Seguindo as pegadas do Senhor, caminhemos para a Páscoa!

Conforme a religião católica, nos próximos 40 dias, os fiéis se preparam, pela meditação, pela conversão, pelo jejum e pela penitência, para vivenciar a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, alerta para o cuidado e o cultivo dos biomas brasileiros: cerrado, mata atlântica, caatinga, pampa, Pantanal e Amazônia. Além disso, enfatiza o respeito à vida e a cultura dos povos que neles habitam. O lema escolhido para iluminar as reflexões é “Cultivar e guardar a criação (Gênesis 2, 15)”.

A Quarta-Feira de Cinzas, junto com a Sexta-Feira Santa, são os dois dias do ano em que a Igreja pede aos fiéis católicos a prática do jejum e abstinência de carne. A Igreja recomenda, ainda, o exercício do desapego de práticas e objetos supérfluos. Ainda segundo a tradição católica, a imposição das cinzas simboliza a penitenciação para a celebração da Páscoa.

A Campanha da Fraternidade deste ano intenciona suscitar uma nova consciência e novas práticas na defesa dos ambientes essenciais à vida. Além disso, o subsídio chama atenção ainda para a necessidade de a população defender o desmatamento zero para todos os biomas e sua composição florestal” (CNBB). Então, podemos dizer que a nossa quaresma será bem vivenciada se nos exercitarmos para vivermos mais perto de Deus e de cada pessoa através do jejum, da oração, das obras de caridade e de um compromisso com o que nos sugere a Campanha da Fraternidade. Vivendo assim, estaremos favorecendo a todos um ambiente saudável, físico, afetivo e espiritualmente.

O amor traz comunhão; participação; interação; alegria em estar juntos. Não podemos crescer sozinhos. Fazemos parte desse organismo vivo, que é a igreja, o “corpo de Cristo”, e precisamos estar ligados uns aos outros. Não devemos vir à igreja para freqüentá-la apenas, mas para participar e contribuir para o seu crescimento.

Comunhão sem solidariedade não é comunhão. É pela comunhão que compartilhamos as cargas uns dos outros e cumprimos a lei de Cristo. A «solidariedade fraterna» não é uma «figura retórica», mas é «parte integrante da comunhão entre os cristãos»: vivendo-a, nos tornamos “sinais” e “sacramento” do amor de Deus no mundo. Essa não é uma simples “caridade», mas «algo mais profundo» ou seja «uma comunhão que nos permite entrar na alegria e na dor dos outros para fazê-los nossos sinceramente». O caminho para uma vida plena de felicidade e alegria se chama Jesus Cristo e consiste naquilo que Ele realizou na cruz por nós, que é o perdão dos pecados. A felicidade que Jesus nos dá não é um constante “andar nas nuvens”, uma contínua sensação de bem-estar, livre de todos os desconfortos, mas é a certeza de estarmos abrigados nEle. Seguindo a Jesus.

Daniela Cristina Monteiro Lima é graduada em Artes Cênicas