Passagem de veículos grandes está proibida no local por causa das condições da ponte. Há dois meses, caminhão que fazia obras no local chegou a ficar preso na estrutura
Moradores do bairro Apolônio Sales, em Rio Branco, estão reclamando da estrutura da ponte que dá acesso ao local. Segundo eles, a reivindicação para que a ponte passe por manutenção é antiga. Devido o problema, a população diz que está sem transporte público, pois a passagem de veículos pesados foi proibida.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Rio Branco e foi informado que a Secretaria de Obras do Município deve se posicionar ainda nesta quarta-feira (11) sobre o assunto.
Lenilha Félix, uma das moradoras que passa diariamente pelo local, diz que a preocupação é que possa acontecer algum acidente. “Morro de medo que algum carro caia”, fala.
Há dois meses, um caminhão carregado de material que era usado na recuperação do local ficou preso, quando parte da ponte desabou bem na cabeceira. Na época, ninguém se feriu e o trecho foi aterrado.
Os moradores afirmam que, após o acidente, o resto da ponte não recebeu nenhum reparo e agora parte da estrutura já dá indícios de que vai ceder. O morador José Ribamar conta que a situação é muito perigosa. “Os alicerces embaixo estão todos quebrados e tudo podre”, complementa.
Após a obra de recuperação, que ocorreu em maio deste ano, ônibus e qualquer outro veículo pesado ficaram proibidos de passar pela ponte. As famílias dizem que ficaram sem poder usar o transporte coletivo. Agora, na ponte, só passam pedestres, ciclistas, motos e carros de passeio.
Foi colocada uma placa indicando que os veículos pesados não podem seguir viagem. Os moradores afirmam ainda que o ponto final do ônibus teve que ser mudado de lugar e agora para passar para o outro lado só se conseguir carona, caso contrário, tem que enfrentar uma longa caminhada.
Isaque Joaquim, que também é morador, fala da dificuldade que enfrenta para chegar em casa. “Moro há seis quilômetros e, além de mim, mora muita gente para dentro, aí tem que andar seis quilômetros a pé para sair e voltar. Para quem não tem um transporte não é fácil. Você viu quando o ônibus chegou e um rapaz pegou carona, porque mora depois da Apadeq, não é perto”, reclama.
A comunidade afirma que já fez protestos e que o problema é conhecido das autoridades, mas nenhuma solução chegou até o momento. Os moradores querem a reconstrução da ponte e o acesso ao transporte coletivo de volta.
“Se eles [prefeitura] não fizerem nada, vamos fica a pé. Tem o Ramal do Quixadá, mas não temos condições de passar por lá, no inverno não passa nem trator”, acrescenta Lenilha.
Já Ribamar pede que com a chegada do verão a situação seja resolvida. “Ficamos já há seis meses no inverno sem entrar e agora no verão. Quando a gente vai na rua e faz uma feira grande o caminhão não passa, não podemos comprar nada, então, a situação é essa”, finaliza.
Moradores reclamam qdo perigo que a ponte pode gerar aos pedestres e motoristas – Foto/Rede Amazônica Acre/Reprodução