma criança. A rua não tem saída e é estreita. Meu filho estava sentado no meio-fio”, contou o pai.

O Pelotão de Trânsito do município informou que o veículo esmagou a criança quando o motorista dava ré. O garoto morreu no local, antes de receber ajuda médica. O motorista alegou que não viu a criança no momento do acidente.

Em desespero, o pai lamenta a morte do menino. “Está aí meu filho, o incentivo que eu tinha de trabalhar e ganhar o pão de cada dia. Agora como vai ser? Era meu filho único. Nós estamos hoje aqui para enterrar meu filho, na pior situação. A gente não tem dinheiro nem para enterrar nosso filho, estamos pedindo ajuda de um e de outro”, disse.