Reforma trabalhista é discutida com sindicalistas do Acre

Na manhã dessa segunda-feira (3) foi realizado no auditório de imprensa do Sinteac um debate com o advogado Antônio Silva Neto, assessor parlamentar do deputado federal, Rogério Simonetti Marinho, relator na Comissão Especial que analisa a modernização das leis trabalhistas no Brasil.

O clima ficou tenso quando representantes de várias classes não concordaram com o imposto em questão, gerando muita discussão e certo desconforto para alguns que estão no encontro.

A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) é uma lei norma criada pelo presidente Getúlio Vargas, que unifica toda legislação trabalhista existente no Brasil.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 13,5 milhões estão desempregados, e o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) afirma que 38.200 mil trabalham com carteira assinada e 25 milhões não estão formalizados.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que existe uma concordância tácita no tocante à reforma. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) participou de 13 audiências públicas para tratar do assunto, recebendo uma gama de especialistas. Em meados de abril o relator estará recebendo um projeto substitutivo. “Não vai avançar” confirmou Neto.

A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, com certo repúdio afirmou da seguinte maneira, “As leis são arcaicas, porém atuais, os trabalhadores são escravizados, essa reforma é patronal e fere o direito dos trabalhadores, mas é sempre bom estar aberta às discussões”, disse.

Já o presidente do Sindicato dos Bancários e vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores, Edmar Batistela comentou da seguinte maneira, “Não dar para discutir algo que foi imposto. Como é que eu vou propor uma reforma dos meus direitos sem discutir comigo?”, questionou.

Evinaldo Paulo do Sindicato dos Urbanitários falou na pauta com certa indignação, “Não era para haver essa discussão, o que eles querem é diminuir os custos e defender os interesses dos empresários”, salientou.

Também estava presente o ex-deputado federal Marcio Bittar, que segundo os bastidores foi quem convidou o assessor para o debate. “O que tenho dito há tempos é caráter, no Brasil não é falta de programa, é falta de caráter, é o toma lá dar cá, é o vale tudo, as pessoas parecem não ter vergonha, é senadores, deputados, governadores, não tem compostura de só usar o seu mandato somente para enriquecer, mas para ser nepotista. A grave crise que tem no Brasil é a crise moral”, argumentou o ex-parlamentar.

Interrogado pelo o Opinião, Antônio Silva Neto disse a reforma beneficia os trabalhadores. “Essa reforma ela não é prejudicial para os trabalhadores”, assegura.