Sextou.
Os guerrilheiros de nossos tempos.
Os movimentos revolucionários há muito tempo não viam tanta letargia , passividade , comodismo e alienação como nos dias de hoje.
Uma geração “fake” de revoltosos, vem se formando nos sofás das salas Brasileiras, e observam odiosamente com o ar de futilidade e banalidade os acontecimentos de nossa contemporaneidade. Em outros tempos, já estariam nas ruas a protestar por seus direitos.
No entanto, o que se vê são jovens travando uma utópica guerra de ideologias que não passam do virtual, batalham como Dom Quixote e seus moinhos de vento.(Cervantes)
A intolerância e a toxidade que rodeiam as redes sociais, apontam como causas; os extremismos que polarizam ideias, e as fake news que desinformam. Vivemos tempos tensos, aonde o diálogo e a diplomacia dão lugar a imposição de ideias e ao radicalismo, como se não houvesse o meio termo ou outro caminho a seguir. A eterna luta entre o certo ou errado, Deus e o Diabo, é a gênese de nosso apocalipse virtual, que magoa, julga, execra e “cancela”. Como dizia nosso amigo Umberto Eco, “as redes sociais deram voz a legiões de imbecis”, sejam de qual matriz ideológica forem.
O bom termo e a civilidade deveriam prevalecer nas pendengas virtuais que nos metemos. Sejamos portanto contra qualquer tipo de radicalismo e diplomatas naquilo que radicalmente acreditamos.
Finalizo parafraseando George Orwell; numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário”. Sigamos então revolucionários e saíamos dos sofás.
Franklin Ingma