Rio continua subindo e prefeitura constrói segundo abrigo em Cruzeiro do Sul

Em 24 horas, o rio Juruá subiu mais 4 centímetros e chegou aos 13,80 metros nesta sexta-feira (8), aumentando o número de famílias que tiveram que deixar suas casas nas áreas alagadas de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre.

Com 80 centímetros acima da cota de emergência, que é de 13 metros, a cheia já inundou oito bairros e afeta diretamente 7 mil famílias.

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Até a tarde desta quinta-feira (7), eram 30 famílias desabrigadas pela enchente. Com mais 11 que deixaram suas casas nesta sexta pela manhã, subiu para 41 o número de famílias que foram removidas, somando 239 pessoas que estão por conta da Defesa Civil.

A prefeitura montou mais um abrigo coletivo em uma associação de moradores para onde já foram encaminhadas oito famílias. Mais 25 estão em outro abrigo em um ginásio esportivo e o restante preferiu ir para casa de familiares ou está por conta de aluguel social.

De acordo com o chefe da Coordenação de Desastres da Defesa Civil, Manoel Melo, a previsão é que o nível do manancial continue subindo nos próximos dias e outras famílias devem ser removidas ainda nesta sexta.

Nas oito comunidades alagadas, a água já se aproxima do assoalho da maioria das casas e os moradores só podem sair por meio de pequenas embarcações. Muitos resistem em deixar suas moradias abandonadas com medo de saqueamentos e preferem encontrar uma forma de deixar os móveis e aparelhos domésticos suspensos, mas permanecem convivendo com a água dentro de casa.

Por conta da cheia, o fornecimento de energia elétrica foi suspenso para todos os bairros inundados. De acordo com a Defesa Civil, já são mais de 7 mil famílias afetadas que totalizam uma média de 28 mil pessoas.

Para dar assistência aos moradores, o município conta com apoio do Exército e do Corpo de Bombeiros e envolve todas as secretarias municipais. Diariamente, mais de 100 pessoas são envolvidas nos serviços de manutenção dos abrigos e nas operações de remoção das famílias.

Nesta quinta-feira, o prefeito em exercício, Zequinha Lima, decretou situação de emergência com a finalidade de mobilizar o governo federal para enviar recursos a assistência aos desabrigados.

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