A Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) retomou nesta quarta-feira, 13, a produção de asfalto em sua usina no Distrito Industrial. O equipamento, adquirido há cerca de vinte anos, foi reparado e opera desde segunda-feira passada, 11 de junho, em caráter experimental com a expectativa de produzir entre 60 e 100 toneladas de asfalto por hora. A usina foi reativada no lastro do processo de saneamento econômico-financeiro e administrativo da Emurb.
Os primeiros testes foram animadores e o resultado da produção abasteceu frentes de manutenção viária na Estrada da Floresta e na implantação do acesso entre as travessas Riachuelo e Ponta Porã, no bairro José Augusto, à Via Parque, no Parque da Maternidade.
Os técnicos tem a usina de asfalto como o ´coração´ das obras de pavimentação -uma interessante unidade de fabricação onde as características são dosar os materiais de cimento asfáltico, secar e aquecer os agregados, filtrar os gases provenientes do sistema de secagem, misturar os materiais e transportá-los os mesmos para uma unidade de armazenamento ou diretamente a um caminhão que as leva às frentes de pavimentação e manutenção viária em todas as regionais de Rio Branco.
Para o presidente da EMURB, Marco Antônio Rodrigues, a reinauguração da usina derruba sobremaneira os custos improdutivos do processo de pavimentação e manutenção viária: “produzimos asfalto com o traço que a gente quer, na quantidade que queremos e na hora em que a gente quiser”, disse Marco Antônio.
O painel de controle da usina é operado por um funcionário experiente, Flávio Luiz, cujo trabalho iniciou 48 horas antes do teste principal com a definição dos percentuais de insumos: 5% concreto asfáltico de petróleo (CAP); 14,25% de brita número 1; 37,5% de brita zero; 36,10% e 7,6% de areia. A mistura é feita por etapas e obedecer às normas técnicas para que se alcance o padrão exigido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O diretor Técnico da Emurb, Humberto Hadad, acompanhou o trabalho para assegurar a melhor produção. “Os chamados ´traços´, que são os percentuais de insumo para usinagem do asfalto, são definidos através de ensaios da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre. Para os trabalhos que executamos, a Funtac criou três traços”, informou Hadad. O CAP começou a ser derretido dois antes dos testes desta quarta-feira.
Com auxílio de esteiras os materiais agregados são encaminhados para um tambor de secagem, que funciona como um forno. Nessa parte do processo são misturados os agregados e é retirada toda umidade através do aquecimento a 180 graus centígrados. O fato de não se ter umidade nos agregados garante uma boa qualidade no produto final do processo. A fumaça mais alva que sai da chaminé da usina indica que o asfalto não tem impurezas. “Toda impureza passa por uma cortina de água e vai para uma piscina de decantação. Os resíduos são depois levados para o aterro sanitário”, explicou Marco Antônio, presidente da Emurb. Esses agregados são misturados com o CAP e o produto final, o asfalto, abastece as caçambas. “Estamos todos satisfeitos com a retomada da produção de asfalto na própria Emurb. Isso traz ganhos importantes para o serviço de manutenção viária da cidade, uma demanda das comunidades”, disse a prefeita Socorro Neri.