Jorge Viana empreende andanças pelos “isolados” de Santa Rosa e Jordão

Mesmo antes de ser governador do Acre, o senador Jorge Viana (PT), sempre teve uma ligação muito próxima com os municípios isolados do Acre. Ele gosta de lembrar que ainda como candidato ao Governo, em 1998, passou quatro dias conversando com os moradores de Santa Rosa que, na época, tinha apenas 160 eleitores. Também que chegou a pé por um varadouro no Jordão vindo da Restauração, no Alto Juruá, por dentro da floresta. “Só um candidato que tinha propósitos maiores e não a simples intenção de discutir votos ficaria nesses lugares, que tinham baixa densidade de eleitores, por vários dias, conversando com a população e conhecendo de perto a sua realidade,” lembra Jorge.

No último final de semana, Jorge reviveu a sua trajetória de proximidade com as populações dos “isolados” numa comitiva política acompanhando o pré-candidato ao Governo, Marcus Alexandre (PT). Estavam ainda no grupo o pré-candidato ao Senado, Ney Amorim (PT), os postulantes a deputado federal Perpétua Almeida (PC do B), Jesus Sérgio (PDT) e a estadual Edvaldo Magalhães (PC do B), Jenilson Leite (PC do B) e o ex-prefeito de Santa Rosa, Tamir de Sá (PRP).

O senador aproveitou para visitar amigos, lideranças políticas, indígenas, da saúde, da educação e comerciantes dos dois municípios. Nas suas andanças Jorge Viana também participou das oficinas às contribuições dos moradores de Santa Rosa e do Jordão para o plano de Governo de Marcus Alexandre.

Reencontro com um passado de realizações

A verdade é que Jorge Viana durante os seus sete anos de mandato no Senado nunca deixou de visitar os moradores dos municípios isolados e de alocar recursos através de emendas parlamentares às suas prefeituras. Mas sente orgulho das lembranças do que pôde ajudar Santa Rosa e Jordão nos tempos em que foi governador do Acre (99-2006).

“Quando fui governador fizemos uma grande transformação em Santa Rosa. Implantamos a escola de segundo grau e energia 24 horas por dia. As primeiras instalações de água e mudamos a pista de pouso, que ficava no meio das casas, para um lugar adequado. Conseguimos um convênio com a UFAC à formação universitária das pessoas de Santa Rosa. Construímos o hospital, o núcleo de Governo e o Centro de Florestania. A nossa preocupação era para que o município pudesse ter os serviços adequados. Então é bom chegar em Santa Rosa e ter esse encontro com um passado de realizações que é reconhecido por índios, ex-prefeitos, vereadores, lideranças da saúde e educação e da zona rural. Eles reconhecem meu trabalho e falam com saudades dos meus tempos. Cultivei bons amigos de todos os partidos em Santa Rosa,” comemora Jorge.

“Também no Jordão me alegro por ter ajudado a transformar a sua história. Fico satisfeito quando pessoas chegam pra mim e dizem: ‘Jorge praticamente tudo que a tem aqui a gente deve a vocês.’ Nos nossos governo colocamos a pista do aeroporto, o segundo grau, as ligações de água, o hospital, a faculdade, a Luz pra Todos, pavimentações de ruas, além de programas de apoio às desobstruções dos rios, trabalhos com a juventude e com os povos indígenas. Isso é o que me respalda nessa hora de descrença na política. Ter feito amizades com vereadores, ex-prefeitos, lideranças, comerciantes e sentir a gratidão dessas pessoas. Um trabalho feito com sinceridade que melhorou a autoestima dos moradores dos municípios isolados,” lembra Jorge Viana.

Encontros marcados

Nas suas visitas em Santa Rosa e no Jordão, Jorge Viana esteve com figuras emblemáticas para a história desses municípios.

“Estive em Santa Rosa com os ex-prefeitos Tamir, Roque, Rivelino e o companheiro Zé Brasil. Também com o atual gestor Assis Moura (PRP). Todos que passaram pela prefeitura eu tenho grande amizade, além de vereadores como o João Domingo Kaxinawa, o Gregório Kaxinawa. Também fui recebido pelo James, da presidência da Câmara Municipal. É bom rever os indígenas e não indígenas. Vale a pena estar na política construindo um novo paradigma político que transcende o calendário eleitoral,” afirmou o senador.

“No Jordão também estive com muitas lideranças como os vereadores Fernando Hun Nu Kuin, o Rosaldo (PDT) e a presidente da Câmara Municipal, a Meire. O atual prefeito Elson Farias (PC do B) é um amigo muito querido, um sobrevivente que conseguiu superar um problema de saúde sério. A humildade e o trabalho dele servindo ao seu povo dá orgulho de ver. Mas a história teve ainda como referência o Esperidião Junior do MDB que foi prefeito do Jordão e de Tarauacá. Ele me apoiou em 90 e faço questão de tomar sempre café com ele e a esposa. Seu Melo, também ex-prefeito e talvez a maior liderança do Jordão de todos os tempos, é um amigo dos índios e me sinto como parte da sua família. O deputado estadual Jenilson Leite que é médico tem um trabalho lindo lá. O Edvaldo Magalhães me ajudou muito a fazer tudo que pude fazer como governador nesses lugares porque ele era meu líder na ALEAC. Fiquei feliz também em abraçar o Turiano Filho. Meu trabalho é separar a luta política da desavença. Numa hora de crise a gente tem que ser pai da solução e não gerar mais discórdias,” sugeriu Viana.