A Secretaria Estadual de Polícia Civil confirmou em coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (18) que houve, de fato, o furto de armamento na terça-feira, dia 12, na Delegacia do município de Brasileia. A Polícia apontou a participação de um policial civil. Uma pessoa foi presa e as armas recuperadas.
Na semana passada, a Polícia evitou falar sobre o assunto. Segundo o secretário adjunto de Polícia Civil, Josemar Portes, a decisão de não divulgar informações a respeito do caso foi com intuito de não prejudicar a investigação tendo em vista que havia a participação de um servidor público.
“Conseguimos solucioná-lo nas primeiras 72 horas, e por uma estratégia de investigação nós optamos por não prestar informações imediatamente ao fato. Adotamos incialmente a estratégia do silêncio até porque as peculiaridades do caso assim o exigiam. Hoje estamos com o caso concluído, as armas recuperadas e os autores identificados. O caso só ocorreu por causa da participação de um servidor público”, afirmou Portes.
O delegado responsável pelo caso Karlesso Nespóli disse que desde o início havia a suspeita da participação de policial civil. “Fizemos inúmeras diligências e conseguimos identificar a pessoa que entrou na delegacia e como havia entrado. Essa entrada foi facilitada, infelizmente, por um colega policial civil que trabalha conosco”, afirmou.
Ainda de acordo com delegado, o responsável pelo furto das armas foi um cidadão boliviano que foi preso em flagrante. “Essa pessoa que furtou é um boliviano. Nós conseguimos recuperar as armas na posse dele. Foi lavrado o auto de prisão em flagrante, e o policial por estar fora de flagrante não foi efetuado prisão, porém ao final do inquérito vamos encaminhar ao Poder Judiciário para fazer análise dos fatos”, destacou o delegado.
Segundo Karlesso, no total três armas foram retiradas de dentro da delegacia, e foram encontradas enterradas próximas a um hotel da cidade, e outras duas ficaram escondidas dentro do prédio. Todas as armas foram recuperadas.
O corregedor da Polícia Civil, Alex Cavalcante, explicou como fica a situação do policial envolvido no crime. “Este ato criminoso constitui uma transgressão disciplinar, cuja a pena é a demissão. Mas nada impede que o Poder Judiciário decrete também a perda da função do servidor”, explicou Cavalcante.