Os assaltos emocionais

Esses dias vivencie o que eu chamo de assalto emocional, que é aquele desespero louco que vem acompanhado de muita angústia, coração acelerado, tristeza, dor, “saudade”, e solidão.

Digo que são assaltos porque muitas das vezes eles acontecem de uma hora para outra. Você acha que está tudo bem, quando uma avalanche de desequilíbrio chega te pegando desprevenido.

Isso geralmente ocorre quando terminamos um relacionamento e você tem certeza que essa foi a decisão mais acertada na sua vida.

Outra situação que está se tornando muito comum também, são as influências espirituais negativas que se aproximam e aumentam consideravelmente as nossas negatividade, causando surtos repetitivos.

Então, neste caso específico, é bom estar atento, porque nisso as pessoas costumam fazer besteiras, como tirar a própria vida.

Fiquem de olho e atentos ao que se sente, ok?

Então, quando os assaltos emocionais acontecem surge um mundo de questionamentos e negatividade na nossa cabeça.

Achamos que regredimos na caminhada, que perdemos uma grande oportunidade de estar com alguém, que não seremos feliz em razão das escolhas que fizemos e que estamos perdidos e sem apoio, ou seja tudo de ruim aparece para nos deixar mal e oprimidos.

A opressão emocional é a principal característica desses assaltos, porque você fica querendo se culpar muito por conta de uma decisão acertadas que tomou.

Gente, só quem passa sabe da loucura e o mal-estar que é isso. É algo quase que incontrolável, desesperador. E é por isso que eu batizei essa situação de assalto emocional.

Isso também aconteceu muito comigo quando terminei o meu casamento. Estava super segura de mim quando, sem eu ao menos esperar, fui invadida por essa onda de desequilíbrio.

Na altura do campeonato, o meu coração estava para lá de apertado e totalmente esgotada, sem energia, de tanto tentar me manter para não surtar.

E eu me perguntava o que estava acontecendo, porque estava tudo tão bem e do nada isso acontece???

E a resposta que veio para mim era que eu era uma criatura cheia de insegurança e descrente do fato de que pudesse conseguir alguém melhor. Eu não acreditava que a vida poderia ter algo de bom para me oferecer, porque afinal de contas quem eu era?

Era uma miserável de alma, descrente de que coisa boas pudessem acontecer.

Meu povo, esse tipo de coisa faz com que muitas mulheres se tornem refém dessa situação e cometam a loucura de voltar atrás por medo de se sentirem só.

É preciso paciência, dar tempo ao tempo.

Ao passo em que vamos nos mantendo diante desses assaltos emocionais, também vamos adquirindo força e equilíbrio.

Se tivermos calma, esse tipo de situação vai acontecendo em espaços de tempo maiores e com intensidade reduzida, até que desapareçam e o ciclo vicioso seja quebrado.

Esses assaltos servem para nos dizer que ainda há muita insegurança nas nossas vidas, sobretudo nas nossas escolhas e decisões, bem como o quanto ainda somos tendenciosas a ficar em relacionamento tóxico pela desesperança de achar algo melhor.

Eu tive que ter muuuita calma e viver um dia de cada veze, porque quando estamos deixando algo que não nos faz bem é preciso que passemos por uma reabilitação diária para nos convencermos da nossa própria decisão.

Com muito respeito a todas a mulheres que estão passando por esse momento de batalha, deixo com vocês a minha força e o meu carinho.


Heloísa Tainah – Orientadora Holística e idealizadora do perfil @mulheres_xamanicas